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História Sweet Chemical Romance - They are not monsters


Escrita por: Little_Drug

Notas do Autor


MDSSS OLHA EU DE VOLTA <333333

Que saudade que eu tava disso aqui Geesus :)
Vocês não devem nem lembrar que fic é essa né?

Primeiramente: Mil desculpas pelo coma em que essa história entrou,qualquer um aqui que deixou de ler,cansou dessa porra ou qualquer coisa do tipo é completamente entendível,pq eu sei,demorou e não foi pouco não

Segundamente: Eu estou achando meu jeitinho de contar o que aconteceu no passado deles com o flashback,então sim,ai ter de novo isso

Acho que pelo nome já dá pra entender o que vai acontecer,né?

Espero que ainda tenha alguém lendo,e boa leitura

Final ficou meio WTF,sorry

Capítulo 19 - They are not monsters


Ao amanhecer,que não demorou muito a chegar,Linda claramente estava abalada,a loja não abriu e Gerard não foi trabalhar; soube pelo celular que o que Frank tinha era um coma alcoólico e tentava acalmar Linda um tanto,mesmo que estivesse tão preocupado quanto ela.

-...Parece que ele bebeu muito,Gee. -A mulher chorava pouco e fungava às vezes. -Existem tantas sequelas que o Frankie pode ter e eu estou rezando tanto.

-Continue rezando,Linda.Não se preocupe,o Frank vai ficar bem.

-Eu sei, se deus quiser ele vai. -A senhora suspirou do outro lado da linha. -É que eu não consigo parar de me preocupar,o Frank não era assim, Gerard.Não era.

Way no fundo também estava preocupado com Iero.Um coma alcoólico, o que ele estava pensando?! Queria matá-lo de preocupação ou o que?!

E logo Gerd se lembrou de que era assim mesmo que Frank agia desde o conheceu.A diferença é que antes queria matá-lo,mas agora se importava com seu bem estar quase tanto quanto o de Mikey.

-Ele vai melhorar, eu sei como se sente.Quando Michael fica mal e essas coisas eu já me preocupo tanto,e as vezes nem é nada importante...

-Você tá certo, -Linda sorriu minimamente. –talvez eu só precise ocupar a mente,não é?

-É,pode ser. –Gerard disse enquanto levava algumas roupas para a lavanderia e voltava para o quarto pra verificar se o irmão ainda dormia.

Tinha sido uma madrugada difícil para todos.

E Mikey ainda dormia,Gerd deu graças à deus por isso.

-Você pode vir jantar aqui essa noite.Quer dizer,você pode?

-Gee eu não sei.Gostaria muito e ainda poderia ver seu irmãozinho,mas.. Eu não quero deixar Frank sozinho.

-Eu juro que não quero me meter mas, e o pai dele? –Linda emudeceu no telefone e Way automaticamente se arrependeu da pergunta.

-Eu sequer tenho contato com ele,duvido até que viria.Anthony não vê nosso filho desde que ele tinha quatro anos,não pede notícias e graças à deus também não manda nenhuma...

-Eu não sabia.

-Mas não estamos brigados ou algo do tipo! –A senhora logo tratou de se corrigir. –É só que...O jeito que ele vive,o estilo de vida dele,tudo isso faria muito mal ao Fran.Não é o tipo de vida que eu quero pro meu filho.

-Eu entendi,você só quis protegê-lo,é totalmente normal.

-Sim, eu só queria que ele não fosse por um mal caminho...

-Não,não! -Gerard interrompeu. -Vamos parar com essa conversa depressiva.Sobre o jantar: você vem ou não?

-Ah Gerard,se você insiste tanto eu vou.

-Ótimo,pode deixar que eu te busco aí,okay?Pode ser às oito?

-Pode.Oito então.

-É,até lá.

-Até.

Desligaram e Linda se pôs a acariciar a mão do filho enquanto Gerard preparava o café da manhã dele e de Michael.

Aliás,o garoto mal dormira durante a noite e sempre que o fazia era acordado tempos depois por pesadelos e demorava a dormir de novo.Na conversa que teve com Anne mais cedo,Gerard levou uma bela bronca e foi instruído a contar logo a verdade sobre aqueles “monstros”,pois Mikey não podia lidar com as lembranças e sentimentos tão reais daquele dia se ainda vivesse num mundo de fantasias.

-Você não pode esperar a hora certa,a hora certa precisa ser agora. –Sussurrou para si mesmo as palavras de Anne enquanto colocava os pães e sucos numa pequena bandeja para comer com o irmão.

-Bom dia anjo,está melhor? –Gee perguntou ao ver Michael já acordado, deixando a bandeja na mesa de cabeceira e se sentando ao lado dele.

-Sim...Eu não sonhei com eles dessa vez. –Mikey resmunga com voz de sono,encarando superficialmente seu copo de suco e então tomando um gole. –É de limão?

-Ahm,é de limão. –Esperou-o tomar todo o suco e comer seu lanche antes de pigarrear baixinho,torcendo para o irmão não escutar.Mas ele escutou. –Michael,a gente precisa conversar sobre essas...Pessoas que você sempre sonha.Daquele dia.

-Mas Gee,são monstros.

Gerard sentiu o estômago se contorcer e percebeu que aquela conversa seria muito mais difícil (e emotiva) do que ele pensava que seria.

Virou o irmão de frente para si e encarou os olhos amarelados deste, escondidos sob as grossas lentes do óculos.Okay,era hora de começar.

-Desculpe por ter mentido assim pra você,mas eu só não queria que tivesse medo de todos por achar que,são pessoas ruins.Nem todos são ruins e eu não quis que achasse isso.

-Que? –O que Gerard estava falando sobre mentir e pessoas ruins?O que aquilo tinha a ver com os monstros daquele dia?E o que tudo tinha a ver com o suco ser de limão?

-Eram pessoas,Mikey. –A essa altura Gerd já chorava,lembrava de cada cena para falar ao irmão sobre as pessoas que fizeram aquilo e,só pra constar, nunca foram pegas. –Quem fez tudo...aquilo,quem fez isso eram pessoas meu amor.Mas eles eram ruins,e nem todos sã...

-Não Gee!Eram monstros,de verdade! –Balançou a cabeça em negação, crendo veemente na lembrança de monstros roxos e gosmentos invadindo o quarto dos pais durante a noite,e agora chorava também. –As pessoas não são ruins assim,Gerard.Não tem como por que a professora disse que as pessoas tem coração,e quem tem coração ama os outros.Eram monstros sem coração.

Sim,eram.O pior é que realmente eram.Monstros humanos sem coração ou todo o amor à que Michael se referia,mas o garoto errou em um ponto: as pessoas podiam sim ser más com as outras, não só podiam como realmente eram quando aquilo lhes convinha.

-Michael, por favor...Eu nunca te pediria isso,mas por favor tente lembrar.Sem os monstros meu anjo,apenas o que aconteceu de verdade.

-Gee por favor,não podem ser pessoas.

-São pessoas Michael.Eu sei que está aí em algum lugar. -Gerd se esforçou para ser o mais impassível que pôde e o garoto aprofundou o choro.

-Não são!Não são pessoas..Não podem ser. -O garotinho abraçou fortemente o irmão, sem parar de soluçar ou apertar os olhinhos sob os óculos.

-Do que você se lembra,querido?

Michael soltou-se do irmão,fungou algumas vezes e nervosamente entrelaçou as mãos antes de falar.

 

***

 

Deviam ser cerca de quatro e meia da manhã,faltava um pouco mais de uma hora para amanhecer e Michael não conseguia mais dormir.Tinha escutado um barulho na casa há apenas alguns minutos,quando acordou para beber o copo de leite que Donna sempre deixava sobre sua escrivaninha.E agora não conseguia mais dormir.

-Gee... -Já com algumas lágrimas nos olhos chamou o irmão,que roncava tranquilamente no canto oposto do quarto. -Gee!

-Boa noite,Mikey.

-Gérad!

-Okay,o que foi?

Gerard se virou na direção do irmão,apoiou os cotovelos no travesseiro e finalmente abriu os olhos para encarar os de Michael,que brilhavam levemente na escuridão do quarto.

-Tô com medo.

-Foi só um pesadelo,volte a dormir.

-Ovi um barlulho.

Suspirando cansado e disposto a fazer o irmão voltar a dormir,Gerd se levantou e tomou a mão dele entre as suas,o levantando da cama.

-Vem,você vai ver que não tem nada e... -Ambos paralisaram ao ouvir Donald discutindo aos gritos em seu quarto.

Ele não costumava brigar com sua esposa em nenhuma circunstância e por isso os garotos foram correndo ao quarto dos pais,mas Mikey foi puxado para trás bruscamente pelo irmão.Começaram a escutar escondidos a discussão, e então perceberam que não era com Donna que Donald estava discutindo.

-...Eu não sei do que vocês estão falando! –Michael escondeu o rosto contra a calça de flanela do irmão ao perceber sua mãe chorando. –Don,diga...Diga á eles que não temos envolvimento algum com esse tipo de coisa.

-Fique quieta,Donna! –Seu marido vociferou.

Donna simplesmente não entendia.Fora acordada pela porta se abrindo de forma estrondosa e com as luzes sendo acesas sobre seu rosto sonolento, então se deparou com dois homens armados e quando deu por si,Donald estava ajoelhado no chão enquanto aqueles desconhecidos gritavam com ele.

-Isso vadia,é melhor calar sua boquinha gostosa.

-Não fale assim dela,seu doente! –Ambos os filhos estavam espiando quando Don avançou contra um dos homens,que revidou facilmente com o taco de golfe várias e várias vezes.

Donna gritava.Gerard quis tirar o irmão dali mas ambos estavam paralisados o suficiente para continuarem exatamente onde estavam.Donald grunhia de dor no chão e todos choravam.

-Agora,onde é que está a porra do dinheiro?!

-Eu não tenho o dinheiro,Lucas!Talvez se você esperar até amanhã... –Donald tentou desesperadamente negociar com os homens ali parados.

-Queremos hoje,Way.Você foi lembrado,avisado...Não podemos mais esperar.

-Donald,pelo amor de deus entrega alguma coisa pra eles!Não façam nada pelo de deus,por favor,por favor não façam... –Donna repetia histericamente,chorando em abundância ainda na mesma posição sobre a cama.

-Já mandamos calar a boca!! –O som do tiro sendo disparado saiu como uma surpresa para todos ali: os irmãos Way taparam os olhos e encobriram os lábios onde um grito estava preso; Lucas estremeceu levemente.

Donna tombou para o lado,sentindo o sangue preencher sua garganta até tornar-se impossível respirar e em questão de segundos Donald estava bem ao seu lado,apoiando sua cabeça com uma das mãos.

-Olha o que você fez,idiota! -Lucas grita ao companheiro. -Não era pra matar ninguém.

-Ela estava me deixando surdo,cara.

-Agora você sabe o que vai acontecer.

-Talvez eu só estivesse esperando por isso. -Sorriu sugestivamente e Lucas rolou os olhos apenas.

-Way,você tem ou não o dinheiro?

-Eu já disse que não!!Não tenho,okay?!

-Eu lamento muito por isso,então.

***

Quando os homens fizeram menção em sair do quarto foi um estalo na mente de Gerard como se ele acordasse de um transe,e carregou o irmão por toda a casa,rápida e silenciosamente até a despensa,onde ficaram até depois de o sol despontar sobre a casa.

Podiam ouvi-los pela casa,discutindo e remexendo as gavetas.“Tem crianças” um disse “Ele não precisa saber” e o silêncio quase total predominou após a porta principal bater com força.

***

-Mi... –Gerard abraçou-se fortemente ao mais novo.Michael citara detalhes que nem ele mesmo havia enxergado de tal forma,e parecia que poderia se engasgar no próprio pranto diversas vezes.

Tudo parecia diferente agora: as lembranças,os sentimentos,as pessoas...Principalmente as pessoas,pois o garotinho finalmente se lembrou de que..

-As pessoas são ruins! –Concluiu após vários minutos e Gerd soltou-o apenas para olhar em seus olhos avermelhados.

-Nem todas são assim,Michael.É isso que eu queria preservar em você,nem todos são ruins.

-Todo mundo que eu conheço é.. –Resmungou.

-Eu não sou ruim,tio Ray também não e muito menos você.

-Mas e se eu for? –Mikey rebateu e Gerd deu um suspiro longo.Não queria que seu irmão tivesse receio de conhecer novas pessoas,ou medo de si mesmo. –Gee,eles foram tão malvados!!Eu não quero ser assim,Gee..

-Você não é,anjo. –Assegurou. –Eles eram pessoas,mas agiam como mons...Como animais.E você não é assim,okay?

-E você acha que eles não vão voltar?

-Quê?!

-Nesse dia ruim.. –Michael explicou,chorando um tanto mais. –Eu achei que eles iam voltar,você acha que eles vão?

-Eu não acho que eles vão,querido. –O mais velho levantou-se, carregando com certa dificuldade Michael no colo. –Já faz tanto tempo,não tem motivo pra se preocupar. –Disse,tentando convencer não só ao irmão,mas a si mesmo.

-Okay..

-Agora vamos descer e brincar um pouco,hun?

-Vamos.Gee...Te amo tá? –Disse um tanto menos cabisbaixo,abraçando Gerard.

-Também te amo Miks.Vai ficar tudo bem.


Notas Finais


É isso.. ;-
Bjões

Aah,próximo cap. tem um tequinho de Frerard ( ͡° ͜ʖ ͡°)

Agora sim,beijões


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