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História Sunagakure: Shin Kumin. - Capítulo VIII - Lembranças


Escrita por: Izumi-Itachi

Notas do Autor


Olá meus amores!!! Primeiro quero me desculpar pela demora. Infelizmente eu não consegui fazer o que queria e acabei mudando de ideia em algumas coisas. Eu resolvi que o casamento ShikaTema ficará para o próximo capítulo porque queria "finalizar" o capítulo anterior e fazer um momento fofinho ShikaTema, não sei se consegui. Mas eu realmente tentei. O que tiver em negrito/itálico é uma lembrança do Shikamaru que acontece durante o anime clássico/manga, então quem viu vai saber do que se trata. Eu me esforcei bastante nesse capítulo então estou ansiosa para saber se gostaram!!

A capa tem haver com a lembrança, então não vão achar estranho, ok?

IMPORTANTE: Eu também queria agradecer vocês imensamente pelos 70 favoritos e os 85 comentários. Quando comecei a escrever essa fic eu definitivamente não esperava por isso. Então vocês podem imaginar a minha felicidade. Andei pensando em como agradecer a vocês, decidi que farei uma one-shot com o casal mais votado. Então se vocês quiserem a One como presente é só colocar (ex: #Sasuhina) nos comentários e eu postarei a one no mesmo dia que postar o próximo capítulo. <3<3<3

Qualquer dúvida ou criticas construtivas podem deixar nos comentários. Nas notas finais terá significado de algumas coisas como sempre. Então leiam as notas finais!

Boa leitura!!!

Capítulo 9 - Capítulo VIII - Lembranças


Fanfic / Fanfiction Sunagakure: Shin Kumin. - Capítulo VIII - Lembranças

Todos olhavam a cena com certo espanto. Gaara, o Kazekage, ainda se mantinha ajoelhado em uma pequena montanha de areia ao lado de Hinata. Agora alguns ninjas médicos de Suna rodeavam o casal tentando curar a Hyuuga o mais rápido possível. O sangue que cobria a bochecha esquerda de Hinata também havia manchado o rosto pálido de Gaara e este nem mesmo parecia se importar com este fato. 

Naruto olhava tudo a uma boa distancia enquanto Sakura curava algumas crianças que não foram protegidas por Hinata. Algo dentro de si parecia errado, sua boca tinha um gosto amargo e sua mão fechava-se em punho todas as vezes que sua memória o levava de volta ao amigo beijando a Hyuuga. De acordo com Kakashi o casamento era apenas um acordo entre Konoha e Suna, nem mesmo Hinata sabia sobre isso. O ex sensei havia comentado que o líder do Clã e pai de Hinata havia feito tudo sem o conhecimento ou consentimento da filha alegando que ela estava sempre em alguma missão. Então se eles não se conheciam, ou sabiam de fato sobre o casamento porque Gaara mostrava tanta intimidade com ela?

Seus pensamentos foram interrompidos quando uma mão leve tocou seu ombro, Sakura estava com uma aparência realmente cansada, possivelmente havia gastado muito chakra curando as pessoas. De qualquer forma ele desejava que ela pudesse curar Hinata, a sensação incômoda de ódio corria por todo seu corpo todas as vezes que ele lembrava o machucado que a Hyuuga havia ganhado em seu rosto.

– Eu já terminei por aqui. – Sakura disse cansada.

– Sim, você fez muito bem. – Naruto concordou. – Você poderia curar a Hinata agora?

Sakura franziu a testa com a pergunta que o namorado havia feito. Ela não tinha nada contra a Hyuuga e até mesmo já tinha tentado curá-la, porém a mesma não mostrou interesse algum em receber qualquer tratamento que viesse de si e até mesmo o noivo de Hinata disse que preferia que ela fosse curada por alguém de Suna, provavelmente por notar o desconforto da futura esposa. Seria possível estar arrependida agora? Sakura quase se arrependia por ter se declarado para Naruto, mesmo que agora soubesse que seu amor sempre foi dele e Sasuke era apenas uma obsessão de infância. Ela lembrou sobre a conversa que havia tido com Naruto durante a missão na lua, onde ela disse que ele gostava dela apenas por ela gostar de Sasuke, e os dois estarem ainda competindo, quando na verdade ela ainda tinha esperanças com Sasuke apenas por conta de uma mesma competição que tinha com Ino na infância.

– Acho que Gaara prefere que alguém de Suna cuide de Hinata.

– Tudo bem, ‘ttebayo! – Naruto disse aparentemente despreocupado.

Momentaneamente Naruto pode sentir o corpo frágil de sua namorada recostar ao seu. Era o de sempre, Sakura estava sempre cuidando de todo mundo e esquecendo que também precisava descansar e cuidar de si mesma. Talvez fosse melhor tirá-la dali, e ele mesmo sair dali, pois se sentia culpado por não ter pensamentos bons direcionados ao amigo e a Hinata, a quem ele devia muito.

– Vamos, Sakura-chan. Você precisa descansar, ‘ttebayo!

Dessa vez a rosada apenas sorriu, pela primeira vez desde que eles estavam em Suna as atenções de Naruto finalmente estavam voltadas para ela, inclusive sua preocupação. Mesmo que ela não estivesse machucada. O loiro a pegou no colo de forma protetora, ganhando um pouco de atenção dos shinobis que estavam ao redor deles, e deixando o rosto de Sakura corado diante do carinho que ele usava para carregá-la.

– Obrigado, Sakura-chan. – Naruto murmurou.

 

//xx//

 

– Eu disse que estou bem.

Era a milésima vez que Hinata dizia tais palavras para Gaara. Estavam agora dentro do prédio do Kazekage, alguns ninjas médicos ainda a rodeavam procurando por escoriações ou qualquer tipo de hematomas e machucados. Gaara estava diante de uma pequena força tarefa ditando ordens de proteger a Vila enquanto esperava de certo pela chegada dos Kages. Ele parecia apreensivo, talvez por a segurança de Suna ter sido violada e atentados terem ocorridos “debaixo de seu nariz”, pelo menos era assim que Hinata pensava.

Ko havia vindo em torno de seis vezes seguidas até o prédio para se certificar de que a mesma estava bem. Agora que podia pensar livremente sem a presença de Gaara ao seu lado se deu conta do que havia acontecido. Não tinha nada errado sobre os palpites, o Hokage estava sempre certo, mais ainda não conseguia entender o porquê de terem atacado a academia de Suna. Eles tinham a surpresa como aliada, podiam ter atacado Gaara diretamente se era o que planejavam desde o inicio. Não havia sido muito inteligente da parte deles mostrarem a posição em que se encontravam facilitando um contra ataque, a verdade é que algo não estava encaixando, alguma coisa estava faltando. Eles pareciam fortes o suficiente para serem apenas nukenins comuns.

Algo sobre a Katana chamava sua atenção, de certo que ela não havia errado o jutsu, o Kaiten não falha. A Katana usada pelo ninja tinha sugado boa parte de seu chakra e isso facilitou o ataque. É quase como se o Kaiten tivesse sido cortado ao meio. Se não fosse o escudo de areia de Gaara ter lhe protegido era certo que teria sido atingida e se ferido gravemente.

Hinata tinha a mente longe o suficiente para não notar que Gaara agora acariciava seus longos cabelos enquanto conversava com Baki, ele parecia fazer distraidamente sem mesmo notar que o fazia. Após o ataque ele não havia saído de seu lado em um momento se quer. Isso a fazia lembrar-se do beijo que o mesmo tinha lhe dado após a explosão. Seu rosto esquentou de imediato por saber que boa parte de Suna tinha presenciado, assim como alguns shinobis de Konoha, Naruto e Sakura.

– Devemos triplicar a força de Suna já que o casamento de Temari será realizado.

– Seria mais cauteloso se ela cancelasse o casamento até que pudéssemos saber o que aconteceu. – Gaara respondeu. – Logo terei uma reunião com os Kages, então espero que escolte Hinata para o casamento se eu não tiver tempo para fazê-lo.

Baki sabia que não era um pedido, era uma ordem. Era estranho observar a situação em que estavam, havia chegado um pouco tarde para ajudar durante o ataque, mais chegou a tempo de ver o rosto aparentemente ‘assustado’ de Gaara. Alguns dos jounins comentavam as escondidas sobre um beijo que tinha acontecido um pouco depois da Hyuuga proteger as crianças da academia. Talvez Temari tivesse razão e Gaara esteja gostando realmente de Hinata. Agora alguns nin de Suna curavam ferimentos expostos enquanto o Kazekage acariciava seus cabelos. Se alguém lhe dissesse isso diria imediatamente que era mentira, na realidade era quase impossível de se acreditar.

– Não precisa incomodá-lo, Gaara. – Hinata disse baixo, um pouco corada por conta da situação. – Eu estou bem e posso vir com os membros do Clã, Hanabi e Otousan.

Gaara se manteve em silêncio, se Hiashi viria pessoalmente para o casamento era certo que Hinata estaria segura. Algo como o atentado que ocorreu não deveria acontecer de novo, ele ainda lembrava-se da sensação de insegurança quando a areia o impediu de ver algo atingindo Hinata. Agora entendia a amarga dor que as outras pessoas experimentavam quando não tinham uma defesa absoluta e ficavam feridas. Não sabia o que podia significar mais definitivamente algo assim não aconteceria de novo. Ele mesmo iria se encarregar de mostrar o poder de Suna. Também não entendia o impulso que teve em beijá-la, esperou algum tipo de reclamação da parte da Hyuuga mais essa não veio.

– Tudo bem. – Ele finalmente cedeu. – Pode ir, Baki. E me mantenha informado.

Baki seguiu até a porta mais antes que pudesse alcançá-la ela foi empurrada violentamente. Um vulto de cabelos negros passou diante de todos, os olhos avermelhados vistoriavam o corpo da Hyuuga até que pudesse constatar que ela não estava mais machucada. Gaara afastou-se o suficiente para dar espaço a mulher que agora abraçava Hinata e chorava copiosamente. Kurenai sorriu em meio às lágrimas ao constatar que a aluna estava bem. Ninguém poderia pensar que esta mãe gentil era uma jounin feroz.

– Eu estava tão preocupada. – Kurenai disse em um fio de voz enquanto acariciava o topo dos cabelos azulados de Hinata. – Às vezes você me deixa mais preocupada que Mirai.

Um riso baixo escapou pelos lábios da Hyuuga. Era incrível ver que Kurenai não havia mudado em tanto tempo. Em ocasiões especiais ela chegou a enxergá-la como mãe, sempre se preocupando com seus esforços demasiados para se tornar forte. A única pessoa que enxergou grandeza em si mesma quando ainda não tinha desabrochado. Que lhe acolheu, protegeu e deu conselhos importantes que ela não poderia ter tido de qualquer outra pessoa.

– Onde está Mirai?

– Com Shikamaru, ou talvez tenha fugido dele outra vez. – Kurenai riu ao terminar de dizer. – Duvido que ela esteja procurando você pela vila.

Kurenai sabia que no fundo Hinata estava um pouco assustada. Ela conviveu o suficiente com a Hyuuga para saber quando algo a estava preocupando, e no momento o atentado era um deles. Não era de se estranhar que ela não estivesse constrangida diante do noivo, já que seus pensamentos deviam estar voltados para as crianças que foram atacadas. Kurenai imaginava que a Hyuuga não havia pensado na possibilidade dela ser o alvo dos ataques, porque Hinata sempre coloca alguém a sua frente. Sempre preza pela felicidade e bem estar de todos que estejam a sua volta antes de si mesma e por isso sofreu algumas consequências, consequências essas que a trouxeram direto para Suna.

– Não me dê outro susto desses, entendeu? – A voz de Kurenai escapou falha por conta das lágrimas.

– Hai!

Antes que Hinata pudesse voltar a falar alguém entrou de imediato dentro da sala do Kazekage anunciando que a reunião com os Kages poderia ter inicio visto que todos estavam presentes. Mesmo contra sua própria vontade o Kage de Suna partiu para a reunião, deixando Hinata e Kurenai para trás. Após presenciar algo como isso pode lembrar-se de todas as vezes que Yashamaru tinha se preocupado consigo. Sabia que ela cuidaria bem de Hinata, então ela estava em boas mãos. E no momento ele também tinha outras preocupações em mente.

 

//xx//

 

Apertado. Era assim que Hinata definia o kimono que estava usando. Talvez fosse seu próprio nervosismo por ter que encarar as pessoas que andava ignorando ultimamente. Hanabi andava em volta de si dando os últimos retoques no obi dourado que segurava o kimono, enquanto trabalhava nisso falava sobre algum assunto que Hinata não estava prestando nenhuma atenção.

A realidade é que estava aparentemente nervosa essa seria também a primeira vez que acompanharia Gaara em um evento tão grande e importante, era o casamento de Shikamaru e Temari, e ela iria como noiva do Kazekage de Suna. Os olhares acusatórios seriam mais uma vez direcionados a ela, todos de Konoha também estariam presentes. No fim seu próprio nervosismo era mais que justificado.

– Você pode desistir de ir. – Hanabi disse de forma casual, interrompendo seus pensamentos. – Ninguém iria te julgar, Nee-san, você impediu um ataque a academia hoje.

O olhar vago de Hanabi demonstrava que ela estava estranhamente preocupada. Desde o momento que voltou para casa junto a Kurenai a irmã mais nova não havia parado de lhe fazer perguntas. De certo estava curiosa para saber como alguém conseguiu quebrar um jutsu inquebrável do Clã Hyuuga, pelo menos foi assim que pensou, mas a verdade é que Hanabi estava preocupada com a sua segurança.

– Eu tenho que ir, sou a noiva do Kazekage de Suna que coincidentemente é irmão da noiva, seria uma desonra se eu não fosse. – Hinata falou calmamente antes de acariciar o topo dos cabelos da irmã mais nova, como Kurenai havia feito mais cedo. – Shikamaru-san ficaria desapontado se eu não fosse para cuidar de Mirai.

– Tudo bem. – Hanabi finalmente assentiu. – Então devemos passar alguma maquiagem em seu rosto, você esta pálida.

Diante da situação Hinata achou que seria mais sábio deixar que Hanabi brincasse de boneca com ela, era mais fácil lidar com essa Hanabi do que com a que luta com unhas e dentes pelo que quer, porque daí em diante tudo se tornaria mil vezes mais complicado para todos. Ao pensar sobre isso se lembrou de que ainda teria uma conversa seria com seu pai como tinha sido requisitado pelo mesmo. Possivelmente falariam sobre o casamento, mas isso era algo que preferia deixar para pensar depois.

– Venha ver, Ko. – A menor gritou enquanto corria para a porta, abrindo-a em seguida. – Ficou realmente bom, não é?

– Hai! – Ko respondeu de onde estava. – Realmente muito bonita, o esperado de Hime-sama.

Hiashi aproximou-se da filha mais velha observando o quanto ela cresceu desde aqueles dias em que ela parecia um ser indefeso. Sabia que tinha sido duro com ela por toda sua vida, também sabia que havia sido necessário na maioria das vezes. A futura líder do Clã Hyuuga deveria ser forte, determinada e fazer o que fosse possível pelo Clã e isso era algo que Hinata não era. Ou pelo menos ele achou que não era. Ao passar dos anos pode ver a filha se tornar uma das kunoichis mais fortes de Konoha, sua determinação era inquebrável. Ela protegeu Naruto e consequentimente a Vila, lutou durante a guerra, protegeu a irmã mais nova e o mundo quando realizou a missão na lua. Hinata cresceu diante de todos que a menosprezavam por sua gentileza e ensinou a todos do Clã Hyuuga que ela poderia ser mais forte que todos.

Estava orgulhoso de suas filhas, Hinata em breve casaria com o Kazekage e Hanabi assumiria a liderança do Clã como havia previsto. No fundo Hiashi esperou que Hinata pudesse encontrar seu próprio destino, e mesmo que tenha se perdido no meio do caminho ela encontrou outro Nindō para seguir.

– Devemos ir. – Hiashi disse severamente para todos os presentes, ignorando literalmente o que pensava.

 

//xx//

 

Temari olhava diretamente para seu próprio reflexo. Seu kimono aparentemente branco com tons avermelhados era definitivamente bonito, era como olhá-lo pela primeira vez. Pela primeira vez também desde a infância pensou em como seria agradável se sua mãe estivesse ao seu lado nesse momento importante. Talvez até mesmo seu pai estivesse feliz por seu casamento e o próximo sendo o de Gaara. Quem sabe ele não pensasse bem adiante, nos herdeiros de Suna, em quem seria o futuro Kazekage dependendo da sua força e vitalidade, pois era assim que seu pai era. Ele sempre pensava no bem de Suna e fazia o que julgava ser correto.

Nunca pensou que pudesse casar, não esperava casar. Desde a primeira vez que viu Shikamaru teve a sensação de que ele era preguiçoso demais para ser um shinobi, e agora vendo que ele é uma peça tão importante para a Aliança quanto seu próprio irmão faz pensar em como as pessoas mudam, ou quem sabe ele sempre foi assim. Gostaria de ser uma boa esposa para ele, quem sabe aumentar a família e protegê-lo.

– Você parece estar pensando demais. – A voz preguiçosa de Shikamaru chamou sua atenção. – Deve vir algo bem problemático por aí.

Pela primeira vez naquele dia a loira teve vontade de rir espontaneamente. O nervosismo a consumia, ela estava tão distraída a ponto de não ter notado a presença do noivo em seu quarto. Pensava se estava perdendo o jeito de ser kunoichi, ou se apenas seria a primeira vez que algo era mais importante do que ser boa em ser uma ninja.

– Não precisa pensar muito sobre isso.

Shikamaru levou sua mão direita sobre o ombro de sua noiva, fazendo uma leve pressão no local. Ele estava preocupado com a expressão que viu no rosto de Temari, ela definitivamente não era do tipo que se preocupava. Lembrava-se vagamente da vez que ela o salvou quando tudo parecia perdido na luta contra Tayuya.

“– Ouvi dizer que houve um acordo com os traidores da Areia, mas é difícil acreditar que vocês mudaram de lado assim, tão rápido.

– Não era de nossa vontade um ataque à Konoha. Foi uma ordem. A mesma razão pela qual eu estou aqui, agora.

Shikamaru riu como se estivesse gabando por saber que tinha acertado. Era como pensava, a Godaime interveio mandando reforços para ajudá-los. Talvez agora com alguma ajuda pudesse montar alguma estratégia que os fizessem ganhar tempo suficiente para fugir.

– A propósito, quando foi que ficou assim tão idiota? – Temari disse casualmente com um sorriso nos lábios. – Está pensando em desistir de novo? Muito bem, então eu cuidarei dela.

– Eu não vou desistir. Um homem não pode ser protegido por uma mulher.

– Ainda com essas besteiras de homem e mulher, como sempre. Pare de bancar o durão, idiota.

– Ela cria ilusões com o som daquela flauta. – Shikamaru prosseguiu ignorando o comentário anterior.

– Dai Kamaitachi no Jutsu!

As árvores ao redor tornavam-se pedaços cortados de madeira em um único ataque. Possivelmente metade da floresta foi cortada pelo jutsu, incluindo a flauta que Tayuya usava. Com um único golpe ela atacou e defendeu ao mesmo tempo.

– Ela está se escondendo.

– Ela fugiu? – Temari perguntou curiosa.

– Não, eu não creio que ela tenha fugido.

– Eu acabei de chegar aqui. Me dê uma análise de suas habilidades e estilo de luta. – Ela continuou. – E faça um resumo da situação.

– Primeiro, sua técnica padrão é criar Genjutsus com a flauta, para prender o inimigo. Quando é capturado ela o ataca fisicamente. Ela é uma típica usuária de Genjutsu, ataca somente de longe. Depois de ver sua técnica, ela percebeu que sua flauta seria ineficaz, fora a desvantagem numérica. A menos que ela use o Genjutsu ela não vai aparecer.

– O som? – Ela perguntou.

– Se quer minha opinião, estamos em desvantagem. Desse jeito cedo ou tarde seremos pegos. – Shikamaru respondeu preocupado. – Acho que devemos fugir enquanto ainda é tempo.

– E quem pediu sua opinião? – Temari disse despreocupadamente. – Eu apenas pedi um resumo da situação. Minha força não deve ser subestimada. Se aquela garota pensa que eu vou esperar ela tocar aquela flauta para nos pegar, ela está enganada.”

Shikamaru riu pela lembrança do dia que havia sido salvo, também lembrava nitidamente da arrogância da futura esposa. Mas mesmo agora, vendo-a nervosa com o casamento e o possível ataque a Suna, podia constatar que ainda assim ela parecia mais assustadora que sua mãe, e que queria ver essas expressões assustadoras pelo resto de sua vida.

 

//xx//

 

A reunião com os Kages havia durado mais que o previsto, e com isso tinha se atrasado para o casamento. Mesmo que soubesse que não haveria um casamento sem sua presença. Seus passos tornaram-se cada vez mais apressados, assim como os dos shinobis que faziam sua escolta, mesmo que não precisasse. Ao chegar diante de sua casa pode ter uma bela vista da ornamentação do casamento. Temari tinha trabalhado incansáveis dias para que tudo ficasse pronto a tempo, também chegou o mais perto possível de enlouquecer todos em Suna quando terminou todos os preparativos.

Um pouco antes da entrada provisória Hinata estava a sua espera, ela não poderia entrar sem a sua presença. Gaara olhou em direção aos jounins que o seguia e os dispensou antes que pudesse chegar próximo o suficiente de sua noiva. Hinata parecia ainda mais bonita que durante a noite do festival, sua pele era branca e tinha um senso de transparência e seu rosto parecia ter sido pintado de alguma forma. Na opinião de Gaara ela não precisava disso para tornar-se bonita, seu rosto normalmente parecia tão adorável como o brilho dourado de um lírio.

Quando se aproximou o suficiente Gaara estendeu a mão direita em direção ao rosto da Hyuuga e com o polegar tocou-lhe os lábios. Em um pequeno movimento toda a cor contida ali foi retirada deixando uma pequena mancha na pele do Kage. Ele olhou para Hinata que estava um pouco assustada e até mesmo corada. Ao notar sua expressão ele pensou se tinha assustado-a. Talvez fosse melhor que se explicasse antes que piorasse o estado de sua noiva que já havia ganhado vários tons escarlates por todo o rosto.

– Você não precisa disso.

Gaara sorriu, enquanto via agora a cor rosada natural dos lábios da Hyuuga. Mesmo sabendo que havia pessoas o suficiente ao redor deles, ele inclinou-se gentilmente em direção a Hinata e pressionou seus próprios lábios contra os dela em um beijo casto. Após a pequena explicação que tinha dado Gaara voltou a tomar-lhe uma das mãos e logo depois a guiou para o centro da cerimônia que estava prestes a começar. 


Notas Finais


Nindō: Nindō (Literalmente significa "Caminho Ninja") é uma regra pessoal que cada shinobi vive. É o seu modo de vida ninja, seu lema, ou "sonho".

Nin: Ninja Médico (Iryō-nin) são ninjas que se especializam no tratamento médico e uso de técnicas médicas para curar os outros.

Dai Kamaitachi no Jutsu (Técnica do Ciclone de Foice) é um Ninjutsu utilizado por Temari, kunoichi de Suna. Temari usa seu leque para soprar uma sequencia de ventos cortantes imbuídos de seu chakra Fūton.

Se tiverem dúvidas em qualquer outra palavra podem deixar a pergunta nos comentários e irei respondê-los.

Espero que tenham gostado desse capítulo. Ja ne!! <3<3<3


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