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História Sweet Cody - O sorriso que desarma corações.


Escrita por: markie

Notas do Autor


Olá mores, como vocês estão? ≡
Estou de novo com markson, especialmente pra essa menina maravilhosa que hoje faz aninhos. Fiquei dias pensando no que fazer e até me mordi de ansiedade essa semana pra postar isso, saiba que esperar até a hora foi algo realmente difícil pra mim (ainda mais com esse horário de verão que pra você não existe kkk). Mas bem, Kô, como eu não posso ir simplesmente à sua casa, te abraçar forte e te dar parabéns - porque ainda não tenho meu jatinho particular -, eu dou meu (primeiro) parabéns por aqui e te dou essa fanfic de presente que eu já sei que gostou da ideia u.u Não é preciso falar que te lovu muito, você sabe que eu te lovu muito. ♡ FELIZ ANIVERSÁRIO! *solta confete* -qqq

Pra você e pra outros que lerão, desejo uma boa leitura! ✿

Capítulo 1 - O sorriso que desarma corações.


Fanfic / Fanfiction Sweet Cody - O sorriso que desarma corações.

A melodia lenta preenchida com uma voz invejável adentrava meus ouvidos, me deixando relaxado com o som. Um barulho tão distinto do que impregnava minhas redondezas, aquele que eu apreciava sem problemas, aquele que me fazia aprofundar dentre minhas reflexões.

Às vezes reclamavam comigo por sempre estar com aqueles fones acoplados, mas também sempre fui daqueles que não ligavam muito pra opinião alheia. Se aquilo me trazia calma, qual o problema de continuar? Era melhor do que ficar escutando asneiras.

Sentado em uns dos bancos no pátio, esperava o dia passar para que finalmente estivesse fora do colégio. Estava sinceramente arrependido por ter ido, pois minhas aulas não foram produtivas, inclusive, estava com uma vaga no momento. Do meu canto eu observava outros alunos conversando e um grupo mais afastado jogando verdade ou desafio. Eu estava no meu canto, já que meu melhor amigo Jaebum estava naquele meio.

Não faltavam muitos minutos, quando vi o sinal já estava ultrapassando meus tímpanos e eu estava livre. Livre para finalmente ir àquele meu lugar de praxe. O garoto mais velho já sabia do meu destino, por isso apenas acenou de longe, ficando com aquela aglomeração que não fazia muito o meu tipo.

Embora eu pareça daqueles garotos que mofam em suas casas jogando no computador e comendo besteiras nas horas vagas – e talvez seja –, todos os dias tinha um compromisso. Meu final de tarde era preenchido pelo aroma de diversos cafés e doces, junto com o perfume e a voz daquele atendente que eu contemplava em segredo.

Era uma cafeteria entre o caminho de casa e o colégio, SweetCody, que conheci sem querer quando estava morrendo de fome em um final de tarde. Me recordava precisamente das sensações que me encheram assim que entrei no estabelecimento, mas nada se comparava ao meu nível de encantamento por um dos empregados do lugar.

E então havia virado um costume: de segunda a sexta, às cinco e quarenta e cinco, no mesmo lugar se possível, perto do balcão.

Meus pés ditavam um ritmo mais apressado ao andar enquanto um nervosismo já costumeiro predominava meu peito, deixando minhas mãos suadas e frias. Em alguma das minhas visitas comecei sentir aquelas coisas, porém não tinha certeza de sua razão. Aquele garoto, Mark, como o chamavam, não poderia me afetar tanto por simplesmente labutar, era algo surreal demais.

Surreal demais, embora tenha uma verdade por trás.

O sino conhecido soou, indicando que um cliente entrara, e a partir dali retirava meus fones. A primeira coisa que fiz foi fitar onde costumava sentar-me, a segunda foi ver que o local estava razoavelmente cheio, e a terceira foi vê-lo saindo de uma passagem escondida por uma cortina. Nunca cansaria de reparar no quanto seu corpo se moldava àquele uniforme, lhe dando uma aparência profissionalmente bonita.

Deixei minha mochila no chão, encostada na cadeira que sentei, e apenas esperei ele vir perguntar se eu já havia escolhido meu pedido. Na verdade eu não olhava mais o cardápio, era fixo o cheesecake de frutas vermelhas e logo depois um simples cappuccino, me causando a enorme vontade de dizer ‘o mesmo de sempre’ como nos filmes que assisti.

Isso quase me fez rir, porém me convive, pois lá estava ele. O mesmo perfume agridoce entrava pelas minhas narinas, e por conta dos raios solares alaranjados invadindo o ambiente, sua imagem ficara a mais angelical possível. Por pouco não suspirei com a visão.

— Já escolheu o que vai pedir, senhor? — várias vezes me vi querendo gravar aquela voz para poder ouvi-la sempre que quisesse.

— Um cheesecake de frutas vermelhas e um cappuccino, por favor.

Ao demandar, esperei que suas costas viessem à minha visão, porém naquela quinta-feira as coisas pareceram modificar o roteiro. Não que ele recusara a trazer o que pedi, mas algo além do que sempre dizia acabou atingindo meus tímpanos, mexendo com meu interior.

Após pousar o doce em minha mesa, seguido da bebida, ele não saiu como costume. Na verdade, disfarçadamente notava sua timidez. O olhar que demorava-se em outras coisas além de mim o denunciavam e por um segundo senti vontade de sorrir. Ele parecia escolher palavras certas para seja lá o que quisesse me dizer.

— Desculpe falar desse jeito, de repente, mas o senhor vem aqui há mais de três meses… Não pensa em pedir algo diferente? Temos tantas opções. — depois que inquiriu de maneira simpática, meu coração bombeou mais rápido por perceber que falava mais do comumente, parecendo derreter com o sorriso que o mesmo me lançou. Ele tinha até mesmo contado o tempo que frequentava ali, ainda que eu mesmo já tivesse perdido a conta?

— É que eu gosto muito de cheesecake… — respondi depois de pensar um pouco, usando sinceridade. — Acabo pedindo a mesma coisa. Mas aceitaria alguma sugestão sua.

Aparentemente eu poderia parecer calmo, um simples garoto de dezoito anos que estava pedindo sugestões a um atendente, porém dentro de mim eu pulava feito louco por ter um pouco mais de sua atenção. Ele era sempre quieto, só o via trocar algumas palavras com o outro rapaz que trabalha, nada mais do que o imposto.

— Por que não experimenta algum bolo da próxima vez? O de cereja é incrível. — outra vez tentei não encarar seu sorriso tempo demais, do jeito que se portava ele assimilava-se a um ser ausente de quaisquer defeitos.

— Hm… Amanhã eu vou querer um pedaço então. — sorri de canto. — Tem algum problema se você escolher a bebida por mim? Sabe, você está mais familiarizado, deve saber o que é melhor.

Achava que estava sendo apressado, porém meu feitio não fazia por menos, ainda mais quando estávamos falando do rapaz que eu nutria algum tipo de sentimento desconhecido. Naquele momento, com mais atenção, eu fitei seus olhos rapidamente, constatando que eles eram tão profundos quanto imaginava. Ele parecia um pouco sem graça, talvez pela maneira que agi, embora no fim concordasse com o que disse.

E depois daquele fim de quinta-feira, eu me vi mais perdido naquele sexo masculino. Poderia ser um tanto estúpido para alguém admirar outro que apenas o tinha como um cliente, mas eu nunca fui um ser muito circunspecto. O que sentia era forte demais, me fazendo sentir aquela necessidade de vê-lo, de sentir seu perfume e me deliciar de sua atenção. Porque tudo que eu mais gostava era ter os olhos de quem gostava voltados diretamente e somente a mim.

Ainda que ele compartilhasse o ambiente de trabalho com aquele outro rapaz, dono de cabelos pretos, eu não queria acreditar que talvez pudesse poder existir um vínculo entre eles fora aquele. Aliás, sequer sabia se ele era atraído por garotos, assim como eu. Essa era minha maior dúvida, pois se por acaso suspeitasse que eu visitaria a SweetCody apenas por sua presença, o que pensaria de mim?

Sentia vontade de, quem sabe, chamá-lo para ir a outro lugar e conversarmos, porém me sentia incapacitado demais para alcançar aquele tipo de nível. Isso caberia a alguém cara de pau o bastante para chegar e perguntar-lhe se queria sair, e apesar de tudo, ainda continha minha timidez que se destacava nesses momentos.

Na sexta-feira eu tive a mesma rotina, porém fui surpreendido por um teste surpresa que a professora de biologia resolveu passar, e confesso, tinha muitas dificuldades. Não era um aluno que gastava das horas vagas para estudar ou daqueles que desperdiçam o tempo na escola, mas, ainda assim, tinha coisas que não entravam na minha cabeça e eu era obrigado a conviver com alguma nota baixa.

Im Jaebum era meu melhor amigo, embora fosse alguém vulgarmente (falando) popular. Era alguém atraente – eu reconhecia –, e desejado por garotas do colégio, mesmo que nunca tivesse me dito se se importava com o fato ou que já estivesse uma dona de seu coração. Ele costumava ser bastante reservado, até mesmo comigo.

Após aquele teste monstruoso, eu estava disponível para ir ao meu lugar de sempre. Lá eu fiz o que disse no dia anterior e experimentei o bolo de cereja, confirmando o dito de ser incrível. Sempre fui fã de frutas vermelhas e aquela não seria uma exceção. Mark pareceu contente por me ver maravilhado com o doce, e isso apenas fez que eu me derretesse mais por ele. Era normal sentir-me daquela forma tão intensa?

Naqueles minutos bobos eu queria poder tocar seus traços faciais e proferir o quanto ele ficava lindo sorrindo ou até mesmo respirando, mas limitava-se a sorrir igual a ele, ainda que meio contido. Ele trazia uma calmaria atípica para dentro de meu peito, mesmo não trocando muitas palavras ou nenhum toque. Sentia que se o conhecesse, seria firme em fortalecer nossos laços até não poder se esquecer de mim.

Depois de ter meu coração remexido novamente pelo mesmo rapaz, voltei à casa e tive a surpresa de ver minha mãe em casa, cuja normalmente só retornava mais tarde que eu. Eu não passava tanto tempo com ela, mas inexplicavelmente tínhamos um relacionamento forte que míseros segundos já seriam propícios a uma conversa descontraída e comum.

Meu final de semana foi resumido em puro nada, porque acabei não encontrando nada que pudesse me ser útil. A única coisa que poderia ser considerada era o tempo que passei com minha mãe vendo filmes na televisão enquanto comentávamos sobre a viagem que meu pai havia feito, e quando vi já era segunda-feira.

O dia que a maioria dos jovens não gostavam, mas que eu acabava não tendo muitos contras, porque era apenas na semana que eu via Mark dentro de seu uniforme claro. No caminho do colégio, sempre passava em frente ao estabelecimento, mas nunca o encontrava aquele horário; ele deveria chegar depois das uma.

Nas vitrines estavam expostos variados doces, atraindo pessoas que tinham uma queda por açúcar facilmente. Ainda que eu só tive o prazer de experimentar cheesecake e um bolo de cereja, sabia que tudo produzido era o melhor da região, e por isso sempre existiam pessoas no lugar. Fora bem pensado abri-la numa localização tão acessível, principalmente para mim.

Na primeira aula, eu e mais o resto da classe momentaneamente pacífica fomos surpreendidos com um novo aluno, que dizia ser transferido por conta de seu novo endereço. Havia se apresentado como Choi Youngjae, aparentemente de minha altura, que se sentou próximo da porta. Não demonstrava ser tímido, pelo contrário, alguém extrovertido. Via que não teria problemas em se enturmar para os últimos seis meses.

O restante não foi incomum, tive que ouvir os ensinamentos que os mestres ofereciam, realizar tarefas, cópias e ainda participar da educação física – nada do que eu não estivesse acostumado.

O ano havia passado rápido demais, já estávamos no último semestre e logo a formatura marcaria presença. Pensar no assunto me causava um leve nervosismo, pois “virar” um adulto era assustador aos meus olhos, porém, como é algo inevitável, que lidamos com, não é mesmo?

Meu último suspiro foi segundos antes do último sinal bater e eu finalmente veria Mark. Cada minuto de aula eu ficava ansioso, desejando que ele de repente fosse de minha sala para poder apreciá-lo sempre e disponibilizar-me a uma conversa, já que o ambiente era bem mais fácil. Borboletas alegres bagunçavam meu interior enquanto colocava a mochila nas costas, caminhando disperso com meus fones em meus ouvidos. No entanto, eu não os retirei apenas quando adentrava a SweetCody, e sim logo quando coloquei meus pés fora do portão.

Ele estava lá, sendo iluminado pelos raios solares já fracos, causando reflexos em seus fios castanhos e dando um aspecto diferente à sua pele. Meu mundo parou de girar junto com meu cérebro, era como se ele fosse a única coisa que eu pudesse me focar. Os olhos focados no visor do celular moderno, a roupa diferente de seu uniforme, resumida em uma calça jeans negra e uma camiseta da mesma cor, tudo parecia dificultoso para as batidas do meu coração.

Estacionado no mesmo lugar, vi o aparelho em suas mãos irem à sua orelha direita e sua cabeça ergueu-se, olhando ao lado contrário de onde eu estava, como se esperasse alguém, mas bastou girar o pescoço para a direita que me imitou, ficando atônito. Seu olhar fixou-se no meu e dentre tantas pessoas, parecia que só existiam eu e ele.

Não soube dizer quantos segundos permanecemos daquela forma, pois rapidamente o contato visual fora interrompido, e o que avistei em seguida foi demais para meu coração aguentar. Aquele garoto novo surgira sem sequer eu perceber e estava indo na direção de Mark, que também voltou seu olhar nele.

Eles se conheciam? Era minha questão principal, e tudo apontava para uma resposta positiva. Fiquei sem ar, assistindo-os afastarem do portão, seguindo seus próprios caminhos. Entretanto, o que acabou retirando as forças de minhas pernas, foi ele virando sua cabeça para trás e sem motivos aparentes, lançou-me um sorriso sem dentes; aquele mesmo que sempre, sempre mexia comigo.

O que ele estava fazendo ali? Ele não trabalhava mais na cafeteria ou apenas estava saindo mais cedo? Qual seria sua relação com Youngjae? E por que eu estava sentindo inveja daquele garoto que apenas conhecia por nome e rosto?

— Viu algum fantasma, Jackson? — a voz súbita me assusta, e por pouco não grito. Virei-me e vi Jaebum.

— Yah! Claro que não. — respirei fundo, passando as mãos no rosto. — Você não sabe quem estava aqui. — aproximei-me e encostei na grade, procurando apoio. — O Mark estava aqui; parece que ele é algum conhecido do menino novo… Meu Deus… Eu achei que meu coração fosse parar.

Sutilmente ele riu, e me acompanhou, ficando próximo de mim.

— Você não acha que é uma oportunidade pra se aproximar? Por quanto tempo vai ficar sentindo essas coisas e permanecer na defensiva? — ele começou caminhar logo após, trocando os papéis, me fazendo acompanhá-lo.

— Não é algo tão simples assim… — digo pra baixo. — É esquisito alguém chegar em você de repente e perguntar se você quer sair.

— Na verdade, nem tanto. Mas por que não? Você só vai saber se a resposta será boa ou não, arriscando.

Eu realmente queria ter toda a coragem que Jaebum tinha, porque pra ele, com certeza, era simples conseguir o queria quando se tem um nível escasso de timidez. Mas, depois daquela cena, eu começaria pensar em fazer o que enrolava tanto.

Naquela segunda eu não passei na SweetCody, não me demonstraria inquieto e lotado de curiosidade na frente de Mark, se é que estaria lá. Considerei a hipótese de que o que presenciei mais cedo não se passasse de algo entre colegas, porém conforme os dias foram passando meu estado piorava drasticamente.

Em todas minhas saídas escolares eu o encontrava no mesmo lugar, com aquele mesmo penteado que vez ou outra se escondia sob um boné escuro e, em todas as vezes, em algum momento, nossos olhares se encontravam. Meus batimentos cardíacos ficavam acelerados enquanto minha respiração sumia. Será que ele sabia quais efeitos surtia sobre mim?

Fui obrigado a parar de gastar dinheiro com doces todos os dias, pois o rapaz sempre estava em frente a minha escola e não trabalhando. O fato me atiçava a tentar conversar com ele, porém a coragem que eu reunia antes de dormir se dissipava em um segundo, além que Youngjae sempre acabava aparecendo antes da hora.

Estava começando a ficar aborrecido, frustrado, com toda aquela história e apenas depois de malditas duas semanas eu me determinei a fazer alguma coisa. Falar com Choi Youngjae, embora parecesse um pouco árduo visando as amizades que ele criara.

— Acho melhor você ser rápido, vai que ele e o Mark tem um caso? — o de cabelos pretos falava ao meu lado, no tempo que comia de seu lanche gorduroso que comprara minutos atrás.

— Você não está me ajudando, hyung, sério. — estávamos ambos sentados em uma escada, próximo do pátio. — Vai, me diga um jeito de chegar nele!

As expressões que o garoto mostrava não me eram satisfatórias porque ele aparentava estar tão descontraído e se divertindo com a ideia que apenas ficava com aquele sorriso idiota no rosto. Reclamei pela milésima vez da amostra de seus dentes e fiquei de braços cruzados, com esperanças que obteria alguma resposta plausível.

O Im, por fim, depois de alguns segundos, dispôs-se a falar algo útil. Mas exatamente na parte que proferira “perguntar para o Youngjae sobre o Mark” outra uma voz se fez presente e tudo que eu mais quis foi me afundar em um buraco para nunca mais sair.

O protagonista de nossa conversa, no exato momento, descia as escadas que estávamos e não se conteve a virar o olhar a nós. No entanto, em vez de Jaebum fingir que não havia o visto ou algo parecido, simplesmente o cumprimentou calorosamente e avisou que eu precisava falar com ele. Foi ali que pensei que tudo estava perdido, mesmo que por outro lado me pouparia teatrinhos.

Quis destruir Jaebum por me deixar sozinho, e por um instante me perguntei do motivo dele ser meu melhor amigo. O maior saiu, nos deixando sozinhos. Um longo suspiro saiu pela minha boca, sentindo um tipo de rubor em minhas bochechas.

— Então, o que queria falar comigo? — sua voz soou suave aos meus ouvidos, se pondo sentado ao meu lado. Sentia dentro de mim uma bagunça tão grande, eu não tinha nada planejado e era isso que discutiria com Jaebum, se ele não tivesse me deixado sozinho.

— Hum? Falar com você? Ah, falar com você… — minha mão instintamente fora para minha nuca, e em frações de segundos eu tentava encontrar algo lógico na minha cabeça. Mas eu era péssimo em improvisos.

— É sobre o Mark, não é? — fitou meus olhos, me deixando sem respostas. O que de fato fez com que uma irritação florescesse em meu interior, por estar sendo tão idiota na frente de alguém que eu tinha muito respeito (e um pouco de inveja, diga-se de passagem). — Nem é exatamente porque eu ouvi Jaebum hyung comentando… Hm, bem, você o observa bastante. — desviou o olhar ao chão.

Se eu já estava envergonhado antes por ter ficado só com Youngjae, após ouvir aquilo até mesmo fiquei incapacitado de fitá-lo outra vez. Deveria saber que nossos olhares eram óbvios e que qualquer pessoa que prestasse atenção poderia perceber. Me vi engolindo saliva, seguido de um gole do suco de garrafa que havia comprado.

— Pode me perguntar o que quiser, não fique tão tímido assim. — voltou a me olhar. — Sabia que alguma hora isso aconteceria. — o vi puxar do bolso da calça uma bala de cereja, que rapidamente destinou-se à sua boca.

— C-Como assim? — realmente fiquei confuso.

— Que alguma hora você viria falar comigo. Sou primo dele. — sorriu simplista. — Ele pode tentar fingir que nada está acontecendo, mas eu sei que está. Ele fez isso de novo… — pareceu falar para si mesmo, embora fora audível para mim.

— Do que você está falando?

— Hm? Nada. — assim que ouvi sua risada, o achei estranho. Não pela risada em si, mas pelo modo que se portava ao meu lado. Não entendia as entrelinhas que murmurava. — Quando começou tudo isso? — os dedos dele tocaram o próprio lado esquerdo do peito, e vendo sua expressão, acabei tomando coragem e confiança para dialogar.

— Não sei… Mais de três meses. — respondi num suspiro.

— E não o chamou pra sair até agora? Mark não é daqueles que toma a primeira iniciativa.

Quando escutei, lembrei que fora ele quem começou trocar mais palavras comigo dentro da SweetCody, e ligeiramente franzi as sobrancelhas. Aquilo não era considerado a primeira iniciativa?

— Não sou tão descomplicado assim. Me sinto um pouco envergonhado quando o vejo, entende? — ele assentiu. — Não consigo me aproximar.

À medida que confessava meus sentimentos ao, recente descoberto, primo de Mark, o via mais e mais apreensivo. Era atento conforme eu dizia, porém depois assentia com a cabeça e ficava um pouco pensativo. Seu semblante indiferente me deixou um pouco preocupado.

— Seria melhor assim, mas se quer se aproximar de fato, me passe seu número, posso conversar com ele.

Foi um choque de realidade, que tardei a perceber que eles não tinham outras relações alguém de amigos. Ou parentesco. Fiquei aliviado por esse lado, ainda que meu estômago revirasse de nervosismo pela proximidade que me encontrava diante Mark. O menino novo se dispôs a me ajudar, sem ao menos sermos amigos, era outra coisa que havia deixado uma sensação boa no peito.

— Sério? Você não se importa? — afobei-me, tomando um pouco mais do suco de uva. Com sua resposta negativa, salvei meu número em seu celular e rapidamente ele me mandara uma mensagem, para que eu salvasse o dele também. Subitamente foi como se eu estivesse a ponto de ganhar o maior prêmio de todos. — Youngjae, posso perguntar uma coisa?

— O que quiser. — guardava o aparelho no bolso, pronto para sair do meu lado.

— Mark não está trabalhando mais na SweetCody? — o vi se levantar.

— Está sim, mas teve uma pequena mudança nos horários dele por minha causa. Ele diz que precisa me acompanhar para ir pra casa, mas… — insinuou que diria algo, entretanto se interrompeu. — É, tipo isso. — sorriu mais uma vez. — Preciso ir, até depois.

Não tardou muito e Youngjae sumira do meu campo de visão, o que me deu a liberdade de respirar fundo e conter a felicidade presente em meu interior. Eu finalmente teria um contato com aquele rapaz que eu tanto contemplava.

Contudo, quando retornei à casa naquele e dia e deitei minha cabeça no travesseiro após uma refeição deliciosa, comecei repassar os acontecimentos do meu dia. E somente ali, eu me lembrei de Youngjae dizendo que “seria melhor assim”, desencadeando um momento de reflexão para tentar decifrá-lo. Mark era alguém comum, adorável, dono de um sorriso encantador, que frequentemente me desarmava facilmente, simplesmente não entendi o que quis dizer.


Notas Finais


peço desculpas por quaisquer erros!
Tenho apenas a base da história preparada, qualquer coisa adiciono gêneros, avisos, etc. E sim, eles estão como na imagem do capítulo. -q
Bom! Espero que eu mereça um agrado depois de tudo. Vocês gostaram?
Kô, que você tenha gostado muito! Não sei se foi uma surpresa, porém... Eu quis (muito) fazer de qualquer maneira.
Um grande obrigada pra @aestuantic que fez essa capa linda de bonita com todo carinho do mundo :(((( eu te amo amiga obrigada de verdade!!!!

Ah, caso queiram ler outras markson da minha autoria: https://www.spiritfanfiction.com/listas/-markson-3083563


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