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História Sunagakure: Shin Kumin. - Capítulo II - Viagem para Suna


Escrita por: Izumi-Itachi

Notas do Autor


Meus amores, sinto muito pela demora. Infelizmente tive uma ideia para uma outra fanfic e minha cabeça ficou confusa. Por isso esperei para postar o próximo capítulo hoje. Não direi quando o próximo virá, pode ser que seja amanhã ou Sexta. Tudo vai depender da minha inspiração para dar continuidade!

Agradeço desde já pelos comentários! Estou muito feliz. Espero que gostem do capítulo. Vai ser mais explicativo que qualquer outra coisa, porém logo estaremos vendo um pouco de ação, é só ter um pouco de paciência.

Boa leitura! <3

Capítulo 3 - Capítulo II - Viagem para Suna


Fanfic / Fanfiction Sunagakure: Shin Kumin. - Capítulo II - Viagem para Suna

Hinata estava definitivamente exausta. Pensava que talvez tivesse sido um pouco mais esperto de sua parte ouvir as recomendações médicas de Tsunade para ela. Agora se mantinha sentada próximo ao campo de treinamento, o velho casaco lilás estava totalmente destruído, - de nenhuma maneira poderia usá-lo novamente - as bandagens que cobriam seus ferimentos estavam encharcadas de sangue e suor.  Fios azulados se mantinham grudados por todo o seu rosto e vários pequenos cortes pelo corpo indicavam a quantidade exagerada de tempo que passou treinando sem qualquer descanso. Observava alegremente Mirai brincar por entre as árvores, os pequenos pés tropeçaram algumas vezes nas raízes envelhecidas, seu vestido claro de inverno estava sujo e coberto por folhas. Parecia alheia a tudo em sua volta. Sempre que Kurenai tinha alguma missão, Mirai fugia de Shikamaru para se esconder com ela.

– Hinata. – A voz de Shikamaru se sobrepôs a todos os sons a volta, ganhando total atenção da morena.

– Shikamaru-san. – Um sorriso tomou repentinamente os lábios rosados da Hyuuga. – Veio buscar Mirai?

O Jounin apenas balançou a cabeça positivamente enquanto pensava como Mirai ainda tão pequena conseguia ser tão problemática. Compreendia que para uma criança estar ao ar livre era muito mais divertido que em uma sala ou seguindo um Hokage por ai. Mas isso não diminuía a preocupação que as escapadas de sua aluna causavam em si.

– Ela é tão problemática. – Disse ele, arrancando uma risada de Hinata.

Shikamaru resolveu que ficaria um pouco mais ali, não tinha tido tempo suficiente de ver como Hinata estava desde o término com Naruto. Na realidade não compreendia os motivos do loiro ter terminado com ela, na missão que haviam feito estava evidente o amor que ele nutria por Hinata mesmo sem notar. Mas pensando sinceramente ele já esperava algo assim. Relacionamentos são complicados.

Ele permaneceu por ali até que se fizesse hora de levar Mirai para casa, Kurenai provavelmente já deveria estar de volta e pensando bem ele ainda esperava ir até Asuma, contar das novidades sobre os preparativos do casamento e o quão seu pai estava certo sobre como as noivas e esposas são assustadoras quando algo não acontece da forma que elas esperavam.

Ficaram os três por ali, Mirai brincava com flores sobre os cabelos de Hinata enquanto Shikamaru revisava alguns papeis e conversava com ela sobre como andavam os preparativos pro casamento. Hinata ria todas as vezes que ele definia Temari como ‘complicada e problemática’ porém em momento algum demonstrou arrependimento em ter escolhido se casar com ela, pelo contrário, sorrisos sinceros sempre se mostravam todas as vezes que o nome da loira era citado.

Após algumas horas Shikamaru seguiu com Mirai para casa dizendo que ela já havia curtido muito a sua fuga e agora enfrentaria as consequências, ou seja, uma Kurenai muito protetora, preocupada e zangada. Pensando bem o dia estava quase acabando, havia passado boa parte do tempo com Mirai e a outra parte treinando. Esperava avidamente que após o casamento que estaria para acontecer, Kakashi a enviasse em alguma outra missão com a ANBU. Precisava pensar sobre o que fazer. Não poderia fugir de Naruto e Sakura para sempre.

Com esses pensamentos ela apenas seguiu de volta para o Clã, decidira ajudar com os preparativos para a viagem que faria em alguns dias. Lembrou-se que Hiashi havia comprado o presente para os noivos, mais isso não a impedia de comprar algo para Temari. Compraria algo realmente relevante para a amiga e esperava que fosse de alguma ajuda em sua nova vida.

 

//xx//

 

Como de costume Gaara se encontrava sozinho na sala do Kazekage, sua atenção estava voltada a papelada que se encontrava sobre a mesa. A pilha de documentos que estavam a sua frente tinha realmente atingido uma altura tão grande que estavam bloqueando sua linha de visão. Não era apenas uma pilha. Vários papéis da mesma altura foram empilhados ao seu redor e como líder de Suna era o seu dever ler cada um desses documentos.

No entanto, esse não era um problema para Gaara, ou melhor, não era um problema muito importante. As várias solicitações em cada documento em sua mesa poderiam ser facilmente resolvidas lendo cada um por vez e uni-los quando necessário, porém infelizmente lhe faltava tempo.

O casamento de Temari e Shikamaru seria em pouco mais de três dias, Suna estava movimentada, shinobis de todas as nações estariam chegando. Precisava ser um líder receptivo, dar-lhes boas vindas e ainda assim liderar um grupo para a segurança de Suna e de todos que estarão presente. Em sua totalidade todos os Kages estariam presentes, incluindo outros shinobis importantes da Aliança, então a segurança era um quesito importante o suficiente.

Lembrava de Baki garantindo que tudo iria sair como o planejado e como o mesmo havia dito, ‘cuidar da segurança será mais fácil que conseguir controlar a noiva’ e de fato isso era a verdade. Gaara recebia várias notificações de membros do conselho e até mesmo Jounins que caíram nas mãos de Temari, ela possivelmente estaria nervosa e não que ele mesmo compreendesse, mas tinha decidido ter uma conversa com a irmã e tentar acalmá-la.

– Mandou me chamar, Gaara?

Não havia muitas pessoas na aldeia que falavam com Gaara - que era, afinal de contas, o Kazekage - de forma amigável e familiar. E, de todas as mulheres da aldeia, apenas uma falava com ele com tanta familiaridade. Notou que estava tão concentrado em suas próprias conclusões que não havia notado sua irmã entrar na sala, não até ela se pronunciar.

Gaara fechou os olhos e recostou-se na cadeira, pensava em como falar com sua irmã sem correr o risco de despertar sua fúria. Ele realmente não teve nenhuma idéia. Tudo ainda era muito novo para ele, sempre havia afastado as pessoas, o velho Gaara nem ao menos se preocuparia com o ocorrido. Porém tentava mudar, havia aprendido muito com Naruto e como o seu amigo precisaria lidar com as coisas agora.

Ele havia mudado desde que conhecerá Naruto. Seu temperamento frio desapareceu. A maneira como tratava e falava com Temari e Kankurou alterou-se. Sua atitude para com a vila mudou. Seus sentimentos para com as pessoas da vila mudaram também.

No final, Gaara foi reconhecido por todos.

– Soube que você tem estado incontrolável esses dias. – Ele disse enquanto analisava a irmã.

Impacientemente, ela olhou para seu irmão mais novo com um largo sorriso. Sabia que não demoraria muito até que alguém pudesse pensar sobre pedir sua ajuda. De qualquer maneira era bom ver que as pessoas o procuravam, mesmo que fosse para pedir que ele a controlasse. Vários anos atrás, se alguém na vila ouvisse o nome 'Gaara’ tremeria de medo. Mas olhe para o seu irmão mais novo agora. Ele era líder de Suna, e uma figura vital na aliança, mantendo todos os shinobis unidos.

– Você sabe, – Temari sorriu novamente para ele. – Eu terminei a maioria dos preparativos e não existe mais nada que eu precise fazer. Então estou ajudando todos em seus próprios trabalhos.

Para ela era óbvio o que fazia. Todo seu casamento estava encaminhado, era difícil admitir estar nervosa, ainda mais quando seu noivo esta há dois dias atrasado. Então porque não ajudar as pessoas em seus deveres? Baki estava responsável por liderar parte dos shinobis que cuidariam da segurança, ela apenas procurava selecionar os melhores. Talvez Baki não tivesse gostado de sua pequena intromissão.

– Você poderia receber os convidados e levá-los até onde ficaram durante a estadia.  – Gaara falou pensativo. – Ainda não designei ninguém para isso. E como me falta tempo, eu não poderei receber todos pessoalmente.

Só então Temari olhou para o escritório do Kazekage. Diante de Gaara tinham enormes pilhas de papéis, pareciam com as construções de Suna, várias pilhas de todos os tamanhos que quase escondiam Gaara atrás de si. Ele não deveria ter tempo até que os outros Kages viessem, porque seria obrigação dele como Kazekage recebê-los ele mesmo, e nesse caso nem mesmo ela, a noiva, poderia substituir sua presença.

– Hai. – Ela respondeu por fim.

Gaara decidiu voltar sua atenção de novo para os documentos que carimbava, porém ao perceber que sua irmã ainda estava ali voltou a olhá-la. Sua expressão parecia levemente diferente do normal, em qualquer outro tempo ele não entenderia, mas agora quase podia lê-la. Estava preocupada com algo.

– Você precisa de alguma coisa? Temari. – Ele inclinou a cabeça para trás olhando para ela.

– Ouvi Kankurou discutindo com Baki sobre seu casamento. Você vai casar para cumprir o dever com Suna ou...

– Temari, eu sou o Kazekage de Suna. É o meu dever dar-lhes um herdeiro eu deveria ter casado antes, já é errado o suficiente você casar-se primeiro. Mesmo sendo mais velha, eu ainda sou o Kage.

Por outro lado Temari sabia que Gaara estava sendo praticamente obrigado a casar, já que seu irmão mais velho empurrou essa obrigação em seus ombros e os conselheiros acataram avidamente. Não conseguia ver Gaara casando, ele não saberia como agir. De qualquer forma não pretendia preocupar o irmão mais novo com coisas desnecessárias.

– Você tem alguma ideia de quem o conselho escolheu? – Ela quis saber.

– Nenhuma.

– Espero que seja bonita. – Disse dessa vez sem conter um riso abafado.

– Essa não era uma das minhas preocupações. – Respondeu enquanto voltava a carimbar as folhas e classificava missões.

– Eu estarei aqui se precisar de mim.

– Obrigado. – Gaara falou, sentindo os lábios tensos relaxar um pouco.

Quando Temari finalmente saiu Gaara sentiu-se mais livre para continuar seu trabalho sem a preocupação de falar qualquer coisa que pudesse deixá-la brava. Ainda mais quando estava tão nítido que o problema era Shikamaru que não havia chegado a Suna. Talvez ele devesse dizer a ela que de acordo com Kakashi, o Hokage, Shikamaru tinha sido requisitado para uma missão importante para a Aliança. Mas ela não havia perguntado, e ele não se meteria em seus assuntos.

Um suspiro foi ouvido dentro da sala, alguns segundos depois Gaara voltou a trabalhar em seus documentos. Em algumas horas teria uma reunião com o conselho, discutiriam como falar sobre o casamento durante o jantar oferecido para Temari e Shikamaru. Podia dizer que de certa forma estava ansioso, mesmo que ele mesmo negasse internamente e continuasse a exibir seu rosto inexpressivo. Deixando tais pensamentos de lado resolveu voltar ao seu trabalho.

 

//xx//

 

Fazia quase meio dia que a paisagem havia mudado de verde, flores e árvores para o mais intenso deserto. Estava extremamente quente, faltava pouco até que pudessem alcançar os portões de Suna. Haviam saído de Konoha há três dias, por algum motivo seu pai adiara a viagem em dois dias, enquanto todos já estavam em Suna se preparando para o casamento. Ela ainda estaria chegando. Não demoraram muito, pois quase não pararam para descansar. Hinata teve que admitir o quão estranho era viajar não só com seu pai e Hanabi, mais também com uma quantidade exorbitante de vinte pessoas do clã sendo em sua totalidade membros da Souke. Parou de pensar sobre isso já no segundo dia de viagem, eles poderiam ter convidado todo o Clã, visto que o casamento se trata da irmã do Kazekage com o conselheiro importante do Hokage e da Aliança Shinobi, algo assim poderia exigir a atenção de um dos clãs mais importantes de Konoha.

Ao chegar aos grandes e imponentes portões de Suna, Hinata pode constatar que era definitivamente quente, não estava acostumada a isso. Mesmo que não reclamasse aquilo ainda a incomodava de alguma maneira. Avistou alguns shinobis de Suna esperando na entrada da vila, junto deles estava Temari e Kankurou, este ela pouco tinha visto.

– Sejam bem vindos.

Temari olhou para os últimos e não menos importantes convidados. O clã Hyuuga era um dos mais importantes de Konoha, se não o mais. Estava um pouco impaciente com os preparativos para o casamento, por isso pedira a Gaara para que fosse ela a recebê-los ao invés de apenas Kankurou fazê-lo. Conhecendo seu irmão mais velho sabia que provavelmente ele falaria algo que não é permitido e estragaria a situação que estava sendo formada.

– Peço desculpas por Gaara não vir recebê-los ele mesmo. – Disse a loira. – Mas como sabem é dever do Kazekage manter os assuntos da Vila em dia.

– Não se preocupe com isso, teremos tempo de conversar com o Kazekage. – Hiashi respondeu.

Temari parecia diferente, um pouco mais bonita e leve. Será que esses eram os efeitos de se estar com quem ama? Sempre que esteve ao lado de Naruto mal era notada por ele, tinha sempre que ser a primeira a falar como se sentia, visto que todas as vezes que falou algo sobre seus sentimentos ficava tão vermelha quanto um tomate e acabava por desmaiar. Hinata pensava em quão distante aqueles dias pareciam estar, nem mesmo lembrava qual a sensação das mãos do loiro sobre as suas. Sem contar com a sua própria mudança que já era visível. Sua mente vagou por alguns acontecimentos antes que pudesse concentrar-se no agora, ignorando todo o resto.

Hinata se manteve em silêncio por todo o caminho até uma construção no meio da vila, pensava em quão diferente era do que ela esperava. Suna era agradável do seu próprio jeito, as pessoas ao redor olhavam espantadas para ela e sua família. Provavelmente não conheciam o Byakugan, ou apenas os achavam estranhos. Possivelmente estava vendo coisas onde não existiam, já que estava cansada da viagem.

– Bom, não irei cansá-los mais. – Temari disse em uma breve mensura para Hiashi. – Esse é o lugar onde vão ficar. Espero que apreciem Suna e a estadia.

Kankurou que até agora havia se mantido alheio a toda a conversa durante o percurso, estava espantado com a quantidade de Hyuugas haviam vindo até Suna. Provavelmente um pequeno esquadrão para proteger o Líder do Clã, porém duvidava que fosse esse o único motivo. Não que tivesse tempo o suficiente para ficar criando suposições, tinha que voltar a tempo de terminar sua nova marionete.

– Obrigado, Temari-chan. – Hinata agradeceu com uma pequena mensura enquanto todos os membros entravam na enorme residência escolhida para eles.

– Não precisa agradecer, Hinata. – O sorriso foi devolvido pela loira. – Só lembre-se que esta noite ocorrerá o jantar para comemorar o casamento.

– Hai.

Observou Temari, Kankurou e os outros shinobis de Suna irem embora antes que ela mesma pudesse adentrar a casa. Todos os membros já tinham escolhido suas acomodações e apenas Ko estava no topo da escada esperando por ela. Seu sorriso costumeiro a deixava mais calma, afinal ele sempre cuidou de sua segurança.

– Seu quarto já foi escolhido, Hime-sama.

– Adiantaria se eu pedisse novamente que não me chamasse assim? – Hinata perguntou enquanto se encaminhava para seu próprio quarto, que era indicado por Ko.

– Creio que não, Hime-sama. – Disse ele simplesmente

Desistiu de discutir sobre aquilo de novo, estava cansada o suficiente para pensar apenas em descansar. Logo mais teria que se preparar para o jantar que Temari havia falado. Seu estômago revirou em antecipação, sabia que Naruto e Sakura também deveriam ter sido convidados já que Naruto era como um irmão para o Kazekage. Lembrou da última vez que havia visto os dois juntos, definitivamente teria que evitar o mesmo comportamento. Seu pai estaria presente assim como seu clã, não poderia demonstrar fraqueza alguma e muito menos criar uma cena desagradável e estragar o dia importante de Shikamaru e Temari. Faria seu próprio esforço para deixar todo o ocorrido de lado e ignorar a dor crescente em seu peito.

O quarto ela iluminado por uma enorme janela, através do vidro Suna podia ser vista em toda sua plenitude. Era um lugar realmente bonito, que provavelmente planejava explorar antes de voltar para casa. Estava prestes a deitar sobre a cama e descansar, quando Hiashi entrou no local mesmo que sem anunciar sua entrada.

– Está acomodada?

– Hai, Otousan. – Hinata respondeu quase que imediatamente.

– Descanse um pouco antes de sairmos.

Disse e logo saiu, deixando Hinata novamente sozinha. Podia imaginar o quão preocupado seu pai estava, era provável que sabia o motivo do incomodo que ela poderia sentir durante o jantar e por isso quis ele mesmo se certificar. Nos últimos dias ele demonstrava um tipo diferente de cuidado, sempre perguntado como ela estava e se algo a incomodava. Queria saber o motivo de tal, entretanto seu corpo se negava. Seus olhos se tornaram pesados demais para serem mantidos abertos.

Eventualmente, Hinata adormeceu.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, qualquer duvida pode deixar aqui nos comentários que será respondida.

Ja ne, amores. <3 Até a próxima.


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