História SuperStar (ChanBaek) - Seventeen!

Foi um longo dia sem você, meu amigo

Mas eu vou te contar tudo isso

Quando eu te ver novamente

Foi uma longa jornada

Desde que começamos

Mas eu vou te contar tudo isso

Quando eu te ver novamente.

“Byun BaekHyun confirma fim de relacionamento com rapper do grupo EXO, Park ChanYeol”

“Chega ao fim a história de amor entre BaekHyun e o rapper, ChanYeol”

“ 'Continuamos sendo bons amigos' diz Byun BaekHyun sobre fim do relacionamento com ChanYeol ”

Há exatas duas semanas, esse era o tipo de notícia que eu vinha lendo e ouvindo em todos os lugares. Microfones eram colocados no meu rosto para me perguntarem algo sobre BaekHyun, e eu não poderia responder nada sobre isso.

Estávamos no dia 26 de novembro, mais especificamente, um dia antes do meu aniversário de dezoito anos.

Estava frio, BaekHyun estava no apartamento ao lado, eu não podia vê-lo, o café tinha acabado e eu estava sozinho no dormitório.

E então vocês me perguntam: "e por que não pode ir lá e vê-lo?". A resposta é apenas uma, tivemos uma recaída há dois dias e eu não sei o que fazer.

Assim que voltamos para o dormitório, fomos todos chamados na sala de reuniões, e assinamos um documento, terminando com tudo aquilo. Devolvemos todos os “presentes”, e eu tive que explicar o motivo de não entregar o colar de BaekHyun. Ele me devolveu o anel assim que chegamos no dormitório, e aquela, sem dúvidas, foi a pior parte.

Agora o meu anel fica no meu indicador, e o de BaekHyun, enfiado em alguma gaveta do quarto, debaixo de uma pilha de camisetas.

Voltando ao assunto da recaída, eu estava chegando da acadêmia e Baekhyun estava saindo para um show particular, acabamos nos encontrando no hall, e quando eu percebi, estávamos nos beijando no sofá da casa dele.

O problema era que assinamos uma liminar de distância, onde deveríamos ficar no mínimo cem metros longe um do outro, e caso isso não acontecesse, algo bem ruim iria acontecer, palavras do senhor Byun.

Mas quem disse que eu conseguia parar de pensar nele? Se não era a cabeça de cima, era a de baixo, e assim, consecutivamente. BaekHyun se sentia da mesma maneira, e as mensagens que eu ainda trocava com ele provava isso.

— ChanYeol! — falando em BaekHyun.

Me levantei do sofá, deixando o edredom de lado e indo até a porta, onde ele batia incansavelmente.

— O que você tá' fazendo aqui? Ficou louco? Se alguém ver que você chegou aqui, a gente...

— Eu vou embora para os Estados Unidos.

E quando tudo parecia não poder piorar, eis que surge mais uma. Puxei o garoto de cabelos, agora, vermelhos, para dentro, checando se alguém não tinha visto ele na minha porta.

— Que história é essa?

— Primeiramente, feliz aniversário. — me abraçou suavemente, bem rápido. — E é, meu pai viu as filmagens da câmera do hall e quer me mandar para Tóquio, eu não quero ir embora, Yeolly.

BaekHyun me abraçou com força, e se antes eu já estava ruim, naquele momento eu me encontrava péssimo.

— Você não pode ir embora, Baek, eu não vou deixar. — desfiz o abraço e saí correndo do dormitório. Se o senhor Byun queria confusão, era isso que ele teria.

— ChanYeol, o que você vai fazer? — BaekHyun corria atrás de mim até a sala do paizinho dele.

Escancarei a porta, vendo o velho se surpreender com a minha presença e agressividade. Kris estava lá, conversando algo que não era do meu interesse.

— Escuta aqui, seu velho desgraçado, o que pensa que tá' fazendo? — gritei.

— Senhor Park, é melhor se controlar.

— Quem deve se controlar é você! Seu desgraçado! Tá' achando o que? Que me afastar do BaekHyun vai fazer com que eu pare de o amar, é isso?

— ChanYeol! — Kris gritou.

Senti minha blusa ser puxada e me virei, encarando os olhos úmidos de Baekhyun, me encarando, com medo.

— Eu amo o Baek, senhor Byun, em todos esses anos, eu nunca gostei tanto de alguém como eu gosto do seu filho. Ele é lindo, inteligente, sei que as vezes ele parece ser um idiota, mas ele é o idiota mais incrível que eu já conheci. — segurei a mão do garoto, olhando em seus olhos. — Ele é doce, e ao mesmo tempo, me derrete inteiro. Seu sorriso é tão maravilhoso que me faz querer morrer, e eu morro só para vê-lo sorrir. O senhor querendo, ou não, eu vou continuar o amando, e ele estando aqui ou não, o sentimento não vai mudar.

— Já chega! — gritou. — BaekHyun vai embora e ponto final, não quero ele se relacionando com viadinhos por aí, ele sempre foi hétero, e não vai ser você quem vai mudar isso!

E então eu perdi totalmente a cabeça, voei para cima daquele desgraçado de um jeito que, se você não é amigo de Do Kyungsoo, não sabe dar uns pulos como esse. Mas antes mesmo de eu alcançar o velho, um segurança me jogou para longe, e cara, eu voei.

— Dê um jeito nessa bicha agora mesmo. — gritou.

Como eu ainda estava meio tonto por causa do tombo, nem senti quando o brutamonte me puxou e me jogou no sofá, acertando um soco na minha boca.

— ChanYeol! — ouvi BaekHyun me gritar.

Senti mais alguma coisa e vi de longe BaekHyun se debatendo contra os braços de um outro segurança, e então, eu apaguei.

Abri os olhos com certa dificuldade, assim que eu senti algo contra meus braços. Pude enxergar JongIn ao meu lado com um paninho em minha direção.

— Kai? —  perguntei.

—  Finalmente você acordou, pensei que tivesse morrido. —  Vi Kyungsoo se aproximar.

— Cadê o Baek? Que horas são? — levantei a cabeça, sentindo a mesma latejar.

— São duas da tarde, Kris achou melhor não te levar para o hospital, mas você tá' de boa, digo, nenhum osso quebrado ou algo assim. — Kyung me entregou um remédio e um copo d'água. —  É só pra dor de cabeça.

Tomei, o devolvendo em seguida.

—  Tá', mas e o Baek?

Kai trocou um olhar com Kyungsoo, me deixando preocupado.

—  Se eu fosse você, corria até o dormitório dele. —  Kai me disse, me fazendo levantar correndo, atropelando todas as coisas que estavam na minha frente.

Antes mesmo de eu colocar os pés para fora, vi algumas caixas do lado de fora do dormitório e a porta estava aberta. Entrei rapidamente, vendo algumas pessoas me encararem enquanto empacotavam as coisas do loiro. Fui abrindo porta por porta, até encontra-lo no quarto, vendo uma foto qualquer. Não havia mais nada dele ali, o que fez meu estômago revirar.

—  Baek! — disse e ele se levantou, largando a foto e correu para me abraçar.

—  Me desculpa, Yeolly, eu preciso ir embora. Eu não pude ser forte por nós dois, me desculpa.

E quanto mais ele falava, mas eu sentia meu peito se apertar.

Se eu soubesse que iria sofrer tanto assim por um ídolo, eu jamais teria entrado para esse mundo, jamais teria o ajudado ou muito menos ter aceitado aquele contrato idiota.

O mais triste, era saber que nós dois nem tentamos mudar aquela situação, que nós apenas aceitamos que não deveríamos ficar juntos.

Nós fomos feitos para nos conhecermos, mas não para ficarmos juntos.

E foi com aquele pensamento que eu quebrei minha promessa e deixei BaekHyun ir embora, e dessa vez, não foi o meu orgulho, meu egoísmo ou minha falta de coragem, foi nosso medo de tentarmos outra vez.

Foi quando eu vi a porta do elevador se fechando e BaekHyun se despedindo com um aceno tímido, que eu senti que um amor daquele não era do tipo que se vivia duas vezes, e eu jamais viveria outro igual.

Um lugar onde eu não posso te tocar

Eu não posso nem te segurar

Você está brilhando

Isso não pode ser real

Sua triste história que

Não pode se tornar realidade

Quanto mais perto você for,

Mais vai se machucar

Então pare esse amor
 

—  X — 

Acordei no dia seguinte com dor de cabeça por ter passado a madrugada inteira chorando. Os garotos tentaram o possível e o impossível para me fazerem rir, mas nada conseguia me tirar mais do que apenas sorrisos forçados. Era meu aniversário, e meu maior presente não estaria comigo naquele dia.

Fiquei acompanhando sua trajetória até os Estados Unidos por uma fã base, e pelo o que tudo indicava, ele tinha chegado naquela madrugada.

Respirei fundo ao colocar os pés para fora da cama.

Sei que numa hora ou outra, eu teria que superar BaekHyun, mas não seria agora e creio eu, que não seria muito em breve também. Eu estava quase ouvindo Adele enquanto tomava sorvete e assistia algum filme ridículo em algum canal fechado, mas infelizmente, era o meu aniversario e eu deveria mostrar que estava — aparentemente —  vivo.

— Apareceu a margarida. — fui recebido por Minseok, que me abraçou assim que me viu descendo as escadas. — Feliz aniversario, Chan.

Agradeci com um sorrisinho antes de entrar na cozinha e ser recebidos com abraços de todos os membros, inclusive Kyungsoo, que deixou o lado satânico de lado por causa minha tristeza, e veio me abraçar também, dizendo que eu era o " irmãozão orelhudo" dele.

Cantamos parabéns e eu levei alguns tapinhas na nuca, que me fizeram rir por alguns segundos. Eles estavam felizes por mim, eu ao menos deveria estar feliz também.

Naquela noite, quando fomos para minha casa, Yoora não gritou pelas fotos novas de BaekHyun, Kai e Kyungsoo não ficaram abraçados, Sehun não me ameaçou de perder BaekHyun, e eu descobri que Chen estava namorando com Minseok há exatas duas semanas.

Foi o melhor e pior aniversário de todos.

Mas foi faltando exatos três minutos para a meia noite, que meu celular apitou e o nome na tela fez meu coração acelerar.

[27\11\16 23:57] Bacon:

Você não sabe o quanto eu queria estar aí agora, te abraçando e dizendo que eu sou o cara mais sortudo do mundo por ter você, mas eu sei que independente da distância que nos separa, nosso sentimento é o mesmo, e eu te prometo, de todo o meu coração, que isso ainda não acabou, você ainda vai ser muito feliz comigo, Yeolly, e eu soube disso no exato momento em que te vi. Muito obrigado por tudo, eu te amo, feliz aniversário. Ps: eu vou voltar, eu prometo <3

[27\11\16 23:57] Bacon:

Eu posso ver as estrelas da América, me pergunto se você as vê também.

Eu não tive forças o suficiente para enviar uma resposta, e eu sabia que BaekHyun também não esperava por uma.

Mamãe me abraçou, dizendo que tudo iria ficar bem, e eu acreditei naquilo, afinal, mamãe sempre foi uma pessoa que sempre estava certa, independente da situação.

E quando eu apaguei as velas, desejei que BaekHyun fosse feliz, longe ou perto de mim.

 Agora, eu queria que você estivesse aqui

Pois agora, tudo é novo para mim

Você sabe que eu não posso lutar contra isso

Mas toda noite eu sinto isso.

20 de abril de 2017.

— Dois minutos!

A vida estava corrida, o tempo passou rápido e eu não conseguia tirar o Byun da cabeça por um minuto sequer. Com o passar dos meses, fomos perdendo o pouco contato que tínhamos, o que me fez pensar que ele havia deletado o meu número ou arranjado outra pessoa.

Nesses meses, eu também encontrei novas pessoas, que jamais me renderam mais do que alguns beijos escondido ou algumas noite em hotéis, durante a turnê.

Eu havia voltado a ser o ChanYeol do começo dessa história, tirando o colégio e toda a fama que eu tinha agora. Todos os dias eu estava em alguma revista com alguma noticia e entendi perfeitamente o que BaekHyun dizia sobre não ter paz.

Eu sei que vocês querem saber sobre o Xiumin e o Chen, né, seus curiosos? Tá', vou contar, mas só porque sou legal. Assim que eu descobri que eles estavam juntos, não namorando, eu ameacei de cortar o pau do Chen fora com uma faquinha de manteiga, caso ele machucasse ou fizesse o meu bebezinho chorar.

E agora eles estão namorandinho. E parece que eu sou a vela do rolê, outra vez.

Suho começou a namorar com uma garota, assim como o Yixing, não, não era a mesma garota, mas elas eram primas, então né, diga-se de passagem que eu as confundo, mas só as vezes.

Héteros, gente, aqueles dois, só vendo pra saber (e rir).

Kyung e JongIn continuavam na mesma, o mesmo namoro meloso, cheio de tapas e beijos. Vocês já ouviram demais sobre aqueles dois, então relevem.

Kris estava para me matar já que eu tinha saído para uma festinha dos meus amigos da empresa concorrente, e levantaram um monte de fotos que a menina que eu tava' dançando era minha nova namorada. Ah, pelo amor, eu namorando com uma garota?

Hoje é dia das piadas e eu não sei? Vou até procurar aqui.

— Kris, eu nem gosto de mulher, pelo amor de Deus. —  eu disse enquanto percorria o caminho até a parte debaixo do palco.

Não precisa de muito esforço pra saber que eu não era hétero, galerinha, obrigado pela compreensão.

Antes que venham me perguntar se eu tô' feliz, não, eu não tô', é tudo fingimento, só meu travesseiro sabe o quanto eu choro de noite.

Triste.

Subi na plataforma que me faria "voar" no palco, assim que a música começasse. E sim, voar, porque o impulso daquilo era forte demais e a academia ainda não estava dando tantos resultados.

Show vem, show vai, o público parecia animado para mais músicas e eu apenas queria voltar para o meu sofá e meu cobertor, e chorar enquanto comia Nutella.

Don't Go começou a tocar e aquela música, com certeza, era a minha sentença de morte.

Podem toca-la no meu enterro, eu deixo.

Mesmo depois da "separação", o EXO ainda usaria algumas músicas com parceria do BaekHyun, já que o pai dele fez questão de nos vender essas músicas.

Eu já começava a ficar tonto de tanto girar naquele palco, até que as luzes saíram do nosso foco, indo parar atrás do palco, e de lá, eu vi sair alguém.

BaekHyun.

Me guie

Para o lugar onde você vive

Me leve com você

Oh, eu vou te seguiria até o fim do mundo

Meu coração acelerou, eu não tive qualquer reação ao vê-lo ali, vindo na minha direção enquanto cantava aquela música que nos representava tão bem. Por um instante, eu tive até medo daquilo ser uma miragem, mas assim que ele chegou perto e eu vi o seu sorriso brilhando para mim, eu soube que era ele mesmo.

Eu segurei o seu corpo, ainda desacreditado, ouvindo de longe, os gritos histéricos e Kyungsoo terminando o refrão. Ele tinha voltado, assim como tinha prometido.

Meu coração batia com tanta força que eu tinha medo de morrer e não rever aquele momento tão lindo em HD.

— Eu tô' dentro, Yeolly. —  ele disse me soltando.

Fiquei confuso.

— Como assim?

—  Você nunca mais vai se livrar de mim, eu tô' dentro, Yeolly, sou o mais novo integrante do EXO, por favor, cuide de mim.