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História Supernatural: Connections - 01X01 Start


Escrita por: JuStrong

Capítulo 1 - 01X01 Start



A morena de olhos azuis arrebatadores andava de um lado pro outro do pequeno cômodo escuro, suas mãos estavam trêmulas e ela mal conseguia respirar por conta do seu pavor de locais fechados, seus sedosos cabelos negros balançavam de forma constante, para Catharina, não havia tortura maior do que ficar presa.
Respirando o mais fundo que conseguia encostou-se na parede, parecia que seu tempo ali jamais acabaria, com um estralo forte a porta se abriu liberando a enorme luminosidade que se encontrava do lado de fora do cômodo escuro, ao abrir da porta pode-se revelar uma linda loira em pé, ela bufou descontente e disse para a amiga:
- Anda ou ele vai fugir! - Cath como preferia ser chamada, saiu para fora com um sorriso vitorioso.
Ao sair na claridade do dia encarou a enorme floresta coberta por árvores e muito, mas muito musgo. A repulsa a tomou, mas ela não era garota para se deixar levar por um pouco de repulsa, a jovem girou em torno de si mesma a procura da tal 'coisa' grande peluda e assustadora, na opinião de Catharina deveria ser um pé grande mas para April não, era só mais um idiota fanasiado.
Cath disparou em uma corrida inebriante, ela sentia os saltos de sua maravilhosa bota laboutins sendo engolida pela grande massa marrom e verde, poucos segundos depois ela ouviu um grito agudo que lhe assustou, virou-se em pânico avistando April, com a mesma cara de perdida que ela, quando virou se novamente encarando o caminho a sua frente uma criatura enorme a observava, Catharina arregalou os olhos enquanto a criatura agarrava seu braço com as garras,ela sentiu cada centímetro sendo enterrado em seu braço, um grito contido lhe escapou por dentre os lábios semi-cerrados.
O sangue escorreu pelo braço e um tremor percorreu o corpo dela, ela mal conseguia abrir os olhos, a dor era muito intensa, com uma habilidade incrível e destemor ainda maior, a morena retirou uma faca prateada que estava presa a coxa direita dela e rasgou a pele da criatura. Ao ouvir o som da dor do monstro Catharina se encolheu no chão segurando o braço ferido.
Em um intervalo de segundos um som de disparo pode ser escutado, ela até sentiu o vento e o calor da bala quando a mesma rasgou o vento na direção a frente. Logo a criatura jazia no chão e uma poça vermelha estava formada ao seu redor, ela emitia sons terríveis, agonizantes e doloridos. April por um segundo sentiu dó da criatura e num disparo certeiro silenciou a dor e a agonia de segundos atrás, Cath deixou escapar um murmurou de dor que trouxe a amiga para a vida real novamente, ela dobrou os joelhos encarando a morena que estava com o braço esquerdo rente ao corpo.
- Vamos para o carro! - Catherine com um ar dolorido levantou-se e com a ajuda de April começou a caminhar.
April afastou a amiga alguns metros antes de voltar e com o isqueiro colocar fogo no corpo inerte da criatura. April ficou ali alguns segundos apenas observando a beleza do fogo ao entrar em contato com o corpo, ela tinha a sensação de dever cumprido de tarefa realizada com sucesso, e só assim April Raynes poderia ter um pouco, talvez um milésimo, de sossego.
Ela virou-se encarando a expressão já pálida de Catharina, com agilidade ambas caminharam até a saída da floresta, aonde o guarda ambiental sentado em sua pequena cabana feita de madeira e folhas parecia completamente e incontestavelmente entediado, ele espiou pela janela e viu ambas saindo da perigosa floresta, num salto pulou de sua cadeira e correu até elas.
-0-
Ambos os irmãos Winchester estavam sentados em uma pequena lanchonete, Sam procurava por algo em seu computador e Dean mastigava ansiosamente um pedaço de hambúrguer, uma moça sentada rente ao balcão encarava Sam com uma expressão indecifrável, incomodada ela levantou-se e dirigiu-se até a mesa em que se encontravam os distraídos irmãos Winchester.
Ela apoiou os braços sobre a mesa de madeira lixada, seus olhos percorreram Dean por um segundo, mas logo desviaram para Sam no qual ficaram fixos. Dean Winchester estranhou a moça, mas Sam não, ele se lembrava muito bem daquele rosto, era impossível esquecer-se de uma pessoa da qual teve tanto contato e passou tanto tempo perto.
- Sam... - A ruiva disse com um ar pesaroso.
Ele suspirou e sorriu de canto para ela tentando não parecer balançado com a coincidência.
- Mia há quanto tempo! - Ela sorriu tentando manter a compostura e não se derramar em lagrimas.
- Eu sinto muito Sam, eu sei que eu posso ter perdido minha melhor amiga, mas você perdeu o amor da sua vida! - Sam agora tentou sorrir, mas o que era para ser um sorriso se transformou em uma careta.
- Obrigado, realmente eu agradeço sua preocupação. Jess era importante para todos nós! - Ela comprimiu os lábios e jogou o cabelo que caía sobre a mesa para trás.
- Você sabe que pode contar comigo e com o Joe pro que precisar, não sabe Sam? - Sam assentiu tentando parecer simpático e legal ao mesmo tempo.
- Tudo bem Mia, se eu precisar pode ter certeza que vocês serão os primeiros pra quem eu ligarei! - Ela sorriu para ele.
Ambos olharam o rapaz moreno claro que entrou na lanchonete, Mia sorriu e disse:
- Eu tenho que ir agora Sam, o Joe não gosta de esperar. Qualquer coisa que você precisar me ligue Okay! - Sam se restringiu a sentir o nó formado na garganta enquanto observava a garota afastar-se a passos largos.
Forçando-se a ficar sério Sam reprimia mais uma vez toda a dor para dentro de si.
-0-
Depois de forçada a receber cuidados do guarda, a morena caminhava até o carro acompanhada de April. Quando se sentou dentro do pequeno Buick skylark ano 1953 de April, ela se sentiu confortável e quente como não sentia-se há um bom tempo, foi inevitável não cair no sono depois de tanto cansaço e os remédios não colaboravam em nada.
April dirigia até a cidade de New Orleans, ela mesma escolherá o destino, sem nenhum caso em vista o que ela realmente queria era encontrar um hotel, diferente dos habituais, com uma cama maravilhosamente confortável, com cheiro de limpeza e um chuveiro na temperatura ideal, tudo o que ela e Catharina precisavam e mereciam era um belo descanso.
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As luzes da cidade apareceram quase três quilômetros antes dela, April esticou-se sem, tirar os olhos da estrada, era difícil manter os olhos abertos mas ela conseguiria, ela precisava conseguir. Catharina espreguiçou-se em seu canto suspirando um pouco mais aliviada, as poucas horas de sono haviam colaborado e muito para que o humor da morena melhorasse.
Logo April estacionou em frente ao espalhafatoso e chamativo hotel, Cath não conteve o espanto era muito incomum elas se hospedarem num local melhor do que aqueles motéis de beira de rua que fediam a suor misturado com falta de limpeza. O manobrista sorriu para April com segundas intenções, a loura de grossas sobrancelhas era irresistivelmente atrativa, não que Catharina ficasse muito abaixo, a morena de olhos azuis praticamente brilhantes e um corpo escultural, era simplesmente irresistível.
Elas entraram no saguão aonde tinham algumas pessoas sentadas e bebendo chá, April foto até o balcão pegar as chaves
Ela olhou para o cara moreno que estava em frente ao computador, ele tinha uma coleção de babás ali, April sorriu e disse:
- Er... Oi! - ele ainda olhava para o computador.
- O que deseja? - sem olhá-la ele disse, isso começava a incomodar a loira.
- Eu e minha amiga precisamos de um quarto, duas camas se possível!
- O hotel está lotado, não há vagas! - April resolveu apelar para os poderes femininos.
- Poxa... Mas eu precisava tanto - Ela disse enquanto encostava-se ao balcão e deixando-o observar uma parte do decote, o ruivo levantou os olhos, abriu um sorriso- Eu e minha amiga queríamos tanto...
- Tudo bem, eu posso arrumar um quarto para vocês mas vai ter que ser no edifício cinco! - April sorriu.
Catharina simplesmente apreciava a vista, por um segundo até voltou a imaginar como seria sua vida de não tivesse resolvido continuar a saga dos Johnson, será que seria mais feliz fazendo o que seu pai a propusera, casar-se com um caipira qualquer do Texas, ter muitos filhos um cachorro e uma casa perto do lago. Mas ela não podia viver assim, não sabendo o que vivia do lado de fora da porta, sabendo o quantas pessoas por ano ela salva da morte eminente. April se aproximou e com um sorriso meigo disse a amiga:
- Vamos para o quarto maravilhoso que eu consegui! -Cath sorriu.
- Vamos, eu realmente preciso de um banho!
April com um sorriso caminhou até o elevador, e acomodou-se encostada na parede enquanto a amiga parava em pé no meio.

O quarto era espaçoso, tinha um tom rústico, mas ao mesmo tempo era sofisticado, limpo e cheiroso, as duas simplesmente se sentiram melhor só de entrar ali, April jogou a mochila em cima da cama e disse:
- Você pode ir tomar banho enquanto eu vou comprar alguma coisa com muita caloria pra almoçar-mos!
- Tudo bem então, você podia comprar também alguns analgésicos pra mim?
- Claro!
April colocou o casaco e dando um sorriso disse:
- Faça um favor ao mundo, não apronte nada e não saia só de toalha por aí, não quero ver mais nenhum velho enfartando! - Catharina sorriu.
- April... Não foi minha culpa, eu só precisava buscar minha mala no carro! - Cath disse fazendo um biquinho fingido.
- eu sei, mas isso não muda o fato que o velhote viu, e enfartou, nos colocou na maior enrascada Cath!- A morena deu um sorriso convencido.
- Eu não tenho culpa se papai do céu fez uma obra de arte aqui! - Cath disse enquanto passava as mãos ao lado do corpo.
April se limitou a sorrir a ir até a porta, antes de sair ela abriu a porta e beijar as pontas dos dedos e balançar a mãos como se o jogasse.
Catharina foi direto para o banheiro ligando o chuveiro enquanto tirava a roupa suja, parou para observar os pontos em seu braço, estava bem inchado e febril, levaria dias até melhorar. Ela entrou em baixo do jato da água e se sentiu mais leve, era incrível o que um pouco de água podia fazer com uma pessoa, era simplesmente relaxante.
De um segundo para outro ela sentiu a água do chuveiro esfriar de super quente para fria como gelo , tudo bem o hotel era antigo o sistema de gás poderia ter falhas, era comum, não havia motivo para preocupar-se, ela enxaguou o cabelo tirando o xampu dos olhos e aplicando o condicionador em seus fios escuros e bem cuidados, assim que ela abriu os olhos sentiu uma presença se virou rápido e viu de relance uma moça parado no batente da porta, ela sentiu o corpo congelando, ao se esgueirar para pegar a toalha a pessoa havia desaparecido.

-April, não tem graça, você sabe que não tem!- Ela esperou pela risada e tom de brincadeira de April, mas não viu nada.
Cath ficou estática, sua respiração estava falha e os músculos tencionados, ela já havia visto muita coisa em sua vida, mas digamos que uma coisa destas nunca é normal para ninguém, nem mesmo alguém que se auto-intitula caçador de monstros.

Assim que saiu do Box e olhou para o espelho do banheiro, um arrepio percorreu todo seu corpo, uma mensagem estava escrita no espelho embaçado “Me ajude”, assustada, Catharina apagou a mensagem com a mão e tapou a boca assustada, aquilo realmente era muito estranho.
Enrolada na toalha ela saiu do banheiro de olhos arregalados, podia se dizer que ela estava a procura de uma defesa. Catharina pegou a arma de sal que estada em baixo da cama, ela começou a procurar pelo quarto atrás das cortinas, em baixo da cama de April e nada. Cath parou e respirou fundo, deveria ser somente mais um de seus pesadelos, como sempre ela havia imaginado tudo aquilo.



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