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História Surrender 2 - Sequestro


Escrita por: mjhbates e ArabellaStark

Capítulo 7 - Sequestro


2000

– Eu sei que você fez isso! – Linda, em pleno ataque de histeria, tentava partir para cima de Sarah. – Foi sempre você, menina maldita. Como eu queria ter visto isso antes!

– Mãe, me dói te ver assim – Sarah fez o melhor que pode para interpretar a filha perfeita. – Eu sinto falta da minha irmãzinha também. Eles vão saber o que é melhor pra você e prender o monstro que levou ela. Eu prometo.

Enquanto Linda se debatia, o marido limpava as lágrimas e abria a porta para que a esposa pudesse ser levada pelos médicos. Sarah se livrou de mais um problema. A mãe estava fora do caminho.

 

2016

O que te fez pensar que Emily corre perigo? – luto contra os efeitos da bebida pra falar com Ally.

– Ela saiu faz tempo. Liam ficou em choque com o que fizeram com o Kyle e me pediu pra verificar as coisas. Eu liguei pro seu pai e ele me disse que Emily não estava lá. Achei estranho, mas não tinha como ligar pra ela, então chamei você.

– Eu vou ligar.

Pego o celular e pressiono o dedo trêmulo em cima do número.

– Emily?

– Olá, heróizinho – a voz alterada que responde é tão horrível que me dá calafrios. Me esforço pra por no viva voz pra que Ally também ouça. – Sua amiguinha não pode responder agora.

– O que você fez com ela?

– Tenha paciência. Na hora certa, tudo vai fazer sentido.

– A hora certa é agora, seu merda! O que você quer? – Ally grita, e a voz faz silêncio.

– Que bom ouvir sua voz, irmãzinha. Quer apressar o jogo? Ok. Fique atenta. Vou te mandar um endereço de uma ótima madeireira para encontros. Venha sozinha – e desliga.

Irmãzinha?

– Ally, o que foi isso?

– Eu... eu não sei – ela diz pouco antes de desabar nos meus braços.

Ficamos daquele jeito por longos minutos.

– Você acha que o endereço vai chegar como? – pergunto.

– Não faço ideia. Mas tenho que ir sozinha.

– Não. Eu vou com você.

Ally não diz mais nada. Invés disso, passa o braço envolta da minha nuca e me beija. O ato faz a preocupação com Emily sumir aos poucos da minha cabeça. Sinto que estou sendo empurrado pra trás até cair na cama. É tarde demais pra tentar interromper qualquer coisa.

***

O primeiro pensamento que me vem à cabeça quando acordo é que o sexo com Ally é sempre cercado por um pedido de socorro, uma tentativa de livrar a cabeça da tensão, e isso me deixa mal.

O segundo é a consciência de que estou sozinho na cama.

Me visto com pressa e meus olhos encontram a carta em baixo do abajur. Então foi assim que o endereço chegou. A letra desesperada de Ally formando o “eu te amo” no envelope é como uma facada no meu coração. Ela foi sozinha enquanto eu dormia.

Dentro do envelope já aberto, há uma folha grossa com um endereço de Nevada. A madeireira. Por que lá? Viro a folha. É uma foto. Do outro lado, uma mulher segura um bebê com a roupa violeta.

Agora a máscara fazia sentido. O rosto que esconde a identidade dos assassinos é uma versão distorcida do rosto da mãe de Ally.

– Liam? Estou saindo – procuro ele no outro cômodo, mas ele não está em lugar nenhum. Então Ally não foi sozinha.

***

A rodoviária quase vazia me dá calafrios. Minha intenção vindo aqui tinha sido procurar por eles, já que não existia nenhuma outra forma viável de terem ido sozinhos, mas acabei fazendo a mesma coisa. Ninguém sabia dizer se Ally ou Liam estiveram por aqui. Só me restava ir até a madeireira.

Só que não tinha mais ônibus nenhum.

– Pai, estou sozinho agora. Eles foram pegos. Preciso da polícia nesse endereço – dito as informações. – Não posso ficar esperando. Estou indo.

A gravação terminou no mesmo instante que um caminhoneiro parou na minha frente.

– Deixa eu adivinhar. Nevada? Os ônibus daqui pra lá já foram.

– Obrigado. Não sabia.

– Estou indo pra lá. Quer carona?

Meu consciente grita não, mas a urgência por Ally e Emily me faz aceitar.

 

Quinze minutos se passaram até a placa anunciando Nevada finalmente aparecer. A estrada que levava pro endereço que eu pedi estava vazia.

– Então, o que um rapaz da sua idade faz indo pra um lugar assim? – a voz do caminhoneiro não era nada amigável.

– Eu... amigos. Me querem. Lá. Festa.

Ele ficou em silêncio por um tempo, concordou e se voltou pra frente.

– Já trabalhei nessa madeireira. A velha Sarah era uma ótima chefe. Pena que o negócio acabou.

– Que pena. E agora você só dirige?

– É, praticamente. A velha morreu e eu perdi o emprego. Mas a neta dela me paga muito bem pra dirigir, e ela tem muito interesse em você e seus amigos.

Só então eu percebi que ele puxava um revólver guardado ao lado da marcha.

Luto pra afastar o banco e dou um chute contra o rosto dele. O espaço é pequeno. Sinto uma pancada na minha perna que me faz gritar. Alcanço o trinco da porta, mas não consigo abrir. A arma encosta na minha cabeça e, pela primeira vez desde o acontecimento, sinto que vou morrer.

Quando ele se volta pra estrada, aproveito pra dar outro chute e pegar a arma dele. O caminhão vira. Destranco as portas. Eu sei como fazer isso. Miro no rosto, mas as viradas do veículo me fazem acertar no tronco. Ele se esforça pra frear. Aproveito pra abrir o trinco e me jogo, sem saber o que viria depois.

Depois de absorver toda a dor, percebo que estou vivo. Levanto a cabeça. Tudo o que consigo ouvir é um curto xingamento do motorista, que logo e interrompido enquanto o caminhão capota pela ribanceira.

Viro a cabeça. Do outro lado, está a madeireira.

***
Os meus pulmões quase explodem quando finalmente chego no terreno da madeireira. É um lugar extremamente velho. Aproveito o revólver que consegui pra entrar pela porta dos fundos. Os galpões parecem desocupados há décadas.

Somente no quarto ambiente que as luzes acendem e consigo ver Emily amarrada, no chão, enquanto Liam, de pé, segura uma faca contra a garganta dela.


Notas Finais


TA CHEGANDO (essa vai ser mais curta)
e agora?????


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