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História Sunagakure: Shin Kumin. - Capítulo X - Esclarecimentos


Escrita por: Izumi-Itachi

Notas do Autor


Boa noite, meus amores!!!

Esse capítulo é mais como uma surpresa. Eu demorei tanto para postar o anterior que resolvi fazer esse mais rapidamente. Espero que vocês gostem tanto de lê-lo quanto gostei de escrevê-lo.

SOBRE AS ONES: Estarei postando uma no domingo. Ainda não direi de qual shipper será, mas no total vão ser 3 ones. Então vocês só precisam esperar. Eu queria postar logo esse capítulo para fazer vocês bem felizes!

Espero que gostem da surpresa e que eu faça vocês tão felizes quanto vocês me fazem com seus comentários perfeitos que essa humilde escritora ama responder.

NOTICIA IMPORTANTE: Estou escrevendo minha primeira fanfic Itaizu (Itachi e Izumi), para quem me conhece sabe que eu sou muito louca por esse casal. A fanfic vai se passar no mundo de Naruto. Toda a fanfic será um grande mistério que só vai ser revelado no final. Mas vai ser leve, engraçada, cheia de momentos Itaizu, muito ciúmes e tretas que eu adoro. Então podem esperar por algo assim logo logo.

Qualquer dúvida ou criticas construtivas podem deixar nos comentários. Nas notas finais terá significado de algumas coisas como sempre. Então leiam as notas finais!

Boa leitura!!!

Capítulo 11 - Capítulo X - Esclarecimentos


Fanfic / Fanfiction Sunagakure: Shin Kumin. - Capítulo X - Esclarecimentos

– Gaara-sama, mandou me chamar? – A voz chamou a atenção do jovem Kage.

– Sim, Eziou. – Gaara respondeu sem muito interesse. – Você foi convocado.

– Posso saber o que deseja Gaara-sama?

O Kage olhou adiante, esquecendo os papéis que revisava e os afastando da pilha que já havia revisado. Seus cotovelos apoiaram-se na mesa enquanto suas mãos seguravam seu rosto. Durante toda a madrugada Gaara esteve em uma reunião com os ninjas de elite que estavam protegendo Suna.

– Você está liberado dos seus deveres como conselheiro de Suna. – Gaara o respondeu prontamente, mas não demonstrando quase nenhum interesse.

O homem diante de si tomou uma longa respiração antes de sentar-se próximo a mesa onde o Kage trabalhava minimamente em requisições, missões e preparações do novo exame Chunin. Gaara olhou na direção de Eziou, este estava pálido como uma das folhas diante de si, confusão transbordava em sua face. Provavelmente procurava em sua mente o motivo de ter sido expulso do conselho.

– Gaara-sama, deve haver algum engano... – Ele começou, porém logo foi interrompido.

– Não há engano. – Gaara disse simplesmente. – Você deveria se considerar com sorte por sair daqui com os braços ainda ligados ao seu corpo, depois de ameaçar minha noiva.

Como era de se esperar o homem levantou-se imediatamente, dando passos para trás a procura de alguma distância do Kage. Gaara esperava por isso, também esperava o medo transbordando nos olhos do ex-conselheiro. Sua expressão tomou ainda mais horror quando ele voltou a se aproximar. Sabia quais palavras seriam ditas, mas o deixaria dizer de qualquer forma.

– É mentira! – Disse veemente. – Ela esta mentindo, Gaara-sama. Ela está tentando desestruturar o conselho de Suna. É uma estratégia de Konoha. Eu sabia que trazer alguém de outra vila para ser noiva do Kazekage era um engano terrível.

– Eziou, você acha que eu sou Kage por alguma coincidência? – Gaara respondeu após uma pausa. – Depois de um ataque durante o dia direcionado a minha noiva, você acha que eu a deixaria andar sozinha por aí? Sem a mínima proteção?

O rosto do homem tornou-se ainda mais pálido, talvez com essa explicação tenha se tornado óbvio que um shinobi estava escoltando Hinata das sombras quando ela foi abordada. O relato que recebeu do jounin foi extremamente detalhado, mesmo que não conseguisse imaginar a situação e como Hinata ficou após isso. Por esse motivo ela se esgueirou da festa, resolveu ir para Konoha no dia seguinte e provavelmente não voltar. Isso não aconteceria.

– Você é um homem de muita sorte, realmente. – O tom da voz de Gaara era ameaçador o suficiente para fazer o homem estremecer. – Fique grato por apenas ter perdido seu emprego, e esteja ciente de não passar ao lado de minha futura esposa ou conspirar contra ela novamente. As medidas que posso tomar não vão ser agradáveis para você. Agora saia daqui.

Eziou tropeçou em seus próprios pés enquanto tentava desesperadamente encontrar a saída daquela sala. O ar parecia estar preso naquele momento, tornando-se tão difícil para respirar que podia perder o fôlego. Desde o dia que Gaara havia se tornado Kazekage ele nunca tinha ido contra ninguém do conselho, parecia sempre concordar com o que era dito. O monstro que antes era conhecido por possuir o Shukaku era agora um homem honrado. Mas algo sobre os últimos acontecimentos trouxe a Eziou o medo antigo de quando Gaara era possuído pelo demônio da Areia. Ele estava mesmo certo ao pensar que a mulher de outra aldeia estava mudando seu líder. Por hora não havia nada que pudesse fazer.

 

//xx//

 

Kankurou observou um dos conselheiros que nem ao menos lembrava o nome praticamente correr para fora da sala de Gaara. Isso não poderia ser um bom sinal, visto que seu irmão tinha estado silencioso demais ultimamente. O homem passou ao seu lado com os olhos arregalados e uma rapidez que pela sua idade o jovem jurava ser impossível. Gaara deveria ter mesmo o assustado.

O shinobi caminhou vagarosamente pelo longo corredor, as paredes estavam repletas de fotos antigas de Kazekages e até mesmo de sua própria família. Gaara ainda era pequeno quando foram tiradas, e em algumas ele ainda estava junto de sua mãe, em seu ventre. Kankurou ignorou as lembranças que pulavam em sua mente e resolveu entrar sorrateiramente na sala de seu irmão.

O Kage parecia ocupado o suficiente para nem mesmo lhe desejar um bom dia, as já conhecidas pilhas de folhas ocupavam agora duas mesas. Após o ataque muitos shinobis foram requeridos por aldeias próximas e até proteção pessoal que o dinheiro pudesse pagar. Os exames Chunin também estavam prestes a ter inicio então Gaara estaria ocupado com a parte burocrática pela maior parte do tempo.

– Você poderia bater na porta. – Gaara disse sem tirar sua atenção dos papéis que tinha em mãos.

– Bom dia para você também, Gaara. – Kankurou respondeu simplesmente antes de sentar-se em uma das cadeiras presentes ali. – Vejo que está muito bem humorado esta manhã.

Gaara não respondeu, era perca de tempo entrar em uma conversa como aquela. Kankurou deve ter visto o ex-conselheiro assustado e está tentando descobrir o motivo. Mas o Kage não tinha nenhum interesse em repassar o acontecido para ninguém. Estava empenhado em terminar todos os deveres daquele dia e ir pessoalmente se despedir da família de Hinata que partia de volta para Konoha.

– Me pergunto se o motivo pode ter sido Hinata-chan. – Kankurou continuou a falar sem se importar em ser ignorado. – Mas eu havia lhe alertado que aqueles velhos estavam recebendo poder demais, uma hora estariam corrompidos. Entendo que você queria manter a paz em Suna, mas precisa relevar às vezes.

– Você não deveria estar cuidando da segurança de Suna? – Gaara disse friamente para o irmão mais velho.

– Eu deveria estar fazendo um monte de coisas. – Kankurou retrucou sem muito interesse.

– Ei, vocês dois. – A voz zangada de Temari preencheu o ambiente, chamando a atenção dos dois irmãos. – Não sejam inúteis. Os convidados já estão indo embora.

 – Ela é sempre tão adorável. – O shinobi das marionetes falou. – Você não deveria estar com seu marido? Ei, não me ignore!

Gaara observou seu irmão ir atrás de Temari na intenção de possivelmente tirá-la do sério também. Essa era uma das especialidades de Kankurou, nada o deixava tão interessado, e talvez sua convivência com Shikamaru tenha o deixado mais preguiçoso do que normalmente ele era. Pensando bem já estava na hora, deixaria o restante do trabalho para depois.

 

//xx//

 

– Nee-sama, tenha cuidado na minha ausência.  – Hanabi disse com um pouco de drama exagerado. – Não se meta em nada perigoso! Você deveria vir com a gente.

Hinata estava de pé frente aos grandes portões de Suna, todo o Clã permaneceu ali esperando para se despedir de si. Hanabi fazia um grande esforço para levá-la consigo, porém havia prometido a Gaara na noite anterior que não o deixaria. Não poderia quebrar a promessa.

– Eu não posso Hanabi. – Disse com carinho para a mais nova. – Irei apenas quando Gaara me acompanhar.

– Ah, então você não quer se separar do noivo. – A menor disse com a face corada.

A mais velha olhou rapidamente em todas as direções para ter certeza que ninguém havia ouvido a declaração de Hanabi. Todos pareciam estar ocupados se despedindo das pessoas de outras vilas. Naruto e Sakura se despediam de alguns conselheiros de Suna enquanto Killer Bee estava ao lado de ambos. Todos iriam embora, menos ela.

– Não diga isso tão alto, Hanabi. – Disse Hinata, repreendendo a irmã mais nova.

– Hinata. – Hiashi chamou-a com sua voz firme. – Não seja descuidada.

– Hai, Otousan. – Ela o respondeu quase imediatamente. – Façam uma boa viagem de volta. Irei para Konoha o mais rápido que puder.

– Todos do Clã gostariam de ajudá-la a organizar seu casamento, você deveria ir conosco. – Hiashi disse em um tom áspero de sempre.

– Creio que isso seja minha culpa, Hiashi-sama. – Gaara disse em um tom respeitoso com o líder Hyuuga. – Não gostaria de tirar meus olhos de Hinata, fiquei fortemente preocupado durante o ataque. Confesso que não conseguiria me concentrar em meus deveres de Kage sem saber onde ela estaria, ou se poderia estar em algum perigo.

As palavras sinceras de Gaara atingiram Hinata em cheio. Seu rosto tomou vários tons escarlates, e agora todas as atenções estavam voltadas para ambos, até mesmo Naruto e Sakura pararam de conversar para olhar atentamente o Kazekage em uma conversa com o líder do Clã Hyuuga.

– Imagino que seja importante para você que Hinata permaneça em Suna, Kazekage-sama. – O líder do clã falou sabiamente. – Mas espero que você possa acompanhá-la até Konoha para os preparativos. Já que não confia nem mesmo em mim, líder do Clã, para protegê-la.

Gaara sabia que Hiashi estava testando seus verdadeiros interesses, internamente ele pensava até quando as pessoas duvidariam de si como um Kage. O ruivo forçou um sorriso enquanto passava um de seus braços ao redor dos ombros de Hinata, trazendo-a mais perto para dar-lhe um pouco mais de segurança.

– Eu nunca disse que não confiava, Hiashi-sama. – Gaara disse despreocupadamente. – O que disse foi que não quero perdê-la de vista. Sei que Hinata nem mesmo precisaria de alguém para defendê-la, ela é forte o suficiente para se proteger sozinha. Mas ainda assim desejo fazer isso eu mesmo. Será uma das minhas responsabilidades como marido, se não me engano.

O líder Hyuuga sorriu internamente, felizmente não tinha se enganado em relação ao Kazekage. Este era muito mais esperto do que sua pouca idade aparentava, ele com toda certeza não teria se tornado Kazekage apenas por ser filho do Yondaime. Entendia porque ele havia sido designado Comandante Regimental da Aliança Shinobi durante a guerra. Ele realmente era bom em estratégias.

– Tenho certeza que será. – Hiashi respondeu ainda contrariado por ter entrado no jogo do Kage. – Então espero que venham logo para Konoha.

– Estaremos partindo daqui a alguns dias. – Disse Gaara algum tempo depois. – Tenham uma boa viagem de volta.

– Teremos. – O mais velho respondeu. – Conversaremos em casa, Hinata.

Ao terminar a estranha conversa com o Kazekage, Hinata viu seu pai e o restante dos membros de seu Clã partir para Konoha. Tinha se despedido da maioria deles na noite anterior. Ko estava nervoso em deixá-la sozinha em Suna depois de um ataque como aquele, mesmo que não pudesse ir contra as ordens do líder. Hinata tinha tentado inutilmente deixá-lo mais calmo, mas havia sido inútil realmente. Ele era como um irmão mais velho que sempre a protegeu.

– Faremos uma festa para você em Konoha, ‘ttebayo! – Disse um Naruto divertido que agora estava frente à Gaara e Hinata. – Estaremos esperando, não é Sakura-chan?

– Claro baka! – A Rosada respondeu sem nenhuma doçura.

– Ficarei feliz, Naruto. – Disse o Kage com sinceridade. – Não demorarei muito, estou ciente do pouco tempo que teremos para organizar o casamento, e Hinata precisará ir até o Clã.

Hinata sorriu na direção do Kage. Não podia esconder o fato de estar feliz por ele ter reconhecido sua própria força quando quase ninguém o faz. Ele sabia um pouco sobre seu potencial, e também que ela poderia se proteger sozinha. Mesmo assim assumiu que desejava fazê-lo ele mesmo. Isso soaria como uma declaração, e ao constar isso o rosto da Hyuuga ganhou novos tons avermelhados.

– Boa viagem de volta, Naruto, Sakura. – Gaara continuou. – Espero que também dêem esse passo importante em breve.

O rosto da rosada agora acompanhava o mesmo aspecto que o da Hyuuga. Suas bochechas avermelhadas e possivelmente todo o seu rosto também. Não entendia como Gaara conseguia dizer coisas tão constrangedoras sem mesmo se importar, ainda mais em voz alta. Sakura sabia que Naruto não pretendia casar-se até alcançar seu posto de Hokage, e ele também havia lhe dito que isso seria em alguns meses, pois Kakashi precisava de seu descanso. Ela nem mesmo sabia se Naruto pretendia transformá-la em sua esposa.

– N-não seja rude, Gaara. – Hinata o repreendeu docemente. – Eles vão fazer isso quando estiverem prontos.

– Entendo. – Gaara respondeu prontamente para a noiva, enquanto acariciava seus longos cabelos negros azulados, novamente sem perceber que o fazia.

– Nos temos que ir, Sakura-chan. – Naruto disse com a voz séria que raramente usava. – Seria perigoso nos afastar muito dos outros.

– Eu só tenho que pegar uma coisa que esqueci. – Disse a rosada, afastando-se imediatamente do local, a respiração estava presa.

Hinata observou atentamente enquanto Sakura se afastava, sentindo-se mais confortável, mas Naruto ainda permanecia imóvel, olhando para ela e Gaara. Aos poucos a realidade bateu em si e ela notou que estavam perto demais, e que Gaara a tocara novamente sem nenhuma permissão. O constrangimento tomou seu interior enquanto ela afastava-se do noivo com um sorriso forçado nos lábios rosados.

– Tenho que ir agora. – A voz doce de Hinata escapou trêmula. – Visitarei a irmã de Seiko-kun, e também algumas crianças que se machucaram no ataque.

Antes que pudesse se afastar o suficiente Gaara segurou seu pulso levemente, o acariciando como havia feito em outra situação. Os olhos dele estavam fixos em si, e o pensamento de que ele pudesse beijá-la a assustou instantaneamente. Não estaria fazendo isso na frente de ninguém, muito menos de Naruto. Mas esse contato foi o único que o ruivo lhe deu, após isso ele a soltou quase imediatamente.

– Não fique fora até o anoitecer. – Ele falou, virando-se para Naruto. – E quando for voltar me procure no escritório, e iremos juntos.

– Hai! – Ela respondeu rápido, com medo que pudesse gaguejar se demorasse um pouco mais. – Não irei demorar.

– Bom.

– Boa viagem de volta, Naruto-san. – Hinata disse inesperadamente, olhando para o loiro que agora tinha os olhos arregalados. – Diga que eu desejo o mesmo para Sakura-chan quando a vir. Ja ne!

Gaara observou atentamente Hinata andar naturalmente para longe dele. Sabia bem o motivo de todos os acontecidos, e o motivo dela ter ‘fugido’ daquela forma. Ao olhar para Naruto pode apenas constatar todas as dúvidas que tinha. O shinobi designado para proteger Hinata passou despreocupadamente por eles, estava vestido como um cidadão comum. Gaara assentiu, para que ele continuasse seu trabalho e logo voltou sua atenção para Naruto, que ainda estava espantado. Provavelmente fora de si o suficiente para não notar que a morena era seguida de perto por alguns shinobis, além do homem que havia passado.

– Quanto tempo? – Gaara chamou a atenção de Naruto novamente.

– O que? – Naruto devolveu a pergunta sem entender qual o verdadeiro sentido da mesma.

– Quero saber quanto tempo você e Hinata estiveram juntos.

Os olhos do loiro tornaram-se ainda mais arregalados, se isso se quer era possível. Não tinha como Gaara descobrir aquilo por si só sendo que nem todo mundo em Konoha soube que existiu alguma relação entre ele e a Herdeira do Clã Hyuuga. Foi apenas um mês e eles mal se viam por conta do treinamento que o loiro recebia de Kakashi, para se tornar o próximo Hokage.

– Não pense em como eu descobri. – O Kage disse visivelmente impaciente por todos duvidarem de si. – E não, Hinata não disse uma palavra. Mesmo que não precisasse, apenas um cego não notaria. Quero saber por quanto tempo. Ou se ela foi forçada a terminar seu relacionamento para se tornar minha noiva.

– Não. – Naruto respondeu indignado. – Como poderia imaginar que eu a deixaria casar se ainda estivéssemos juntos? Nós apenas tivemos um relacionamento rápido de um mês ou menos, mal nos víamos. Eu estava confuso em relação a isso, e a Sakura apareceu novamente.

– Entendo.

– Ainda acho que ela não deveria ser forçada a casar, Gaara. – Disse o loiro visivelmente alterado. – Ela merece escolher com quem casar. Hinata é uma pessoa doce, ela é determinada e esforçada. Você não precisa levar esse casamento à diante.

– Não se preocupe Naruto. – Gaara disse com a voz contida. – Ela aceitou. Mesmo quando eu disse que a livraria de qualquer desonra, e contrato que as vilas tivessem feito. Ainda assim ela aceitou casar-se comigo. Eu não forçaria alguém como ela a fazer nada.

– Entendo. – Dessa vez a foi Naruto que perdeu todas as palavras. – Cuide bem dela, então.

– Eu farei.

– Naruto, seu baka! – Sakura apareceu diante dos dois, quebrando a tensão presente no local. – Porque não disse que tinha colocado dentro da sua mochila?

– Sakura-chan...

– Baka! – Disse a rosada enquanto aproximava-se o suficiente para dar-lhe um soco. – Me fez voltar até lá por nada.

– Gomen, Sakura-chan... – Disse o loiro enquanto acariciava o local que havia sido atingido pela fúria da namorada.

– Não importa. Vamos. – Ela respondeu imediatamente, arrastando-o consigo. – Até a próxima vez, Kazekage-sama. Diga a Temari que estaremos esperando ela e Shikamaru.

– Direi. – Gaara respondeu simplesmente. – Façam uma boa viagem.

O Kage olhou adiante, onde Sakura ainda puxava Naruto por uma de suas orelhas como se fosse uma criança mal criada, ele apenas reclamava e a seguia como se estivesse errado. Era estranho ver uma mulher agindo desse jeito com alguém que gosta. Mesmo que ele não tivesse quase nenhuma experiência com o sexo oposto, tinha uma boa referencia fora Temari. Hinata. Esta sempre parecia muito doce, calma e disposta a ajudar as pessoas a sua volta. Todas as suas feições eram bonitas, Gaara se lastimava por não saber como descrevê-la melhor, mais definitivamente não saberia como conviver com alguém que não fosse a Hyuuga. Ele deixou seus pensamentos de lado e seguiu para o prédio Kazekage, tinha muitas coisas para resolver naquele dia. Mas era bom ter esclarecido alguns pontos com Naruto, detestaria perder a amizade dele por algum mal entendido. Ele foi o primeiro que não o viu como um monstro, definitivamente não queria perder sua amizade.

 

//xx//

 

– Hime-sama, não acredito que esta aqui. – Disse a mulher a quem Seiko tinha chamado de mãe. – Nossa casa é muito humilde para alguém como a Hime.

– Do que está falando? – Hinata disse docemente. – Vim visitar Seiko-kun e a irmã dele. Também gostaria de falar com a senhora novamente.

– Mas Hime-sama...

– Hinata. Esse é o meu nome e você pode me chamar assim. – A Hyuuga repreendeu a mulher diante de si. – Qual o seu nome?

– Mizume. – A mulher respondeu quase imediatamente.

Hinata passou diante da mulher, entrando na casa. Era muito acolhedora, como todas as construções de Suna. Uma menina apareceu em uma das portas, seus cabelos eram negros e lisos. Realmente muito bonita. Seus olhos pareciam brilhar enquanto olhava para a Hyuuga. Ao olhar mais detalhadamente Hinata pode notar o enfeite que estava nos cabelos da garota.

– Hinata-sama. – A menina disse enquanto corria em sua direção, abraçando-a. – Obrigado por me salvar. Por salvar minhas amigas também. Eu soube que se machucou por nos defender.

– Oh, não escute tudo que dizem por aí. – Hinata tentou deixá-la mais tranquila, mesmo que soubesse que se não fosse pela defesa absoluta de Gaara ela estaria morta agora. – Eu ganhei apenas um corte na bochecha, e foi curado rapidamente. Nada comparado ao que teria acontecido com vocês.

– Muito obrigado, Hime-sama. – Mizume disse quase chorando novamente.

Hinata a entendia muito bem, seria desesperador saber que um filho teve que passar por algo desse tipo. Ela mesma não imaginaria nem mesmo Mirai, sofrendo algo assim. Seu coração apertava apenas com a idéia de vê-la ferida. Se pudesse ajudar, nunca deixaria ninguém sentir algo assim.

– Eu vim apenas para me certificar de que estão bem. Queria ver o restante das crianças, mas não conheço seus pais e não queria ser invasiva.

– Podemos levá-la, Hime. Algumas das crianças são filhos de conhecidos, eles também deve querer agradecer, mas não sabem como.

– Porque Seiko e mamãe chamam Hinata-sama de Hime? – Perguntou a pequena com certa curiosidade.

– O guarda dela disse que ela era a Byakugan no Hime. – O garotinho respondeu prontamente o que havia aprendido com Ko. – Mesmo que eu não saiba o que é Byakugan.

– É um Doujutsu muito poderoso. – Respondeu a irmã sabiamente. – Aprendi na academia.

– Sim, você está certa. – Hinata disse um pouco surpresa. Não sabia que as crianças de Suna aprendiam sobre isso. – Mas não precisam me chamar de Hime. Digo até a Ko várias vezes, mas ele não me ouve.

– Bom, eu me chamo Haruki. – A pequena disse saltitante ao lado de Hinata.

– Haruki é um bom nome, significa "árvore da primavera", não é? – Perguntou Hinata com certa curiosidade.

– Sim. – Respondeu a menor com os olhos brilhando levemente.

– Nee-san, você não pode roubar a Hime-sama. – Seiko disse impaciente. – Eu a achei primeiro.

Hinata riu um pouco, afinal nem todas as pessoas de Suna a odiava. Resolveu que iria à casa de todas as famílias que tiveram suas crianças atingidas durante o ataque. Queria saber se estavam bem, se precisavam de qualquer cuidado, ou se poderia ajudar em algo. Teria que fazer isso antes que escurecesse, não queria deixar Gaara esperando, isso poderia deixá-lo irritado. A Hyuuga sorriu enquanto caminhava pelas ruas de Suna carregando o pequeno Seiko em seu colo e segurando a mão de Haruki de forma carinhosa. Logo ao seu lado vinha Mizume.

 

//xx//

 

Era tarde. Esse pensamente circulava pela mente de Hinata enquanto ela andava apressadamente em direção ao prédio Kazekage. Se estivesse em suas roupas de missões seriam muito mais fácil, porém não se podia fazer muito nesse momento. Sabia que estava atrasada e que possivelmente Gaara estaria irritado com ela.

Ao entrar no grande prédio ela foi recepcionada por alguns jounins, eles indicaram que Gaara ainda estava ali, mais que logo iria para casa. Alivio correu através de seu corpo, não queria ter que ir até a casa do Kage para se explicar. Apesar de que valeria a pena, conheceu várias pessoas de Suna incluindo entre elas as crianças que salvou. Todas estavam bem, fora algumas escoriações que ela mesma ajudou a curar com seu pouco conhecimento em Ninjutsu Médico.

Hinata caminhou apressadamente pelo extenso corredor até estar diante de uma porta. Ela estendeu o braço e tocou sua mão calmamente contra a madeira. Alguns ruídos foram ouvidos dentro da sala e logo um “entre” dito por Gaara. Ela puxou uma respiração profunda antes que pudesse entrar na sala. Gaara estava encostado na enorme mesa marrom que geralmente ocupa centenas de papéis, seu rosto estava a máscara fria e impecável de sempre. Odiava isso na personalidade do noivo, sempre tinha que adivinhar o que ele estava sentido, já que ele quase nunca demonstrava algum sentimento.  

– Gomen! – Hinata disse quase sem fôlego devido à corrida para chegar até ali. – Eu estive com as crianças que foram atingidas durante o ataque, todas elas, então acabei me atrasando e chegando depois de escurecer.

– Entendo.

– Espero que não esteja muito bravo. – Disse a Hyuuga de forma sincera, quase não notou o que havia dito tão naturalmente.

Gaara olhou com certa curiosidade para sua noiva. Seus cabelos estavam bagunçados, suas roupas desarrumadas e se pudesse olhar bem perto poderia notar gotículas de suor em sua testa. Possivelmente havia corrido todo o caminho para chegar no horário estipulado. Sentiu-se culpado por tê-la deixado tão preocupada por motivos desnecessários.

– Eu não estou bravo. – Disse com um pesar na voz. – Venha aqui.

Sem muito pensar a Hyuuga caminhou devagar em direção ao Kage. Quando estava próxima o suficiente ela ergueu seu rosto. Sabia que o tinha deixado preocupado, também por ele ter certa obrigação de protegê-la já que seu pai não estava mais em Suna. Não queria ter causado problemas a ele.

– Gomen! – Repetiu novamente o pedido de desculpas. – Eu não queria ter causado nenhum problema... Eu...

– Posso tocá-la? – Gaara perguntou repentinamente, ignorando tudo que a Hyuuga havia dito.

– Nani? – Hinata ergueu o rosto que estava parcialmente baixo, não havia entendido a pergunta dele.

– Eu posso tocá-la? – Ele repetiu calmamente. – Você pareceu evitar isso mais cedo.

– H-hai. – Respondeu um pouco envergonhada. Nem mesmo lembrava-se de ter ignorado o toque do noivo anteriormente.

Gaara deu alguns passos a frente até estar próximo o suficiente de Hinata. Ele deixou sua testa encostar-se ao ombro da mesma. Estava cansado, tinha sido um dia cansativo. Mas nesse momento o dia parecia ter valido a pena. Poderia passar um pouco da noite conversando com Hinata, conhecendo-a melhor e desfrutando da sua companhia. As mãos ágeis do Kage tocaram a base das costas de Hinata, puxando-a em sua direção, deixando-a perto o suficiente para abraçá-la. Ele não tinha pressa alguma, levaria seu próprio tempo. Não queria que ela voltasse a negar seu toque como havia acontecido.

– Bom. – Ele disse em meio ao toque carinhoso que fazia nas costas da Hyuuga. – Vamos para casa.

Hinata olhou um pouco atordoada para o ruivo. Não entendeu o que ele queria dizer com “vamos para casa”, mas deveria ter se expressado errado. Arrepios tomavam seu corpo cada vez que as mãos de Gaara tocavam sua pele, mesmo que por cima do leve tecido da blusa que usava. No fundo ela não entendia porque seu corpo reagia de uma forma diferente quanto estava sozinha com o Kage. Isso a deixava um pouco apreensiva e envergonhada, se ele percebesse seria constrangedor.

– Eu não entendo. – Ela forçou-se a dizer com a voz trêmula.

– Suas coisas foram removidas para a minha casa. – Gaara disse naturalmente, como se fosse normal. – Você não pensou que iria ficar sozinha naquela casa, pensou?

A Hyuuga não teve quase nenhum tempo de reagir, Gaara separou-se de seu corpo e tomou sua mão esquerda. Levando-a para fora do prédio Kazekage. Alguns shinobis ainda presentes se curvavam em respeito antes de voltar aos seus afazeres normalmente. Já na rua quase não movimentada podiam-se ouvir murmúrios sobre eles, algumas pessoas olhavam e forçavam um sorriso pela presença de Gaara. Mas algumas dessas pessoas sorriam verdadeiramente para Hinata. Ainda agradecidos pelo que ela havia feito pelas crianças durante o ataque, não a sentindo como uma ameaça. Aos poucos Hinata sorriu de volta, antes de se dar conta que estava mesmo indo em direção a casa de Gaara.

– Espera. – Ela o chamou. – Como assim? Isso não é mesmo sério, é?

– Sim. É. – E essa foi toda a explicação que a Hyuuga recebeu.


Notas Finais


Nani: O quê?

Gomen: Desculpe, lamento.

Ja ne: Até mais.

Se tiver qualquer uma outra palavra que não entendem podem me consultar!! Espero que tenham gostado desse capítulo surpresa!

Ja ne. Beijinhos da tia Izumi. <3<3<3<3


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