História Sweet And Dark - II

Via minha mãe com os olhos vermelhos, querendo chorar eu não podia fazer nada, me sentia inútil por não poder ajuda-lá com aquele papel na mão.
Diziam a ela que era só fazer o tratamento que se salvaria e ficaria bem. Era isso que todos diziam mas não foi o que aconteceu...
 

Entro desesperado no quarto, no consultório o médico disse que ela tinha poucas horas de vida e eu não pensei em mais nada do que estar com ela nesse momento,  ainda não estava preparado.

Chego e lá está ela, pálida sem seus longos  fios castanhos caindo sobre os seus longos braços. Vou direto a mesma que me tem em seus braços e lágrimas começam a cair dos meus olhos. Sua voz fraca mas ainda melodiosa como sempre, entra em meus ouvidos.

- Olhe para mim. A olho, contém um sorriso maior que o rosto magro.- Quero que não chore quando eu ir, quero que se lembre o quanto Te amo e o quanto te amarei  e sorria, dê o sorriso mais lindo que já deu e se lembre de mim não para chorar, mas sim para se lembrar o quanto você me fez feliz desde que nasceu e que é e sempre será o amor da minha vida. Entende? Pergunta colocando suas mãos em meu rosto. 

- Você não pode ir omma. Não me deixe. Falo entre soluços e deito a cabeça em sua barriga.
- Meu filho. A coisas que não se pode impedir. 

- Mas... mas eu vou ficar só omma. 

- Não vai não, algum dia você vai encontrar alguém para amar mais do que a mim.

- Não vou, a senhora é a única pessoa que amo e nada vai roubar o seu lugar. 

 

O silêncio reina durante alguns minutos ali, o único barulho que se ouve é do meu choro e da fraca respiração de minha omma que de repente para. Os aparelhos começam então a apitar e uma enfermeira chega acompanhada de um médico.

Levanto e olho para minha mãe, que já não vivia mais. Vejo meus joelhos fraquejar e eu cair no chão, chorando mais que todo o mundo. Ela não podia ter ido, ter me deixado, por que não salvaram ela? Por que?
Se essa era dor de perder alguém que se ama, eu nunca queria sentir isso de novo e nem que outra pessoa sentisse o mesmo.  Não queria amar ninguém, nunca mais...

 

Pov Yoongi, dias atuais...

Abro os olhos com dificuldade e logo percebo que estou em um quarto de hospital, lugar que eu odiava. Vejo que minha porta está aberta e consigo ver o moreno que chorava por Tae na escola, decido levantar e ir até ele. Não me importo se eu tinha sofrido algo, se eu podia levantar era sinal que estava bem.

O garoto conversava com a enfermeira, o cutuquei de leve e o menino me olhou surpreso.

- Ei você é o amigo do tal de Tae né? Pergunto.
- Sim, você é Min Yoongi. Assinto. - Obrigada por salvar ele, meu nome é Jungkook mas pode me chamar só de Kookie. Ele estende a mão e eu a aperto.
- Sabe onde é o quarto dele, queria ver como ele tá.
- Estou indo lá agora, quer ir junto?

 

Sigo o menino que parecia estar nervoso e angustiado. Logo paramos em frente á um quarto, Kookie abre e vemos Tae ainda desacordado na cama, com alguns aparelhos no peito.
- O médico disse que ele inalou muita fumaça mas que amanhã já vai ter alta. O outro fala sério.
- E então por que ele tá dormindo ainda? 
- Falaram que era pra ele não sentir muita dor. Bom, tenho que encontrar meu namorado, daqui a pouco os pais deles chegam. E você? Cade seus pais. Pergunta já indo em direção a porta.
- Não tenho mas eu já desço pra acertar as contas com o hospital. Dou uma risada fraca em tentativa de o outro não fazer mais perguntas. Ele assenti e vai embora.

 

Olho para o garoto na cama, parecia tão calmo que nem se caso morresse partiria vários corações e deixaria muitas pessoas tristes.

Volto para o quarto onde tem um embrulho com roupas minhas e me visto. Vou a até a recepção e resolvo os papéis e os gastos que tive. Meu carro já se encontrava no estacionamento do hospital, presumo que o mordomo deve telo trazido até aqui. 

Não demoro chegar em casa, a mesma que se encontrava vazia e fria como era de costume nos últimos anos. Subo as escadas e vou direto ao meu quarto. Não me importo se estou sujo ou não, depois tomo banho pra retirar esse cheiro de hospital, de gente doente e de gente morta.

 

2 dias depois
 

Estou indo para a escola, me deram uma semana de suspensão por causa do acidente mas decidi voltar antes, já que eu não tinha nada o que fazer em casa.
Quando chego a entrada todos ali presentes me olham, uns com admiração outros com desdeem. Maldição. Tudo o que menos eu queria era chamar atenção.

Na sala sento no lugar do primeiro dia e onde Tae ainda não se encontra. Por que eu estava preocupado?
Meus pensamentos são interrompidos por um menino em pé na minha frente.

 

POV Taehyung

 

Logo na entrada dezenas de pessoas vêm me perguntar se eu estava bem e se eu tinha sofrido algo  grave. Respondo ligeiramente e falando um Obrigada indo para a sala de aula.
 Yoongi já se encontra no lugar ao meu lado e decido ir até ele. Que é surpreendido por mim.

- Hã desculpe, eu estava distraído. Fala coçando a nuca.

- Tudo bem. Sorrio e vejo o mesmo dar um pequeno e tímido sorriso.- Eu queria agradecer por aquele dia no ginásio, se não fosse você eu poderia ter... bom sabe. Digo sem querer dizer a palavra Morrer.

- Não foi nada, só foi meu dever como colega e também eu nem fiz muito e até acabei desmaiando. 

- Mesmo assim, acharam a gente perto da saída porque me carregou até lá, então foi de grande ajuda.
Ele me olha e logo volta a atenção ao seu celular e coloca os fones de ouvido. Apenas sento o meu lugar e a aula começa.