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História Surprises of love - Planos


Escrita por: santovittiuk e SantovittiPlay

Notas do Autor


Boaaaaa noite! Eu sei que demoramos bastante, mas de verdade... eu tive uns problemas então não deu pra sequer pensar em fanfic. Mas o que importa é que tem capitulo novinho pra vocês! Prometo que tentaremos postar o próximo mais rápido, sério, desculpa gente!
Espero que curtam esse capitulo, beijoo!

Capítulo 6 - Planos


Fanfic / Fanfiction Surprises of love - Planos

POV Rafael

Caralho! Não podia acreditar que aquilo tinha acontecido. Transei com minha melhor amiga e nem me lembro. Talvez fosse realmente melhor não lembrar de nada, as coisas seriam menos constrangedoras para mantermos nossa amizade de pé depois disso. Não me leve a mal, eu achava Isabella linda e gostosa... mas ela não precisava saber disso. O lance era que ela merecia alguém melhor do que eu, que não estava pronto pra uma relação de verdade e não estragaria nossa amizade apenas por uma ficada ou uma transa.

Lembro bem que quando me mudei para seu bairro, em plenos 12 anos achei ela maior gatinha. Dei em cima dela por duas semanas, mas a peste sempre fugia. Até que um dia a encurralei na parede dos fundos da minha casa, nossas bocas estavam a centímetros de distância e no momento que selei nossos lábios, ela me deu uma joelhada no saco. Me sentei na grama encolhido de dor enquanto Isabella rolava no chão de tanto rir. Naquele momento, ouvindo sua risada e observando sua simplicidade, quis tê-la pra vida. Pedi desculpas e disse que queria ser apenas amigo, ela aceitou com a condição de poder me chamar de “tomatinho” pela cor que meu rosto tinha ficado quando ela me deu o chute, aceitei, é claro, e nos tornamos o que somos hoje. Não achei que ela fosse me chamar por esse apelido ridículo pra sempre, mas me enganei.

Nós não fazemos tudo juntos, como dizem que melhores amigos devem fazer. Até porque isabella simplesmente sente nojo da maioria dos lugares que eu frequento. Ela prefere maratonar séries usando um pijama confortável deitada na sua cama espaçosa e comendo porcarias. Já eu praticamente sempre estou em festinhas e bares com meus outros amigos. Mas funcionamos bem assim, as vezes vamos no cinema juntos, ou a um parque de diversões, ou ainda apenas ficamos um na companhia do outro, o silêncio não nos incomoda. Ou não nos incomodava até essa merda toda acontecer. Eu estava na entrada da escola parado enquanto Isabella me encarava confusa. Nenhum dos dois sabia o que falar.

- Você está bem? - Perguntou baixinho

- Sim, e você? Como foi a viagem?

- To com dor de cabeça ainda, ressaca não acaba nunca? - quis saber e eu dei um meio sorriso - a viagem foi uma merda, meu pai encheu o saco pra caralho! Ficou repetindo que eu ia ficar de castigo e mais um monte de bosta - Reclamou ela enquanto caminhávamos até a sala

- Ta pra nascer alguém mais desbocada que você! - Disse rindo e ela revirou os olhos - o que você disse pro teu pai?

- Que dormi na casa de uma amiga - Afastou a cadeira para se sentar e eu coloquei meus materiais na mesa ao lado - Vai sentar comigo hoje?

- Desde que ele não descubra que a amiga sou eu - dei de ombros e ignorei a pergunta retórica que ela havia feito

- Ele não vai. Nunca! - Respondeu com pavor.

A primeira aula já tinha terminado e o professor de matemática estava atrasado para o segundo período. Observei Isabella pegar seus fones dentro da mochila. Ela vestia uma calça jeans clara com alguns rasgos na parte da frente. Uma camiseta preta larga que eu reconheci ser minha e não pude evitar um sorriso.

- Do que está rindo?

- Você é uma ladra de camisetas! - Acusei rindo e ela deu de ombros

- Você nem deu falta!

- Tudo bem, dessa vez eu deixo passar... até porque ficou linda em você!

Pelo jeito que Isabella me olhou percebi que tinha falado demais e me arrependi no mesmo momento. Fui salvo pelo professor que chegou pedindo atenção.

*                        

- Bella - a chamei quando vi que estava prestes a sair da sala, ela me olhou como se dissesse "fala logo imbecil" - nós estamos bem, não é?

- Ah Rafael para de viadagem eu to com fome cara! - Bufou e eu sorri um pouco - sim, estamos bem - me abraçou de lado e eu dei um beijo na sua testa

- Vai lá almoçar então ô esfomeada! - Ela mostrou a língua e saiu em disparada.

Isabella tinha um jeito meio diferente. Ela se vestia toda largada, não era como as outras meninas daqui. Além das roupas a sua atitude era completamente oposta as outras garotas, ela era tímida, então sempre que podia se escondia atrás dessa armadura de 'foda-se' que gostava que os outros vissem. Mas eu a conhecia a tempo demais pra não sacar isso no seus olhos. Ela estava envergonhada com o que tinha acontecido e eu sabia disso, mas no momento não conseguia pensar em nada para consertar, então rezei para que o tempo fizesse as coisas voltarem ao normal. Tempo e comida, isso sim.

Sai correndo atrás dela antes que ela pudesse sair dos portões da escola.

- Ô loirinha! - Gritei - Espera aí

- Que diabos você quer Rafael? Já falei que to morrendo de fome.

- Calma ogra, eu só ia perguntar se queria ir ao Hunterburgs - Me virei e comecei a andar em direção oposta à ela - mas já que você não quer...

- Opa mocinho - Puxou meu braço com força me fazendo voltar e chocar meu corpo com o seu, mil vezes droga! Isabella corou em frações de segundos, estávamos muito perto, podia sentir sua respiração sobre a minha, poderia até dizer que conseguia ler sua alma atrás de seus olhos, mas ela interrompeu - É... vai me levar mesmo?

- Claro que sim, quer almoçar lá?

- Quero, mas só porque é meu restaurante fav.

- Fav? -  Perguntei um pouco perdido - Que porra é essa?

- Favorito Rafael, essas pessoas que não usam twitter viu? Só Jesus na causa.

- Falou a rainha da tecnologia - Parei de frente ao meu carro e abri a porta do passageiro - entra ai, vai.

Isabella entrou e assim seguimos para o restaurante, sem trocar uma única palavra.

 

- É... - Tentei puxar assunto quando vi que o silêncio reinava na mesa, já tínhamos pedido fazia um tempo, mas até agora não tinha chegado nada - Soube que as batatas daqui são ótimas.

- Sério Rafael? Você já veio aqui comigo milhões de vezes, claro que a batata é ótima, tu já comeu moleque

- Só tentei puxar assunto, ô abestalhada! - Der repente Isabella ficou longe, como se sua cabeça estivesse em outro lugar - Ei, que foi?

- Nada, eu só...

- Desembucha logo criatura.

- Você já imaginou como será daqui a pouco?

- Como assim loirinha?

- A cara, eu fico pensando, sei lá... será que ainda vamos nos falar depois de um tempo?

- Iiihh maluquinha, fala assim não - Segurei sua mão para passar confiança - Vamos sim, sempre vamos.

- Ah tomatinho, temos tantos planos, você quer fazer faculdade longe pra caramba, eu quero ir pra Londres e...

- Ei! Mesmo você estando longe e eu também, tem celular, ainda mais assim, eu quero ter um carro puta lindo, só pra ir te ver, chega de uno né?

- Já imaginou que foda? Eu morando lá e você sempre indo me ver? Acho que ia ser uma festa só, vai rolar festinha todo dia.

- Ah! Eu ia amar te ver sempre, mas podíamos também viajar o que acha? Nas férias poderíamos viajar pra...

- Nevasca! - Falamos em uníssono.

Começamos a rir, fazer planos com Isabella sempre foi maravilhoso. A comida chegou logo e continuamos com o papo.

- Eu quero morar em Nova Orleans depois da faculdade.

- Poxa, bem que você podia me levar né, loirinha?

- Claro, você pode me visitar.

- Visitar? Que nada, quero abusar muito de você, deixa um quarto pra mim, porque quando eu voltar da minha viagem fodona pelo mundo, quero um lugar pra me sentir em casa

- Pode deixar abusado, por onde quer começar a trajetória?

- Ainda não sei, quero desapegar de tudo e cair no mar, vai ser muito foda

- Com toda certeza - Isabella falou com a boca cheia de hambúrguer - Caralho! Isso é inacreditavelmente delicioso.

- Já é o segundo Santoni, vai com calma

- Quem tem calma é padre, eu vou comer é tudo, não sei quando vou comer de novo amor, me deixe.

- Tá bom, gulosa!

Quando a Fiona resolveu parar de comer fomos para casa dela, já que ela alegava que tinha recebido uma ligação super importante do pai dela e blábláblá, mas como eu a conhecia muito bem, logicamente sabia que era mentira. Pelo sim ou pelo não, fui até sua casa, onde a deixei na porta com um sorvete nas mãos.

- Tchau tomatinho. 

- Só isso? Nem um beijinho? Caraca, tá foda hein?

- Nossa que dramático – Revirou os olhos e depositou um beijo na minha bochecha, logo depois jogou sorvete no meu rosto, caralho, aquilo era gelado pra porra - Prontinho, pra não sentir minha falta.

- Pode ter certeza que não vou.

Observei uma Isabella sorridente deixar meu campo de visão rapidamente, e assim fui pra casa, amanhã seria um dia longo.


Notas Finais


Me digam que ainda estão aqui e que não nos abandonaram?!!


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