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História Survivors - Beginning of The End.


Escrita por: twdprada

Notas do Autor


Oi Survivors, como vão? <3
Senti saudades! Obrigada por todos os LINDOS comentários, e mais uma vez, quero dizer que sou muito grata por todo o amor dado por vocês. Me sinto cada vez mais feliz quando atualizo a fic e me surpreendo a cada comentário (:

Nesse capítulo, teremos 4 POV´s! Como assim Prada???? Sim, queridos. Precisamos saber de todos os detalhes, não é mesmo?!
Espero que amem, e que chorem como eu chorei quando o escrevi.
Obrigada por tudo,
Boa leitura!

Capítulo 94 - Beginning of The End.


Fanfic / Fanfiction Survivors - Beginning of The End.

POV´s Beth

  E depois de poucos segundos, os carros desapareceram em meio do desanuviado céu. Enquanto a via se distanciar mais e mais de HoldWood, o buraco formado em meu peito parecia aumentar de forma sucessiva. De forma abalada, deixei com que algumas lágrimas escorressem pelos meus olhos. Ver Emma daquela forma era demais para todos nós. Ela tinha sido levada por ele mais uma vez, e estava em apuros. Maggie, que ainda chorava, era acalmada por Glenn e levada por Mark e Erin até a clínica, preocupados com prováveis riscos. Carl encostava a lateral de seu rosto no tronco de Michonne, que o envolvia com as mãos e segurava suas duras lágrimas. –Vamos... você precisa se sentar. –Alex, segurando os braços de Gabriela e tentando afastá-la de toda confusão, se preocupava por ela estar muito tempo em pé, apenas sendo sustentada por suas muletas.

  –Eu vou ver como estão os outros. –Sasha, referindo-se às crianças e ao resto dos habitantes, passou à caminhar em direção às casas.

  Rick, permanecia imóvel em frente aos portões. Seus olhos azuis estavam cheios de lágrimas e preocupações, que não saíam de dentro de seu tenso corpo. Ele apenas observava os portões ainda abertos, sem qualquer capacidade de ir atrás dos carros, que já haviam sumido de seu campo de visão. Avistei as asas bordadas na parte de trás da jaqueta de Daryl, e ainda ajoelhado, era seguido por Carol que se aproximou de seu corpo e colocou as mãos em seus ombros, enquanto ele se levantava cambaleando e ainda olhando para frente. Deixando lágrimas escaparem, Daryl tentou dar mais um passo para frente, mas Carol foi forte o bastante para puxar seu corpo e negar com a cabeça, olhando-o. Daryl desviou seus olhos por meros segundos, mas logo em seguida, voltou a observar a direção para que os milhares de veículos tinham partido com a única mulher que ele foi capaz de amar. Em seguida, e ainda sendo puxado por Carol, soltou-se de suas mãos e virou-se em direção à comunidade mais uma vez, passando a correr de volta para mesma.

  –Daryl... –Ele ignorou as palavras dela, e simplesmente ultrapassou nossos corpos. Carol, vendo que qualquer esforço de sua parte seria desnecessário naquele momento, permaneceu no mesmo lugar. Observei Rick, que vendo o estado de Daryl, simplesmente olhou para baixo e mais uma vez, mostrou-se incapaz de fazê-lo parar. Então, como impulso, o segui.

  -Daryl! –Corria o mais rápido que conseguia, mas ele estava muito mais à frente de meu corpo. –Espere! –O avistei abrindo as portas da dispensa onde costumávamos guardar nossas armas e em seguida, seu corpo adentrando a mesma como um vulto. –Daryl! –Quando finalmente cheguei ao local que estava, meus passos foram interrompidos ao vê-lo revirando todas as caixas, armários e gavetas vazios presentes no local. –O que está fazendo?! –Ignorando-me, fazia extremos barulhos ao jogar ferramentas e outras coisas inúteis no chão, a fim de encontrar armas. –Pare, não há nada aqui! -Indo para cima de seu corpo e tentando agarrar seus braços por trás, ele se soltou de minhas mãos brutamente e me fez cambalear para a direção oposta. Sua brutalidade não me impediu. -Eu não vou deixá-lo fazer isso! –Gritei ao puxar um martelo achado por suas mãos e ele finalmente virou-se para mim. Ofegante pela adrenalina, seus olhos ferviam de raiva. -Se descobrirem que ainda temos isso, Emma vai...

  -Foda-se! -O ouvi gritar contra meu rosto, enquanto franzia seu cenho raivosamente e ameaçava ir para cima de mim com seu corpo. -Eu vou atrás daquele desgraçado com, ou sem armas.

  -Ir para lá não vai trazê-la de volta! -Tentei insistir, mas ele me deteve. 

  -O que você quer de mim, garota?! –Daryl gritou ainda mais, e se aproximou de mim. –O que?!

  -Quero que pare de agir como se não ligasse para os riscos que vai ter se segui-los! –Calei sua boca, enquanto dizia tudo o que estava preso em minha garganta, com o martelo abaixado. –Como se nada do que passamos fosse importante. Como... como se o que vimos Emma passar hoje não significasse nada para você! –Referir-me as constantes ameaças que Jay fazia usando-a como exemplo referente à algo ainda pior. –É besteira!

  Daryl me olhou de cima abaixo, ainda abalado pelo o que aconteceu, e insistir em discutir. –É o que pensa? –Ele indagou.

   -É o que eu sei.

  –Você não sabe de nada. E eu não dou a mínima para os riscos. -Ele disse de forma rude. -Acha que eu não me importei quando aquele filho da puta fez isso com ela?! Acha que eu não sei do que ele é capaz de fazer?!

  -Daryl, você não entende... –Tentei explicar o que eu quis dizer, mas ele interrompeu-me.

  -Não, você não entende! Se eu não fizer algo, Emma vai morrer!

  -Você não sabe disso!

  -Não faz diferença, porque eu nunca mais vou vê-la de novo! –Me calei, observando fundo em seus olhos e recordando-me das duras palavras de Jay. –Seu rosto.... sua voz... –Ele abaixou seu tom de voz, recordando-se de Emma. -Nunca mais vou poder tocá-la, nunca mais vou poder beijá-la... -Seus olhos se encheram de lágrimas. -Eu nunca mais vai ouvir ela cantando de novo! 

  -Daryl, pare!

  -Não! –Tentei segurá-lo, mas ele se virou afastando seus braços de minhas mãos, ficando de costas para mim. –Só eu sei o que eu senti quando a vi daquele jeito!  –Seu tom de voz abaixou ainda mais. -E agora... ele a levou mais uma vez de mim.  –Sua voz mostrava a injustiça feita por um homem que havia tirado praticamente tudo de nós. Nos recordamos da visão que tivemos de Emma, e mais uma vez, senti o buraco de meu peito se aprofundar. –Talvez se não tivéssemos desistido por um dia de procurá-la pela morte de Luke. Talvez porque eu desisti. É culpa minha!

  -Daryl... –Tentei me aproximar mais uma vez, mas ele se rejeitou ao meu toque.

  Negando com a cabeça deixou com que lágrimas tomassem conta de seus olhos azuis. –Emma se foi. Mais uma vez. –Daryl, naquele momento, entendeu o que realmente estava acontecendo. Nada seria capaz de trazê-la de volta. Nem mesmo todas as armas do mundo. –E eu... não viver sem ela.

  Correndo até suas costas, o abracei fortemente, envolvendo seu tronco com meus braços. Minhas mãos ainda seguravam o martelo pesado, mas ele não me deteve de encostar a lateral de meu rosto na jaqueta de Daryl e abraçar seu corpo. O senti cambalear de forma leve, até que sem tentar se afastar, manteve-se no mesmo lugar. Comprimi meus lábios em uma linha fina, sentindo meus olhos lacrimejarem e as lágrimas os invadirem. Vê-lo daquele forma era torturante. Dessa vez, ele relaxou seu corpo e abaixou sua cabeça. Seu choro tomou conta do local, e ele não se importou em chorar mais uma vez por conta do acontecido. Seus soluços faziam seu corpo espasmar e eu estremecia junto a ele, mantendo meus braços intactos. –Tudo bem... tudo vai ficar bem. –Repeti as mesmas palavras ditas por Emma, fechando meus olhos. –Nada disso é sua culpa. –Eu sussurrei e Daryl apenas continuou soluçando. –Eu estou aqui. Nós vamos conseguir trazê-la de volta, eu juro. –Seus pequenos olhos azuis estavam devastados. Seu rosto, com machucados em todos os seus comprimentos. E seu coração... impossível de ser curado.

***

  POV´s Emma

  Tentava ao máximo me concentrar no que estava fazendo. Limpar a casa era uma das tarefas mais difíceis que eu era obrigada a fazer desde que tinha chegado de HoldWood. Eu nunca tinha me sentido tão mal. Era como se eu soubesse que nada mais iria ser capaz de me fazer voltar para casa. De fazer encontrar com as pessoas que amava. Me fazer encontrar com Daryl. Enquanto tentava tirar uma pequena mancha de um dos pratos que eram lavados por Nancy com um pedaço de pano, fechava os olhos e as imagens vistas por mim no dia anterior voltaram à minha mente à tona, como se eu estivesse presenciando tudo novamente.

  Pela primeira vez em minha vida, pude ver Daryl chorar. Não foi um choro desesperado, ou que chamasse atenção. Foi um choro sem esperanças. Um choro que nós dois compartilhávamos enquanto nossos corpos eram afastados a força. Ele me olhava com dor. Enquanto eu via a única pessoa que pude amar na vida, ficar cada vez mais longe de meu corpo. Eu estava deixando-o. Mais uma vez. Aquele era o fim.

  -Emma?! –Ouvi Nancy chamando-me pela segunda ou terceira vez, enquanto fechava a torneira e me observava preocupada. –O que está acontecendo?! Você... quer se sentar?

  -Não, eu estou bem. –Sacudi a cabeça, voltando-me para a realidade, e estiquei uma de minhas mãos. –Apenas... me dê a esponja, por favor. –Ela permaneceu parada, ainda me analisando da mesma forma. –Nancy?

  -Não, nada de esponja. –Ela afirmou de forma rígida, tirando o prato de vidro de minhas mãos e segurando as mesmas em seguida. –Você não disse nada o dia inteiro desde que chegou da ronda. Está ainda mais machucada e eu a ouvi chorar em seu quarto. O que aconteceu?! Por que se recusa a dizer algo? -Eu olhei para baixo ouvindo-a, e sem querer explicar o que tinha acontecido. –Olha, eu não sei... da metade das coisas que você passou. Mas, esse não é o fim. Ainda podemos...

  -Não, não podemos, Nancy. –Aumentei meu tom de voz, soltando-me de suas mãos e a interrompendo. -Esse não é o fim. Nós já passamos do fim! –Intervi, e não me contive de continuar. –Você quer saber o que aconteceu? Jay acabou com HoldWood e com todas as pessoas que estavam nela. Levaram as armas de minha família, seus suprimentos, suas chances de... de me terem de volta. Eles levaram tudo enquanto eu era obrigada a permanecer parada na frente de todos, sendo agredida a cada reação oposta às suas ações. Isso é o que aconteceu!

  -Emma...

  -Pessoas são más, Nancy. Elas nunca deixarão de ser. E Jay está entre elas. –Não me calei nem por um segundo. –Eu desisto. –Afirmei, deixando lágrimas tomarem conta de meus olhos. –Ok?! Eu desisto! Porque eu amo aquelas pessoas. Não posso forçá-lo a acabar com elas mais uma vez, não posso vê-las sofrendo. Eu estou cansada! –Passei a chorar de forma desesperadora. –Estou cansada de lutar, estou cansada de reagir quando ele me bate, estou cansada de tentar superá-lo! Eu estou cansada de tentar fugir do que está acontecendo. Do que já me aconteceu. –Abaixei meu tom de voz, parando de gritar e ainda chorando. –O fim já acabou, Nancy. Eu perdi. E Jay venceu. E é assim que deve ser. Esse é meu destino. E eu não vou escapar dele.... nunca. –Fiquei por alguns segundos em silêncio, enquanto ela me observava sem dizer alguma palavra, completamente assustada com o meu estado emocional naquele momento. Eu sentia como se Jay tivesse me dado a maior surra que já tinha levado. Ela ultrapassava minha pele, e atingia cada parte de meu corpo. Machucava meu coração, tirava meu oxigênio e me matava. Lentamente. Eu estava completamente ferida, e naquele momento, prometi a mim mesma que não pensaria mais sobre a dor que me consumia. –Agora... me passe a maldita esponja. –Abri a palma de minha mão novamente, logo depois de limpar minhas lágrimas e a observar. –Por favor.

  Vi os olhos de Nancy lacrimejarem, até que pensando em todas as minhas palavras, se forçou a me entregar o objeto finalmente. Voltei a esfregar o prato de vidro sujo e abri a pia para lavado em seguida, sendo ainda observada por Nancy, que de forma extremamente preocupada, percebia sem esforço a tristeza presente em meu corpo. A verdade é que eu sabia que deveria estar pronta para o que iria passar, mas era difícil aceitar que tudo estava acabado e que a minha maior escuridão, e o homem que eu mais temia, tinham vencido. Eu não estava com medo. Eu iria morrer tentando suportar o meu destino. Por bem, ou por mal.

***

  POV´s Gabriela

  Lancei um olhar rápido para o horizonte e percebi o sol escondendo-se em meio das nuvens densas. Junto à paisagem, pude enxergar boa parte dos habitantes do lado de fora de suas casas. Assim como as crianças, que eram cuidadas por Lily e por seus pais. Havia passado a noite tentando livrar-me dos pensamentos horríveis que me cercavam, e depois, caminhei nos arredores da comunidade procurando por comida. Não tive êxito. Eles tinham levado tudo. E a medida que me aproximava da clínica com casas enfileiradas ao seu redor, eu sentia ainda mais falta de Emma. E das extremas consequências trazidas pelo aparecimento de Jay na comunidade.

  Observei Glenn beijar a testa de Maggie logo após deixar a clínica, e acenar com a cabeça para mim antes de entrar no elevador.

  –Eaí, como está indo? –Indaguei preocupada, ao ver Maggie sentada na beirada da maca e Erin logo à sua frente. O mesmo, escreveu algumas coisas ilegíveis em sua prancheta e seguiu a direção que Glenn foi, também passando por mim.

  -Bem... –Ela me respondeu, enquanto eu me aproximava lentamente sendo sustentada por minhas muletas. –Nada aconteceu ao bebê. Ele está intacto. Só foi o... nervosismo. –Senti-me aliviada, e me sentei ao lado dela segundos depois. Com dificuldade, movi meu quadril para trás e apoiei minhas muletas na maca. –E você? 

  Maggie observou a parte de minha perna que faltava junto com as ataduras e curativos que cobriam uma quase cicatrização.

-Ainda é difícil se acostumar, mas... era isso ou ser tomada pela infecção. –Eu disse. Recordei-me do dia que fui pega por Jay, e dos terríveis errantes que tive que derrotar para sobreviver. –Ela me salvou. –Observei Maggie, e me referi a Emma, olhando a comunidade pela janela. –Mais uma vez.

  Ficamos por alguns segundos em silêncio, até que ela indagou. –Escuta, Gabi... eu sei o que está rolando. –A olhei confusa, e então, ela continuou. –Estou passando a maioria do tempo dentro da comunidade, e sou inteligente o bastante para saber que vocês sabem de algo. –Sua referência a nós quatro me pegou de surpresa.

  -Maggie...

  -Não se preocupe, eu só quero que responda uma coisa. –Ela me interrompeu, e continuou. –Emma é a minha melhor amiga. Nossa melhor amiga. Eu não posso ir para rondas, e nem sair da comunidade por cuidados médicos, mas... você pode. E você vão sair. Glenn vai. E eu preciso me sentir segura. Sobre vocês, sobre ele... e sobre ela. –E então, ela finalizou. –Apenas... me diga qual é o plano. –Abri parte de minha boca, sem ter o que dizer. –Antes que eu descubra sozinha.

***

 POV´s Rick

  Caminhei até a pequena igreja e ultrapassei seu grande corredor em silêncio. Por mais que tentasse, me recordar do dia anterior era automático. Lembrar-me de ver Emma daquela forma, era torturador. E ser incapaz de fazer algo para ajudá-la, era a pior sensação que vagava por mim.

  FLASHBACK ON

  -Achei isso no subsolo. –Mark jogou em cima de uma das mesas do pátio uma bolsa com cerca de cinco metralhadoras, duas pistolas, três facas e outras pequenas armas cortantes. –Não é grande coisa, mas meu pai sempre quis deixar algo de reserva aqui dentro.

  -Como...

  -Ele guardava em baixo de um túmulo vazio. –Ele explicou, enquanto eu pegava as armas e as distribuía para o grupo. –É loucura, mas ele estava certo. Está na hora de usá-las.

  De certa forma, me senti menos mal em ter uma espécie de proteção em minhas mãos. Por mais que não fosse o bastante para todos, parte de mim estava agradecido pelos cuidados especiais que Elliot tinha em relação à HoldWood. As torres de vigias estavam desarmadas, os errantes se aglomeravam em torno da comunidade, e os suprimentos acabavam cada vez mais. O tempo estava acabando, e tínhamos que agir. Avistei de longe Carl se aproximando com Judith em seus braços. Mais uma vez, me senti aliviado em vê-la bem. E assenti com a cabeça para Lily que estava à metros de nós, grato por seus cuidados em relação à todas as crianças daquele lugar. –Ok... todos peguem uma arma. –Enquanto Judith era passada para Beth, e Carl pegava uma pistola, indaguei sabendo que ela tinha sido a última a vê-lo. –Onde Daryl está?

  Beth mostrou-se sem palavras em relação a minha dúvida, até que o vimos caminhando até nós. –Aqui.

  Sua voz rouca e baixa interrompeu meu breve questionamento, até que por preocupação, me aproximei de seu corpo. Seus olhos estavam muito vermelhos, e ele ainda estava extremamente abalado pelo acontecido. –Escuta, você não precisa fazer isso.

  -Eu preciso. –Tentei respeitar o tempo necessário que ele deveria ter para digerir tudo o que estava acontecendo. Mas, conhecendo Daryl como ninguém, sabia que ele não desistiria tão facilmente. -E vou.

  O caçador foi alvo de um breve sorriso dado por Beth, até que segurou uma das metralhadoras e se manteve confiante para o que iria acontecer. –Então... qual é o próximo passo?

  Ouvi Sasha indagar, até que eu a respondi. –Vamos descobrir para onde foram e onde estão agora. Só assim poderemos prosseguir e enfrentá-los.

  -Rick... –Glenn, estava extremamente preocupado. Como todos dali. –Eu não acho que essa é a melhor opção. Você viu o que ele fez a Emma. Viu as ameaças relacionadas à Maggie. Viu o que ele fez a nós e sabe que... ele pode fazer pior.

  -Eu concordo... –Carol, também repreensiva, se fez presente. –Esses caras são perigosos. Estão em um número muito maior que o nosso. É impossível conseguirmos algo. Essa com certeza não é a melhor opção.

  -Então, qual é “a melhor opção”? Ficar em casa fingindo que nada está acontecendo e esquecendo que uma das nossas está em perigo?! –Carl, sem entender do que aquilo tudo se tratava, surpreendeu a todos nós. –Vimos o que ele fez a Emma, e é exatamente por isso que devemos insistir em trazê-la de volta.

  -Carl, isso não é tão fácil assim. –Michonne, tentando acalmar a situação, não conseguiu mantê-lo quieto.

  -Não importa o quão difícil seja. Eu vou atrás dela. -Meu filho, de forma extremamente corajosa, finalizou. -Não vou deixá-la. Ela é minha irmã.

  -E nossos veículos? –Sasha também se atreve a ir contra a ideia. –Eles os levaram, certo? Como vamos avançar sem eles?

  -Temos que dar um jeito. -Michonne ficou ao meu lado. -Andando, ou com veículos, vamos ter que enfrentá-los.

  Vi a cabeça de Daryl abaixada, enquanto ele disfarçava seu jeito desconfortável ao escutar sobre todas as míseras chances que tínhamos em encontrar Emma a salvo. Eu sabia que não podíamos desistir. E como líder do grupo, insistiria em que caminho iria seguir. –Nós já matamos pessoas ruins, já enfrentamos um governador e já destruímos um terminal com milhares de canibais dentro. Podemos acabar com mais um. –Lembrei a todos do que éramos capazes de fazer, enquanto Daryl me observava novamente. –Não importa quanto quilômetros teremos que andar, quantas munições teremos que economizar e quantas vidas vamos sacrificar. O único motivo pelo qual ela está nas mãos dele foi para salvar uma criança e nos manter vivos. Não podemos esquecer que só estamos aqui reunidos... por causa dela. –Me referi a tudo o que Emma já fez por nós. E ao que ainda estava fazendo. –Eu sei que estão preocupados e eu também estou, mais do que todos vocês. Mas, não podemos esquecer que já passamos por muita coisa. E querendo ou não, vamos passar por coisa pior. –Finalizei. -Vamos trazê-la de volta juntos. –Finalizei. –Por bem... ou por mal.

  FLASHBACK OFF

  Observei uma grande estátua de cristo crucificado. Seus olhos estavam direcionados à mim, enquanto permanecíamos em silêncio naquele vazio lugar.

  -Eu não sei porque está olhando para mim. –Afirmei, conversando com a minha última e única esperança restante. –Tristeza? Desprezo? Pena? –Suspirei pesadamente, e respondi a pergunta. –Talvez seja... apenas por indiferença. –Abaixei minha cabeça, e olhei para o chão. Fiquei alguns segundos em silêncio escolhendo as palavras certas para fazer aquilo, até que apenas disse o que pensava. –Acho que você deve saber que não sou muito crente. Escolhi por minha fé em outro lugar. Na minha família principalmente, em meus amigos, no meu trabalho... –Me referi a Emma, e o olhei. –Nela. –Engoli seco, e continuei. –O fato é que... eu poderia ter algo a mais para ajudar a nos manter seguindo. Algum tipo de... reconhecimento. Alguma indicação que eu estou fazendo a coisa certa. Alguma direção indicada. –Neguei com a cabeça, e senti meus olhos arderem. –Você não sabe como é difícil saber. –Observei sua figura por inteiro, e me dei conta de que estava falando com “Deus” e não com uma simples pessoa. –Ou... você talvez saiba. –Atrevi-me a continuar, mesmo que eu não conseguisse dizer o que realmente queria dizer. –Eu só... preciso de ajuda. Preciso de um sinal. De algo para... me guiar e... me manter em pé. –Não deixei com que as lágrimas ultrapassassem meus olhos. –Apenas... não me permita perder mais um. –Mais uma vez, recordei-me de Emma. E implorei. –Me dê um sinal. –Finalizei, afirmando. –Qualquer um.

  -Como uma localização? –Ouvi a voz de Charlie e me virei em direção às portas da igreja. Em sua mão, havia um mapa que ele registrava exatamente para onde os homens e Jay voltaram após a visita à comunidade. -Quando um dos homens entraram na casa onde Lily estava com as crianças, eu roubei o mapa de seu bolso. -A criança disse. -Com um braço só você aprende a ser mais cuidadoso. Esse é o nosso sinal.


Notas Finais


THIS IS JUST THE START, BITCH!
No próximo, veremos um momento Emma e Jay! E avisando que... uma morte está chegando ;x

Obrigada mais uma vez, e.... COMENTEM! <3 <3 <3
Volto logo!


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