História Sweet Blood - Capitulo 04: Céu vermelho... Como o sangue dela

Já faziam duas semanas que ela estava “limpa” sem ataques do nada, as vezes os meninos se alimentavam dela mas não era aquela coisa bruta que a machucava, nem eram as mordidas prazerosas de Chanyeol.... fazia duas semanas que ele não tomava uma gota de sangue. E fazia duas semanas que Xiumin tinha ido embora... outra vez.

Com isso ela acreditava que os outros a atacariam mais, mas eles passaram de ataca-la para cortar os pulsos dela como Xiumin tinha feito. Aquilo a deixava confusa, ate parecia que eles não queriam se alimentar...

Gravil estava sentada na sacada do quarto quando ouviu um barulho alto na porta, assustada ela olhou para trás, não tinha ninguém, mas quando voltou a focar no horizonte a sua frente alguém a puxou a encostando na sacada. Amedrontada ela encarou fixamente os olhos raivosos de D.O. Ele não tinha a melhor aparecia naquele momento, olheiras fundas o marcavam e parecia que ele não dormia a séculos.

-Não faça nada que vá se arrepender... –ela sussurrou quando ele abaixava a gola da camisa da escola, deixando a clavícula clara dela amostra.

-Garanto que não vou me arrepender... Não durmo desde que você chegou, o cheiro, o barulho do seu sangue fluindo... Isso me deixa louco –um sorriso um tanto quanto psicótico apareceu nos lábios dele.

Prendendo-a com força contra a sacada ele segurou no queixo dela e o levantou, sua língua lentamente deslizou pelo pescoço dela, fazendo-a estremecer, e logo suas prezas se cravaram ali.

~ Subterrâneo ~

  Chanyeol encostou a cabeça na parede, já se faziam duas semanas que ele não se alimentava, Xiumin tinha conversado com ele, falado sobre a tal ligação, mas ele não ligara agora... toda vez que alguém a mordia ele sentia como se tivessem enfiado uma faca em brasas na boca de seu estomago. Aquilo o irritava. Ele bateu levemente a cabeça na parede, todo esse tempo sem comer ele passava ali no “esgoto”, aquele era o único lugar que ele não conseguia sentir o cheiro do sangue dela, e era melhor ficar longe, ate a ligação acabar, as vezes Kai aparecia com um copinho de sangue quando ele estava quase ressecado e pingava algumas gotas na boca dele, só para ele se manter “acordado”. Mesmo agora com eles se alimentando de outra forma, doía só de pensar que alguém além dele estava se alimentando ali...

“Droga, Chanyeol!!!” ele pensou com sigo mesmo virando a cabeça de lado olhando o pequeno córrego, “Esqueça isso! Ela é apenas a presa, como as outras!” ele trincou os dentes batendo mais uma vez com a cabeça na parede, depois respirou fundo encarando o próprio reflexo no córrego... estava horrível, sua pele estava pálida de forma doentia, seus olhos, lábios e cabelos acinzentados, os músculos de todo o corpo estava duros e adormecidos ele nem conseguia falar direito. Ele iria apodrecer ali ate aquela ligação acabar, ele pensava assim ate ver uma leve, quase invisível coloração avermelhada na água, com dor ele rastejou ate a beirada, aquele cheiro familiar... e aquela dor na boca do estomago... ele cambaleou ate o começo do córrego que não era tão longe dali, olhou para cima na estrada do subterrâneo, dava para ver as sacadas dos quartos... e uma figura de cabelos castanhos avermelhados com uma outra figura debruçada na sacada... ele sentiu o sangue ferver nas veias, a dor aumentar, ele perdeu o controle...

~ De volta ao quarto ~

  Ela não entendeu como, mas em um piscar de olhos Chanyeol segurava D.O pelo pescoço, o outro tentava se soltar mas apesar de estar fraco a fúria de Chanyeol lhe dava forças, ele estava assustadoramente horrível, a camisa do uniforme estava aberta mostrando o peitoral arranhado e sujo, a calça rasgada parecia imunda, cheia de poeira como os cabelos dele, mas apenas o olhar dele era o suficiente para aterrorizar qualquer um.

Ela respirou fundo, precisava fazer algo.

-C-chanyeol... –ela sussurrou o nome dele, mas ele não ouviu, então aumentou o tom –Chanyeol!

Ele virou a cabeça para olha-la.

-Solte-o, agora.

Ele gargalhou.

-Acha que tem alguma autoridade sobre mim agora?

-Não, não tenho, mas estou pedindo. Solte-o.

Mesmo sufocado, D.O conseguiu rir:

-Do que está rindo? Bastardo –Chanyeol praticamente rosnou.

-De você –o rosto de D.O se tornou mais sombrio, ele estava se alimentando, por tanto era bem mais forte que Chanyeol, ele segurou no pulso do outro, obrigando-o a solta-lo, depois ele pegou Chanyeol pelos cabelos e deu um leve sorriso, logo enfiando o rosto do outro no chão.

Surpresa e assustada, Gravil se afastou cobrindo a boca para não gritar.

Uma risada curta e fria veio do rosto no chão.

-É só isso que tem para oferecer, Kyungsoo?

Chanyeol se ergueu lentamente. D.O cerrou os punhos e os dentes.

Gravil sabia que se continuassem assim, eles matariam um ao outro. Quando já estavam prestes a se socarem novamente ela entrou na frente deles, com os braços abertos e de costas para Chanyeol, por algum motivo ela não queria vê-lo daquele jeito, como um monstro.

A expressão dela ficou seria, depois raivosa, estava com raiva de D.O por ter mordido ela, estava com raiva dele por ter batido em Chanyeol...

-Saia daqui, Kyungsoo.

Ele ergueu uma sobrancelha.

-Agora –ela falou lentamente, permanecendo com a expressão calma, mas seu tom de voz saiu quase como um rosnar.

Ele rangeu os dentes.

-Isso não vai ficar assim garota...

-O que Vi fazer Kyungsoo? –a sobrancelha direita dela se ergueu, como provocação.

Ele balançou a cabeça e saiu do quarto.

  Assim que ele saiu ela se virou para Chanyeol, tocando levemente no rosto dele, ele não reagiu.

-Onde você estava? Você se machucou?

Ele não respondia.

-Por que esta nesse estado? Chanyeol! Responda-me.

Ele apenas a olhou e a puxou para si, não agüentava mais, estava fraco e quase perdera para D.O. Então cravou as presas no pescoço dela, pouco se importando com a ligação, sentia ela estremecer com o toque de sua língua na mordida, mas não sabia se era dor ou prazer. Lentamente ele sentiu os braços dela lhe envolvendo as costas em um abraço, uma das mãos brincando com os fios de cabelo que começavam na nuca... “O que ela esta fazendo?” ele pensou, começando a parar de sugar o sangue dela... Ele a olhou, os olhos fechados, os lábios levemente abertos, a cabeça pendendo para trás o pescoço sujo de sangue...

Ele não agüentou, colou os lábios nos dela em um beijo intenso, ela retribuía não da mesma forma, mas de um jeito tímido e quase assustado pela repentina atitude dele... Naquele momento ele soube o que queria, a queria ali, agora, não ia deixar ninguém, nem Kyungsoo nem Xiumin, dizer coisas sobre a ligação,ou tentar impedi-lo.

Passou o braço esquerdo pela cintura dela e a deitou na cama, faria daquela mortal sua. Afinal... Era o sangue dela que tingia o céu dele de vermelho.