História Sunlight - Red

{Kihyun}

Me chamo Yoo Kihyun e tenho 23 anos, tenho atração por garotos desde bem novo, meus pais não aceitaram de primeira, mas foram se acostumando com o tempo e hoje me apoiam muito nesse quesito.

Mas eu não vim aqui contar apenas a minha história, vim contar um pouco de como eu encontrei o anjo da minha vida: Lim Changkyun 

Como já era de costume, me levantei cedo e fui trabalhar, dez minutos eram suficientes para ir de minha casa até a cafeteria cujo sou garçom, as manhãs eram sempre agitadas, por ela ser localizada bem no centro comercial muitos homens engravatados sempre marcavam presença logo cedo.

No prédio à frente, a redação da revista de negócios mais conhecida da Coreia do Sul, seus funcionários eram rostos já conhecidos por mim, sempre os mesmos pedidos, as mesmas pessoas... Até um dia que esse padrão foi repentinamente quebrado, os homens engravatados entraram um por um pela porta do estabelecimento, o ultimo me chamou atenção assim que um sorriso brilhante se acomodou em seus lábios, era lindo, totalmente diferente dos outros, fui tirado de meus pensamentos por uma mão que chacoalhava em frente aos meus olhos 

- Ei garoto! Vá atender aqueles caras ali! - Minha chefe apontava para uma mesa quase sem paciência 

- S-sim, já vou - pisquei várias vezes para retornar a vida real 

- Annyeong! O que vão querer hoje? - Disse me aproximando da mesa olhando para cada rosto e sorrindo levemente 

- Chang! Você pede primeiro! É seu primeiro dia, peça algo especial! - Um dos homens chamou atenção do garoto 

- Er... - Nossos olhos se encontram e pude sentir cada parte do meu corpo se arrepiar- V-vou querer um... Frappé de frutas vermelhas e um Brownie, p-por favor - As bochechas do garoto ganharam uma cor avermelhada e eu apenas assenti anotando no bloquinho. Não sei como consegui trazer os outros pedidos certo por que depois disso eu não prestei atenção em mais nada a não ser em Chang. 

{Changkyun} 

Changkyun, 20 anos, gay. Nessa sociedade infelizmente ainda somos tratados como anormais, por isso prefiro esconder de certas pessoas esse fato. 

Recentemente fui aceito como estagiário na redação de uma revista bem famosa aqui na Coreia do Sul, meu primeiro dia foi um mar de surpresas, e a que mais me deixou feliz foi o garçom da cafeteria. 

Era uma segunda feira, meu primeiro dia no novo trabalho, acordei assustado com o som do despertador e automaticamente fiquei muito puto da vida porque não queria estar acordado tão cedo! Demorei alguns minutos pra levantar da cama e raciocinar o que faria da minha vida, coloquei uma roupa e desci para ir ao trabalho, minha omma insistiu em me levar até o prédio da redação, não pude negar, sou uma pessoa que não gosta muito de andar. Fiz alguns amigos bem rápido ali dentro e eles me convidaram para tomar café em uma cafeteria fofa no prédio à frente, assenti, já que tinha esquecido de tomar café em casa. 

Entramos e sentamos todos em uma mesa perto das janelas, um garçom se aproximou e falou com um deles

- Annyeong! O que vão querer hoje? 

- Chang! Você pede primeiro! É seu primeiro dia, peça algo especial! - Me virei assustado 

- Er...- Pela primeira vez meus olhos esbarraram no tal garçom, ele vestia um avental bege por cima da calças jeans e uma blusa preta, os fios escuros levemente bagunçados tinham um caimento perfeito em seu rosto angelical -  V-vou querer um... Frappé de frutas vermelhas e um Brownie, p-por favor...

O garoto apenas assentiu com as bochechas vermelhas e anotou os outros pedidos sem voltar o olhar para mim novamente. 

Ele ia e vinha com a bandeja em mãos, olhares eram trocados entre nois, mas nada além disso. Depois daquele dia, não voltei mais naquela cafeteria, não tinha tempo, andava sempre muito ocupado com os trabalhos que me davam. Até um certo dia, voltei ao local, só que dessa vez com minha melhor amiga, Park Hyunshi, nesse dia eu revelei a ela que sou gay, e ELE estava lá! Seu cabelo não era mas castanho, estava rosa! Meu coração disparou assim que seus olhos encontram os meus, tenho quase certeza que seu coração também bateu mais forte, pela expressão no rosto do menino. Eu e Hyun conversamos e nossos olhares sempre se cruzavam, até uma hora eu tomar coragem e o chamar até nossa mesa...