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História Survive (sobreviva) - Razões e emoções


Escrita por: Magtrouxa-Matt

Notas do Autor


Eu sei que eu morri mas tô de volta, com um puta bloqueio de criatividade mas estou tentando amores!!

Deixe os comentários de vocês!! Por favorzão!!💖💖

Capítulo 13 - Razões e emoções


Fanfic / Fanfiction Survive (sobreviva) - Razões e emoções

-Alisson!

A voz rouca de Sammy soou atrás de mim, mordi fortemente a pele de minha bochechas pra evitar me sentir bem ou reconfortada por isso.

Me virei para encara-lo o sol forte acima de nós fez  um franzir de sobrancelha surgi em seu rosto enquanto faziam meus olhos arderem devido a claridade, ele desviou o olhar para a grama mau cuidada abaixo de nós antes de olhar para mim novamente, respirei fundo tentando focar em qualquer outra coisa que não fossem seus olhos levemente esverdeados.

-Sobre ontem à noite

Seu olhar se desviou para o chão novamente e por um segundo meu coração hesitou em bater ao me lembrar de sua respiração queimando contra minha bochecha ao mesmo tempo que a culpa domina meu peito

-Sobre o que eu disse do Aaron e o outro grupo

-Ah -meu coração caiu, é sobre isso Alisson, somente isso.-

-Bem, não quero que pense que não está segura aqui

-Relaxa, isso não passou pela minha cabeça 

Minto, na verdade eu só estava muito além do meu limite para analisar essa possibilidade, o silêncio trouxe o clima desagradável entre nós isso é tudo que eu não preciso, meus olhos se focaram por vontade própria nas órbitas esverdeadas de Sammy, eu quero dizer algo mas não sei oque ou se devo trazer esse assunto a tona, os lábios de Sammy se abriram algumas vezes mas nenhuma palavra foi dita.

-Sammy, pode me ajudar nas cercas

Gilinsky gritou um pouco distante de nós e ele me olhou pela a última vez antes de seguir na direção oposta, desviei o olhar dos passos de Sammy e me deparei com Michonne a maneria como ela me olhava me fez engolir seco ela negou com a cabeça e eu suspirei antes de resolver ignorar isso e adentrar o prédio.

-Onde você estava? -dei de cara com Matt.- eu te procurei em todo canto.

-Achou. -suspirei e segui para o quarto onde as meninas dormiam mas Matt agarrou meu braço- 

-Ali a gente precisa conversar, onde você se meteu a noite toda?

-As meninas já acordaram? -desviei o assunto-

-Alisson, por favor nós precisamos falar sobre isso e eu preciso saber como você está -seu tom preocupado me fez soltar um suspiro que eu nem sabia que guardava, claro, ele quer saber como eu estou-

-Quer saber como eu estou? -eu ri sem humor- Eu perdi pessoas importantes pra mim, em um piscar de olhos Matt e obviamente a única que me restou -apontei para ele e soltei braço de seu aperto- eu nem se quer reconheço mais

Sei o quanto minhas palavras envenenadas e afiadas o atingiram, mas naquele momento eu não consegui conte-las estou magoada demais por tudo isso para simplesmente fingir que está tudo bem, eu não posso, não desta vez. 

  Segui rapidamente para o segundo andar deixando Matthew com sua dor, explicações e questionamentos para trás, eu não quero lidar com isso agora minha cabeça já está a mil e uma nova discussão é demais pra mim eu nem se quer reconheço mais os meus limites pois sinto que já os ultrapassei a dias.

Parei na porta do quarto onde Nash possivelmente dormiu, tinha lençol no chão e uma pequena caixa de madeira forrada com cobertas suponho que foi onde a pequena Grier dormiu, a mesma chorava sem parar enquanto Carly e Cassey ficavam encantadas com a pequena Lizz nos braços de Nash

-Bom dia -me escorei na soleira da porta chamando a atenção de todos-

-Mamãe olha como ela é fofaa -Cassey deu pulinhos apontando para a pequena Grier e eu ri-

-Eu chorava tanto assim? -Carly perguntou e eu ri alto-

-Dia e noite.

Ela riu e meu coração se apertou, esse é o problema das memórias estamos sempre na esperança de viver um fragmento delas novamente, a cara de desespero de Nash me fez rir ao me lembrar de quando Carly nasceu eu ligava pra minha mãe de cinco em cinco minutos sem saber ao certo oque fazer, as olheiras embaixo dos olhos de Nash indicava que ele quase não dormiu.

  -Bom dia. -Carol apareceu  sorrindo-espero que tenham dormido bem, sei que chão não é tão confortável como uma cama, mas.

-Não se preocupe dormimos como anjos.

Minto, apesar da sujeira em minhas roupas me entregar por completo posso imaginar a cara de decepção que ela faria se eu a contasse que peguei no sono no meio de um monte de palha e não no quarto bem arrumado que ela cedeu para mim e Matt.

-Alguém está bravinha. -ela ri observando Lizz, consigo ver a dor em seus olhos, claramente por causa de Sophie- bem, venham tomar café.

-Ebaa! -Cassey correu segurando a mão de Carol e eu ri-

-Você não vem? -Carly questionou-

-Acho que tenho que ajudar alguém -digo e elas riem antes de seguirem para o andar de baixo-

-Eu não sei mais oque fazer, ela não para de chorar

-Eu fico com ela -estiquei os braços e peguei a pequena no colo- dorme um pouco

-Olha, eu realmente não vou recusar -ele suspirou e eu gargalhei- sério, eu te agradeço demais.

  Ele depositou um beijo rápido em minha bochecha e eu deixei o quarto balançando a pequena em meus braços provavelmente deve ser uma cólica qualquer, eu passei por essa experiência duas vezes, minha mãe sempre esteve lá. Sempre. Senti meus olhos lacrimejarem, o vazio em meu peito ardeu se apertando cada vez mais as grossas lágrimas rolaram por minhas bochechas e eu foquei somente no pequeno bebe em meu colo que se acalmava aos poucos.   

-Faz essa coisa calar a boca, caralho eu preciso dormir -Nate resmungou e eu revirei os olhos-

-Vá se danar -retruquei e ele gargalhou-

-Que boca suja Alisson -revirei os olhos e decidi ignora-lo não vou me virar para encara-lo e lhe dar o prazer de me ver desabando lentamente.

-Eu trouxe isso. 

Uma mulher aparentemente da minha idade paira na minha frente segurando uma mamadeira cheia, seus cabelos lisos vão até a altura do ombro seus olhos são tão verdes, ela me parece simpática quando seu franzir de testa indica que ela reparou no meu rosto alagado.

-Esta tudo bem? -ela questiona e eu forço um sorriso-

-Sim, obrigada -me atrapalho um pouco entre pegar a mamadeira e enxugar minhas lágrimas-

-Se não se importar? -ela fez menção em pegar a pequena Grier e eu não relutei em colocar a bebe em seus braços lhe devolvendo a mamadeira- Alisson certo?

-Sim. -eu forço um sorriso novamente esfregando as mãos no meu rosto, ciente da presença de Nate ali-

-Sou Maggie

Ela sorri e todos agradecemos por Lizz está calada enquanto se alimenta, é possível ver que ela vai dormir em breve e o mau cheiro em suas fraudas implora para que alguém tire aquilo da pequena.

-Uuh, acho que alguém precisa se trocar

Ela ri contorcendo o nariz e sai de perto levando a pequena, me encosto na parede tentar me acalmar, o cheiro de cigarro exalado por Nate espalhava pelo local, ele me encarou com o mesmo olhar frio de sempre, eu prendi minhas lágrimas não vou me dar a derrota de chorar na frente dele embora cada memória me dilacere por dentro. Ele se remexeu e passou por mim, respirei fundo e puxei seu braço tatuado atraindo a atenção do mesmo.

-Eu, só quero te agradecer pelo oque fez por mim e pelas meninas aquele dia.

-Agradecer? Não, não me agradeça  -ele arqueou a sobrancelha e expeliu a fumaça-

-É, eu sei que você é um porre -suspirei evitando dizer todas as coisas ruins sobre ele- mas eu sou grata pelo que fez.

-Vai chegar o dia em que você não será.

As palavras dele não saíram duras como de costume, ele estava sendo sincero tão sincero como foi com tudo que me disse dentro daquela maldita loja eu só quero esquecer esse dia, mas a dor insuportável me lembra que não vai ser tão fácil. Talvez eu deva me ocupar, é isso.

  Adentrei a pequena copa onde algumas pessoas tomavam café sentados na enorme mesa, eu nem sei o nome de todas as pessoas aqui nunca imaginei que me sentiria tão confortável "morando" com completos desconhecidos. Meu olhar se cruzou com o de Matt mas eu rapidamente desviei focando em um ponto fixo qualquer na parede caramelo.

-Ah ai está você -Carol sorri para mim e eu me forço a corresponder- sente-se, coma alguma coisa

-Não, não obrigada. -me nego, eu não estou com o mínimo de fome, na verdade parece que todas as minhas necessidades próprias estão desligadas-

-Mamãe, o bolo dela é maravilhoso

Cassey balança o pequeno pedaço em sua mão, eu sorrio e mordo o interior de minha bochecha quando meus olhos se enchem de lágrimas porque diabos eu tenho que me sentir no limite o tempo todo?

-Na verdade eu quero saber o que posso fazer pra ajudar aqui.

-Ah querida, você pode me ajudar na cozinha

-Eu? Ah, é, claro -forcei um sorriso, não teria problema em cozinhar o único problema seria o gosto. Matt olhou preocupado, ele sabe bem.-

-Algum problema? -Carol riu percebendo minha careta-

-Ela só não quer matar ninguém com intoxicação alimentar, certo? -Melissa parou ao meu lado rindo alto e eu acabei rindo também

-Eu não quero parecer ingrata, mas minha comida não é tão boa. -disse e Carol riu-

-Ela se parece comigo -Melissa riu novamente e eu me senti aliviada por saber que não sou a única aqui que não sabe fazer uma comida bem feita.

-Não tem problema, pode ajudar Melissa no celeiro ou lá dentro.

-O que não falta aqui é trabalho -a voz de Michonne chamou minha atenção, seu tom rude de sempre-

-Ótimo, trabalho nunca foi problema pra mim. -A tensão ficou no ar e foi mais que óbvio que todos por perto perceberam isso

-Vem comigo então 

Michonne disse e eu engoli seco, porque raios ela me quer com ela? Há alguns dias atrás ela deixou bem claro pra mim que eu não sou bem vinda nesse lugar, Carol nos lançou um olhar preocupado e eu segui a mulher a minha frente para fora do prédio, atravessamos o pátio enquanto eu tentava destravar minha arma para checar a quantidade de balas 

-Ei, Michonne! -a voz de Sammy gritou atrás de nós, eu cogitei me virar mas resolvi não fazer isso quando percebi que a morena a minha frente continuava firme em seus passos até o grande portão

-Michonne porra!

Ele agarrou meu braço me impedindo de dar mais um passo, eu o observei sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo, meus olhos analisaram o rosto de Sammy em busca de qualquer vestígio que me fizesse entender algo mas foi em vão, seus olhos permaneciam fixos em Michonne exigindo algum tipo de atenção

-O que foi?

Ela perguntou calmamente quando os portões se abriram e um arrepio percorreu meu corpo ao me imaginar lá fora novamente, minhas pernas tremeram enquanto meu estômago revirava. Me sinto segura aqui, do lado de dentro desses muros e tudo que aconteceu antes de adentrar esse lugar só comprova o quanto eu não quero está lá fora. 

-Que merda você tá pensando em fazer?

Ele questionou tão rudemente que por segundo eu analisei seu rosto para ter certeza de que era mesmo Sammy, não Nate. A mulher de dreads e pele negra a nossa frente cruzou os braços com uma cara nada boa, ela me assusta. Suas sobrancelhas franzidas não suavizavam a tensão visível sobre os ombro de Sammy

-O que?

-Por que ta levando Alisson pra fora? -ele travou o maxilar e finalmente porém infelizmente seus dedos se liberaram de meu pulso

-Ela está atrás dos muros certo? Não pela aceitação de todos mas está, então o minimo que sua princesinha pode fazer é cooperar 

Não pela aceitação de todos? Engoli seco, eu me senti tão querida aqui dentro principalmente por Carol então é meio óbvio que ouvir isso é como uma facada no meu abdômen, quem é contra a minha presença aqui, talvez apenas Michonne?

-Ela não está pronta pra se arriscar lá fora -ele tomou minhas dores, aquelas no fundo da minha mente, e Michonne riu sarcasticamente

-E há quanto tempo você a conhece pra saber disso? -ela arqueou a sobrancelha em sinal de vitória quando Sammy não foi capaz de dizer nada- Foi oque eu pensei

Me pergunto se eu devia dizer algo em minha própria defesa, é claro que sim. Mas eu não sei como debater com Michonne se ela não me quer aqui eu tenho que provar pra ela que mereço está aqui, mas por outro lado a ideia de ir lá fora novamente faz com que eu paralise por completo. Então por mais infantil que pareça, eu prefiro ficar calada e observar Michonne e Sammy discutirem meus próximos passos.

-Carol pode dar outra função a ela. -ele garante e ela ri- eu vou com você limpar em volta

-Relaxa bonitão não preciso de você

Ela da de ombros enquanto seus olhos negros alteram entre mim e Sammy, ela da as costas e eu a observo ajeitar sua katana enquanto se distanciar para fora dos muros meus olhos continuam vagando sem sentido para toda a imagem a minha volta até eu encontrar os olhos de Nate, ele está na torre de vigia observando toda a cena confusa de minutos atrás, ele e seu fiel cigarro.

-Michonne as vezes não entende que nem todo mundo consegue lidar com essa merda como ela. -ele suspira e eu apenas assinto com a cabeça-

-Cuidado Wilk, sabem oque dizem sobre razão e emoção 

Nate grita para que possamos ouvir com clareza o maxilar de Sammy trava quando Nate faz um leve sinal para algo atrás de mim e eu me viro para encarar os olhos castanhos de Matt capturando cada detalhe.



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