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História Surya: A última ilha - Você vem comigo!


Escrita por: arturhm13

Notas do Autor


E ai pessoal, cheguei com mais um novo capítulo e nesse aqui eu vou dando fim a paz e a tranquilidade de antes, finalmente as coisas vão começar a esquentar!

Capítulo 18 - Você vem comigo!


Mesmo duas semanas após o Festival de Limpeza, a cidade de Pascal continuava agitada. Uma estranha movimentação de militares tinha se iniciado desde o fim das festividades. Os soldados montavam guarda pelas ruas, marchando e se acumulando em pontos estratégicos. Apesar da presença de membros da Guarnição ser algo comum na região, a quantidade começava a causar certo desconforto aos habitantes.

– Já notou como a cidade anda cheia de soldado? O que será que está acontecendo? – Comentou um morador, com outras pessoas que estavam próximas.

– Não sei, mas eu estou com um mau pressentimento quanto a isso. Espero que eu esteja enganado. – Respondeu um senhor, dono de uma barraquinha que vendia salgados.

Do alto de uma torre, Cannon observava os moradores seguirem suas vidas. Ele estava atento ao crescente número de militares, por isso optou por evitar se expor, monitorando a cidade pelo alto. Considerando a hipótese ter sido descoberto, resolveu arrumar novas vestes: uma camisa branca e uma jaqueta preta com capuz, assim poderia cobrir parte do rosto.

No pouco tempo que estava por lá, Cannon já conhecia as entradas e saídas de Pascal tão bem quanto seus habitantes mais antigos.

– Acho que não tem mais nada para mim nesta cidade. – Comentou, sozinho. – É uma pena, eu estava começando a gostar daqui.

O guerreiro olhou para baixo e saltou, de braços abertos, caindo sobre o telhado de um armazém. Ao atingir-lo, seguiu em alta velocidade, correndo e pulando por cima dos telhados das casas.

 

***

 

– Você precisa reconsiderar, não entende que isso pode destruir-nos a todos?! – Falou Ramon, em voz alta, enquanto batia com o punho na mesa. – Você é amado por todos desse país, bem mais que aquele Gran Monge. Se você apoiar nossa causa, os batedores e a população irão te seguir!

– Desculpe velho amigo. Você sabe que eu adoraria ficar mais uma vez ao seu lado, mas não acredito no sucesso de nada disso que está me dizendo. – Respondeu Heldone de costas para ele.

Ambos estavam na sala da mansão, o clima era tenso entre os dois. Ramon estava sentado em uma mesa de madeira, enquanto Heldone admirava um quadro pendurado na parede. Nele.havia uma grande pintura da cidade de Pascal, a qual Heldone tinha grande estima.

– Sei que suas intenções são boas, mas não vou evitar uma guerra a custa de milhares, já basta o incidente de quinze anos atrás. Você sabe bem o que há lá fora, não quero fazer parte disso. – Continuou Heldone.

– Eu consegui permissão para falar pessoalmente com você. Tinha esperanças que, me desse ouvidos. – Lamentou. – Você sabe que não tenho força para impedi-los sozinho, não sabe? Além disso… Se algo der errado, estou disposto a dar minha vida para impedir que o pior aconteça.

– Eu sei, eu sei…

Uma luz forte iluminou o local, seguida de uma explosão que atingiu o lado de fora da mansão. O impacto destruiu a janela e parte da parede, fazendo com que estilhaços de vidro e pedaços de madeira em chamas voassem por todos os lados.

– O que está acontecendo?! – Gritou Ramon enquanto olhava pelo buraco da janela. – Essa não, mas que droga! Tem um exército lá fora! Eles me deram um mês, o que estão fazendo aqui tão cedo?!

– Lamento que as coisas tenham chegado a esse ponto, amigo. – Disse Heldone, desabotoando a gola da sua camisa.

– Espere Heldone, me deixe falar com eles, deve haver algum engano aqui! – Tentou argumentar.

– Tudo o que você conseguiria é adiar o inevitável, melhor acabar com isso de uma vez.

Ramon sabia que suas palavras não deteriam seu amigo. Heldone se virou e caminhou em direção a saída. Mesmo com parte da parede destruída ele abriu a porta e decidiu sair pela frente da mansão.

Cerca de trinta membros da Guarnição montavam guarda do lado de fora, todos trajando armaduras e muito bem armados. Entre eles havia dois capitães.

– Você tem coragem, por ter vindo aqui fora desarmado. Vejo que a sua prepotência não tem mesmo limite, como dizem. – Falou Beatrice, surgindo em meio ao pelotão.

– Eu não preciso me esconder atrás de brinquedos para ter coragem. – Respondeu Heldone.

Os servos da mansão saíram pela porta da frente e se posicionam em guarda por trás dele, três no total. Ramon saiu em seguida, pelo buraco na parede.

– O que vocês estão fazendo aqui?! Voltem aos seus postos! – Ordenou Ramon.

– Não se dirija a meus homens como se tivesse alguma autoridade, seu verme do mar! Nem sei por que a Guarnição ainda mantém um velho que nem você em um posto tão alto. – Gritou Beatrice, com desprezo. – Eu vim levar Heldone para a central, se ele vier por bem talvez eu deixe a cidade em paz.

– Eu não abandonaria o meu povo por motivo algum ou por ninguém. – Disse, sorrindo e abrindo os braços.  

– Então vou espalhar os seus pedaços permanentemente pelas ruas que tanto ama... – Falou Beatrice, sacando sua lança.

– Pare já com isso Beatrice! – Insistiu Ramon.

– Não perca seu tempo, se ela se deu o trabalho de vir até aqui, com certeza não pretende recuar.

Os soldados que estavam em formação sacaram suas espadas. Várias pessoas que apenas observavam o conflito de longe começaram a correr e a gritar. A pacata cidade estava prestes a se tornar um cenário de guerra.

– Se vamos levar isso adiante, melhor sairmos do centro da cidade. – Sugeriu Heldone. – Podemos resolver isso no porto!

– Idiota, não fale com a nossa senhora como se estivesse em posição de negociar! – Berrou Dorfin, um dos soldados, mais exaltado. – Você condenou todas essas pessoas quando decidiu ficar no nosso caminho!

– Ts... Um verme como você deveria permanecer em silêncio. Com sorte sua existência passaria despercebida diante dos meus olhos. – Respondeu com desprezo, sem ao menos se dignar a olhar para ele.

O soldado, enfurecido, partiu em direção a Heldone empunhando uma espada de lâmina azul.

– Senhora, deixe esse miserável comigo! Vou mostrar a ele quem é insignificante!

Antes que Dorfin pudesse se aproximar, sua investida foi interceptada por Lince, uma das servas da mansão. A guerreira surgiu rapidamente diante dele e segurou seu pulso usando uma das mãos. Ela, assim como os outros onze servos, eram guerreiros de confiança e protetores da cidade. Um grupo conhecido como a Liga Emergencial do Império, ou simplesmente LEI.

– Vocês da Guarnição são tão esquentados. Acha mesmo que vamos permitir que se aproximem do mestre Heldone? – Disse ela enquanto seu braço se esticava e enroscava no do soldado.


Notas Finais


E aí, o que vocês acharam? Espero que tenham gostado. Deixem sua opinião nos comentários que eu vou adorar responder. Um forte abraço e até a próxima.


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