Naomi estava ficando com raiva do que ouvia, cada palavra que saia da boca do Controlador fazia com que ela fechasse o punho e abaixasse a cabeça, tudo que ela estava à escutar era automaticamente esquecido, ela não queria ouvir, ela não queria acreditar.
- Já chega. - Naomi levanta a cabeça, seu olhar dava medo. - Desde de quando eu pedi sua opinião sobre ela? Desde quando eu pedi para que falasse dela? Eu sei muito bem quem Seiko é, e eu sei o que ela já fez. Eu não me importo se ela matou várias pessoas e é diferente graças a isso, nesse mundo criado por você é matar ou morrer, não existe piedade aqui.
- Como disse antes, você tem todo direito de não acreditar em mim, mas isso foi só um aviso. - Ele volta sua atenção à Naomi. - Agora está na hora de voltar para seu jogo, não é mesmo?
Antes que Naomi pudesse reclamar de algo ela percebe que sua volta era apenas floresta novamente. Já era de manhã, a presença de Seiko não estava naquele lugar, ela não estava dormindo e nem em volta de Naomi.
- Naomi, estava te procurando, onde esteve? - Seiko aparece do nada, Naomi leva um pequeno susto e olha para baixo. Nas mãos de Seiko estava a espada que a garota pegou na torre, e suas mãos havia um líquido suspeito. - Não vai dizer nada?
- Ah, desculpe. - Naomi sorri - Eu havia ido vigiar por ai, poderia haver alguém por perto.
- Enfim, eu estava a sua procura para dizer algo muito importante. - Ela colocava a mãos no joelho e suspirava de canseira. - Eu lembrei de um meio para chegar no Controlador, pode não ser o mais correto, mas é o único meio de salvar todos aqui e deixar o Controlador com muita raiva. Tem algo nesse mundo que o Controlador protege com sua vida, não sei o porquê, mas se alguém tentar tocar naquilo será automaticamente teletransportado até ele.
- Mas o que seria? - Naomi pareci curiosa, mas estava suando de nervosismo.
- Ren, um robô criado pelo Controlador, quando se inicia o jogo ele é transformado em um jogador, mas o grande problema é que não sabemos exatamente onde ele está e o que está fazendo. - Seiko olhou no fundo dos olhos de Naomi - Para encontrar o Controlador é preciso encontrar esse robô e....
- Não, você quer dizer que temos que mata-lo. Ele pode ser do mal e tudo mais, mas matar uma pessoa é errado. - Naomi estava se irritando, ela lembrará do que o Controlador avisou a ela - Seiko, quanto vale uma alma humana para você? - Naomi esperava pela resposta, mas Seiko apenas observava silenciosamente - Pelo que eu vejo, não vale nada.
- Não é isso Naomi, é que... - Seiko tenta se explicar, mas novamente é interrompida por Naomi.
- Você mentiu demais para mim já. - Naomi aponta para mãos de Seiko que havia o líquido estranho, cor de sangue. - Você foi mesmo me procurar?
Nesse momento uma voz no céu anuncia mais uma morte.
" Número Cinco, Tanashi, morta esquartejada na floresta... "
- Foi o que pensei... - Naomi corre o mais rápido, sem olhar para trás.
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