Charles e Erik, agora tinham seus 18 anos e a amizade deles era mais forte que nunca. Se fortaleceram em momentos difíceis, como por exemplo, no dia que os médicos disseram a Charles que ele tinha uma chance de voltar a andar. Charles ficou muito ansioso e quase desistiu diversas vezes, mas Erik sempre o tranqüilizou. E quando tudo deu certo ele disse que tinha pedido a Hécate, a deusa da magia, que os ajudasse e ela ajudou o incrível mago que era Charles. Mesmo após todos esses anos juntos e sabendo que Erik estava ali, Charles estava incrivelmente nervoso naquele sábado a noite. Afinal de contas, não era um sábado á noite qualquer, era a estréia de Erik e Charles nos palcos. Ou melhor, a estréia do professor Xavier e do Magneto. Charles tinha aprendido diversos números e estudado muito durante esses 7 anos, assim como Erik. De truque em truque eles melhoraram muito e agora tinham relativa fama no bairro onde viviam. Um progresso, se considerarmos que aos 11 anos a única platéia deles era a Dona Maggy. Essa, 7 anos depois ainda seguia firme como fiel platéia do Professor Xavier e do Magneto, e até mesmo servira de assistente por alguns anos, antes que Raven ocupasse esse posto. Raven como assistente fora idéia de Erik e Charles a princípio não gostava da idéia, mas botou na cabeça que devia esquecer seu irracional ciúme do melhor amigo com sua irmã e seguir em frente, então foi o que ele fez. O show já estava para começar. Charles espiou pela cortina, ansioso para aquele que seria o maior show que os dois já fizeram. Erik, sentado na poltrona ao lado, pegou sua mão, em uma tentativa de acalmá-lo.
- É só mais um show. A gente faz isso a quase oito anos. Vai dar tudo certo.
- Vai sim. - Charles concordou apreensivo.
E deu. O show foi incrível. Dos truques mais bobos, ao escapismo e a hipnose, tudo saíra como o esperado, até melhor. É ambos não podiam estar mais felizes. Agradeceram ao público e foram para atrás das cortinas sem poder conter os sorrisos. Charles agarrou-se ao pescoço de Erik em um abraço eufórico e carinhoso.
- Nos conseguimos! - Charles exclamou animado sem se soltar por completo do abraço.
- É claro que conseguimos. - Respondeu Erik, meio prepotente e aliviado ao mesmo tempo.
E na proximidade que o abraço os deixou, Charles e Erik se beijaram. Foi um beijo eufórico, carinhoso e alegre, e ainda que ambos estivessem surpresos com a própria coragem e com o momento que se realizava, nenhum deles ousou interromper a doce perfeição do momento. E quando se separaram, nenhum deles sentiu necessidade de se explicar, de explicar o sentimento implícito em seus olhos. Eles sentiam.
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