Você é o mundo de alguém. – Desconhecido
O estrondo foi horrível. Era possível ver pessoas apavoradas correndo desesperadas de um lado para o outro. Todo mundo que estava dentro da Cocaine saiu às pressas, literalmente todo mundo. Era notável o desespero de todos que ali estavam.
Marco Pov.
Depois do meu término com Hailey, em vez de eu beber mais eu simplesmente parei. Perdi a vontade. Não estava totalmente bêbado, ainda estava em sã consciência das coisas. Estávamos todos dançando, quando ouvimos um forte estrondo do lado de fora da boate. Imediatamente fomos correndo para ver o que havia acontecido. As pessoas estavam apavoradas, algumas estavam chorando na calçada e toda vez que eu me aproximava do carro eu sentia algo estranho. Era uma sensação ruim, de perda e aquilo estava me deixando angustiado. Quando tomo coragem, me abaixo e sinto como se tudo ao redor tivesse paralisado. Hailey era ela quem estava ali em meio às ferragens. Era a minha mulher. A mulher com quem eu havia terminado alguns minutos atrás. Ela estava coberta de sangue, eu nem sabia se ela estava viva, mas rezava para que estivesse não suportaria perdê-la. A única coisa que saiu da minha boca foi um grito...
- Hailey. – Foi alto o suficiente para os meus amigos ouvirem e virem ao meu encontro.
- Hailey? Não pode ser ela estava bem tempos atrás! – Dizia Auba apavorado.
Eu não queria sair dali. Os paramédicos chegaram e pediram para que nos afastássemos e os deixassem trabalhar, mesmo contra gosto sai. Lela, namorada de Mor, achou os pertences de Hailey e veio me entregar e ao me dar o celular, eu o liguei e pude ver a foto que tiraram no dia que eu a pedi em namoro como tela de bloqueio. Eu desbloqueei o celular e vi a seguinte mensagem, ‘’ Você foi o meu maior amor. ’’ Aquela mensagem iria ser enviada para mim.
...
Estavam no hospital. Os pais e a irmã de Hailey estavam aqui, os amigos também. Ravenna viu Reus jogado num canto e foi até o amigo.
- Hey galego, não foi sua culpa. – Disse ela o consolando.
- Se não tivéssemos brigado ela estaria bem, teria voltado para casa comigo.
- Não se culpe. Todos sabem que a culpa não foi sua.
As horas se passavam e pela glória divina, o médico responsável pela Hailey apareceu e digamos que a cara dele não era a das melhores.
- Familiares da senhorita Hailey Rhode Baldwin? – Perguntou ele.
- Somos nós. – Respondeu Stephen, pai dela.
- A senhorita Baldwin por muito pouco não veio a falecer, então acredito que a fé de vocês é muita forte. Foi realmente um milagre. Ela fraturou o pé esquerdo e terá que usar uma bota, sofreu vários cortes que eu acredito que tenha sido por conta dos vidros do acidente e em alguns deles foi necessário pontos. A nossa maior preocupação foi à cabeça. Embora a batida tenha sido forte, volto a dizer que o fato dela estar viva é um milagre. Vamos fazer alguns exames para ter certeza de que não tem mais nenhum problema com ela, para vermos se está tudo bem com a cabeça e por isso ela passará essa noite aqui.
- Ela poderá receber visitas? – Perguntou Marco.
- Ela está sedada, não acordará por agora, mas libero alguns minutos para vocês. Sem barulhos e qualquer coisa chamem pela enfermeira. Hailey está no quarto onze. Obrigada e tenham uma boa noite. – Disse o médico logo saindo.
Assim aos poucos todos que foram ver Hailey saiam se despediam da família Baldwin e iam embora. No fim só sobrou os Baldwin e Marco.
- Marco por que não vai para casa? – Perguntou Alaia.
- Não, e se ela acordar e eu não estiver aqui?
- Meu jovem, o doutor mesmo já disse que ela não vai acordar por agora. Vá para casa, tome um banho e descanse. – Dizia a mãe dela educada.
- Me prometem ligar caso ela acorde? Nem que seja de madrugada?
- Prometemos. – Respondeu Alaia sorrindo.
- Então eu vou e volto depois. – Disse ele por fim se despedindo deles e indo para casa.
Marco pov.
Sai do hospital me sentindo horrível. Por muito pouco eu não a perdi. A mensagem que ela havia escrito ainda estava na minha cabeça e só ai percebi que não deveria ter discutido com ela. Hailey estava bêbada, não falava nada com nada. Estou me sentindo um completo idiota. Cheguei em casa e fui direto para o banho e logo em seguida capotei na cama. Acordei com o celular tocando e era Alaia, levantei num pulo, Hailey deveria ter acordado. Atendi e a mesma disse que ela havia acabo de acordar, me arrumei rápido e fui para o hospital. Quando cheguei perguntei onde estava família Baldwin e a enfermeira disse que estavam no quarto onze e disse também que estavam a minha espera, então segui para o quarto. Dei duas batidas e ouvir um ‘’Pode entrar. ‘’ e assim fiz, entrei.
- Bom dia. – Respondi sorrindo.
- Marco? – Perguntou Hailey surpresa.
- Bom, vamos deixar vocês sozinhos. – Disse Stephen saindo com sua mulher e Alaia.
O silêncio reinou no quarto até ela o quebrar.
- Se eu fosse você eu não teria vindo até aqui.
- E posso saber o porquê?
- Eu lhe disse coisas horríveis ontem. Se eu estivesse no seu lugar nunca mais olharia na minha cara.
- Verdade. – Respondi e o silêncio voltou logo me dando a chance de quebra-lo. – Se você pudesse voltar uma vez no passado, você voltaria para reviver algum momento ou para mudar alguma coisa?
- Eu voltaria para mudar tudo o que eu lhe falei. Não teria lhe dito aquelas coisas negativas e sim coisas positivas, mas eu não posso voltar no tempo, aliás, ninguém pode Marco. Isso é uma droga, pois eu adoraria voltar e concertar o meu erro. – Respondeu-me chorando baixinho.
- Eu fui o seu maior amor não? – Perguntei e ela me olhou surpresa.
- Você viu a mensagem? Eu achei que tinha perdido o meu celular nesse maldito acidente. – Perguntou ela e eu assenti.
- Lela achou seus pertences e me entregou, então foi ai que vi sua mensagem. Eu fui o seu maior amor? – Perguntei de novo e mesmo distantes, ela olhou diretamente em meus olhos e disse...
- Ainda é e sempre vai ser.
- Eu te amo Rhode e por mais que eu quisesse te beijar nesse exato momento, eu não consigo. Droga! – Era a minha vez de chorar agora. Choro de frustação.
- Eu lhe entendo. Seu adeus quase se concretizou. – Disse ela e me lembrei de que a última vez que falei com ela na Cocaine foi para dizer adeus.
- Eu não me perdoaria nunca se você tivesse ido embora.
- Talvez com o tempo voltemos ser melhores amigos. Eu espero pelo menos. – Dizia ela com um sorriso triste.
- Eu acho que conseguimos. – Disse lhe dando uma piscadela e ela riu o que me fez sorrir. Logo a enfermeira entrou no quarto e isso significava que o horário de visitas havia acabado. – Bom, acho que está na minha hora. – Fui em direção a Hailey e a abracei. Pela primeira vez desde que entrei neste quarto eu a tocava.
- Eu te amo nunca se esqueça disso em hipótese alguma ok? – Perguntou ela e eu assenti.
- Tchau Rhode.
- Tchau alemão.
Dei-lhe um beijo na testa e sai do quarto e deixando com a enfermeira.
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