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História Sweet Cody - Estranhamentos.


Escrita por: markie

Notas do Autor


Olá meus amores queridos! Demorei um pouco, porém eu CHEGUEI! Quando eu anunciei no capítulo passado que a reta final dessa fanfic estaria começando, eu havia uma ideia diferente da que acabei utilizando, e é por isso que Sweet Cody está marcada como terminada. Agradecimentos para a @Peronni por ter revisado rapidinho o capítulo pra mim. Deixaremos as considerações para o fim, então por ora eu desejo uma boa leitura e:

• deixo avisado que as partes em itálico são memórias! ♥


ALIÁS QUE SAUDADES DE VOCÊS PUTA QUE PARIU ME DESCULPEM PELA DEMORA DE VERDADE EU AMO VOCÊS

Capítulo 13 - Estranhamentos.


Fanfic / Fanfiction Sweet Cody - Estranhamentos.

Vagarosamente a visão de Mark focava-se naquele teto cujo já fora visto tantas outras vezes por seus olhos castanhos. Seu cenho franzia-se pela claridade que logo encontrava e acariciava seu corpo jazido naquele colchão tão macio. A forte preguiça que enchia seu ser não lhe convidava a sair da bagunça de seus cobertores tão cedo, o que terminava por veemente não ser.

Moveu-se calmamente, sentindo um aroma peculiar adentrar suas narinas e afetar todo o seu sistema, causando-lhe uma fome repentina e rapidamente insuportável. Gemeu preguiçoso, pondo-se sentado com toda sua lentidão.

Suspirou.

Em outros momentos um suspiro poderia vir de um sentimento maçante, como se tal indivíduo a exercê-lo estivesse extremamente farto de alguma persistência irritante, porém para Mark aquele suspiro não se encaixava em nenhuma das conotações citadas. O ato de inspirar e expirar foi como se lhe enchesse de espírito e emanasse um sentimento bom que prevalecesse nos ares, indo e voltando para dentro de seu peito. Fazia muito tempo que não se sentia daquele jeito. Talvez a última vez fora em sua época do colegial? Bom, de qualquer maneira, ele se sentia bem.

A tez à mostra lhe trazia lembranças, e desta vez não eram lembranças carregadas de culpa como uma outra vez. Recordar-se dos toques, dos beijos, e do prazer que usufruíra na noite anterior parecia tão certo que chegava a ser inacreditável.

Na realidade, em seu caso, era realmente inexplicável, afinal, costumava ser um babaca de carteirinha e naquele dia sua mente havia mudado tanto que não poderia acreditar que poderia nutrir uma personalidade tão ruim em seu âmago. No entanto, se fosse necessário começar pelo princípio, existia uma trajetória pela frente. O percurso pelo qual percorreu era muito maior em comparação ao que caminhava em direção ao seu banheiro. Vendo-se no espelho, sua imagem refletida no espelho carregava outra energia.


 

Ainda era tão novo sentir-se tão revigorado.


 

 

 

 

Seus passos eram silenciosos à medida que tocavam o gramado, tão silenciosos como o ar que os pairava, mas que em sua mente situava-se o imenso barulho. O carinho que o polegar do chinês fazia no seu era estranho quase lhe dava o desejo de afastar-se do mesmo para que não fosse tão afetado por um simples toque.

Só que diferente do que ele refletia e discutia consigo mesmo, a razão se resumia no mau costume. Mark não tinha mais hábito com aquela espécie de carícia e senti-la deixava-lhe estranho. Muito estranho. E não apenas daquele tipo de toque, ainda era estranho tudo a que se relacionava ao romantismo. Mas, ao fundo, gostava. Era apenas questão de tempo para que começasse a lidar com tudo melhor.

— Mark... Ei, Mark. – só então notou que Jackson lhe chamava. Olhou-o, deparando-se com as írises escuras e repletas de sentimentos. Era sempre assim, aqueles pares sempre aparentavam expressar alguma coisa, seja a mais boba de todas.

— Hum?

— Está tudo bem? Você me parece tão quieto. Quer conversar? – dessa maneira, o chinês cessou seus passos, fazendo consequentemente Mark cessar também.

— Não... Não é nada... É só que... Eu estava pensando em como tudo ainda é estranho para mim.

O mais jovem procurou ao seu redor, encontrando logo uma árvore mais próxima de onde estavam. Levou Mark pela mão até ela e, encostando-se no tronco, deixou que o outro ficasse à vontade em sua frente.

— O que ainda é estranho? – Jackson indagou, e por mais que aquele assunto fosse um tanto delicado e lhe deixasse um tanto inseguro, precisava saber das coisas que se passavam na cabeça do americano.

— … Andar de mãos dadas... Ter essas coisas de casais. – respondeu risonho, meio confuso, sem graça de confessar aquilo.

Suas mãos ainda eram seguradas pelas mãos do chinês, as quais em pouquíssimo tempo foram aproximadas os lábios do mesmo, cujo beijou cada nó dos dedos, dando ênfase ao o que Mark achava “estranho”. Jackson olhou dentro dos olhos do mais velho à medida de cada beijo, e notou algo diferente:

Os olhos de Mark estavam mais expressivos.

Quer dizer, não era igual a tempos atrás onde não tinha o poder de decifrar o que quer se estava sendo transmitido dentro de suas íris bonitas. Naquele instante em específico, focando-se bem, via o quão aqueles tipos de toques reviravam o interior do outro. Notava a maneira que ele fixava no selar suave, como se quisesse armazenar a cena para rememorar antes de dormir.

E Jackson gostou de perceber aquilo. Afinal, não faziam-se nem três semanas completas que resolveram recomeçar a história de ambos, e já conseguia resultados positivos. O Wang às vezes pensava que tudo o que Mark precisava para expressar seus sentimentos fosse aquela tranquilidade e aquela confiança que transpassava pelo olhar.

Pensava que às vezes, tudo o que Mark precisasse, fosse alguém que olhasse em seus olhos e conseguisse entender o que eles diziam.


 

 

 

 

O banho que tomara fora ligeiro, assim como todas as suas higienes matinais. A fome que inicialmente sentia apenas apertou-se ainda mais, e mal podia esperar para saborear seja lá o que o chinês fazia em sua cozinha.

Assim que aproximou-se do cômodo com seus pés descalços, seus tímpanos captavam a música coreana que Jackson ouvia à medida que lavava algumas louças que foram deixadas espalhadas pela pia na noite anterior. Trajava apenas uma bermuda, e seus fios já escurecidos situavam gentilmente bagunçados.

Em pouco tempo fora percebido, e num tempo ainda menor fora agraciado com um selar rápido dos lábios do mais jovem. Cumprimentaram-se com “bom dia”, e imediatamente o chinês começou a proferir o que havia feito de café, e que em algumas horas teria que partir para resolver um trabalho da faculdade. Jackson havia iniciado Publicidade e Propaganda seis meses atrás, e mesmo que estivesse indiscutivelmente feliz com a escolha, vivia louco para lá e para cá com seus estudos.

E isso, de alguma forma, deixava Mark num misto de felicidade e apreensão. Só queria que ele lidasse bem com tudo o que precisasse. Era obrigado a lidar com a falta de atenção em alguns momentos, pois o Wang sempre justificava que sua presença lhe tirava a atenção de alguma maneira. Era cômico ao americano, mas respeitava-o. Jackson ainda era novo e desejava-lhe um futuro promissor.

— Você dormiu bem? - Jackson quem quebrou o silêncio momentâneo.

— Sim... Eu dormi muito bem. E você?

— Também.

O moreno mais novo ainda estava organizando as louças na pia e Mark situava-se sentado à mesa. Fitava-o, e de repente viu que nunca se imaginaria naquelas situações. Sentiu um enorme sentimento de... Gratidão.

— Sabe Jackie... Eu... Obrigado. Quer dizer, você fez tanto por mim sem esperar nada em troca, foi a coisa mais especial que alguém fez por mim.

Proferindo aquelas palavras, ganhando a atenção do chinês, riu leve da expressão surpresa dele, mas apreciou o sorriso bonito. Jackson veio até ele e roubou-lhe os lábios num beijo breve, mas que continha inúmeros sentimentos misturados.

— Se fosse pra ter você assim, tão pertinho de mim, eu faria tudo de novo.


 

 

Fazia exatos doze dias pelos quais vivia sem visualizar a silhueta de Jackson pessoalmente, da mesma maneira que via antes. Quer dizer, deveria desconfiar que ele estava com algum problema, mas não pensou que aquela tosse poderia tornar-se alguma pneumonia.

Àquela altura já se passara basicamente dois meses que haviam recomeçado, e as coisas finalmente estavam entrando num consenso. Mark estava aceitando veemente tudo o que gostava em Jackson, sem ficar questionando-se várias e várias vezes. Já habituou-se com o gosto que tinha pela risada e pelo sorriso sincero do chinês. E, destes mesmos, sentia saudade.

Desde que o Wang ficara doente, visitava-o e encontrava-o de cama com medicamentos em seu criado-mudo. Mark notou que era tão apegado ao Jackson-animado que vê-lo fracassando na tentativa de portar-se na mesma pessoa naquela cama doía-lhe um pouco.

A preocupação que invadiu seu interior foi o estopim para que admitisse para si mesmo que gostava daquele rapaz.

— Eu já me sinto melhor, poxa. Você não precisa fazer essa cara. – era o que o loiro dizia, e Mark era ciente do fato. Mas era como se faltasse alguma coisa, e ele não sabia o que.

— Eu sei disso... Só... Quero te ver bem de novo. Você deveria ter o costume de levar um guarda-chuva com você ou me ligar. Eu não pensei que você estaria nas ruas naquelas horas.

— Você já me deu esse sermãozinho antes e as coisas já aconteceram. Desculpe por não ter feito nada disso, já estou arcando com as minhas consequências... – ele respondeu num tom tedioso, o que fez Mark soltar um riso soprado pela feição emburrada que aos poucos tomava a face do mais novo.

Aquela mesma feição que lhe trouxe o desejo súbito de beijar seus lábios, fazendo-o em questão de segundos. Mark podia não estar precisamente ciente, mas seu âmago reconhecia o quão sentia-se bem por tê-lo por perto.

O coração de Mark já era do Wang.

 

 

 


 

— Eu tenho uma novidade. – foi o americano, de fios escuros, que disse depois de um intervalo de silêncio para que saboreassem o café da manhã. Sua fala captou a atenção de Jackson, que olhou-o interessado e curioso. — Eu recebi uma promoção no trabalho... Agora eu sou um Supervisor.

E como de praxe, os olhos do rapaz mais novo pareceram que saltariam ao mesmo tempo que brilharam como a estrela mais brilhante do céu. Esperou pelo abraço e pelos parabéns, o qual lhe possibilitou sentir o aroma natural do namorado. O perfume que impregnava a pele macia de Jackson acabou virando sua fragrância favorita, e lembrava-se com exatidão do instante em que isso aconteceu.

Pelo que se habitava em sua mente, aconteceu numa noite chuvosa onde estava a dormir com Jackson. Foi ainda quando estava se acostumando com a ideia de fixar-se a um garoto só, e havia sido inexplicavelmente confuso. Quer dizer, naquela época não compreendia bem seus sentimentos, e perceber que poderia sentir o cheiro de Jackson inúmeras vezes sem se cansar assustou-o um pouco.

Contudo, atualmente sequer refletia sobre sentir o cheiro dele ou não. Simplesmente sentia, e apreciava-o.

— Eu fico muito feliz por você, Mark. Sério, eu nem sei o que falar direito.

— Você já disse o suficiente, Jackie. Obrigado pelos parabéns. – respondia bem-humorado, separando-se do outro. Eles se olharam por alguns segundos, ambos com uma expressão feliz demais, para que assim se beijassem brevemente e permanecessem abraços novamente.

Pareciam que encontraram o equilíbrio de toda a bagunça que tiveram anos atrás. Não aparentava nem ter lógica estarem naquela relação levando em consideração toda a fase conturbada que tiveram anteriormente. E Jackson recordava-se de como fora complicado chegar até ali, mas lembrava-se principalmente da razão que iniciou toda sua estória: um simples cheesecake de frutas vermelhas sempre seria guardado em sua memória.

O Tuan que os olhos de Jackson fitavam naquele instante era muito distinto ao que convivera, felizmente. Se sentiria alguém inútil caso não tivesse conseguido transformar a vida dele para melhor, até porque nunca poderia imaginar que passaria por tudo que passou apenas por visualizá-lo como um atendente numa cafeteria. Chegou à conclusão que a princípio Mark era como um código que quem quer que fosse o interessado teria que decifrá-lo. Ficava feliz em ser esse tal interessado.

No começo não lhe era possível entendê-lo, mas dando tempo ao tempo descobrira uma área bastante isolada, cuja era bonita e esquecida dentro dele. Jackson, gradativamente, trouxe aquele lado bom de Mark e o fez mudar, fazendo-o, mesmo com todas as dificuldades, ver que ele poderia ser feliz e que não precisava ter um caso em cada final de semana para se livrar de uma solidão tola ou dar-lhe diversão. E, ainda tempo ao tempo, obteve o apego de Mark, sendo a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido. Viu que poderia confiar nele novamente, embora o processo para que isso acontecesse fora demasiado demorado.


 

 

A neve caía constantemente naquela tarde e Mark, à procura de um emprego, encolhia-se dentre seu casaco grosso. Já tinha um tempo que não nevava daquele jeito em Seul, e o mais correto seria que estivesse em sua casa debaixo de cobertores quentinhos e acompanhado de alguma bebida quente.

Porém, não, ainda não lhe era possível realizar esse desejo. Precisava arrumar algum trabalho urgentemente, e determinou que não desistiria tão fácil. Portanto, caminhava nas lojas, e até mesmo encontrou Kunpimook junto de outro rapaz mais alto e esguio sem querer em uma delas. Os dois aparentavam estarem felizes, as mãos dadas simbolizavam alguma coisa, e vendo daquele ponto de vista, um namoro não soava tão ruim assim.

Já sabia que gostava do Wang e que basicamente eles estavam juntos, mas nenhum dos dois havia feito um pedido para oficializar a relação. Foi dentre esses pensamentos que pôde perceber que havia conseguido a confiança do mais novo. Teoricamente ele poderia ficar com outra pessoa e justificar que eles não tinham nada, e Jackson parecia não expressar essa desconfiança, esse receio.

Tal fato deixou o americano feliz. Porém em partes, pois afinal... Seria daquele jeito a relação de ambos? Subitamente começou a se perguntar sobre o que passava na cabeça loira daquele homem...

Entretanto, sua reflexão acabou não durando tanto assim. Seus olhos focaram-se num boné pelo qual achou que combinaria totalmente com o outo. Ultimamente o loiro estava a usar bonés, e achou válido comprá-lo. Quer dizer, o final de ano estava próximo mesmo, por que não realizar algum ato bom e que deixaria Jackson possivelmente feliz?

Assim que obteve o acessório, imaginou como é que chegaria no chinês para lhe entregar. Na verdade, tudo aconteceu por impulso e agora pensava como seria fazer aquilo. Já fazia muito tempo desde que deu um presente para alguém.

No entanto, quando teve o prazer da presença do loiro e entregou-lhe sem graça, sentiu-se realizado por fitar uma reação tão boa. E Jackson combinava com bonés. Sorriu para ele assim como ele sorriu para si, sentindo seu estômago gelar com as palavras seguintes do mais jovem. Era como se ele tivesse lido seus pensamentos de mais cedo.

— Eu também tenho algo para você... – dessa forma, certificando-se de pegar um objeto em mãos, continuou. O coração de Mark àquela altura disparava feito louco. — Como eu consegui encontrar confiança dentro de você e estamos indo tão bem, eu só queria que isso se tornasse algo mais sério. – a voz meio trêmula denunciava o nervosismo que ele sentia, mas não era como se Mark pudesse zoa-lo; estava em mesmas situações. — Por isso... Você... Aceita namorar comigo?

Logo, sem palavras Mark ficou. Ele havia comprado anéis de compromisso e estava ali, pedindo-lhe em namoro. O de fios rubros não imaginava que aquilo aconteceria exatamente naquele dia, um dia tão gelado. Porém, apesar de gelado, dentro de casa estava aconchegante, igual ao seu peito agora com todo o calor que sentimentos fortes transmitiam. Era estranho, bizarro, mas bom. Estava aceitando sentir todas as aquelas coisas e agora prestes a namorar...

— Isso é um... Não? – o Wang voltou a dizer, já mudando seu tom de voz. Só então se tocou de que não havia dito nada.

— Não...

— Não?

— Sim.

— Sim?

— Não. Espera, isso não foi um não! – suspirou, por fim, numa tentativa tola de acalmar-se. — Eu... Eu aceito... Namorar com você.

 

Assim, o abraço caloroso que recebeu entre sorrisos foi a coisa mais necessária para que tudo ficasse perfeito. Os corações batiam forte, sintonizados. O vínculo já estava seguramente forte.

 

 


 

 

— Você quer que eu te deixe na casa de seu amigo? – o americano indagava à medida que degustava uma pequena porção de gelatina e observava o moreno arrumar-se para sair, oscilando a atenção para o celular também.

— Eu agradeceria. Só vou pegar alguns materiais e podemos ir.

Não tardou tanto, e logo ambos estavam nas ruas. Com um bom trânsito, rapidamente chegaram na residência do amigo de Jackson, cujo o nome, se não se enganasse, era Namjoon. Desejou-lhe juízo e despediram-se com um beijo breve nos lábios, e então, o Tuan deparou-se com o tédio e a solidão outra vez.

Era nesses momentos que via o quão apegado estava, pois apenas por imaginar que não lhe veria o resto do dia, a saudade batia em sua porta. Na verdade, ele até mesmo tinha outras amizades pelas quais poderia se divertir saindo para simples lugares, mas naquele em específico estava preferindo ficar em casa. Pediu para que Jackson lhe avisasse assim que terminado, porque o buscaria novamente.

E, em minutos, já estava deitado em sua cama novamente. Era um domingo bonito, mas sem muitos benefícios e utilidades para si. Pensou em assistir séries, ler alguma coisa, mas acabou desistindo de todas as ideias. Fechara então os seus olhos e suspirava fundo. Lembrou-se de alguém. Caçou seu aparelho celular, recebendo uma chamava assim que desbloqueou a tela. Era da mesma pessoa que discaria.

— Ei, primo. Estava pensando em você nesse exato momento. – pausou. — Era porque eu percebi que esqueci de fazer uma coisa.

— Que coisa seria essa? – o outro perguntou.

— Te agradecer por tudo que fez por mim.

Mark não podia ver, mas imaginava como o coreano reagira à sua fala. Seu primo deveria estar estático, mas feliz; quem sabe até mesmo sorrindo?

— Você não precisa agradecer por isso, seu idiota. – um riso soou. — Fico feliz que você amadureceu nesse tempo todo e que agora esteja com uma vida decente. É uma das coisas que me deixa mais feliz.

— Agora eu vejo que nem sempre o que os olhos veem é a verdade. Meu mundo antigamente parecia perfeito, mas, na verdade, eu nem vivendo estava. Apenas existia e achava isso um máximo. Eu definitivamente era um otário, e agradeço mais ainda por não ter desistido de mim.

— Oras, Mark! Eu sou o seu primo, faço parte da sua família, e mesmo que seus pais não estejam mais presentes, eles devem se sentir orgulhosos de você nesse momento.

— Você tem razão. Acho que, apesar de todas as burradas, consertar e aceitar as coisas aos poucos não me trouxe malefícios. Finalmente abri meus olhos e vi que o que eu fazia antes era totalmente errado. Pergunto-me qual era o meu problema...

Youngjae riu um pouco.

— Essas coisas acontecem, Mark. Mas, o que acha de ir comer comigo? Jackson está com você agora?

— Comer? – mas eu acabei de tomar café, Mark pensou. — E não, Jackson tem trabalho da faculdade para fazer. Ah, e você? Não está com Jaebum hoje?

— Então se arrume porque vamos sair. E não, Jaebum teve que visitar um parente hoje com os pais dele. Acho que é algum problema de saúde, sabe?

— Oh... Entendo. Que tudo dê certo para ele. E, se me permite dizer, também não acreditava que você conseguiria namorar com ele. Quer dizer, não imaginava que você se ajeitaria com alguém enquanto eu estava tentando me ajeitar também. Acabou parecendo meio aleatório.

— Sim... Realmente foi bem repentino, mas eu fico feliz por isso. Eu sinto que... Não quero largá-lo nunca. – uma pausa foi data, enquanto inclusive Mark soltara um som de que estava o ouvindo. — Mas, deixando isso de lado, vá se trocar e vamos comer! Eu estou morto de fome. Passo na sua casa em dez minutos.

— Ok, ok... Até daqui a pouco.

Daquele jeito, o próprio não teve outra saída senão aceitar. Teve que sair em busca de alguma roupa e então, rever o rapaz que há um tempo não via. No fim, realmente devia uma boa tarde de toda sua felicidade atual para Youngjae. Com ele e com todos que lhe ajudaram, pôde colocar em sua mente que as coisas poderiam ser diferentes e após inúmeras discussões e decepções, a vida que levava agora era estranhamente boa. Aprendeu a se controlar quando o assunto era bebida alcoólica, e acabou deixando de lado toda a estória de que lá tenha lhe drogado naquela boate. Sequer a frequentava mais, pois a diversão que Jackson lhe dava não estava em nenhum outro lugar.

Mark viu que detalhes miúdos acabavam contendo significados grandiosos, e que ainda existiam pessoas boas que se importavam verdadeiramente consigo. Desde que colocara em sua mente que trataria os outros com mais atenção, que os trataria da mesma forma que lhe tratavam, não tivera arrependimentos. Podia dizer que estava verdadeiramente bem consigo mesmo.

E isso tudo, claro, por causa de um tímido garoto em busca de um cappuccino e uma fatia generosa de cheesecake de frutas vermelhas numa simples tarde de outono.


Notas Finais


Mesmo com todas as coisas que aconteceram comigo durante essa história, posso dizer que vou levar ela no meu coraçãozinho com todo carinho. Consegui basicamente atingir meu objetivo com ela, e espero firmemente que eu não tenha decepcionado ninguém, já pedindo desculpas caso isso tenha acontecido. Foi mais de um ano com ela em andamento e apesar de toda a demora que eu tive, houve um seguimento certinho como eu queria. Queria, mas não queria terminar essa markson, mesmo já terminando </3
Novamente: eu espero que não tenha decepcionado ninguém.
E obrigada por todo o apoio, e agradeço as migas que me ajudaram ao longo do enredo, um beijo para vocês. KÔ, minha amora, finalmente um presente de mais de um ano terminado, mas você me entende né? :') ♥ OBRIGADA AOS FAVORITOS GENTE DO CÉU AAAAAA obrigada mesmo eu nem sei o que dizer
Mas, bom, se cuidem pimpolhos! Que markson esteja conosco, um enorme abraço em cada um de vocês e muitíssimo obrigada mais uma vez! <3


Caso sintam interesse, tem mais markson por aqui: https://www.spiritfanfiction.com/listas/marksons-by-me-3083563


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