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História Sunshine - Parte 3. Bittersweet


Escrita por: kim_fairydust

Notas do Autor


OLHA ELA AÍ GENTE
É, quem é vivo sempre aparece.
Mds, que vergonha.
Meu pc ficou um tempão quebrado, fiquei sem internet e o pior de tudo: fiquei sem inspiração.
Mas eu não desisti. Eu ia fechar essa fic no cap 3, mas pensei que ela pode render mais um pouquinho, eu não queria fazer nada apressado, então to vendo ainda. Esse é um cap de transição mesmo, resumindo as coisas e tal PQ EU N VOU DESCREVER A SOFRENCIA DE DOIS ANOS DO BAEK VCS PEGARAM O SENTIMENTO DA COISA NO PRIMEIRO CAPITULO NÉ GENTE.
Ah, tem o link da playlist nas notas finais.

Capítulo 3 - Parte 3. Bittersweet


“Acho que uma das partes mais difíceis do fim de um relacionamento é esquecer. Mas não apenas o esquecer de sentimentos. É o esquecer de como é se sentar em frente à TV para assistir um filme enquanto como pipoca e encosto minha cabeça em seu ombro. Esquecer que eu te abraçava durante a noite, esquecer a sensação dos seus braços em volta de mim e da sua risada preenchendo o silêncio que, aos poucos, se torna ensurdecedor. Ah, se eu apenas pudesse te dizer isso pessoalmente, mas eu não te vejo pessoalmente já faz um tempo. Dói saber que aos poucos as suas feições vão se tornando cada vez mais e mais difícil de visualizar em minha mente e que eu não tenho coragem de olhar as suas fotos. Também não consegui jogar fora aquela jaqueta que você esqueceu-se de levar. Guardei debaixo do meu travesseiro. Sinceramente, Yeol, existe alguém mais piegas que eu?”

Baekhyun observava a placa, incomodado. Tudo o que passara, todos os anos de memórias se resumiam agora a isso: uma grande placa de plástico fincada ao solo onde se lia “VENDE-SE” em letras garrafais. A que ponto chegara? Quando entrou naquela casa, não se via saindo dela sozinho. Mas como diz o ditado, é a vida. Nem tudo sai como planejado, mas algo sai. Dessa vez, era Baekhyun que saía. Literalmente.

Riu baixinho por pensar em um trocadilho tão tosco. Passando uma mão pelo cabelo, se abaixara para pegar a mala que ainda faltava por no carro. Sua vida mudara tanto em tão pouco tempo. Depois de tudo o que houve, a parte mais difícil fora largar o emprego na creche. Amava as crianças e as bagunças dos pequenos era o que lhe dava motivação, mas sabia que apenas o seu salário não seria suficiente. Haviam sido dois anos difíceis, dois longos anos em que, constantemente, se pegava pensando se superaria.

Minseok, que era praticamente um irmão mais velho, sempre o lembrava de que ainda era jovem, de que ainda tinha muito pra viver e que podia ter uma vida melhor. Fora assim que Baekhyun, aos poucos, fora acordando de seu estupor. Não esquecera Chanyeol da noite para o dia, não há quem consiga, mas se sentia bem agora. Melhor, se sentia capaz. Capaz de procurar um emprego melhor, de dar o melhor de si para outra coisa além de um relacionamento, para aproveitar mais de tudo o que a vida tinha para lhe oferecer. Quando Minseok lhe chamara para ser sócio de seu pequeno restaurante que crescia mais e mais a cada dia, vira a oportunidade que buscava. Era bom com números, era bom com pessoas e, enquanto não se aproximasse da cozinha, trabalharia perfeitamente bem no restaurante.

A única complicação era à distância do restaurante para sua casa, e fora assim que arrumara suas malas e passara a viver no mesmo apartamento que Minseok, colocando sua casa a venda. Era tudo sobre um novo começo, ser egoísta uma vez na vida.

- Hey Baek, vai ficar aí o dia inteiro?

- Eu já estou indo, Dae!

Jongdae, vulgo namorado de Minseok, se oferecera para vir buscar o restante das coisas na casa e o levar de volta ao apartamento. Apesar de o salário estar mais estabilizado, ainda não era o suficiente para um carro.

Quando colocara a última caixa no porta malas, respirara fundo e entrara no carro. Não havia mais nada ali que o pertencesse e esperava que, daqui a alguns dias, aquela casa não estaria mais em seu nome.

- Minseok lhe falou alguma coisa sobre sábado?

Jongdae tinha uma relação engraçada com Minseok. Era mais novo que seu amigo e, apesar de saber com todas as letras que sim, realmente estava namorando, ainda era extremamente inseguro, o que levava a conversas cheias de especulações sobre Minseok a cada momento em que ficava só com Baekhyun, o que era mais comum que o esperado.

- O que? Que é final de semana, que ele vai poder descansar aquele corpo idoso?

- Baekhyun! Você sabe o que eu estou perguntando!

Baekhyun rira. Se havia algo que aproveitava era torturar Jongdae em suas conversas.

- Dae, ele está morrendo de felicidade de poder passar mais tempo com você, vê se fica calmo ou vai ter um ataque e vai passar o sábado no hospital.

- Nem fala isso! Você sabe que eu estou feliz, ele praticamente não parou de trabalhar nesses últimos meses.

- É porque ele ama mais o restaurante do que você.

- Cala a boca, Baek! – a voz alterada do outro preenchia o carro, assim como sua própria gargalhada. Agradecia que pararam em frente um sinal vermelho, ou Jongdae acabaria por bater o carro.

- Eu estou brincando! Eu tive que aguentar as reclamações sobre não poder te ver todos os dias, mas foi por uma boa causa. Olha como o restaurante está bonito, com uma boa movimentação. Quando vocês casarem não irão se preocupar com o preço da casa, aposto.

- A-a gente não vai casar, Baek...

- Ah, fale isso pra ele então, porque ele está se enganando com essa ideia faz tempo.

Escorara a cabeça no vidro da janela enquanto Jongdae surtava a seu lado.

- Ele falou alguma coisa? Baekhyun! Ele falou sobre casamento?

- Se acalma Jongdae. Ele só... – não terminara sua frase.

Sentira como se o ar fosse arrancado de seus pulmões. Em um momento estava se divertindo com Jongdae, no outro estava encarando a figura que caminhava lentamente pela calçada como uma assombração. Uma assombração que devia estar em Seul. O que ele fazia ali? Já haviam se passado dois anos, por que teria voltado? Sabia que ele vivia bem, que estava fazendo musica.

- Baekhyun? O que houve?

O carro voltara a se mover e, aos poucos, a figura ficara cada vez mais distante.

- Nada, só uma dor de cabeça que veio do nada.

- Quer que eu ligue para o Min?

- Não precisa. A gente chegar ao apartamento eu tomo um analgésico, eu não dormi bem, deve ter sido isso.

- Fica acordado até tarde...

Fechara os olhos, deixando que as palavras de Jongdae entrassem em seus ouvidos. Não podia pensar muito a respeito dele. Não iria deixar que toda sua preparação fosse por água abaixo assim tão fácil.

-

- Mas como assim, andando pela cidade?

- Andando, hyung! Com as pernas compridas de sempre, andando pela calçada.

- Mas quando ele voltou?

- E eu sei? Eu só vi ele pela janela do carro, eu não parei pra dar oi e um abraço.

Estava sentado com Minseok na sala, a TV ligada para fazer ruído.

- E ele não tentou falar com você pelo celular? Ele não te viu né?

- Não, acho que não. – suspirara, pegando o controle e mudando os canais rapidamente. – eu não acho que ele vai tentar falar comigo, não há motivos e eu não quero. Não tem o que falar, eu estou bem assim. Aliás, ele não deve nem se lembrar de mim, deve estar visitando os rapazes lá da loja.

- E você está bem mesmo? – Minseok o olhara cético. Baekhyun sabia que o mais velho se preocupava, mas não havia nada para fazer.

- Sim, hyung. Eu estou bem.

Não deixaria que a presença dele de volta na cidade alterasse sua vida de novo, de forma alguma. Park Chanyeol era uma memória. Se boa ou ruim ainda não havia determinado, mas relíquias do passado deveriam permanecer no passado. Seu futuro não dependia mais de ninguém além de si mesmo.

 

 

 

 

 


Notas Finais




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