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História Surrender - Dinner


Escrita por: akashadow

Notas do Autor


Esse é um cap todo Pov Camila, boa leitura, e tem uma pequena perguntinha no final.

Capítulo 15 - Dinner


Fanfic / Fanfiction Surrender - Dinner

                                                                    "Blurry bodies but you're on my mind. 
                                                                              We let it go now I'm full of rum and regret.
                                                                                     I go out just so I can reforget."


                                                                                            Pov Camila 


Desde o dia que cheguei a única coisa que me vem na cabeça é ela, desde o bendito dia que eu entrei naquele bendito estúdio e à vi distraída. Desde o maldito dia do primeiro beijo, desde a maldita primeira troca de olhares, desde o maldito primeiro toque. Eu tinha uma única coisa na cabeça quando cheguei aqui: trabalho. E nada mais, eu me focaria no meu trabalho, que é a única coisa que ainda me mantém aqui, porque se não fosse por isso, eu já teria dado um fim nisso. Eu teria dado um fim nesse relacionamento incerto. Por mais que seja difícil, eu tentaria de qualquer jeito acabar com isso, aliás ninguém morre de amor, e eu com certeza não morreria por ela. "Ela é diferente, diferente de tudo o que eu já vi, diferente de todas as pessoas que eu já namorei", era o que eu pensava até ver ela se agarrando com outra pessoa, e por causa disso, resolvi fazer uma única coisa, fazer uma promessa: A partir de hoje, eu só me preocuparia com o que tenho que fazer aqui, e quando terminasse, eu voltaria para casa, sem ressentimentos, sem ficar me dividindo entre lá e aqui, sem ninguém para me preocupar, era a minha meta. 
Respirei fundo e senti um cheiro agradável entrar por minhas narinas, com certeza Normani havia feito alguma coisa para ela comer. Na noite passada, ela chegou "bêbada" e eu abri a porta para ela entrar, aliás, a casa é dela e eu só estou morando aqui de favor, como ela disse na última discussão que tivemos ontem. Balancei a cabeça, deixando aqueles pensamentos para lá e desci as escadas lentamente. Normani estava na cozinha preparando um sanduíche, e preparando seu prato. Passei diretamente por ela sem nem dar "bom dia" e peguei uma garrafa d'água, enquanto pegava um copo e enchia com água percebi ela me fitando intensamente, levei o copo até a boca e olhei para ela, que logo desviou o olhar. Suspirei e deixei o copo na pia, até porquê eu iria lavar mesmo, como sempre. Normani ligou a televisão e começou a ver um programa casual de família, onde uma menina encontrava sua mãe depois de anos, pude ouvir sua respiração pesada de longe e olhei para a estante perto dela onde tinha um retrato seu e de sua mãe. Passei os dedos de leve pelo retrato e peguei com uma mão fixando o olhar nele, Normani e sua mãe pareciam felizes, sorriam sem parecer forçado, sem parecer que estavam tirando uma foto, qualquer um podia sentir o quanto elas estavam felizes, Normani no entanto era bem nova quando a foto foi tirada. Lembrei de minha mãe e minha família e lembrei de ontem, quando liguei para ela. É claro que eu não disse tudo o que estava acontecendo, mas foi o suficiente para ela querer vir me visitar e usar a clássica desculpa do dia das mães estar chegando.
– Minha mãe está vindo para um jantar, hoje à noite. – falei.
– E vai trazer meus familiares. – completei pausadamente.
– Com a permissão de quem? 
– Com a minha permissão. – Ouvi sua risada sarcástica.
– Então, como eu ia dizendo, a resposta é não. 
– Se eu fosse pedir, eu começaria com "Normani, posso..." – fiz aspas com os dedos. – Mas como você pode perceber, eu não comecei, então... – Passei os dedos pelo seu rosto e sussurrei calmamente em seu ouvido. – Trate de melhorar esse humor, ou então minha família verá o quanto Normani Kordei é mal criada. – Fiz beicinho e depois soltei uma risada. – Você tem algumas horas e poucos minutos. – Ela revirou os olhos e bufou. Consegui o que eu queria!

                                                                                                     ...

– Claro que você volta, Camila. É só ela pedir com jeitinho. – Ally falava enquanto eu passava o protetor. Ela tinha me chamado para ir para sua casa ficar na piscina e eu como não sou idiota fui para não ficar deprimida em casa.
– Allyson, eu não vou voltar a ser aquela Camila com ela. Aliás, ela perdeu esse direito. – Me ajeitei na cadeira e fechei os olhos, respirando fundo por alguns segundos.
– E como vai ser o jantar com a sua família hoje?
– Não faço ideia.
– Ela vai estar lá?
– O que eu posso dizer?  É a casa dela, é claro que ela vai aparecer. 
– Vou dar um mergulho, você vem? – Ally perguntou e eu balancei a cabeça em sinal de negação. Muita coisa mudou desde a última vez que estive com a minha mãe, muita coisa mudou desde que estive em Miami. Desbloqueei meu celular que estava em cima da mesinha e percebi quatro chamadas perdidas de Normani, sorri de canto e depositei o mesmo em cima da mesa novamente.
– Você já percebeu que só tá magoando a você mesma? – A loira saiu da piscina e sentou ao meu lado novamente. 
– Eu sei o que estou fazendo.
– Sabe mesmo? – Perguntou com cautela.
– Sei.
– Isso não é sobre você, não é? 
– Como assim? – Virei o rosto para Ally enquanto cobria a claridade do Sol e que estava incomodando meu rosto.
– Isso não é sobre mostrar a você mesma que consegue ficar sem ela, isso é sobre você mostrar à ela que também sabe ser aquela que não liga para nada. – Ela deu uma pausa e segurou minha mão. – O problema, Camz, é que você se preocupa de verdade. - Meu coração bateu mais forte só de pensar na possibilidade de Normani só fingir suas palavras amorosas comigo e que para ela eu só fosse mais uma experiência. 
– M-mas, Ally...
– Quantas vezes ela já te fez mal? – Ela deu uma parada como se quisesse que eu respondesse mas logo continuou. – Viu? Você sabe que ela te faz mal, então a pergunta amiga que eu te faço é: Por que continuar? Você sabe que ela te faz mal, mas você quer continuar ao lado dela, quer continuar imaginando um futuro com alguém que nem sequer liga. – Ela se virou para mim e continuou a falar cada vez mais calma, eu percebia que ela não estava me dando sermão e sim, me orientando. – Sabe por que você quer continuar? Porque você a ama, ou pensa que ama. Mas não vale a pena ficar no meio do muro, e se você realmente quer um conselho, escute seu coração. Ele saberá o que te dizer, mas se quiser um conselho meu, bom, se afaste, continue sendo essa pessoa, quando ela sentir sua falta, saberá em que assunto tocar para te trazer de volta. – Assenti e apertei sua mão em forma de carinho.
– Te amo. – falei.
– Também te amo, Mila. – Ela sorriu. – Agora me deixa dar um mergulho.
– Você sabe mesmo acabar com um momento fofo, Allyson.
– Sou expert. - Ela deu uma piscadela e pulou na piscina.

                                                                                                          ...

Minha mãe já tinha me ligado milhares de vezes para se certificar de que eu estava em casa. Arrumei a mesa pela centésima vez e me olhei no espelho, gostando do que o reflexo demonstrava. Eu estava em um vestido branco que realçava minhas curvas, e meu cabelo estava solto. Eu sempre me produzia demais para jantares de família, mas agora era diferente, eu tinha a obrigação de estar do mesmo jeito de quando saí de Miami, agir normalmente era um sacrifício, queria gritar, sair da mesa correndo só para não ficar ali com pessoas perguntando sobre a minha vida, pois com certeza iria acontecer. Já passava de nove horas da noite, quando a campainha tocou e eu pela última vez passei pelo meu quarto e arrumei o vestido à minha preferência. Normani ainda não tinha chegado, ela não falava comigo desde quando eu anunciei a vinda da minha família, e pior que eu não tinha nem sinal dela, nem nada que pudesse me dizer onde ela se encontrava. Abri a porta com um sorriso largo quando vi minha mãe e a abracei fortemente, deixando-a entrar em seguida. Abracei minha pequena irmã e as deixei entrar.
– Papai não veio, Mila. – Sofi disse me fazendo rir.
– Seu pai não pôde. Ele está trabalhando muito, mas logo ele vem te visitar, toda a família. 
– E os outros? 
– Estão na casa da sua tia Mary.
– Você vai ficar lá com a Sofi? – Perguntei esperançosa. 
– Esse final de semana apenas, para vir te visitar. – Minha mãe era a melhor, ela sempre dava um jeito de me fazer ficar bem, não importava quais meus problemas. 
– Eu mesma preparei a lasanha. – Puxei a cadeira para Sofi sentar e a ajeitei na cadeira. Minha mãe se sentou ao lado dela e eu fui me dirigi até cozinha ainda pensando no quão dura fui com a Normani esses dias, mas ela merecia, e muito mais. Levei o prato onde havia a lasanha, e olhei elas se servindo enquanto eu retirava as luvas.
– Onde aprendeu a fazer lasanha? Você queimava o arroz todo. – Minha mãe soltou uma risada e ela e Sofi fizeram uma batida.
– É um complô? E respondendo a sua pergunta, internet me ajudou, só não sei se está como eu acho que está. 

                                                                                         ...
                                         "I never thought a sunrise, could burn more than a midnight without you"

Ficamos até tarde conversando, e já me sentia tão bem que por alguns minutos tinha esquecido totalmente da Normani, o que para mim era um progresso. O relógio já marcava uma hora da madrugada e nada dela aparecer, comecei até pensar que ela não dormiria em casa, além de não comparecer ao jantar, ela não ficaria em casa, mas à todo custo meu coração tinha uma má impressão sobre alguma coisa, porém apenas lavei as louças e subi para o meu quarto. Minha mãe já tinha ido e eu já ia entrar no banho gelado quando ouço barulhos na porta.
– Droga. – Murmurei enquanto descia as escadas novamente para abrir a porta principal.
Quando a porta se abriu lentamente, era nada menos nada mais do que uma pessoa com uma péssima expressão. Seus olhos estavam vermelhos, e suas olheiras já eram notáveis. Ela estava bêbada. 
– Vai me deixar entrar ou vai ficar me olhando? – Ela disse meio embolado mas eu consegui entender, bufei e me afastei para dar espaço para ela passar.
– Um "obrigado" agora seria bem vindo. – Ela que subia as escadas rapidamente se virou e me fitou de baixo para cima.
– Sabe que horas são? Praticamente duas horas da MADRUGADA. – Dei ênfase na última palavra e ela deu de ombros e continuou a subir. Antes que pudesse dizer nada segurei seu braço e ela tentou se soltar no meio da escada.
– Eu tô cansada, Normani, será que não entende isso? – Ela continuava calada e me fitando, eu já não sabia se ela me olhava com ódio ou com pena, porque eu apertava seus pulsos mais forte possível. 
– Onde você esteve? – Falei mais calma e ela se aproximou colando nossas testas e eu pude sentir sua respiração descontrolada cada vez mais perto, pude sentir seu cheiro de cerveja, de cigarro, esses cheiros desagradáveis.
– Não é... - Ela pôs suas mãos geladas nas minhas. – Não é da sua conta. – Normani falou pausadamente.
– O que? 
– É surda ou o quê? Quer que eu soletre? N, A, O... – Não deu tempo de terminar sua fala quando eu só senti seu corpo colidindo a parede.
– À partir do momento em que você me colocou aqui e chega nesses estados, ISSO VIROU DA MINHA CONTA. 
– É mesmo? – Percebi o seu sarcasmo na voz. – Muito interessante. Agora se me der licença. 
– Não, você não vai sair daqui até me explicar. O que você quer? Uma hora você é a pessoa mais amável do mundo, na outra você chega nesse estado aqui? Com quem você estava? – Soltei seus pulsos e ela passou a mão sobre eles e deu uma risada.
– Não é da sua conta, Camila. Saiba receber um "não" como resposta.
– Você não disse um "não", disse que isso não é da minha conta, mas na verdade é sim. – Ficamos em silêncio encarando o nada quando ela se pronuncia.
– Posso dormir agora? 
– Como quiser, Kordei. - Respondi simples.
– Sabe porquê eu acho que as pessoas bebem? – Perguntei enquanto ela estava de costas pronta para ir pro seu quarto e no outro dia não se lembrar de nada do que aconteceu.
– Por que? – A expressão dela era de puro tédio quando se virou pra ouvir.
– Porque elas simplesmente não tem a capacidade de dizer alguma coisa quando estão sóbrias, usam a bebida de passagem para poder falar alguma coisa para alguém... o que você quer dizer? 
– Eu... – suspirou. – só... não pense que eu bebi porque quero dizer alguma coisa, Cabello. – Normani disse meio rápido e só sua voz dizendo meu sobrenome já me fazia esquecer de toda raiva que eu sentia. 
– Uhum. – Minha voz não era mais do que um fio, estava tão baixa que nem eu mesma ouvia.
– Boa noite. – Ela disse indiferente e quando se aproximou mordeu o lóbulo da minha orelha. Ela gargalhou e pude ver o quanto ela estava melhor, o efeito passava, lentamente mas ela já estava ciente do que estava fazendo. 
– Aposto que não faz isso em mim sem rir. – Desafiei autoritária, porém ainda mantendo a seriedade da conversa.
– É? Vamos ver, Cabello...


Notas Finais


A pergunta: No próximo cap, hot ou capítulo normal? Beijos, até a próxima.


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