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História Sweet Cody - Inexplicáveis olhos de ressaca.


Escrita por: markie

Notas do Autor


Olha quem está de volta! ♥

Bom, só queria deixar avisado que o capítulo é algo bem chatinho, sem muita coisa acontecendo, mas ele era necessário para o progredir da estória. Agora eles estão com os visuais como a imagem do capítulo mostra. Espero que vocês gostem!

Boa leitura!

Capítulo 7 - Inexplicáveis olhos de ressaca.


Fanfic / Fanfiction Sweet Cody - Inexplicáveis olhos de ressaca.

O pingente perolado movia-se para os lados à suas vistas enquanto sua mente vagava nos últimos acontecimentos de sua vida. Era estranho e novo sentir aquele vazio tão vasto; ao mesmo tempo que era um sentimento pelo qual não deveria sentir, afinal não tinha sequer convivido muito tempo para poder sentir aquela saudade do Tuan. Talvez fosse apenas seu coração apaixonado que trazia aquelas sensações.

Após ter ficado em torno de dez minutos deitado em sua cama, resolveu levantar. Pousou o objeto dentro da gaveta de seu criado e espreguiçou-se já de pé. O suspiro que escapou de seus lábios expressava um tipo de força para poder iniciar seu dia. Encaminhou-se até o banheiro, lá ajeitando seus fios atualmente platinados, enxergando-se bonito em frente ao espelho. Realizou suas higienes matinais, para então encontrar seus pais na cozinha. O cheiro do amanhecer violava seus sentidos de uma maneira deliciosa.

Cumprimentou os mais velhos desejando um “bom dia”, acomodando-se na cadeira, à medida que sua mãe terminava de arrumar a mesa para o café. Seu pai já se encontrava arrumado para o trabalho, enquanto a mulher da casa tinha por feito apenas suas roupas. Jackson saía um tempo depois que eles, portanto não precisava se arrumar em plenas sete e meia da manhã.

— Teve uma boa noite de sono, filho? Seu rosto está com uma aparência um pouco cansada. – O homem de cabelos castanhos comentou enquanto levava uma torrada à boca.

Jackson apenas balançou a cabeça positivamente, indicando que tudo estava bem, acrescentando que não deveriam se preocupar. Ele tivera uma boa noite de sono apesar de acordar algumas vezes por motivos desconhecidos.

— Youngjae não falou mais com você? – Agora a mulher começara, e mesmo que não especificasse do que estava falando, o platinado reconhecia o assunto.

— Eu acho que ele estará em casa essa semana já.

— Que bom, depois de todo esse tempo ele gostará de ver você de novo.

— Você acha? Acho bem mais fácil ele ter me esquecido do que qualquer outra coisa. E, por algum motivo, sinto que ele não se sentirá feliz em me ver. — Confessou sincero, preparando seu próprio café, logo ingerindo o pão de forma abastecido de geleia.

— Por que acha isso? — Foi a vez do mais velho proferir, bebendo em seguida o suco natural de maçã.

— Só acho.

Isso ligeiramente finalizou o assunto da mesa, porém em questão de segundos seus pais começaram a falar de algo que acabou não entendendo nada. Deveria não lhe incluir.

Terminou a primeira refeição com calma, essa que sua mãe acabou não sentindo por notar que estava ficando atrasada. Seu pai despediu-se depressa, desejando um bom dia para a esposa e filho, assim não tardando muito para que Jackson estivesse sozinho. Como já estava acostumado com o fato, apenas deu mais um suspiro, tendo como objetivo arrumar alguma roupa para trabalhar.

Enquanto o fazia, não pôde evitar aquele nervosismo característico por se imaginar encontrando com o mais velho. Foram longos dezoito meses que se viu longe daquela presença, e mesmo que imaginasse que se acostumaria com a ausência da mesma, foi completamente enganado. Não sofria chorando como nos filmes românticos que as meninas gostavam, mas o inevitável era sentir-se meio incompleto.

Àquela altura ele já havia completado o colégio, e trabalhava numa loja de movimento agradável na cidade. A clientela era sempre simpática, mas notava que tinha uma certa popularidade com as garotas, que sempre cochichavam enquanto saíam da loja. Jackson estranhava isso, pois nos dias que passava na escola não era desse jeito. Ou, pelo menos, nunca percebeu.

Rapidamente tinha as vestimentas sobre a cama e pôs-se sob o chuveiro para então tomar um banho. Sentia que aquele dia seria longo, assim já fora se preparando psicologicamente para qualquer coisa que acontecesse. Quando saiu cheiroso do cômodo, avistou o celular vibrando acima do criado, apressando-se para pegá-lo. Era JaeBum lhe ligando.

— Está acordado tão cedo, caiu da cama? – Jackson brincou como sempre fez, já imaginando a cara de tédio do melhor amigo.

Há-há-há, como você está engraçado tão cedo, Jack. Bom dia. – O loiro retribuiu o cumprimento em seguida. — Queria apenas confirmar se é hoje que fica pouco no trabalho, sabe, eu queria que nós saíssemos juntos.

— Saíssemos juntos? Para onde? – Começou passar suavemente a toalha felpuda sobre os fios claros.

O pessoal estava marcando de irem para um karaokê, mas eu não estava muito a fim de sugerir isso porque sei que vai me dizer algo como “eu não quero mais ver aquelas caras de tacho que vi por três fucking anos”, “eu não gosto dessas coisas, Jae…” etc, etc, então deixarei que você escolha o lugar.

Aquilo não era uma surpresa para o chinês, Jaebum sempre fez o mais preocupado com aquelas coisas de sair. Para Jackson, uma simples visita em casa já estava valendo por tudo, mas acataria o pedido do amigo.

— Podemos ir almoçar juntos, se você quiser. Eu saio perto desse horário hoje.

Nós podemos ir naquele restaurante novo que inaugurou, né? — Empolgou-se ao dizer, e rapidamente o encontro estava marcado.

— Tudo certo, apareça por volta das 13, ok?

Assim que o celular foi desligado, o garoto terminou de secar o cabelo e seu corpo para trajar as roupas que escolheu. A simples calça jeans, uma camisa e seus calçados costumeiros estariam de bom tamanho. Saiu de casa por volta das oito e quinze, sendo saudado pelos raios solares que gradativamente pareciam ter mais força. Pelo o que ouviu da previsão, a sexta-feira seria ensolarado, e mesmo que não tivesse nada contra àquele tipo de clima, já sentia saudade do seu amado outono.

No caminho se viu ligeiramente perdido em pensamentos, os quais em algum momento específico sempre chegavam ao Mark Tuan. Houve certa fase da sua vida que tentou deixar o acastanhado para trás, e até mesmo arriscou conhecer outro alguém, porém era o objetivo de conquistar Mark que não havia sido completado. O desejo de tê-lo ainda era presente fixamente em seu âmago.

Definitivamente as coisas seriam diferentes dali para frente.

×

Quando saiu do serviço Jaebum já estava à sua espera, escorado próximo ao local que trabalhava. O menino mais velho atualmente encontrava-se livre de quaisquer responsabilidades, mas arduamente procurava um emprego que lhe fosse consideravelmente bom. Ele, por mais festivo e brincalhão que fosse desde sempre, pesquisava e refletia sobre o seu futuro pois é nele que existiria. Jackson poderia dizer que ele era até mesmo mais preocupado do que si mesmo.

Cumprimentaram-se ambos, não tardando para que começassem a caminhar pelas calçadas aquecidas pelos raios solares. O loiro comentava sobre o dia, cujo fora mais produtivo do que outros. Já o de fios escuros assentia, porém começava a vagar por outros assuntos que tomaram o percurso até o restaurante.

A movimentação por ali era mais que agradável; poucas mesas estavam vazias. Apressaram-se em reservar uma, rapidamente sendo lhes oferecido o cardápio. Escolheram suas refeições e após se situarem devidamente, suspiraram antes de comer.

— Fazia tempo que nós não fazíamos isso, né? – Jackson comentou antes de degustar de um pedaço de carne.

— Por isso mesmo queria sair, eu estava sentindo falta de conversar com você. Você só tem ficado trabalhando e na sua casa, depois da escola nos distanciamos muito.

— Desculpe, eu tenho ficado cansado e um pouco desanimado para ficar saindo de casa assim…

— Isso já chegou me chatear algumas vezes porque parecia que apenas eu era interessado em ver você, mas eu também não ligava muito porque é o seu jeito. Você é o contrário de mim. – Jackson foi escutando tudo enquanto mexia em sua refeição, pensativo sobre o que responder. Não imaginava que Jaebum ficaria mesmo chateado por não sentir ânimo em sair com ele algumas vezes. Isso tudo era porque não queria compartilhar sua companhia quando não estava nos melhores momentos.

— É que eu acho que eu devo te ver quando vou dar uma atenção legal, desculpe-me por tudo isso, eu vou tentar sair com você mais vezes. – Olhou-o, dando um sorriso de canto.

— Desde que não se sinta forçado a fazer, tudo bem. Nós poderíamos começar marcando de ir no cinema, está para estrear filmes ótimos, você tem acompanhado?

E esse foi o ponto onde começaram a discutir sobre diversos filmes de gêneros distintos. Ambos continham um gosto meio diferente sobre aquelas obras cinematográficas, então constantemente entravam em contradição. Isso tomou a parte daquele almoço inteiro, com direito a risadas e tentativas para controlar o volume de voz, que em vezes aumentava por querer impor algo melhor que outro.

Assim que terminaram de comer, permaneceram um pouco na mesa deglutindo o restante de refrigerante presente em seus copos. E neste tempo, o celular de Jackson vibrou com a mensagem que Youngjae havia enviado.

"Jackson, tentei enviar essa mensagem mais cedo, porém apenas agora tive tempo. Ele já está comigo, mas vamos comer alguma coisa primeiro e depois marcamos de nos encontrar, você deve estar sentindo falta dele. E olha… Muita coisa mudou. Até daqui a pouco!"

O que poderia ter mudado? E isso para melhor, não era? O coração de Jackson inflou apenas por saber que o veria ainda hoje.

— Ih… Eu conheço esse sorriso idiota. – Jaebum disse num tom brincalhão, sendo retribuído por um “cale a boca” em seguida. — Ele voltou?

Jackson, ao tentar conter-se naquele lugar, apenas limitou-se em balançar a cabeça positivamente. Como já esperava aquelas provocações costumeiras do melhor amigo, ouviu-as sem se incomodar. Aliás, nunca de certo se incomodou com aquilo.

Entretanto, algo que nunca esperaria era encontrar aquelas duas presenças no mesmo recinto que ele.

Sua reação foi imediatamente tocar a mão do amigo, dando-lhe batidinhas, indicando-o de maneira afobada a olhar para trás. Naquele instante assemelhou-se a uma garotinha vendo o seu crush todo lindo adentrar o mesmo ambiente que ela. Não que isso não fosse verdade.

— Jaebum, ele está aqui, cara. Puta merda, puta merda, puta merda. – Foi falando baixinho e depressa demais para entender-se perfeitamente. — Jaebum, eles estão vindo, puta merda.

— Veja só, se eu não te encontro aqui. – A voz de Youngjae soou, e só assim Jackson conteve todo o seu nervosismo para aparentar normalizado na frente de ambos. — Por que não me disse que estava já fora do trabalho?

A cabeça do loiro estava com dificuldades em focar no que o coreano dizia quando Mark estava ali, tão e tão diferente. A coloração de seu cabelo, o corte do mesmo, sua fisionomia; ele, aparentemente, havia amadurecido um bocado.

— Você não me perguntou nada, e também nem deu tempo para fazer alguma coisa. Você me mandou a mensagem não fazem nem três minutos.

Era naquele momento que Jaebum somente prestava atenção na conversa dos dois, observando o garotinho coreano mais novo. Ele não tinha mudado tanto, somente havia tingido seu cabelo num tom de castanho e cortado um pouco dos fios, deixando os da franja um pouco para o lado. Ele havia crescido. Alguns segundos depois recebeu o olhar de sua atenção, para então o cumprimentar e sorrir leve para o mesmo.

Enquanto cumprimentava o Choi, não podia evitar de sentir o olhar do suposto Mark sobre si. Por isso, encarou-o em certo momento, tentando encontrar algum significado para aquela fixação, mas a expressão do de cabelos avermelhados não demonstrava nenhum sentimento claro.

Youngjae conseguiu permissão para juntar uma das mesas àquela que Jackson e Jaebum estavam, e ligeiramente se sentaram; Jackson e Youngjae de um lado, Mark e Jaebum do outro.

O loiro ainda se encontrava um pouco sem jeito, surpreso na verdade, por estar na presença do rapaz que disparava seu coração. Queria fazer tudo, ao mesmo tempo que não conseguia fazer nada. Indagou-lhe então sobre seu estado, notando que seu tom de voz parecia ainda mais bonito, e que ele havia voltado a ser aquele ser que lhe encontrou no shopping. O sorriso dele estava presente.

Mark socializou na mesa normalmente, mas sentia-se levemente incomodado com o indivíduo ao seu lado. Para ser sincero, talvez se sentisse um pouco inquieto por encontrar Jackson e este estar com outro garoto em um almoço, mesmo sabendo que aquele era seu amigo de colegial. Será que o, atualmente loiro, teria seguido sua vida amorosamente? Se fosse isso, estaria com problemas.

Youngjae e Mark não gastaram muito tempo para satisfazerem seus estômagos e logo os quatro dispuseram-se a conversarem sobre assuntos que diziam respeito ao passado. Não souberam bem como chegaram a esse ponto, mas foram até que Jaebum saísse apressado após visualizar seu celular, alegando ser urgente, e pouco tempo depois Youngjae seguir sua atitude, proferindo uma desculpa cuja não convenceu Mark, por mais que não expressasse o fato.

Dessa forma, os dois rapazes tão distintos ao longo dos anos ficaram sozinhos, e Jackson tentava encontrar em algo para dialogar.

— Esses dois foram estranhos ao saírem desse jeito. – O de cabelos mais avermelhados opinou, cruzando os braços acima da mesa. — Não acha?

Aquilo acionou a alavanca existente no cérebro do mais novo e por um momento o mesmo cogitou na ideia de que ambos armaram algo, porém dissipou a mesma, julgando-a incoerente.

— Sei lá, acho que não. Mesmo que Jaebum tenha me convidado para almoçar, pode ter acontecido alguma coisa. Depois eu converso com ele.

Mark mordeu seu lábio inferior.

— Entendi. – Soltou num suspiro. — Deixaram a conta para nós, isso sim. – Riu após, completando. — Vamos para outro lugar. Queria voltar a falar com você do jeito que falamos no primeiro dia que nos encontramos, e agora caminhar por um caminho diferente, sem drogas e sem bebidas. – Desabafou seus anseios com sinceridade, simplesmente, dos quais foram acatados pelo loiro.

Dentre determinado tempo, ambos se localizavam do lado de fora do estabelecimento.

×

À medida que Jackson caminhava ao lado de Mark, sentia uma vontade de fazê-lo sorrir sempre que possível, pois o sorriso dele era demasiadamente acolhedor e contagiante. Os dentinhos brancos formavam um riso tão lindo que Jackson não conseguia descrever. E, por mais que o ruivo esbanjasse sua carreira de dentes naturalmente, o loiro indagava-se se aquilo era uma forma de disfarçar o que ele realmente sentia. Porque Jackson não sabia como era o tratamento dentro de uma clínica e não sabia se a mesma era fonte de traumas, ou algo semelhante.

Apenas estava um pouco preocupado com a pessoa que fazia-lhe bem.

— Você ainda tem o pingente que eu te dei? – A pergunta surgiu aleatoriamente enquanto ambos caminhavam pelas calçadas. O destino ainda estava mais ou menos indefinido.

— Tenho, claro que sim. Por que eu não teria?

— Porque talvez o ache infantil demais?

— Pois está enganado. – Na realidade, o simples fato de ter sido dado por Mark já contava para não o jogar fora ou perdê-lo. O mais velho sorriu e cessou seus passos, notando a proximidade de sua residência.

— Quer ir lá para casa? – As sobrancelhas do menor se franziram, pois não constatava nenhum apartamento pelos arredores. Lembrou-se então a casa onde os pais dele moraram, e instantaneamente expressou-se facialmente. — É, na antiga casa dos meus pais. Não acho que Youngjae tenha vindo para cá e mesmo se tivesse, não teria problema nenhum. Acho que seria bom te mostrar o lugar.

— Mark... Você sabe que não precisa cutucar a ferida, né?

O americano voltou seus orbes aos de seu semelhante, balançando a cabeça positivamente depois de segundos.

— Sei, mas está tudo bem. – Sorriu confortante ao outro, determinado a também enfrentar o que vinha evitando por um longo tempo. Sempre negligenciou a antiga casa por predominar inúmeras lembranças. Não gostava muito da atmosfera nostálgica que lhe envolvia.

O americano guiou o outro até o lugar de interesse, pegando em seu bolso um pequeno molho de chaves da qual continha a da casa. A fragrância que lhes acometeu fora característica, mas não condizia com o estado do ambiente, por sua vez, bagunçado.

— Tsc, esse Youngjae nunca muda. Olha o estado disso. - Mark comentava, e Jackson apenas passava os olhos pelo âmbito, conhecendo-o.

— A casa é bonita, Mark.

O ruivo sorriu leve.

— É sim, tirando essas roupas espalhadas. — Deixou seu peso cair pelo sofá, descansando da caminhada sob o sol quente. — Aqui é um bom lugar.

Jackson, por mais que tivesse amadurecido e crescido, não tivera muitas mudanças em sua personalidade. Ainda continuava o mais tímido, o mais quieto, aquele que acabava preso em seus pensamentos.

Olhando o de fios tingidos, fitava-o fixo em um ponto. Ponto pelo qual dizia respeito àquela coisa de medição quando se é criança. Tomou liberdade em sentar-se ao seu lado e tocar-lhe a coxa como um carinho, ganhando o olhar alheio sobre o seu. O sorriso de canto brotou em seu semblante e admirou por um instante os orbes do mesmo, rapidamente sentindo seu coração disparado pelos atos.

É, nada havia mudado naquele quesito. Permanecia apaixonado pelo americano.

— Deixa eu te apresentar a casa.

Mark havia se erguido e estendido a mão para o loiro, para que ambos caminhassem pelo ambiente. Assim os dois dirigiam-se à cozinha, quartos, e até mesmo a um pequeno jardim que existia no fundo da casa, e em todos os ambientes Mark proferia alguns comentários sobre algum acontecimento passado. Não achava que estava cutucando a ferida, mas sim não deixando seus pais inteiramente esquecidos, enaltecendo-os ao menos um pouco.

Quando terminaram de conversar sobre o âmbito e memórias ligadas ao mesmo, deixaram a casa por já estar num tempo considerável a Youngjae voltar. Mark perguntou ao chinês se o mesmo estaria ocupado durante o resto do dia, e recebeu uma resposta negativa. Ao mesmo tempo o celular de Jackson vibrou.

“Filho, eu e seu pai vamos acabar passando esta noite fora, você consegue se virar sozinho com o jantar?”

Devia ter se expressado facialmente novamente, pois Mark lançara-lhe um olhar interrogativo.

— Meus pais vão passar a noite fora. – Respondia enquanto digitava outra mensagem para sua genitora. Mark ficou um tempo quieto, como se pensasse em algo.

— E eu aqui pensando em como te pedir uma coisa dessas. – Acabou dizendo por fim, com um sorriso indecifrável. — Digo, eu não sabia direito em como pedir para passar a noite comigo. É que eu queria desabafar umas coisas com você e..... Ficar um pouco com você também, sabe. Foram muitas coisas, pouco tempo, nós nem ficamos direito.

Jackson achava aquela situação tão irreal que franziu suas sobrancelhas. Para falar a verdade pensava realmente que não ficaria mais com Mark depois de todo aquele tempo. Que apesar que o achasse indiscutivelmente bonito, que sentisse saudades de seus lábios e todas as sensações que lhe trazia, eles estivessem distantes demais para algo do gênero.

— Ficar comigo? – Repetiu atônito, na dúvida do sentido exato da palavra. O maior apenas assentiu com a cabeça. — Na minha casa?

— Jackson, entenda: eu só preciso de um lugar privado para poder beijar você. Estou pensando nisso o dia inteiro. – Foi direto, atingindo em cheio o âmago do mais novo.

E assim, por mais que sentisse seu coração agitado absurdamente e uma ansiedade gigantesca, calou-se diante o mais velho, pegando-o pela mão para a sua casa. Ele não era o único a desejar os lábios alheios. A desejá-lo por inteiro.

Naquele toque singelo onde tinha a mão alheia contra a sua, sentia-se bem; bem, pois Mark não demonstrava incômodo, mas sim um gosto pelo mesmo. Apertaram as mãos, para logo entrelaçar seus dedos, andando pelas calçadas. O coração de Jackson agitado dentro de seu peito lhe dava o sinal de que tudo apenas estava começando.


Notas Finais


Eu disse que seria uma coisa bem monótona, mas adoraria saber a opinião de vocês sobre tudo isso.

Um comentário sobre o título do capítulo: Peguei essa ideia de uma peça de teatro que fui assistir com a minha escola, onde os olhos de ressaca tendem a sempre puxar, atrair a pessoa amada como o próprio mar que sai puxando, arrastando o que tiver na maré. Não é confuso, certo? Eu achei esse ponto muito interessante e quis usar em alguma coisa, daí surgiu essa oportunidade, auhauha.

Bom, acho que era apenas isso.
Até o próximo capítulo! ♥


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