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História Sun Is Out - Lar-doce-lar.


Escrita por: colinodonodemim

Notas do Autor


Saiu!
Tardo mais não falho sjajjdjs
espero que gostem :)

Capítulo 2 - Lar-doce-lar.


Fanfic / Fanfiction Sun Is Out - Lar-doce-lar.


- Está brincando comigo, não é?
- Nem se quisesse, esta é uma acusação séria. Ainda mais para você, que faz parte da polícia local, ou melhor, fazia.
- Por esse mesmo motivo! O tempo que passei na delegacia me fez presenciar crimes impensáveis, o desaparecimento, tudo! -  já havia perdido a noção ao redor, gritava, desesperada. - O que te faz pensar que eu seria uma nova criminosa?
-  Não disse em momento algum que o crime era novo, muito pelo contrário. - ele retira as algemas e as abre, me esperando ceder a sua pressão psicológica.
- Eu exijo saber mais desse suposto crime, e o paradeiro dele. Afinal, se eu tivesse feito, já estaria presa há tempos.
- Sem exigências. Aliás, vá se acostumando. - David possuia uma insanidade no olhar, que me dava calafrios. Uma frieza que nunca tinha visto nele antes.
Fui presa.
Desci as escadas do prédio algemada, com todos meus vizinhos, colegas e até o porteiro  que eu fazia esforço para parecer simpática, me fuzilando com seus olhares julgadores.
- Levante a cabeça. Você parece uma fugitiva.
- Talvez eu realmente seja.
Entro na viatura, com uma profunda antipatia em meu olhos verdes, se tornando cinzas, retirando toda sua intensidade e nem ao mesmo o sol conseguia optar por luz nele.
- Vou lhe contar sobre tudo. - ajustava o retrovisor para ver minha expressão
- Não era 'sem exigências'? - só conseguia encarar a janela do carro, esbanjando auto-aceitação. Se eu fiz, eu fiz, e nada mudará isso.
Ele me ignora e continua.
-...Ontem, logo após você me enviar a ficha cadastrada de Graham, me senti extremamente inseguro sobre meu cargo... Qual é mesmo o nome disso? - estalou os dedos apontando para mim
- Inutilidade.
- Medo.
Medo de você, Swan. Medo de roubarem meu lugar, por causa da sorte de ''desvendar'' algo. Então, fui procurar na sua ficha técnica, erros que pudessem comprometer sua estabilidade, e advinha..? Encontrei. - joga os papéis impressos - ''Prisão preventiva em Montreal, Quebec'' - citou um trecho da matéria
- E-eu me lembro disso... - sussurro perplexa para mim mesma
- Sei que se lembra. A minha parte preferida é ''Assasinato causado por delírio de metanfetamina ilícita'', e como eu sou um ótimo funcionário, enviei os dados para o juizado da Wayne Enterprises, que determinou o seu destino á penitenciária Litchfield. E assim, 'viveram felizes para sempre'.  - o deboche prevalecia em seu campo de visão
- Como pôde? - fecho os olhos, incrédula, esmagando as pálpebras com o desejo de não ter escutado - Destruiu minha carreira e provavelmente a minha vida por insegurança! Por saber que tenho competência! 
- Exatamente. - sorri ao ouvir o que queria - Eu te destruí.
Não me expressei. Acolhi as informações e fui corroendo-me por dentro. Mesmo depois de anos, tudo aquilo voltou ao começo, se repetindo igualmente, detalhe por detalhe.
Encosto minha cabeça no assento de couro, dando aconchego aos meus pensamentos mútuos e avulsos sobre o que me tornara dali em diante.
Desfrutava meus últimos momentos livres, admirando pela janela, a praia que seguia a linha da estrada; o sol que dava um olá para o mar quando estavam prestes a se colidir.

FLASHBACK ON

2006, Abril.
Variadas falhas na encanação; respingos repetitivos beirando a porta; blecaute intenso com uma modesta luminosidade na parte superior de uma escrivaninha empoeirada.
- Termine isto logo. - manifesto-me após minutos de espera.
- Acha que é fácil? Por que você não vem fazer? - ouço bufos dele no outro lado da sala
- Porque eu apenas encomendo, faço a troca, e você o serviço manual. - falo pausadamente como o som dos meus passos lentos no alto de um salto vermelho cereja indo em sua direção.
Apoio-me em uma poltrona de marfim, encapada com detalhes azuis-royal estampados - Represento a líder de produção, então, trate de fazer bem-feito seu belíssimo trabalho.
- Ainda não sei o que tinha na cabeça quando aceitei fazer acordo com você -  debatia-se na cadeira
- Eu sei. - aproximo apertando seu corpo contra o meu - Tudo valerá a pena, estamos juntos nessa.
- Não sei se isso é bom.
- Cansei de sua histeria, se quer desist--
Sou interrompida por ruídos derivados ao vão da porta.
Uma suave brisa da noite fazia as janelas rebaterem contra si, causando um alvoroço pelas cortinas velhas do porão.
A escada já quebradiça, se afunda com cada pisão dado por Vince Dillahunt, chefe da máfia, mais renomado na época.
- Ora, atrapalhei o burburinho? - soltou imediatamente ao me ver.
- Mr. Dillahunt, a-ainda não foi finalizado essa remessa - automaticamente fico de pé.
- Como é? - eleva a voz com pudor nas palavras dadas - Acha que é fácil gerenciar todo negócio exterior? Várias demandas estão sendo solicitadas! Sete de meus homens foram presos e se pela sua incompetência nós formos descobertos, diga adeus a sua vida boa, ou ela por completo. - ameaça com um de seus revólveres preso na cintura.
- Recebemos a mercadoria muito mais tarde do que o necessário, é quase impossível manter o ritmo.
- Não te contratei só para o possível.
- Então quero demissão. - elevo a cabeça, afrontando-o.
Após segundos de silêncio duvidosos dos dois lados, ele gargalha o mais alto que pode.
- Não seja tão tola, Swan. - volta a rir - Você não pode pedir demissão dessa sua escolha.
- Ah é? E me diga o por quê - cruzo os braços.
- Porque quando você entra nesse universo, não consegue sair. Não é uma opção. Não há preferências. É impossível.  A única saída, bem, você já sabe… - se afasta e saca a arma, levando-a até minha têmpora.
Um ciclo interno de reflexões me fez infinitar uma única pergunta: o que fazer?
Aquilo soava repetidamente em vários tons e formas na minha cabeça.
"Matar ou morrer?!"

Empurro a cadeira contra a mesa, fazendo o abajur se quebrar e dando um susto nele. Jogo o corpo todo para uma direção, não importava qual.
- Eu não faço só o possível - pego a arma jogada no chão pelo impulso do ocorrido e sem pensar duas vezes, atiro nele.
Não foi apenas um tiro. Foram vários. E só fui parar quando escuto gritos.
- O QUE VOCÊ FEZ, EMMA!?
- EMMA!

FLASHBACK OFF

- Emma! Emma!
Desperto com alguém me empurrando aos gritos.
David.
- Chegamos ao seu novo lar. - ele prossegue sorrindo daquele jeito perturbador
- Lar-doce-lar.

[…]

"O mundo é uma prisão em que é preferível a cela de isolamento."
- Karl Kraus



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