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História Sweet Creature - Capítulo dez


Escrita por: firejustinproof

Notas do Autor


caramba gente 1000 visualizações!!!!!!!!!!!!!!!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
FELIZ DIA DOS PAIS ATRASADO PRO JUSTIN DE SWEET CREATURE E PROS PAPAIS DE VOCÊS!
NEM VOU FALAR MT AQUI, MAS RECADINHO NAS NOTAS FINAIS!
BOA LEITURA, MI AMORES!
(AH, NÃO ESQUEÇAM DE FAVORITAR, QUE ME DEIXA MT FELIZ, E COMENTAR O QUE ACHARAM)
AMO VCS, SÉRIO!

Capítulo 10 - Capítulo dez


Tracie Riviera

— Você o que?!

Chelsea gritou, com sua feição mais chocada que existia, assim que terminei de contar tudo que tinha acontecido.

Justin havia me deixado em casa, todo o caminho até o prédio foi silencioso e, se tratando de nós, aquilo era normal. Eu não esperava sua mão em minha coxa, ou um beijo despedida. Juro que não. As coisas estavam "funcionando" do jeito que estávamos — eu, a mulher que apenas carregava o bebê, e ele, o pai e responsável do bebê — e uma simples transa não estragaria isso.

— Cherry, qual é, você gritando assim parece até um absurdo.

— E não é? — Ela arqueou suas sobrancelhas e cruzou seus braços — Tracie, o cara te humilhou e te acusou de ser uma mentirosa, e o que você faz? Simplesmente abre as pernas pra ele!

Chelsea tinha um super-protecionismo absurdo em cima de mim, às vezes até passava do limite, mas eu preferia não reclamar, afinal, graças a esse sentimento ela já havia tomado muitas dores minhas, inclusive com Sebastian, que foram em enormes quantidades.

— Eu sei, eu sei, mas...

— Sem "mas", Tracie! Você não deveria ter feito isso.

— Me desculpa, Cherry — Fiz biquinho, vendo-a revirar os olhos e esconder o sorriso. — Eu só sou uma grávida que não aguentou a pressão de ver o pai do bebê sem camisa, com todas aquelas tatuagens...

Ela gargalhou alto, jogando sua cabeça para trás, e eu sorri junto.

— Você sabe que tatuagens são a minha fraqueza. — Complementei.

— E você nem tem tatuagem, Tracie!

Chelsea me olhava como se eu tivesse falado um absurdo, mas, na verdade, ela sempre soube da minha queda por caras tatuados. Não era nenhuma novidade.

Dei de ombros, indo abraçar minha prima, que eu tanto amava e devia a vida.

No fundo, eu sabia que a ela não estava tão irritada quanto parecia, e que seu show foi apenas para me alertar, mas eu precisava me desculpar, afinal, ela tinha tomado raiva do Justin por minha culpa, e de repente eu chego em casa dizendo que havia transado com ele. Sua reação era até aceitável.

— Certo, tem mais uma coisa que eu preciso contar.

Chelsea desfez o abraço para me encarar séria.

— Ele te pediu em namoro?

Sua voz saiu tão rápida que eu gargalhei, ela minha olhava com a feição mais assustada do mundo e o tempo que eu passava rindo, mais ela fechava seu rosto, demonstrando que não estava brincando.

Tudo bem, depois dessa, minha prima precisava por seus pés no chão.

— Claro que não, Cherry, Deus me livre!

— Ufa!— E pra completar seu teatro, ela colocou as mãos no coração e expirou o ar que guardava. — Então o que é?

— Ele meio que... me pediu para acompanhá-lo no shopping.

— Um encontro?

— Esquece isso, Chelsea! Eu e Justin apenas existimos na cama, fora dela, somos apenas Tracie e Justin.

— E isso não seria mesma coisa?

Ela parecia confusa e, ao mesmo tempo, debochada.

— Não. — Disse séria — Enfim, vamos apenas comprar algumas coisas pro bebê.

Justin havia me pedido para lhe acompanhar na compra do enxoval, mesmo eu dizendo que era cedo demais para comprá-lo, ele insistiu e eu acabei por aceitar, já que não tinha o que fazer em casa, e também não acrescentaria nada na minha vida, afinal, não seria um momento mamãe e papai comprando o enxoval do filhinho, e sim, papai Justin e Tracie comprando o enxoval do bebê do Justin. Sem contar que, eu tinha pensado: Esse passeio seria bom para tentarmos manter um bom relacionamento até o fim da gestação, quando eu lhe entregaria o seu filho e sumiria de sua vida.

— Tudo bem, de qualquer maneira, estou indo pra casa do Charles, vamos resolver algumas coisas da próxima festa na Vegas.

— Vai trabalhar na Vegas de novo?

— Sim. Chaz me contou que a boate não esta dando tanto movimento, então me contratou novamente. Vamos fechar tudo em sua casa.

— Fechar tudo? Duvido! Você vai é abrir suas pernas pra ele.

Nós duas gargalhamos, e eu recebi um tapa no braço.

— Você não presta!

                                                             [...]

Para ser sincera, eu não me sentia muito confortável em ir ao shopping com o Justin, pois minha mente insistia em dizer que era errado. E soava como se eu tivesse dando esperança a mim mesma, em relação ao bebê.

Eu sabia que nada mudaria, mas eu tinha medo que sim. Conheço meu coração e sei que ele é mole.

Porém, errado ou não, eu estava pronta: Macaquinho vermelho soltinho, sandálias douradas nos pés e uma leve maquiagem, com sombras opacas e nude, e o batom levemente rosado, apenas para dar uma cor à minha boca.

Estar grávida é sinônimo de dispensar o salto alto, e isso doía toda vez que eu pensada sobre. Tudo bem que eu não costumo ir de salto alto pro shopping, e sim, apenas para festas, mas a ideia de deixar meus incríveis saltos de lado, machucava meu coração.

— Estou pronta.

Virei para Chelsea, que estava lendo uma revista qualquer, em cima da minha cama. Recebi sua atenção, com ela me olhando de cima à baixo.

— Nada mal.

— Vou levar como um "você está perfeita, Tracie".

Ela deu de ombros, e voltou sua atenção à revista de decoração.

Justin havia marcado às quatro e meia, e já se passavam das cinco, ou seja, provavelmente estava uma fera. Mas sem problemas, ele poderia esperar.

Peguei minha bolsa, jogando meu celular dentro dela, e corri para fora do apartamento.

Ele estava encostado no carro, tragando um cigarro, como sempre.

— Com essa demora toda, pensei que você estaria muito bem-arrumada pra mim.

— Eu não me arrumo pra você, vamos logo antes que eu desista, por favor.

Ele não me respondeu, e entrou no carro. Eu agradeci mentalmente por isso, e fiz o mesmo que ele. Tudo que eu menos queria, era uma briga que me faria desistir de acompanhá-lo ao shopping.

— Você tem noção dessa coisa de enxoval?

Ele perguntou sem tirar os olhos do caminho.

— Não. E... bem, como eu já te disse, está muito cedo pra comprar essas coisas, poderíamos apenas ver ou, sei lá, comprar o básico.

— Mas eu quero comprar hoje!

Sua fala soou como uma criança birrenta, após a mãe ter dito que não compraria o brinquedo hoje, mas sim, outro dia. Ri do meu pensamento, e ele me encarou confuso.

— Como você quer comprar o enxoval, se não sabe o sexo?

— Podemos comprar algo unissex, ou ir pela sua intuição de mãe.

— Intuição de mãe?

Eu disse divertida. Justin Bieber sendo pai era a coisa mais engraçada desse mundo. Mesmo sendo grávida de primeira viagem, eu tinha certa noção de algumas coisas, graças as minhas pesquisas, doutor Simons, minha mãe e, obviamente, o grupo de mães (e não-mães).

— Sim. Eu pesquisei e...

— Pera aí, você realmente parou seu precioso tempo para pesquisar algo sobre o bebê?

Minhas sobrancelhas se arquearam, e finalmente tive sua atenção.

Eu não o conhecia muito bem, mas toda vez que conversávamos por telefone, ele interrompia para trabalhar, e Chaz também vivia dizendo que Justin era o que mais trabalhava entre eles.

— O bebê é meu filho, Tracie.— Ouch— Então sim, eu parei meu tempo para pesquisar sobre.

Eu não disse nada, pois não esperava por sua resposta. Ele virou-se novamente, encarando o caminho.

— Enfim, eu li que mães costumam ter sentir se é menina ou menino, e 60% tem a intuição certa.

— Azar seu, Bieber, eu não consigo sentir nada.

— Nada mesmo?

— Não.

Balancei a cabeça negativamente, e ele me olhou pelo canto.

— E agora?

— Não, Justin.

Bufei.

Sério isso?

Ao chegar no shopping, ele estacionou num local para idosos, e quando eu questionei sobre, ele disse que fazia o que queria e chegou a rir quando eu mencionei que aquilo era indevido e contra lei.

Mimado.

O local não estava tão cheio, como de costume. Ainda bem, pois ninguém merece andar pelo shopping e ser acompanhada pelo barulho ensurdecedor das pessoas.

Eu me sentia ao lado de um famoso, andando com o Justin; Ele recebia olhares femininos a cada segundo, e até mesmo alguns comentários. Era constrangedor tanta atenção. E o pior: Elas me encaravam com inveja, e uma até soltou um "Que sorte, hein".

Meu Deus!

Se elas soubessem...

Entramos numa loja chama baby's heaven, e era como o nome: Literalmente um paraíso dos bebês. Haviam milhares de roupinhas, sapatinhos, móveis e até brinquedos. Cada coisinha mais fofa que a outra.

— Boa tarde, como posso ajudá-los?

Uma vendedora simpática se aproximou, sorrindo de canto á canto.

— Queremos coisas de bebê.

Justin pronunciou, e eu fiquei vermelha de vergonha. Estávamos numa loja que se chamava paraíso dos bebês, e ele simplesmente diz a frase mais óbvia, afinal, ninguém vai à uma loja dessas para pedir eletrodomésticos.

— Queremos roupinhas unissex, por favor.

Eu consertei a frase para ele, o olhando de rabo de olho.

A vendedora assentiu, e sorriu novamente, dizendo que voltaria num segundo.

Nos sentamos num canto, que haviam pufes, poltronas e até mesmo um carrinho rústico, com café, bolo e balas. A loja definitivamente sabia como agradar seus clientes.

Justin não demorou muito para puxar seu celular de seu bolso, e começar a mexer nele, me ignorando totalmente.

Maldita hora para eu não ter 3G.

A vendedora realmente não demorou muito, e eu podia vê-la trazer o que parecia ser centenas de mini-roupinhas, com seu sorriso gigantesco. Justin se levantou e eu continuei sentada, sem me importar muito em ver as roupinhas.

Ele parecia animado, até demais, eu diria. Pude assistir sua excitação escondida, pois ele não demonstrava tanto, e quando surgia um sorriso em sua face, ele parecia envergonhado e fechava o rosto, mostrando sua carranca, como de rotina.

— Tracie, o que você acha dessa?— Justin estendeu um vestido amarelo rodado. Florido.

Droga, eu amava vestidos floridos.

Era minúsculo e a coisinha mais fofa que eu já havia visto em toda a minha vida.

— Ainda não sabemos se é uma menina, Justin.

Eu me repreendia por soar tão chata nesse momento onde ele parecia tão... feliz. Mas eu tinha que me segurar. Minha mente era tão traiçoeira e confusa, alertando-me que era errado levantar e ver todas aquelas roupinhas, afinal, eu não tinha e nem queria conexão alguma com o bebê, porém eu queria fazer isso. Queria levar e ajudar o Justin a escolher as peças de roupas pro filho dele.

— Minha intuição de pai diz que é.

Bieber deu de ombros e sacou seu celular. Inacreditavelmente, ele ligou para Chaz. Por FaceTime. Apenas para mostrar as roupinhas que estava escolhendo. Seu jeito de pai de primeira viagem era fofo demais.

— Onde está a Tracie?

Ouvi a voz de Chelsea perguntando.

— Eu tô aqui, Cherry!

Não foi preciso levantar, pois Justin apenas direcionou seu celular para mim, mostrando que eu estava sentada. Pude ouvir Chelsea bufar, mas não liguei muito. Ela entenderia depois.

— Ela preferiu vir para ficar sentada.

Justin disse, enquanto me olhava. Obviamente ele não estava chateado e aquilo era pura cena, ele ao menos parecia se importar com o fato de eu não ter o ajudado.

O pai coruja voltou às suas compras, e eu nem queria saber o total que aquilo daria. Ele já estava levando milhares de roupinhas, com a ligação de Charles, então, a quantidade se duplicou, com a ajuda de minha prima também, é claro, que sempre dava pitacos e morria de amores por, praticamente, cada peça.

Ficar ali, sentada, estava entediante. Eu queria muito falar ao FaceTime com Charles também, e surtar com Chelsea. Mas meus pés estavam congelados no mesmo lugar, e eu dei graças a Deus por isso.

Senti o banco ao meu lado afundar, e quando virei uma a cabeça, pude ver que era uma mulher. Grávida, porém, parecia ter mais meses de gestação do que eu.

— Ouch. Gravidez cansa, huh?

Ela retirou suas sapatilhas e, praticamente, relaxou no banco.

— Eu imagino que sim. Por enquanto não me sinto tão cansada assim.

— Está de quantos meses?

— Dois.

— E já está comprando coisas?

Ela arregalou os olhos e eu sorri.

— Diz isso pro papai babão lá.

Apontei meu dedo em direção ao Justin, que ainda estava entretido com o FaceTime e as roupinhas, e nem notou que estávamos falando sobre ele.

— Isso é bem fofo, não acha? Quero dizer, obviamente é obrigação deles, mas vê-lo todo entusiasmado, escolhendo as roupas sozinho, sem a ajuda da mãe, é uma gracinha.

— Sim, é mesmo. Ele vai ser um bom pai, eu acho.

Disse sem ao menos pensar, mas não me arrependi de ter dito. Eu realmente achava que Justin se sairia bem como pai, mesmo sendo um brutamonte na maioria das vezes. Ele parecia fiel e certo sobre sua ideia de ficar com o bebê, e ainda se animava!

— Vocês formam um belo casal.

Ela me encarou, sorrindo de leve e parecendo sincera, não só querendo me agradar.

— Oh, não!— Disse, enquanto sorria de leve, apenas para não soar tão desesperada.— Não somos um casal.

— Ah... não? Me desculpe! Oh meu Deus, que vergonha! Me desculpe, de verdade.

— Tá tudo bem, não precisa de desculpa, acontece mesmo.

Sorri, tranquilizando-a e ela sorriu de volta.

— Mas, de qualquer maneira, você tem sorte...

— Tracie.

— Tracie. O pai do meu bebê, coincidentemente, recebeu uma proposta de trabalho na América do Sul, assim que soube da notícia.

Ela pareceu triste enquanto relatava, o que fez apertar meu coração.

Por que os homens tinha que ser tão estúpido às vezes?

Obviamente é mais do que a obrigação eles assumirem algo que foi feito com a ajuda deles, mas eles preferem agir como se essa obrigação fosse apenas da mãe, e como se eles tivessem a opção de escolher entre assumir o bebê ou não.

— Meu Deus, sinto muito por isso. As pessoas são horríveis demais, ao ponto de fazer algo assim.

Eu era péssima em consolar as pessoas, de fato.

— Mas tá tudo bem, eu superei. Já encontrei alguém. Estamos felizes juntos.

— Eu fico muito feliz por você, de verdade. Espero que sua família seja muito feliz mesmo, e a realizada com a chegada do bebê!

Disse sincera, e abri um sorriso verdadeiro para ela, que retribuiu. Eu estava feliz mesmo por saber que sua vida havia mudado, e que o cretino do pai do bebê dela não havia destruído as suas esperanças de ter uma família feliz.

— Obrigada. A propósito, me chamo Lively.

— Muito prazer, Lively.

— Vamos, Tracie?

Justin estava com, literalmente, cinco sacolas em suas mãos. Ele sabia como exagerar.

— Te vejo por aí, Lively, tchau e boa sorte com a gravidez.

— Igualmente!

Trocamos sorrisos e beijo no rosto, e segui caminho ao lado do Justin, puxando, contra o gosto dele, duas sacolas de suas mãos.

— Podemos lanchar? Estou faminta!

Ele assentiu, sem dizer nada e fomos caminhando até a praça de alimentação. Meu estômago clamava por um mc cheddar, com bastante recheio e um pão fresquinho. Eu chegava a salivar só de pensar no lanche. Precisava urgente.

— Vou comer no Mc Donald's e você?

— Também, eu preciso de um mc cheddar com bastante queijo, meu Deus!

Disse desesperada, fazendo-o sorrir de canto, claramente escondendo o sorriso.

Justin pediu que eu esperasse em alguma mesa, para guardar lugar, mesmo não estando tão lotado. E ainda falou que não era preciso eu pagar, porém, com seu jeito grotesco de sempre, sem o mínimo de cavalheirismo.

Pude ver ele voltando, em meu campo de visão, com uma bandeja em suas mãos, em cima dela, meu tão desejado mc cheddar. Ele se sentou em nossa mesa, e percebi que sua batata já estava no final. Meu Deus, e olha que não é ele quem está comendo por dois!

Puxei meu lanche, abrindo-o e, finalmente, se deliciando com aquele sanduíche dos deuses. E realmente parecia que estava com mais recheio.

— E com bastante queijo.

Justin falou, fazendo-me o encarar confusa e com a boca cheia.

— Pedi pra eles acrescentarem queijo, isso me custou mais dois dólares.

— Sério mesmo?

— Sim, você parecia tão faminta.— Ele deu de ombros, não se importando muito— E também dizem que não se nega desejo de grávida.

Eu estava chocada, pois realmente tinha achado que esse detalhe passaria batido por ele. Até mesmo por mim. Falei na maior inocência, sem esperar por nada.

E mais uma vez, Justin Bieber estava me surpreendendo.

Voltamos a comer em silêncio; Eu com meu mc cheddar delicioso, e com recheio acrescentado, e ele com seu mc chicken, cheio de salada e coisas que eu queria distância, porém, não poderia ter, por conta do bebê.

— Hmmmm, delicioso.

Eu gemi de prazer ao terminar o lanche, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás. Definitivamente eu estava tendo um orgasmo, após se deliciar com algo que eu tanto desejava.

Como ontem, enquanto eu transava com o Justin.

Ok, eu poderia cancelar esse pensamento.

Ele me encarava, sorrindo malicioso e eu não entendi o porquê desse sorriso estar em sua face.

— Que foi?

— Sua reação me lembrou umas coisas...

Seu sorriso alargou-se eu revirei os olhos, ignorando seu comentário e pegando a batata para comer.

O maldito ainda roubou as minhas batatas, com aquele sorriso ainda no rosto!

— Hmm... Tracie?

— Oi?

— Então, eu preciso dizer algo... Bem, eu... eu estava pesquisando algumas coisas e... — Ele parecia envergonhado, e nem me encarava diretamente, apenas coçava sua nuca e desviava o olhar para qualquer canto— Eu achei um curso.

— Um curso?

— Sim, para pais de primeira viagem.

— Você realmente andou pesquisando sobre isso — murmurei.

— Qual é o problema?

Ele fechou o rosto, finalmente me encarando, e eu dei de ombros.

— Nenhum. Só estou surpresa, não esperava isso vindo de você.

— Você nem me conhece, Tracie. — Ele revirou os olhos — E, como eu estava dizendo, é um curso para pais de primeira viagem, acho que seria legal se participássemos, não temos experiência nenhuma com isso de ser... pais.

Ele disse tudo muito rápido demais, e voltou a ficar constrangido, enquanto dizia.

— Justin, eu não tenho que fazer esse curso, eu não vou ser mãe, você sabe.

— Sim, eu sei, mas o curso exige a presença da mãe. Quero dizer, eles não aceitam pais solteiros.

— Que ridículo.

Revirei os olhos. Soava um absurdo um curso de pais, não aceitar pais solteiros. Era completamente medieval, visto que, hoje em dia, é normal uma criança ser criada por somente o pai, ou mãe. Isso não era problema. Uma criança precisa de alguém que lhe dê amor, carinho e saiba lhe introduzir na sociedade, com uma pessoa do bem. Além do mais, as pessoas não sabiam das circunstâncias, dos problemas que levaram o pai ou a mãe criar o filho sozinho (a).

— Enfim, eu preciso que você vá comigo.

— Você pode muito bem alugar uma mulher qualquer para fazer isso, eu não preciso ir.

— Mas tecnicamente você é a mãe.— Ele percebeu que eu ia dizer algo, e prontamente me interrompeu — Por enquanto.

— Eu não acho uma boa ideia, Justin.

— Não vou te implorar — revirou os olhos.

Eu não tinha nada a ver com o bebê, e estava evitando aproximação que poderia me levar à um afeto futuro, mas as coisas estavam se complicando cada vez mais, afinal, eu estou num shopping com Justin Bieber, fazendo compras justamente para o bebê.

— Podemos fazer uma troca?

— Fala.

— Vamos tentar manter um bom relacionamento até o fim da gravidez.— Ele assentiu— E quero que você responda algumas perguntas sobre você.

— Depende das...

Levantei meu dedo, interrompendo-o, para mostrar eu não tinha terminado de mostrar minhas condições.

— Quantas perguntas eu quiser, Bieber. E quero que você compre chocolates para mim, assim que sairmos daqui.

— Você não pode abusar das besteiras...

Justin me repreendeu e eu revirei os olhos.

— Tudo bem, então eu vou pensar numa terceira condição, portanto, fica em aberto.

Essa foi a vez dele revirar os olhos, e se encostou na cadeira, colocando suas mãos atrás da cabeça.

— Vou responder as perguntas, quantas você quiser, mas eu também quero perguntar.

Dei de ombros. Eu não tinha muita coisa em minha vida que levaria alguém à curiosidade, inclusive, provavelmente ele a acharia monótona e chata.

— Tudo bem.

Respondi, por fim.

— Manda a ver, então.

— Hum... — Eu não tinha muitas curiosidades sobre ele, apenas algumas que eu carregava comigo e acabavam por me deixar ansiosa e irritada.— Porque você quis o bebê, de repente?

— Eu já respondi isso.

Ele parecia irritado com a pergunta, portanto, parecia ser algo que envolvia sua vida pessoal, algum acontecimento.

Arqueei as sobrancelhas, lhe mostrando que eu não havia acreditado, e ele bufou, olhando para lado, fugindo do meu olhar.

— Tudo bem, porra, eu te conto, mas não aqui.

— Certo...

— Minha vez, Riviera.— Ele pareceu pensar, com a mão no queixo — Quem era aquele, no dia que estávamos tomando café, após o exame?

Suspirei. Merda, ele tinha que lembrar daquele maldito episódio no starbucks.

— Ele é meio que... meu ex namorado.

— Meio que?

— É uma longa história, posso te contar quando me contar o motivo de ter mudado de ideia tão rápido.— Sorri vitoriosa e ele bufou.— Por que estava armado no dia da consulta? E por que me levou pra melhor suíte da Vegas? Onde você trabalha?

Essas eram minhas maiores curiosidades sobre ele, portanto, não consegui esperar uma por uma e acabei por dizer tudo de uma só vez, fazendo-o me olhar espantado.

— Eu sou dono da Vegas.

Wow.

Eu não esperava por essa. Confesso que já cheguei a pensar que Chaz fosse o dono, e que o Justin não passava de um cliente absurdamente rico. Mas, ele sendo dono, eu realmente não esperava!

Provavelmente eu o encarava com a feição mais surpresa existente, e minha boca estava levemente aberta, por conta do choque.

— Meu Deus... E...

As palavras pareciam ter fugido de mim. Eu tinha muitas perguntas para fazer, mas nenhuma saía no momento.

— Uma pergunta de cada vez, Riviera.— Ele disse quase sorrindo.— Qual seu nome do meio?

— Ah, não. Isso é sério?!

Ele nem respondeu, apenas arqueou as sobrancelhas, como se tivesse me desafiando.

— Rose.

Disse rapidamente. Rosa. Eu não me envergonhava do meu segundo nome, até tinha uma história bonita por trás, mas eu preferia mantê-lo apenas nos documentos que eram preciso.

— Tracie Rose Riviera. É bonito, tem algum significado?

— Um pergunta por vez.

Disse, o imitando.

— Porque você estava armado, Justin?

Ele pareceu estar tenso com a minha pergunta, mas logo depois bufou, melhorando sua postura na cadeira e fechando a cara, com o maxilar travado.

Algo me dizia que a resposta não era boa.

— Me promete que você não vai fugir.

Bieber pronunciou, e eu tentei procurar algum vestígio de brincadeira em sua fala, mas não achei. Ele estava falando sério mesmo, e mesmo ele dizendo isso, eu já queria fugir.

— Mas...

— Você que perguntou. Promete logo, Tracie.

Sua voz soou impaciente, e eu assenti rapidamente.

— Eu prometo.

— Ok. Hum... Digamos que eu não sou tão da lei assim.

— Como? A Vegas é ilegal?

— Não, Rose— Sua voz saiu debochada ao dizer meu segundo nome, e eu revirei os olhos — eu sou ilegal.

— Não estou entendendo.

Ele se ajeitou novamente no assento, e suspirou cansado.

— Caralho, Tracie!— Bufou— Estou te dizendo que meu trabalho é ilegal.

— Você é um mafioso?

Disse com medo de sua resposta. Meu coração estava acelerado e minhas mãos suavam.

— Tipo isso.

Puta que pariu.

Porque raios eu prometi que não fugiria? O que eu mais queria agora era levantar dessa maldita cadeira e correr pra bem longe dele.

— V-Você mata as pessoas?

Minha frase saiu num fio. Minhas mãos estavam tremendo!

Puta merda, Tracie, você engravidou de um mafioso.

Caralho.

— Vamos com calma, Rose, você vai acabar descobrindo as coisas, uma hora ou outra.

Eu não tinha nem palavras para lhe responder, e tudo que passava pela minha mente era: Fuja. Fuja. Fuja (...)

Mas eu tinha prometido, e, infelizmente, nunca deixo de cumprir as promessas que faço.

— Você já fez algo ilegal?

Sério mesmo que ele queria continuar com isso após ter me dito que, praticamente, é um mafioso?

— Se contar o fato que eu engravidei de um mafioso, então, sim.

Era para ser apenas um pensamento, mas as palavras saíram da minha boca de forma aleatória.

— Ouch— Ele colocou as mãos no peito, fingindo ter recebido uma facada.— Mas é sério, você já fez?

— Certa vez, numa praia deserta, tinha um píer e era proibido que pulassem, apenas podia ir até lá, mas, bem, e eu pulei.

— Sério isso?— Ele disse desanimado e eu assenti— Meu Deus, você não pode ser tão certinha assim.

— Já disse que não sou certinha.

Semicerrei os olhos em sua direção, vendo que aquilo não o afetou nenhum pouco.

Também, ele está acostumado com coisas piores, afinal, ele é um mafioso.

Céus! Meus pais vão me matar!

Chelsea vai me matar!

Ele pode me matar!

— Já provou de outras maneiras, Tracie.— Justin me olho malicioso— Mas, eu quero ver você fazer algo ilegal mesmo.

— Está me levando pro mau caminho?

— Quem vai pela cabeça dos outros, é piolho. Você faz se quiser, mas eu ainda vou te levar pra fazer algo ilegal.

Eu dei de ombros, querendo esquecer essa história. Já não bastava Chelsea dizendo que eu era boa e certinha demais, agora tinha o Justin para pegar no meu pé.

Eu não mereço.

— Mas alguma pergunta, senhorita Rose Riviera?

— Você mata pessoas mesmo?

Insisti em perguntar, vendo-o fechar a cara e travar o maxilar.

— Vamos embora.

Ele se levantou, pegando todas as sacolas da loja de bebês. Bufei com a sua reação, mas não me senti culpada em ter perguntado novamente. Eu estava preocupada e amedrontada, oras!

Senti meu celular vibrar no bolso, indicando que eu estava recebendo uma nova ligação. Quando o peguei, pude ver o nome de Chelsea (Cherry) vibrar na tela. Prontamente, atendi.

— Oi?

— Preciso que passe na delegacia agora.

Sua voz saía desesperada, e parecia embargada.

— Por quê? O que houve?

 Nossa casa foi invadida, tá tudo revirado!

Meu corpo entrou em estado de choque, e as palavras, mais uma vez, sumiram. Puta merda, alguém entrou na nossa casa e revirou tudo. Estávamos tão vulneráveis, e nem ao menos sabíamos.

— Tracie? O que houve?

A voz do Justin não saiu preocupada, mas, talvez, surpresa, por conta da minha reação.

— Chelsea, onde você está? Tá tudo bem?

— Eu tô indo pra casa do Chaz, mas estou bem. Quando chegar, te falo tudo, mas deixo claro que não estava aqui na hora. Passe na delegacia.

— Certo... — Minha cabeça tava á mil, eu nem conseguia raciocinar direito — Eu estou indo pra lá. Você achou alguma coisa? Está faltando algo?

— Por mais estanho que pareça, não levaram nada, mas nosso espelho está com uma escrita: "Mais perto do que você imagina, C.P." Eu tirei uma foto, te envio por mensagem.

— Tudo bem, Chelsea. Vou desligar, mas se precisar me liga. Te amo, tchau.

— Te amo, tchau.

C.P.

Eu não conhecia nenhuma pessoa com essas iniciais. E acho que nem Chelsea.

Sem contar, que ninguém deixa rastros numa invasão. Muito menos as iniciais.

E não levaram nada!

Tudo era muito estranho.

Bieber ainda me olhava curioso, então lembrei que eu havia o ignorado. Mas, não eu não tinha tempo para lhe contar a história. Alguém havia invadido o meu lar, um lugar que, até então, era seguro para eu e Chelsea morarmos, porém, estávamos erradas.

Infelizmente.

Seja lá quem fosse C.P., iria pagar pelo que fez.

— Justin, precisamos ir embora agora mesmo. Invadiram meu apartamento.

Disse rapidamente, e ele arregalou os olhos, assustado com a notícia e, provavelmente, não esperando-a.

Eu torcia mentalmente para que ele não tivesse envolvido nisso. Para que fosse apenas uma sensação idiota. Que ele não tivesse a ver com essa maldita invasão.

— Deixaram algo?

— Isso.

Saquei meu celular e lhe mostrei a foto que Chelsea havia me mandado pouco tempo atrás.

Sua feição foi tomada por espanto, e em seguida, Justin Bieber fechou seus olhos por breves segundos, travou seu maxilar e o punho da mão direita. Ele parecia estar furioso.

Agora eu tinha a total certeza. Tinha dedo de Justin Bieber nisso. Diretamente ou indiretamente.

E eu estava morrendo de medo.


Notas Finais


Quanta informação num capítulo só, Jesus! Peço muito que vcs guardem algumas informaçõeszinhas dadas aí, tem alguns spoilers dos futuros capítulos, inclusive do meu CAP favorito ever.
O que acharam desse capítulo, hein? FOI O MAIOR DE TODOS! AAAAA
Eu, pessoalmente, amei de verdade. Gosto muito quando meu otp Justin e Tracie interage, ainda mais fazendo programinhas sobre o baby.
E O JUSTIN TODO PAIZÃO? PUTS, MINHA MORTE! MAS É SÓ O COMEÇO HEHEHEHE
Mas minha parte favorita mesmo foi ele o Chaz no FaceTime, uma amizade dessas bicho! Será que vem padrinho do bebê por aí? Eu to torcendo que sim.
TO SEDENTA PRA SABER O QUE VCS ACHARAM, SÉRIO!
LEMBRANDO QUE QUALQUER COISA, VCS PODEM FALAR CMG POR AQUI OU NO MEU CC (curiouscat.me/firejustinproof)
BEIJOS, OBRIGADA POR TD GENTE.


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