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História Sunagakure: Shin Kumin. - Prólogo


Escrita por: Izumi-Itachi

Notas do Autor


Disclaimer: Naruto pertence a Masashi Kishimoto, mas o enredo dessa história é meu.

Essa é minha primeira fanfic, estou um pouco ansiosa porém muito feliz em finalmente compartilhar meu primeiro trabalho. Quero dedicar esse capítulo para minha florzinha/itachinho favorita Yisaa! Espero que no final esteja orgulhosa.

Quando eu idealizei essa fic foi por nunca encontrar uma fanfic boa sobre GaaHina finalizada, esse é sim um dos meus casais favoritos logo atrás de Itaizu e SasuHina. Então espero que todos gostem!

Boa leitura.

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Sunagakure: Shin Kumin. - Prólogo

O sol estava a oeste, se pondo. O vento arrastava as folhas alaranjadas, anunciando a vinda da próxima estação do ano. Avistar a grande entrada da vila após dois longos meses distante deveria tê-la deixado feliz, porém no fundo sentia-se mal por ter que por seus pés novamente na aldeia. O vento tornou-se mais rígido e forte, arrastando seus longos cabelos que se curvaram dessa vez, deixando fios azulados tocar sua face pálida.

 Estava indecisa, não daria um passo até que tivesse a certeza que era a hora de voltar. Poderia ser cedo demais, não sabia ao certo porque se mantinha tão insegura apenas em ter que residir no mesmo local que ambos.

– Vamos lá, Hinata. – Uma voz conhecida decidira chamá-la ou encorajá-la a continuar andando em direção à vila oculta da folha.

Hinata por sua vez, encolheu o braço machucado, talvez um pouco de dor clareasse suas memórias mórbidas. Memórias de um loiro terminando seu namoro precoce de um mês alegando que teria cada vez menos tempo, já que dentro de alguns meses estaria em sua posição desejada desde a academia. No inicio ela pareceu resignada, entendera os motivos impostos e aceitara a amizade ao invés do amor correspondido. Alguns dias depois, ao voltar da área de treinamento, ouviu boatos de fãs do loiro inconformadas, elas pareciam arrasadas porque haviam flagrado Naruto e Sakura beijando-se reservadamente.

Ela sabia que no fundo todas as desculpas do ex-namorado deixavam claro que ele apenas queria terminar a relação. Sasuke nunca havia voltado, para Hinata isso era o clássico exemplo de segunda opção. E já que Sasuke estava inacessível, Sakura se contentaria em ter para si o único homem que alegou amá-la de verdade.

Desde tal dia passou a se esforçar mais e mais, já fazia quatro meses desde o termino. E dois meses que havia sido recrutada para a ANBU. Sua identidade era restrita, não havia motivos de espalhar aos sete ventos seu novo posto. O esquadrão de rastreamento funcionava como uma pequena força tática de elite e junto a outro time procuravam e eliminavam perigos em potencial a aldeia. Não havia matado ninguém, mas temia que esse dia chegasse.

Não havia acreditado em Hatake Kakashi, o Rokudaime, quando ele a chamou no prédio Hokage para lhe dar a noticia que veio quase como uma intimação de sua parte. O que teria a perder? Não havia motivos de manter-se reclusa em casa. E um dia isso foi tudo que desejou.

Ser reconhecida.

Era estranho pensar sobre isso, já que as mudanças em seu Clã após sua missão na Lua foram drásticas. Agora chamada por Hime-sama, ao Hinata-sama, todos se sentiram orgulhosos por serem liderados pela Byakugan no Hime, a descendente e possuidora do chakra de Hamura Ōtsutsuki. Não que para ela isso trouxesse boas lembranças, era exatamente o contrário. Fazia seus pensamentos voltarem ao dia que Uzumaki Naruto havia se declarado para ela.

Após algumas semanas sem desejar sair de casa, Hinata teve uma breve conversa com seu pai ele permitiu que ela fosse de encontro ao futuro que desejasse. Não que a idéia tivesse sido facilmente aceitada, mas ele cedeu ao ver que a primogênita não se sentiria bem naquele local. Na verdade, o Líder do Clã Hyuuga aceitou o fato ocorrido muito bem. Não achava que o loiro, mesmo herói da vila, seria o melhor para Hinata.

Lembrava-se de Kiba ameaçar Naruto por isso, e mesmo sendo repreendido pela Hyuuga, o rapaz não reconsiderou nenhuma das ofensas lançadas.

– H-hai, Kiba-kun, Shino-kun. – A Hyuuga respondeu simplesmente.

Kiba andava ao lado de Akamaru, tagarelava sobre o que iria escolher para o jantar após todos os dias que comeram mal em lugares estranhos. Logo atrás de si Shino vinha em completo silencio e entendimento do que se passava pela cabeça da companheira de time. Mesmo que Kiba não notasse devida sua pouca falta de senso, Shino havia percebido o alivio claro no rosto alvo de Hinata assim que saíram nessa missão. Tentou não entrar em detalhes, pois não era de sua escolha falar sobre o ocorrido, mas encorajou-a em silencio. O moreno sorriu para si mesmo, e logo ergueu a palma da mão, observando a fêmea rara de um inseto que havia capturado durante a missão.

A herdeira Hyuuga caminhava um pouco atrás dos dois, o velho casaco lilás que voltou a usar estava sujo, rasgado e gasto. Em sua mochila costumeira havia dois pergaminhos, um simples da missão que haviam completado com êxito, e um selado para o Rokudaime analisar, uma missão Rank-A que mascarava uma Rank-S.

O braço parcialmente torcido mostrava escoriações e profundos cortes, não se lembrava de como conseguiu o enorme machucado, só que foi em uma luta contra um ninja patife da aldeia da Pedra, justo pelo pergaminho. Kiba achou estranho seu machucado, porém aceitou a mentira oferecida, que havia treinado demais, já Shino apenas se manteve em silencio já que possivelmente sabia que algo estava errado.

– Yo, Akamaru. – Kiba parou abruptamente junto ao enorme e peludo cachorro. Ele inclinou-se em todas as direções, cheirando e rastreando alguma coisa. – Sentiu isso Akamaru?

O cachorro latiu prontamente, e logo o Inuzuka sorriu mostrando seus caninos e evidenciando suas marcas vermelhas nas bochechas.

– Eu te disse que teríamos churrasco para o jantar. – Kiba respondeu convencido olhando diretamente para o melhor amigo.

Hinata olhava risonha para os amigos a frente, lembrando-se de um dos motivos de não ter desistido da aldeia, eles.

– Pare Kiba. – Shino disse pela primeira vez em três dias de viajem, enquanto erguia os óculos escuros. – Isso é desnecessário.

Kiba iniciou uma briga com Shino, que por sua vez o ignorava e seguia para dentro da vila. Kotetsu estava nos portões e prontamente fez uma mensura para Hinata que passava depois de seus companheiros de time. Hinata curvou-se em uma breve reverencia antes de voltar a seguir os amigos que ainda discutiam, ou melhor, Kiba brigava sozinho contra um Shino silencioso.

Ela sentia seu corpo cansado, cobrando pelo esforço que fez durante os dois meses. Duas missões consecutivas, sendo que em uma delas tinha que usar da discrição até com os companheiros. Estava coberta por uma fina camada de poeira e sangue seco, uma completa bagunça, mas feliz por ter evitado conflitos entre as duas nações.

– Kiba-kun, Shino-kun. – Hinata chamou-os meio sem jeito. Fez uma pequena reverencia enquanto mantinha uma das mãos junto ao peito. – Irei até o Rokudaime-sama relatar a missão bem sucedida. Vocês podem i-ir.

Depois de dito a mesma virou-se para o lado oposto e seguiu. Não que precisasse de alguma confirmação, ambos estavam cansados mereciam um bom descanso e comer algo. Sem contar o fato de precisar falar urgente com Kakashi. Andou em direção ao prédio Hokage e ao entrar se deparou com Tsunade do lado de fora da sala do Rokudaime.

A loira parecia brava, esbravejava e fechava os punhos, mostrando a Shizune o que faria com Kakashi por deixá-la plantada, depois dele mesmo tê-la convocado de onde estava em um povoado afastado onde poderia beber e jogar sem ser incomodada. Já havia feito demais, precisava de férias. 

Ao se aproximar Hinata fez uma mensura para Tsunade e Shizune, antes de bater com a mão sobre a porta de madeira.

– Entre, Hinata. – O Hokage disse do outro lado, o que fez a loira gritar alto sobre fazer com ele pior do que havia feito com Jiraya um dia. E a Hyuuga quase riu.

Quase.

Ao adentrar ao local, Hinata empurrou a porta novamente abafando os gritos histéricos de Tsunade, apenas para encontrar o Rokudaime com uma cara de tédio clássica de sempre enquanto ostentava o manto completo de Kage. Ele parecia ter vindo de uma reunião ou algo parecido.

A Hyuuga apoiou-se em seu joelho e logo olhou para cima, apresentando-se ao Hokage, como sempre fazia após suas missões com a ANBU.

– Rokudaime-sama, ambas as missões foram completadas com êxito em tempo e relatórios.

Hatake Kakashi estava em um dia cansativo, uma reunião dos cinco Kages havia sido encerrada ha poucas horas, o que tinham decidido poderia mudar drasticamente a forma que viviam entre as nações e para completar, teria que ouvir reclamações de Tsunade por todo o dia. Ele podia ver claramente a Hyuuga a sua frente, trazia-lhe boas noticias e por hora isso era mais que o suficiente. Saber que o pergaminho roubado do clã Uchiha havia retornado para a aldeia já lhe tirava um peso considerável dos ombros já cansados pelo fardo de ser Kage.

– Bom trabalho, Hinata. – Disse o albino antes de alcançar os pergaminhos e guardá-los provisoriamente sobre o manto. – Queria dar-lhe uma semana de férias do esquadrão e também de missões, mas não posso me dar a esse luxo. Terá três dias para descansar e...

Ele parou por um curto período, observando as condições que a morena se encontrava, espreitou os olhos por sobre a máscara e sorriu.

– Trate de cuidar desse ferimento. Isso é tudo.

Hinata ergueu-se do chão e voltou a caminhar em direção a porta. Seus reflexos a fez mover-se para o lado no exato momento em que a madeira marrom passou diante de si. Olhou de súbito para a porta, encontrando uma Tsunade brava e com uma aura assustadoramente poderosa a sua volta.

Definitivamente a porta havia sido arrancada de suas dobradiças apenas por um simples soco da loira. A morena sorriu gentilmente para a mulher diante de si antes de sair. Ouviam-se gritos exagerados da mulher, e poucas palavras do Kage. Era quase como uma discussão entre Kiba e Shino.

Caminhou para fora do prédio, indo em direção ao seu clã quando esbarrou em alguém. Ergueu os olhos repentinamente, mostrando veias saltadas ao redor dos mesmos. Era normal seu doujutsu ativar-se sozinho pelo mínimo contato brusco, após entrar para o esquadrão ANBU tornou-se ainda mais normal. Isso podia mantê-la viva em uma missão.

Porém ao olhar não foi uma emboscada que ela viu, foi pior que isso. Uzumaki Naruto.

– Hinata.

A mesma passou alguns poucos instantes quieta antes de sorrir minimamente para o Uzumaki e virar-se para continuar seu próprio caminho. Entretanto sua mão fora pega entre os dedos firmes do loiro. Imediatamente a mesma puxou-a para longe de seu alcance e resolveu olhá-lo realmente.

– Hai, Naruto-san. – Disse a herdeira.

Isso definitivamente pegou Naruto de surpresa. Hinata nunca havia lhe chamado menos que “Naruto-kun” porque agora o tratamento mudara? Ela também parecia estranha aos seus olhos, não estava corando, ou mesmo desmaiando. No fundo o loiro entendia, pois havia terminado seu namoro com a Hyuuga quando Sakura declarou seu amor para ele, estava confuso e precisava pensar. Mas Hinata havia aceitado o fim, não tinha porque estar nessas condições de tratamento. Sentia-se culpado por tê-la mudado, tanto que até suportou todos os nomes que Kiba lhe dera, ou até Shino que o ameaçou prontamente. Tinha consciência de que se encontrasse Hiashi ele o mataria com suas próprias mãos, e ele deixaria por ter magoado Hinata.

– Você estava em missão. – Não havia sido uma pergunta. – Kakashi-sensei disse que demoraria a voltar. Deve ter sido uma das perigosas, ‘ttebayo!

Hinata não entendia qual o motivo de Naruto estar falando com ela como se fossem amigos. Na realidade, vê-lo trazia à tona todas as dores que estava se forçando a esquecer. Os olhos perolados inundaram-se de lágrimas por breves instantes. Não queria chorar ali. Definitivamente não ali.

– Naruto, seu baka!

A voz inconfundível de Sakura foi ouvida pela morena antes mesmo que tivesse a chance de responder Naruto, ou dar-lhe qualquer desculpa para se afastar. A ninja se aproximou do loiro e deu-lhe um de seus socos, fazendo-o reclamar brevemente de dor.

– Como ousa me deixar comprar tudo sozinha? – Gritou Sakura para o namorado sem notar a presença de Hinata no local.

– Sakura-chan, – Naruto chamou-a enquanto acariciava o local atingido pela fúria da garota. – Eu vim dizer oi a Hinata. Não precisava me bater, ‘ttebayo.

Sakura olhou diretamente para o lado oposto ao loiro, encontrando um par de olhos cheios de lágrimas e de veias saltadas. Por um instante sentiu-se envergonhada por estar no mesmo lugar que a Hyuuga. Sabia que o motivo de seu término com Naruto havia sido puramente por sua culpa, mesmo que não se arrependesse disso, sentia-se mal. Seus olhos esverdeados saltaram para o corpo da ninja, ela estava um caos, havia sangue em sua roupa e seu braço não estava nada bem. Naruto nem deve ter notado, já que ele mal notava a garota mesmo quando os dois eram um casal.

– Hinata, você deveria ir até o hospital. – Sakura iniciou, ganhando a atenção do namorado que agora olhava a Hyuuga de cima a baixo para saber do que a namorada falava. – Ou eu posso curar pra você. Vamos. Me dê sua mão.

Naruto ficou contente por sua namorada querer ajudar Hinata. Constatou que havia graves ferimentos em seu braço, estava quase totalmente dilacerado, mas o estranho é que Hinata não parecia sentir dor alguma. Antes que Sakura pudesse alcançá-lo Hinata empurrou delicadamente a mão da mesma. Agora, olhando-a de perto, lágrimas molhavam o rosto alvo de Hinata. E o loiro sentiu seu estomago afundar, preocupação e culpa transbordava dentro de si.

– N-não é necessário, Sakura-chan. – Hinata respondeu depressa. – Posso me curar sozinha. Ja ne.

Afastou-se dali antes que um ou o outro resolvesse perguntar qual o motivo das lágrimas.

 


Notas Finais


Críticas construtivas serão muito bem vindas.


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