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História SuperStar (ChanBaek) - Sixteen!


Escrita por: vkookfool

Notas do Autor


Começou a contagem regressiva para o final da fanfic, e se preparem para as lágrimas.

Capítulo 17 - Sixteen!


Fanfic / Fanfiction SuperStar (ChanBaek) - Sixteen!

Adeus, meu amigo

Olá, mágoas

Não é o fim

Não é mais o mesmo.

Queria que nós não tivéssemos

Que terminar desse jeito

Mas você sempre vai significar

O mundo para mim, amor.


— Me desculpa dizer, BaekHyun, mas seu pai é um desgraçado. — Kyungsoo falou.

Estávamos na sala de reuniões, na noite anterior, eu e Baekhyun perambulamos pela cidade, tentando encontrar algo que nos fizesse desistir um do outro,mas nada, absolutamente nada veio até nós.

— Nós temos vários nomes envolvidos nisso, vocês não podem quebrar o contrato de uma hora para outra, meninos. — Kris disse. — Isso vai acabar influenciando até a imagem do EXO.

— Eu acho que vocês precisam fazer o senhor Byun mudar de ideia. — Tao optou.

— Nós já tentamos, falamos de dinheiro, propagandas, ele não se importa, não quer ver o filho dele junto com outro cara, nem por todo o dinheiro do mundo. — BaekHyun disse, me fazendo sentir um tom de magoa em sua voz.

Irônico mesmo era pensar que nunca mais estaríamos juntos, e que se não fosse pela loucura de Yoora, talvez eu e Baekhyun não estivéssemos passando por isso agora.

Não a culpo, de jeito nenhum. E nem me arrependo de ter o conhecido, mas ninguém melhor que o Byun para saber que eu não tinha sorte alguma no amor.

— E como vamos fazer para todos saberem do fim do nosso namoro? Ainda é uma notícia recente, eles não vão acreditar se apenas negarmos. — perguntei.

Kris coçou a sobrancelha antes de me responder.

— Vocês vão gravar um vídeo dizendo sobre o fim do relacionamento, digam que foram obrigados a fazer isso, que vocês não são um casal e nem se conheciam. Gravem como se estivessem com medo de serem pegos no flagra e joguem no Twitter. As fãs vão se revoltar e pronto, o assunto logo morre.

— Nossa, isso parece assustador. Existem vários programas e entrevistas que fomos chamados, podemos explicar melhor as coisas.

— Façam como acharem melhor. — Kris se levantou junto com Tao. — É uma pena que as coisas tenham que terminar assim, meninos, aproveitem bem o tempo que vocês tem juntos.

E assim, eles saíram, nos deixando para trás. Kai abraçou Kyungsoo com força e os outros meninos estavam de braços cruzados, aparentemente nervosos.

— Eu sinto muito por vocês. — Lay disse em um coreano enrolado, mas que eu pude entender.

BaekHyun estalou a língua na boca.

Eu não estava pronto para vê-lo chorar outra vez, então me levantei e saí da sala sem dizer qualquer palavra. Eu precisava pensar, e ficar num ambiente onde as pessoas estavam com dó de mim, não iria adiantar.

Voltei para o meu quarto, trancando a porta e indo para a varanda. O hotel ficava de frente para a praia, e apenas uma coisa me impossibilitava de vê-la, um outdoor gigante.

A frase “EXO: We Are One” em letras maiúsculas me fazia acreditar que aquilo, de fato, não poderia estar acontecendo.

Eu nunca quis que chegássemos a um momento triste na história, mas nem todos os contos acabam com finais felizes, lembrem-se disso.

Me apoiei na grade, sentindo o vento frio matinal balançar meus cabelos.

Eu não queria me livrar daquilo.

Algumas batidas soaram pelo quarto e eu voltei, olhando pelo olho mágico e abrindo ao ver que era BaekHyun. Ele segurava o copo com o resto do café que eu deixei para trás.

Sorri antes de abrir a porta e ver seus olhinhos vermelhos por ter chorado há pouco tempo.

— Oi. — falei.

— Oi.

BaekHyun se aproximou, me dando um selinho antes de entrar. Fechei a porta e me virei, me deitando na minha cama junto com ele.

— Quer conversar? — perguntou e eu assenti. — Sobre o que quer falar?

— Sobre a gente, tá' tudo muito confuso ainda pra mim, eu não consigo acreditar que só temos doze dias juntos aqui. — falei, sentindo meu rosto voltar a arder.

— Ei, não chora. — limpou a lágrima que já manchava minha bochecha. — Vão ser os doze melhores dias da nossa vida, tá'? Eu prometo.

— Mas e quando nós tivermos que dar adeus a tudo isso, Baek? Eu não tô' pronto pra ficar sem você.

E então, ele se agarrou a mim e me beijou. BaekHyun colocou as pernas no meu quadril enquanto me beijava, ficando por baixo de mim.

Fechei os olhos ao retribuir o beijo, baguncei seus cabelos com meus dedos, fazendo BaekHyun sorrir.

Byun desfez o beijo, agarrando mais suas pernas em mim.

— Eu vou estar com você para sempre, Yeolly. Você não sabe a sorte que eu tenho de ter encontrado alguém como você. — me esticou o dedo mindinho, fazendo eu prender o meu ao dele. — Nós somos um.

Se você estiver chorando nesse momento, eu não te julgo; se não estiver,você é uma pessoa sem coração.

A porta do quarto se abriu, e Kai e Kyungsoo entraram, já que eu estava dividindo o quarto com eles.

— Opa, não vi nada, não. — Kai tampou os olhos com as mãos, me fazendo rir.

BaekHyun me empurrou, se levantando e se sentando na cama.

— Não estamos fazendo nada demais.

— Se estivessem também, eu não me importaria. — Kyungsoo se jogou na cama de casal que dividia com Jongin.

Abracei BaekHyun por trás, deixando sua cabeça no meu ombro e entrelaçando nossos dedos em seu colo.

— Vocês já pensaram no que vão fazer? — Kai perguntou ao se sentar ao lado do namorado.

— Vamos aproveitar esses dias que temos juntos, esse é o plano. — BaekHyun disse sorrindo para mim, e eu assenti.

— Vocês são o casal mais lindo que eu já vi, depois de KaiSoo, claro. — Kyung disse me fazendo rir.

Ficamos conversando durante algum tempo, mas logo fomos chamados para irmos​ até o estádio. BaekHyun se levantou, dizendo que ia pegar sua mochila e que iria me esperar na recepção.

— Te encontro lá embaixo. — me beijou antes de sair.

Ah Deus! Eu estava apaixonado por um ídolo adolescente!

— Eu nunca te vi tão radiante assim, Chan. — Kai falou quando eu me joguei na cama, suspirando.

— Pra quem dizia odiar o BaekHyun, você está se saindo bem. — Kyungsoo brincou enquanto arrumava suas coisas.

— Eu amo aquele garoto. — sussurrei.

Assim que arrumei minhas coisas, eu, Kai e Kyungsoo descemos de elevador até o hall, onde encontramos os meninos, mas nada de Baekhyun.

— Ele já foi, ChanYeol, não precisa esperar. — Kris disse, dando leves batidinhas nas minhas costas.

Assenti antes de segurar a alça da mochila e sair do hotel, passando por algumas garotas gritando,mas eu não consegui me animar.

Eu não sabia nem que tinha fãs.

Entrei no carro, colocando minhas músicas tristes e plugando os fones de ouvido ao celular. Encostei no vidro do carro e fiquei em silêncio por todo o caminho.

Eu me lembrei do exato momento em que nos conhecemos, de ele agarrar meu braço e sair correndo comigo pelo estacionamento de um salão de eventos, onde um carro poderia ter nos atropelado.

Lembrei do nosso primeiro beijo na praia, na mesma praia em que quase fomos assaltados, mas ele me protegeu.

Saí do carro assim que chegamos, entramos pelo fundo por já ter alguns fãs acampados na frente, então não podíamos entrar normalmente.

Não tínhamos show naquele dia, só uma entrevista a noite, o que me deixou bem aliviado.

— ChanYeol, por que demorou tanto? — BaekHyun largou o microfone assim que me viu entrar no palco.

— Quero saber por que você veio sem mim, você disse que ia me esperar. — disse sem o olhar.

Eu estava bravo, não com ele, mas com a situação em que nós estávamos.

— Você demorou e Tao estava com pressa, não queria deixar todo mundo esperando, desculpa. — abaixou a cabeça.

— Tá', tanto faz. Vamos ensaiar logo.

Caminhei até às staffs, que seguravam as bengalas. A música começou a tocar, e nós nos posicionamos no palco, movendo nossos ombros.

Eu não estava com vontade de dançar e isso estava bem claro e aparente.

— Chanyeol, você não está fazendo direito. — BaekHyun disse,me fazendo respirar fundo. — Você quer parar?

Não respondi, só me levantei e joguei a bengala no chão, caminhando para fora do palco. Desci da plataforma, me sentando na ponta do palco principal e peguei uma garrafa de água.

— Chan, se acalma. — Suho disse ao se sentar do meu lado.

— Tô calmo até demais. — respondi ao ver Sehun brincando com BaekHyun, fazendo os passos que eu deveria estar fazendo.

Se eu olhasse para o lado, veria a decepção nos olhos de Suho. JongDae chegou ao lado de Minseok, sendo que este último colocou a mão no meu ombro, se abaixando do meu lado.

Sehun prendeu sua bengala a de Baekhyun, puxando o loiro para perto e dedilhando seu pescoço.

Me levantei com pressa, indo para os camarins, ao menos lá eu não precisaria ver essas coisas.

Bati a porta com força, descontando minha raiva na coitadinha, e na estante com alguns livros, os jogando no chão.

— Desgraçado! — gritei.

Antes que eu pudesse descontar minha raiva em mais alguma coisa, a porta se abriu.

— ChanYeol! — era BaekHyun.

— Volta a dançar com o Sehun e me deixa em paz, BaekHyun.

BaekHyun colocou as mãos na cintura, rindo de mim.

— É sério? Você sempre vai voltar nesse assunto de Sehun?

Me virei para o encarar.

— O que você espera? Que eu fique muito calmo e feliz de te ver abraçado com ele, se esfregando nele como se não tivesse namorado?

— Eu tô cansado disso, toda vez é “Sehun isso, Sehun aquilo, Sehun não sei o que”, você não confia em mim, porra? — se jogou no sofá azul que tinha ali.

— Se você sabe que toda vez eu implico com ele, por que ainda quer me provocar? — perguntei.

BaekHyun cruzou os braços.

Tenso.

— Te provocar? ChanYeol você tá' ouvindo o que está falando? Isso não faz o menor sentido. A gente devia estar aproveitando o tempo que temos juntos, porque caso você não se lembre a gente vai terminar.

Dei um risada irônica.

— Aí quando a gente terminar, pode curtir bastante com o Sehun. Pode se esfregar nele a vontade.

BaekHyun levou a mão até a aliança, a rodeando no dedo. Eu comprei essa aliança na mesma noite que ele me pediu em namoro, e então, a colocamos do lado de fora da empresa, do lado do carrinho de cachorro quente.

— Eu tô' de saco cheio desse seu ciúme possessivo. — gritou, ficando de pé.

— Você sabe que eu sou assim, sempre soube. — apontei o dedo. — E foi você quem me pediu em namoro, então gostou bastante do meu jeito possessivo.

— Você é louco, totalmente louco.

E então, eu respirei fundo e disse a pior merda que eu podia ter falado em todo esse tempo.

— Que ótimo que pensa assim, em duas semanas você não terá mais esse louco com você, mas se quiser terminar com tudo agora, vai nos poupar um grande trabalho.

BaekHyun ficou perplexo.

Eu vi seus olhos se encherem de lágrimas quando ele puxou o anel para fora, jogando contra mim.

— Ótimo, então acabou!

— Ótimo!

Ótimo o caralho, não tinha nada de ótimo, eu estava péssimo, para dizer a verdade.

— Vai à merda!

— Vai você. — respondi.

Bastou segundos para nos aproximarmos e começarmos a nós beijar. Estávamos ofegantes pela briga - se é que podemos chamar assim - recente, o que deixou o beijo antes mais excitante.

BaekHyun abriu os botões da minha  polo, a puxando para cima aos poucos, mas tudo o que eu queria era me livrar dela. A puxei para fora, a jogando no chão.

Caminhei as cegas até o sofá, jogando BaekHyun no mesmo e ficando por cima. Eu tinha noção de alguém poderia chegar alí à qualquer momento, mas isso não me importava, não quando BaekHyun já se esfregava contra mim de um jeito tão gostoso.

— Por que você me provoca tanto assim, BaekHyun? — disse enfiando minha mão dentro dos seus jeans.

— Não para, por favor. — se agarrou em mim quando eu comecei a toca-lo.

Comecei a toca-lo rápido, mas eu sabia que não continuaria com isso.

— Você gosta quando eu te toco assim? — perguntei em seu ouvido, antes de morder seu pescoço.

— Gosto. — disse ofegante.

Tirei minha mão de suas calças, me levantando do sofá. Peguei minha blusa no chão e a vesti.

— Que pena, vai ter que se virar sozinho, e que isso sirva de lição pra você não me provocar.

Saí do camarim e ouvi BaekHyun me xingar, voltei correndo para o backstage, vendo os garotos ensaiarem History.

— ChanYeol, cadê o BaekHyun? Precisamos ensaiar Love Me Right. — Kris apareceu.

— Eu o deixei duro no camarim, e acho que ele vai demorar um pouquinho pra resolver isso. — respondi normalmente, deixando Kris de boca aberta.

— X —

— E essa noite, temos o prazer de apresentar o grupo que está fazendo sucesso entre os adolescentes, foram chamados para abrir uma turnê e estão prestes a gravar seu primeiro MV, recebam agora, EXO!

Entramos no estúdio ao som de palmas e gritos escandalosos. Acenei para a plateia,me apressando em correr para o banco.

— Então, vamos começar, vocês foram chamados para abrir o show do BaekHyun, é isso mesmo? — ele perguntou, e a plateia gritou ao ouvir o nome de Baekhyun.

— Sim, ele nos convidou para abrir os shows dele aqui em Busan nesses doze dias que ele vai estar aqui. — Kai respondeu.

— Ah, e vocês se deram bem? Não me refiro à você, ChanYeol, pois nós sabemos o quanto vocês dois se dão bem. — Jongwoo disse me fazendo corar.

— Ele é incrível. — Sehun falou me fazendo encara-lo.

Entrevista vai, entrevista vem, BaekHyun foi chamado, e cara, aquelas garotas enlouqueceram.

Kris tinha conversado com a gente antes da entrevista, e pediu para que ficassemos mais afastados, para dar uma leve impressão que já não estávamos bem.

Ele se sentou ao meu lado, sem encostar em mim.

Todos começaram a gritar “ChanBaek”, nos fazendo rir.

— Isso é impressionante, garotos. Olha só pra isso. Todas as garotas parecem gostar muito de vocês juntos.

Iríamos abrir o jogo naquela entrevista, e nem eu, muito menos BaekHyun, estávamos prontos para aquilo.

— Jongwoo, nós... — comecei a falar, mas vi Kris mover os braços rapidamente atrás das câmeras, negando com os dedos. — Nós estamos muito felizes juntos. — ele levantou o polegar.

BaekHyun juntou mais sua cadeira na minha, ainda tão confuso quanto eu.

— E vocês vão gravar um clipe juntos? — perguntou enquanto olhava suas fichas.

— Sim, na verdade, eu, Kai e Sehun vamos gravar o MV, que é uma colaboração com Star Wars. — BaekHyun falou, sorrindo após os gritinho de comemoração.

Falamos sobre o MV, a turnê, os fãs, e então, chegamos na parte em que todos estavam esperando.

— Mas agora, fugindo um pouco do assunto, ChanBaek é mesmo real? Como tudo isso aconteceu?

— A gente se conheceu no estacionamento do Korean Music Award, BaekHyun estava tentando fugir de alguns paparazzis e eu apenas o ajudei. Nós trocamos telefones e começamos a conversar, foram questões de dias para começarmos a namorar.

— Mas vocês esconderam isso da mídia quanto tempo?

— Um mês, mais ou menos. — BaekHyun respondeu sério. — ChanYeol tinha que cobrir o rosto e os cabelos para que ninguém soubesse, na verdade, nem a irmã dele, que é uma Baekker descobriu.

— Nós passamos por muitas coisas nesse um mês, até decidirmos que todos deveriam saber do nosso relacionamento. — disse.

— Mas então, o que aconteceu com você e TaeYeon? Vocês se acertaram ou ainda há coisas pendentes?

Caralho, por que ele foi citar aquela loira aguada logo agora?

— Nós terminamos antes mesmo de eu conhecer o Yeolly, nós... — as garotas disseram "awn" por causa do apelido. — Nós não estamos brigados, nem nada.

— Isso é ótimo, eu desejo toda a sorte do mundo para vocês, garotos. Esse foi o EXO e BaekHyun no Korea Tv de hoje, pessoal. No próximo bloco vamos ver os bastidores do novo clipe da boyband Got7.

Assim que o programa acabou, nós nos despedimos de Jongwoo, agradecendo pela participação. Fomos para o camarim, tirar toda aquela maquiagem e roupa e em poucos minutos, eu já esperava BaekHyun do lado do fora do seu camarim.

— Quero te levar em um lugar. — falei.

— Que lugar?

— Você vai gostar, me da a chave do carro. — pedi e ele me entregou.

Peguei minha mochila e Baekhyun pegou a dele, e então, saímos do estúdio acompanhados por seguranças. Algumas fãs do lado de fora filmavam tudo e gritavam nossos nomes. Entrei do lado do motorista e Baekhyun, do passageiro.

— Tô' me acostumando com essa ideia de ter fãs. — falei e ele riu.

— Não é tão ruim.

Dirigi por alguns minutos, seguindo o GPS. Parei próximo a uma loja de conveniência.

— Espera aqui que eu já volto.

BaekHyun apenas assentiu antes de eu colocar a máscara e sair do carro. Voltei um tempo depois com algumas sacolas, que tinham o suficiente para passarmos a noite fora.

— Você não assaltou a loja né?

— É claro que não, bobo. — gargalhei antes de dar partida no carro. — Vamos fazer uma pequena viagem, tudo bem?

— Você vai me sequestrar ou...?

— Espere e verá, Baek.

A viagem foi tranquila, cerca de quarenta minutos até chegarmos em uma montanha não tão alta, mas boa o bastante para vermos as estrelas.

Lá em cima era um pouco frio, mas eu e Baekhyun estávamos de moletom, então não tinha tantos problemas.

Saímos do carro e eu peguei duas lanternas, colocando-as no chão. BaekHyun puxou uma matinha que ele deixava no carro, vindo até mim e se sentando comigo no capô do carro.

— Eu não quero que isso acabe. — ele disse ao se aninhar em mim.

— Eu também não, Baek. Você sabe que eu faria o possível e o impossível para isso nunca acabar, mas eu não posso ser egoísta com você,sabe disso, não sabe?

BaekHyun fungou antes de deitar a cabeça no meu ombro e entrelaçar nossos dedos.

— Eu sei que ainda falta um tempo, mas obrigado por tudo o que você fez por mim, não só o contrato, mas ter me ajudado em tudo mesmo. Eu nunca tive amigos de verdade, até você aparecer, e agora eu tenho oito pessoas maravilhosas.

BaekHyun, em alguns momentos, gostava de me fazer chorar. E foi exatamente o que eu fiz.

Naquela noite, abrimos nosso coração, falamos um para o outro tudo o que nós pensávamos a respeito do nosso relacionamento.

E naquela noite, enquanto transávamos no banco de trás do carro, eu tive total certeza de que eu jamais deixaria BaekHyun escapar.

— X —

Aquele era o nosso último dia em Busan, e o clima não poderia estar pior. Tínhamos pouco menos de quarenta e oito horas juntos, e iríamos voltar para Seul naquela madrugada.

A diferença era que eu entraria para o meu dormitório e Baekhyun, para o seu.

Os garotos estavam no estúdio, deixando eu e Baekhyun sozinhos no meu quarto, no hotel.

Estávamos deitados na cama e eu brincava com os seus dedos, fazendo algumas formas ou apenas entrelaçando nossos dedos.

— O que acha de fugir comigo? — perguntou me fazendo rir.

— Você enlouqueceu?

BaekHyun riu, se virando de barriga para baixo e me olhando.

— Enlouqueci, eu tô completamente louco. — sorriu. — Completamente louco por você, pirralho.

Selei os lábios de Baekhyun rapidamente enquanto ria.

— Eu quero conhecer a sua irmã, assim que chegarmos em Seul, talvez eu durma com você essa noite.

Sorri malicioso.

— Estamos falando de Park Yoora, acha mesmo que ela vai te soltar por um instante? — perguntei e Baekhyun deu de ombros. — Ela não vai.

— Não pode ser tão ruim, Yeolly. — sorriu. — Eu quero aproveitar que seu aniversário é daqui há duas semanas, e já que eu não vou estar com você, quero aproveitar o máximo que eu puder.

— Andou procurando minha data de nascimento no Wikipedia?

— Claro que sim. — riu.

O puxei pela cintura, apoiando a cabeça em suas costas, já que ele estava de bruços.

— Avisa pra sua mãe que eu vou lá hoje, mas não fala nada pra ninguém, se isso chega no meu pai, eu me fodo e nem é do jeito que eu gosto.

Admito que aquilo me deixou tonto.

— Eu não vou falar, assim que chegarmos no aeroporto, vamos direto para casa.

— Vou sentir falta dos voos com você. — beijou minha bochecha.

— Eu vou sentir falta de tudo em você.

Ficamos mais um pouco naquele momento “glicose”, até alguém bater na porta, era Kris.

— Estão prontos para o último show?

Segurei a mão de Baekhyun, entrelaçando nossos dedos, e o olhei nos olhos.

— Sim.

— X —

Me afastei de Baekhyun assim que as luzes se apagaram, e dessa vez, por pedido de Tao, não iríamos performar Artificial Love, e eu não deveria ficar perto do Byun.

Eu o observei durante todas as músicas que performamos, e percebi o quão feliz ele ficava só de subir em um palco. Eu não iria tirar aquilo dele, jamais, nem que para isso, eu quem fosse acabar com tudo aquilo.

Eu não poderia ser egoísta com BaekHyun, e se eu insistisse naquele relacionamento, ele iria embora e a última coisa que eu quero, é que ele seja infeliz, longe dos fãs.

E foi pensando nisso que eu chorei em My Answer, fazendo todos os nossos fãs saberem que aquilo, de fato, tinha acabado.

Mas Byun BaekHyun é, foi, e sempre será a melhor coisa que me aconteceu, em toda a minha vida.

— X —

Saímos do avião as cinco e meia da manhã, estávamos de volta em Seul. Disse para os meninos que eu e Baekhyun iríamos dar uma volta e em poucas horas voltaríamos para a reunião, que seria depois do almoço.

— BaekHyun! — um grito feminino me fez acordar para a vida e soltar a mão dele, tínhamos que agir como se não estivéssemos bem.

Não que estivéssemos ótimos um com o outro, longe disso, tivemos uma leve discussão na noite anterior, e trocavamos palavras monótonas até então.

Passei em sua frente, pegando minha mala e indo em direção ao portão de desembarque. Assim que passamos, várias garotas começaram a gritar. Gente, eram cinco da manhã!

Entramos em carros diferentes do que os meninos, que iriam explicar para Kris e Tao que tínhamos saído um pouco.

— Senhor Park, quanto tempo! — o segurança que vivia me acompanhando até a sala de Baekhyun, disse.

— E aí, Billy?

Seguimos a viagem em silêncio, e mesmo após a briga, eu e Baekhyun continuávamos  juntos, com as mãos dadas e, as vezes, ele beijava meu pescoço.

Assim que paramos em frente de casa, BaekHyun se apoiou na janela, igual a uma criança.

Ri antes de o puxar para fora, logo me apressando em tocar a campainha.

— Já vai! — ouvi a voz de Yoora. — Não acredito!

Yoora se agarrou no pescoço de BaekHyun, e eu comecei a rir descontroladamente de seu rosto desesperado. Eu disse que ela seria o inferno.

Revirei os olhos antes de os afastar e puxar o loirinho para atrás de mim.

— Calma aí, garota, vai matar o Baek do coração. — a segurei pela testa, enquanto ela tentava alcançar BaekHyun outra vez.

— É o Byun BaekHyun! Caralho, que homão da porra.

Após o ataque de Yoora, mamãe chegou, mandando a garota se arrumar pois iria colocar o café na mesa.

— Meu filho, que saudades, como foi em Busan? — me abraçou.

— Deu tudo certo, mãe. — menti. — Esse aqui é o Baek, como você já sabe.

— Sabia que eu tenho que ouvir seu nome sendo berrado pelos cantos dessa casa há três anos? É quase uma assombração!

BaekHyun arregalou os olhos, mas assim que eu e mamãe começamos a rir, ele relaxou.

— É um prazer conhece-la. ChanYeol falou muito da senhora esse tempo que estivemos fora.

Yoora desceu, e então, fomos contando tudo o que havia acontecido em Busan, ou melhor, quase tudo, eu não havia falado que tinha perdido minha virgindade, muito menos que eu e Baekhyun iríamos nos separar.

Mas só pelos olhares maliciosos de Yoora, eu já tinha a total certeza de que ela sabia o que tinha acontecido no quarto de hotel.

— Eu tenho uma caixinha com todas as coisas do Chan quando ele era pequeno. — minha mãe começou, me fazendo levantar os olhos para ela.

— Ah, não, mãe!

— Para de ser chato, ChanYeol! — ela deu um tapinha na cabeça. — Tá lá em cima, vem comigo.

Minha mãe saiu puxando BaekHyun pela escada, o levando até o meu quarto. Assim que cheguei, BaekHyun estava sentando na minha cama, folheando um álbum antigo de fotos, com um sorriso no rosto.

— Essa foi a primeira pelúcia do Chan, ele ficava arrastando esse elefante para todos os lugares. — ela parecia animada ao contar as histórias para BaekHyun, e eu não queria acabar com esse momento. — Esse aqui era o hamster de estimação dele.

— Yeolly, você era muito gordinho.

— Ah, não é pra tanto. — tirei a foto de sua mão, a observando.

Olhei para BaekHyun, que suspirou antes de sorrir. Coloquei seu cabelo atrás da orelha antes de me aproximar, mas fui interrompido pela minha mãe.

— Eu vou dar uma saída, fiquem à vontade. — disse ao recolher as fotos.

Yoora continuava parada na porta do quarto, com o celular apontado para BaekHyun e eu.

— Yoora! — mamãe gritou, fazendo a garota acordar e correr atrás dela.

BaekHyun riu antes de me beijar.

— Sua mãe é incrível, sabia?

— Eu tive pra quem puxar, né? — me gabei e Baekhyun revirou os olhos.

Me levantei, puxando o loirinho comigo. Andamos até a varanda. O abracei por trás, sentindo o vento gélido nos rodear.

O inverno chegaria em breve, e com ele, viria a saudade de BaekHyun.


Notas Finais


Só queria dizer que eu tô triste, até semana que vem.


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