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História Sunagakure: Shin Kumin. - Capítulo I - Uma noiva para o Kazekage


Escrita por: Izumi-Itachi

Notas do Autor


Mais um capítulo hoje, o próximo virá amanhã!
Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo I - Uma noiva para o Kazekage


Fanfic / Fanfiction Sunagakure: Shin Kumin. - Capítulo I - Uma noiva para o Kazekage

– Me explique novamente porque ainda estamos aqui.

A voz inconfundível de Baki foi ouvida dentro do local, esse não parecia nenhum pouco feliz por estar ali ao invés de cuidar da segurança de Suna, um de seus deveres.

– Porque aparentemente Temari não tem nenhuma amiga.

Por outro lado, Kankuro estava entediado por estar a tanto tempo sentado em uma poltrona esperando sua irmã mais nova escolher o kimono para seu casamento. O fato de ter iniciado a construção de uma nova marionete apenas lhe deixava mais nervoso por não estar em casa. Olhando para o lado oposto ao seu pode ver seu irmão mais novo, O Kazekage de Suna, em silêncio, como o esperado dele. Porém sua postura demonstrava descuido, e ser descuidado é algo que Gaara não era. Ele definitivamente estava preocupado com alguma coisa e mesmo sabendo que ele não iria compartilhar, resolveu distraí-lo.

– Você não deveria estar na reunião do conselho, Gaara-sama? – Baki chamou a atenção do Kage antes mesmo que Kankuro o fizesse.

Gaara desviou o olhar de suas mãos juntas e encarou os dois a sua frente, Kankuro parecia realmente entediado, como todos os dias. Já Baki parecia querer estar em qualquer outro lugar. Era importante para Temari que ele estivesse ali, já que ela não tinha muitos vínculos de amizade em Suna, não imaginava se ela queria alguém ali ao seu lado apenas pelo fato dela ser irmã do Kazekage. Então sim, queria acompanhá-la.

– Eles entenderão o motivo de eu me atrasar. – Disse simplesmente.

Baki discordou internamente, conhecia bem aquele conselho de velhos ranzinzas para saber que eles não iriam tolerar atraso algum. Se bem que eles estavam quietos demais por um bom tempo, nunca daria para imaginar o que acontecia dentro da sala do conselho, mas possivelmente não era algo que viria a gostar.

– E então... – A voz estranhamente calma de Temari chamou a atenção dos três shinobis. – O que acharam?

Gaara olhou na direção da irmã mais velha, ela trajava um kimono longo e de várias camadas, esses eram de tons claros do branco até o vermelho. Os cabelos definitivamente não estavam diferentes, talvez ela só fosse modificá-los no dia do casamento. Mas para isso ainda faltava algumas semanas.

– Parece um kimono normal para mim.

Kankuro disse sem notar que se continuasse assim ela usaria todos os kimonos da loja. Com isso Baki acertou-lhe um soco no braço enquanto recobrava sua postura séria.

– Está muito elegante, Temari. – Baki alegou, fazendo a loira abrir um sorriso largo.

– Parece... Bom. – Gaara compartilhou sua perspectiva.

Temari observou os três homens diante de si, Kankuro estava sendo ele mesmo e não notando o quão diferente aquele kimono era dos outros vinte e dois que ela havia mostrado a eles. Definitivamente esse era perfeito em detalhes, a maior parte do acabamento era feito em seda e ouro. Era o melhor que havia, esse seria o kimono do dia mais importante de sua vida.

– Eu tenho que ir. – Gaara disse simplesmente e logo levantou da poltrona que estava e seguiu para as ruas, agora movimentadas, de Suna. E sem esperar qualquer reação dos outros.

Temari olhou para Kankuro e Baki, os únicos que restaram para lhe ajudarem com os preparativos do casamento e sorriu contente.

– Bom. O que faremos primeiro? – Falou a loira, sorrindo divertidamente.

Podia ser ouvido do lado de fora da loja os murmúrios inconformados de Kankuro e Baki que lamentavam não poder escapar das garras de Temari tão cedo naquele dia.

 

No centro, dentro da construção simples do escritório do Kazekage, a sala do conselho estava completa. Era um daqueles raros dias que exigia a parecença de todos os anciões de Suna. O assunto era o mais importante de todo o ano, já que as aldeias estavam em paz e guerras estavam extintas temporariamente, teriam que decidir esse assunto tão importante para a Vila. O líder de Sunagakure podia de fato ser Gaara, mas as influências maiores vinham dos shinobis anciões da Vila. Todos os presentes notaram a figura imponente do Kazekage atravessar toda a sala e acomodar-se em sua respectiva cadeira. O burburinho que ocupava o local deu lugar ao silêncio absoluto, todos estavam ansiosos, talvez um pouco amedrontados de tratar desse assunto com seu Kage.

Gaara olhou toda a sala, constatando que todos os anciões estavam presente, isso poderia significar que os possíveis assuntos a serem tratados poderiam ser de extrema importância. Em um pequeno aceno o Kage permitiu que a reunião começasse.

– Todos sabem que desde a guerra todas as vilas de todos os países permanecem em paz. – Ebizou o líder dos conselheiros deu inicio, mesmo que com certo receio. – Os assuntos de Suna estão todos em dia, não há nada com urgência que precisaremos discutir durante essa semana.

Gaara assentiu, permitindo que ele continuasse.

– Temari esta irredutível quanto ao casamento, Gaara-sama sabe disso. – Dessa vez Toujuurou disse de onde estava sentado, ao lado de Ebizou. – E isso vai quebrar algumas de nossas tradições, como as do irmão mais velho casar primeiro.

– E estão sugerindo que Kankuro case-se primeiro? – Perguntou Gaara franzindo minimamente a testa em confusão profunda. O que aquilo tinha haver com ele? Kankuro nem possuía uma noiva ou até mesmo uma namorada.

– Já falamos com Kankuro-sama, e o que ele nos disse faz mais sentido. – Disse uma idosa um pouco atrás de Ebizou. – Ele se casar primeiro enquanto o Kazekage ainda não tivesse casado era um desrespeito, e que por isso deveríamos preparar primeiro o seu casamento.

Aquilo apenas deixou Gaara ainda mais confuso.

– Você evoluiu rapidamente. – Toujuurou disse. – Como o esperado de Gaara-sama, o Kazekage de Sunagakure. E sua idade esta boa para isso.

Ao notar a expressão de questionamento no rosto de Gaara, Ebizou resolveu ser um pouco mais direto, ou acabariam irritando o Kazekage, e isso era uma coisa que preferiam realmente evitar.

– E é por conta disso, Gaara-sama... – Ebizou sorriu enquanto falava. – Que esperamos que se case.

Os olhos do Kazekage tornaram-se arregalados pelo espanto, ele sentiu como se tivesse sido atingido por algo invisível. Não tinha palavras suficientes em seu curto vocabulário que indicasse a sensação estranha que se apossou de seu corpo. Mas logo tratou de recuperar a expressão fria em seu rosto, como mármore esculpido.

– Antes que fale Gaara-sama, nós já temos algumas possíveis escolhas para noivas. – A anciã voltou a falar. – Nós passamos alguns meses colhendo boas informações para que pudéssemos escolher a melhor entre elas para ser a mãe do herdeiro de Suna.

Gaara moveu-se desconfortavelmente em seu lugar, estava visivelmente incomodado e nem ao menos sabia o motivo. Possivelmente a noticia veio repentinamente e rápido o suficiente para pega-lo de surpresa.

– Também não podemos esquecer que durante a última reunião da Aliança Shinobi, alguns dos daimyos criticaram o fato do senhor ainda não ter se casado ou não ter um herdeiro. – Ebizou completou. – Isso não é apenas sobre política. A Vila te fez viver momentos ruins. Nós queremos te dar uma família.

O Kage permaneceu em silêncio absoluto. Não saberia exatamente como responder a isso, era uma obrigação sua, como Kazekage dar um herdeiro a Suna, assim como seu pai havia dado ele e seus irmãos. Gaara não tinha mais ressentimentos com seu pai, esses antigos sentimentos haviam sido eliminados após seu encontro com ele durante o jutsu do Edo Tensei. E se ele devia isso a Suna, não havia nada que pudesse fazer para evitar o casamento.

– Eu entendo. – Gaara finalmente se pronunciou. – Quando ocorrerá o casamento?

O tom frio de Gaara deixou os conselheiros aliviados, pois se ele estava tratando seu casamento como um “dever com Suna”, provavelmente não iria se importar com a escolha da noiva, dando a eles o dever de escolhê-la e com isso todos os problemas seriam solucionados.

– Sua noiva será muito preciosa, Kazekage. – Ebizou garantiu. 

 

//xx//

 

– Eu definitivamente gostei desse. – Disse a loira enquanto observava alguns vestidos mais modernos.

As duas kunoichi ao seu lado riram calmamente, quem sabe por esse ser o centésimo vestido que Ino escolhera para o casamento de seu companheiro de time. Mas não havia nada que pudesse fazer, todos aqueles tecidos eram maravilhosos, sem contar que todos os vestidos modernos deixariam ela ainda mais bonita, talvez Sai até a elogiasse sem que ela precisasse lembrá-lo disso.

O dia estava calmo, nem mesmo estava quente, na realidade o tempo estava frio e aconchegante. Hinata tinha relutado em sair de casa naquela manhã, seu braço ainda continha bandagens dos dedos até o antebraço. Não sentia muita dor, na realidade suportou muito bem quando Tsunade apareceu no clã Hyuuga para curar-lhe, e ainda assim aconselhou que a mesma usasse as bandagens para evitar qualquer tipo de infecção. Só não entendia os motivos de ela ter se dado ao trabalho de ir até o clã apenas para curar seu braço. Após isso evitou o treinamento e por isso Ino teve a idéia de arrastar ela e Tenten por todas as lojas de Konoha para comprar um presente de casamento. A idéia era o presente de casamento até que Ino viu alguns vestidos e esqueceu completamente que a noiva seria Temari.

– Você já escolheu seu presente, Hina-chan? – Tenten chamou a mesma, tentando ignorar os gritinhos estridentes que Ino fazia dentro da sala onde se trocava.

Hinata suspirou pesadamente deixando suas mãos tocarem o obi de sua yukata lilás de inverno. Não havia sido ela a comprar o presente de casamento, seu pai Hiashi estava irredutível quanto a ele mesmo ser responsável por comprar o presente do casamento da irmã do Kazekage com o mais novo conselheiro de Konoha, ela nem havia conseguido competir com os argumentos do pai. Um sorriso foi minimamente desenhado nos lábios rosados da Hyuuga.

– Otousan escolheu o presente, Tenten-chan, eu nem mesmo pude vê-lo ainda. Ele achou que comprar o presente para um casamento tão importante era tarefa de um líder.

Pela primeira vez no dia Tenten teve vontade de rir verdadeiramente. Nem mesmo conseguia imaginar como seria a cena de Hiashi comprando presentes de casamento, menos ainda explicando para Hinata que isso era dever do líder do clã. Não seria a mesma coisa da próxima vez que o visse por aí, quem sabe será menos assustador se imaginar ele rodeado de vendedoras enquanto compra um simples presente de casamento.

– Nem mesmo eu sabia que esse casamento seria tão importante. – Tenten disse enquanto ria, sendo acompanhada pela morena de olhos perolados ao seu lado.

– É claro que é importante Tenten. – A voz de Ino foi dita suavemente enquanto a mesma caminhava para fora da sala, exibindo seu vestido de seda azul.

Ino sabia como aquele casamento era importante, não só para Konoha que conseguiria reforçar os laços de paz com Suna, como também para seu melhor amigo e companheiro de time, Shikamaru. Após a morte de seu sensei Asuma, Shikamaru passou a cobrar-se muito por tudo que ele fazia, assumiu o peso de todas as responsabilidades para si mesmo procurando o melhor jeito de aceitar a morte. Cuidava de Kurenai e tudo que Mirai precisasse, mas dessa vez ele teria sua própria família. Ambos perderam os pais no mesmo dia, no mesmo instante eles sentiram a mesma dor, então Ino o entendia melhor que ninguém. O dia do casamento dele será tão importante para ela como se fosse o seu próprio casamento.

– Será um dia importante para todos. – Completou simplesmente, guardando para si todos os motivos que faziam desse dia tão especial.

Hinata compreendeu prontamente os motivos de Ino, mesmo que ela não dividisse seus pensamentos com elas. Pois ela conhecia a dor que eles tiveram durante a guerra, as palavras de Neji ainda assombravam sua mente. Sentia falta do primo todos os dias, não havia um momento sequer que se esquecia do quanto triste foi perdê-lo, assisti-lo morrer. Sabia também como foi doloroso para seu pai, que perdeu o único elo que tinha com seu irmão mais novo.

– Sim, será. – A voz de Tenten quase não foi ouvida, como se estivesse presa em sua garganta.

Ao olhar para o lado, Hinata pode notar os olhos marejados da amiga. No fim ela não era a única a sentir a falta de Neji. Ainda vagava em sua mente perguntas não respondidas sobre qual seria o relacionamento que ambos tinham, Tenten parecia tão destruída como todos os membros do Clã, nesse caso Lee também estava arrasado. Todos perderam alguma coisa importante durante a guerra, e nesse dia Hinata prometeu nunca mais perder ninguém.

– E você, Hinata-chan. Já escolheu seu vestido? – Ino perguntou, tentando inutilmente dissipar o clima estranho e depressivo que havia se formado.

Hinata entreabriu os lábios para lhe dar a resposta quando o som fraco de sinos e guizos foi ouvido, a porta da loja foi aberta casualmente dando uma visão clara de uma rosada atravessando todo o lugar até onde as kunoichis estavam. A mesma sentiu-se nervosa imediatamente, não havia visto Sakura desde o dia que havia voltado da missão e queria adiar o momento do reencontro o máximo possível.

– Então é aqui que você estava Ino-porca. – Sakura disse enquanto olhava diretamente para sua colega de trabalho. – Você deveria estar no hospital agora.

Ino sorriu forçadamente, perguntando-se até quando aquela testuda continuaria a chamá-la assim, já haviam deixado de ser criança há muito tempo, inclusive já tinha superado o amor platônico por Sasuke. Porque então continuar com isso?

– Ora, ora se não é a testuda que esta aqui. – Uma veia saltou na testa de Ino enquanto ela apertava o tecido do vestido na mão. – Você que deveria estar no hospital. Estou ocupada.

Hinata suspirava e procurava o fôlego que aparentemente havia perdido apenas com a presença da Haruno. Uma fina camada de suor cobria sua face pálida, sua mão abria e fechava em punho com a necessidade de sabe-se lá o que. Iria dar alguma desculpa para voltar ao clã quando novamente foram ouvidos os sinos, indicando que alguém adentrava a loja.

– Hime-sama. – A voz de Ko podia ser ouvida claramente, causando uma pequena sensação de conforto por seu corpo tenso. – Creio que esteja na hora de irmos.

Sem esperar qualquer palavra das outras mulheres presentes, Hinata caminhou calmamente por entre os vestidos para a porta onde Ko lhe aguardava. Antes que desse mais um passo, virou o rosto para as garotas e sorriu gentilmente como sempre fez.

– Tenho que ir, Tenten-chan, Ino-chan, Sakura-chan. – Completou a Hyuuga, sentindo o amargo vindo do último nome citado. – Espero que comprem belos vestidos, e Ino-chan, para a pergunta que havia feito a resposta é sim.

Ko guiou Hinata para fora da loja, esse praticamente carregava o peso de seu corpo como se em um segundo ela tivesse perdido suas forças. Sabia o motivo de Hinata estar quase à beira de uma crise de nervos, demorou algum tempo para que ela pudesse recobrar os sentidos e andar por si só. Ko pode ouvir um pequeno agradecimento vindo da Hyuuga enquanto ela acenava para algumas pessoas que lhe chamavam pelo nome.

Hinata estava citando todos os motivos de permanecer em Konoha, esses estavam enumerados, toda vez que via Sakura pensava em porque ainda estar ali. Porém foi interrompida quando chegou ao Clã avistando Kakashi saindo do local e Hiashi estava logo atrás com alguns dos conselheiros. Duvidava que isso fosse alguma boa notícia. Apesar disso passou por ambos com um sorriso gentil, uma mensura e se dirigiu para seu próprio quarto, pensando que por esse dia chega de surpresas. Lidaria com qualquer outra coisa no dia seguinte.


Notas Finais


Espero que gostem! Criticas construtivas são sempre bem vindas! <3 Boa noite!


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