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História Sweet Creature - Capítulo quatro


Escrita por: firejustinproof

Notas do Autor


Oii, gente! Tudo bem?
Me perdoem pela demora pra att :(
Sem mais delongas, boa leitura!
Ah, e não esqueçam de comentar o que acharam do capítulo.

Capítulo 4 - Capítulo quatro


Justin Bieber 

Aquela porra tinha acontecido de novo; Mais uma batendo em minha porta, alegando estar grávida de mim e, inconsequentemente, trazendo de volta todas aquelas merdas que eu queria esquecer há muito tempo. Mesmo não demonstrando tanto, eu sou um ser humano como qualquer um: Tenho meus defeitos, minhas qualidades, meus medos e, infelizmente, meus monstros do passado. 

A paternidade nunca foi algo que eu quis tanto assim, mas quando aconteceu, foi como eu tivesse vivido durante tanto tempo vazio, sem nem ao menos perceber, e de repente, esse vazio se preencheu. Ser pai, de início, soava um absurdo, algo extremamente estranho para alguém como eu. Porém, passou a soar como dádiva. Então essa dádiva tornou-se um grande pesadelo, minha maior fraqueza. 

Só de pensar, minha cabeça pesava, e mesmo se passando 5 anos após tudo, meus olhos insistiam em encher de lágrimas. 

Balancei a cabeça, afastando todo pensamento para longe de mim, e passei a focar em minha frente. Eu estava na entrada do galpão, esperando encontrar todos os garotos aqui, apesar de só ter visto o carro de dois deles na garagem. 

— E ai, Justin — Ryan me cumprimentou, enquanto eu me aproximava dele. 

 — E ai. Cadê o Chaz? Acabei de ver o carro dele na garagem — Disse confuso, enquanto olhava em volta, procurando-o com os olhos.

— Já tá com saudades, cara?— Charles apareceu, abraçando-me pelos ombros. Revirei os olhos para seu comentário desnecessário. 

Ir ao galpão era a distração que eu precisava: Quando eu estava lá, focava apenas no que era necessário, sem ter tempo algum para qualquer bobeira que passasse em minha cabeça. 

— Olá, todo mundo!— Rand disse enquanto entrava. 

— Você se atrasou, Rand

— Caiu da cama hoje, Justin?

— Vá se ferrar. E não, eu apenas estou com uns problemas aí.

Não existia segredos entre eu e os garotos, o tempo de convívio e a confiança haviam nos tornado irmãos. Porém, eu preferia omitir qualquer coisa que tinha acontecido, e apenas focar no que importava. Caso ao contrário, eles iriam focar apenas nos meus problemas, querendo me ajudar, como se fossem os maiores entendedores do assunto.

Felizmente, hoje não precisávamos bolar nenhum plano para assaltos ou algo do tipo, estávamos ali apenas para separar a quantidade de dinheiro que deveríamos dar para os políticos corruptos, que garantiam muitos privilégios para nós, e também para assegurar que ninguém iria abrir a boca ou dar para trás. 

— A Tracie te procurou?— Ouvi Chaz se aproximar, e pronunciar as palavras quase sussurrando. 

— Como você a conhece?

— Eu que dei seu endereço.

— Droga, Chaz! Pra quê fez isso se sabe que ela é só mais uma vigarista?

— Justin, não é só porquê a Bethany era uma vigarista que todas as mulheres, automaticamente, se tornaram vigaristas também. E, além do mais, Tracie não parecia estar mentindo.

— O que tá pegando?— Ryan perguntou, aproximando-se de nós.

— Justin acha que todas mulheres estão atrás deles por conta do dinheiro, e não pede exame de DNA á nenhuma delas.

— Você confia em todo mundo, Charles. Mulheres não são confiáveis.

— Eu não confio em todo mundo, justamente por isso eu peço por um exame de DNA, você deveria fazer o mesmo.

Revirei os olhos. Ás vezes ele era mais irritante do que minha paciência podia aguentar, e o que mais me deixava frustado é que ele poderia ter razão. 

— Concordo com Chaz, você deveria pedir um exame de DNA para qualquer mulher que aparecesse na sua casa alegando estar grávida.— Ryan disse, fazendo-me bufar.— Encontrei com a Blake um dia desses, o garoto é simplesmente a sua cara, Justin. Deveria pensar a respeito sobre o exame.

Hoje eles haviam tirado o dia para me irritar com essa porra de assunto chato, não é possível! 

— Eu não vou pedir exame de DNA nenhum, pois não tenho filho, nem quero ter, e chega de assunto! Temos milhares de dólares para separar.— Disse fazendo-os bufar. Chaz suspirou cansado, já não era a primeira vez que tínhamos essa conversa e ela sempre terminava com o mesmo final.

Finalmente voltamos ao foco, sem perde-lo mais. E era assim que deveria que ser. 

Todo esse assunto sobre paternidade, me assustava, confesso, e também nunca deixei de lado a hipótese de ter algum filho nesse mundo a fora, porém preferia deixar as coisas como estavam: Eu tendo que me preocupar apenas comigo, minha equipe e alguns membros da minha família. Minha vida não tinha espaço para mais ninguém. 

Depois de tudo, jurei a mim mesmo que jamais teria mais alguma pessoa para me encher. Eu não precisava de mulher alguma (além de sexo, é claro). Não precisava de amor nenhum além do meu. E, obviamente, não precisava de criança nenhuma, que não fossem meus irmãos. 

Eu nunca fui tão amargurado quanto pareço, mas, infelizmente, a própria vida nos ensina a viver. Meu pai costumava dizer que a pior coisa do mundo é levar tombos da vida, eu nunca acreditei até senti-lo na pele. Ela nos dá tombos atrás de tombos, até entendermos que aquilo não era pra ser. Doí demais, mas quando finalmente entendemos, a dor é substituída por outro sentimento. E é assim que seguimos a viver... 

Tracie Riviera 

— Isso é sério? Que filho da puta!

Chelsea esbravejou após eu ter contado a ela tudo o que havia acontecido em meu encontro com Justin Bieber. 

Suspirei, jogando-me no sofá. Eu estava cansada, tanto fisicamente, quanto psicologicamente. A forma que Justin tinha me tratado, me deixou frustada e muito irritada. 

Nenhuma criança merecia ter um pai daquele.

Ele era um grosso, estúpido e tudo o que eu havia falado, não tinha sido o suficiente. Eu sentia vontade de voltar em sua casa e despejar todo ódio que eu sentia em minhas veias. 

— Você deveria ter mandado aquele idiota ir se foder!

— Eu disse que ele era um estúpido e que nem o sexo salvava.— Disse fazendo Cherry gargalhar. — Ele não teve nem reação.

— Eu te amo demais, Tracie. Pegou logo no ego!— Ela disse fazendo-me rir — Mas ainda acho que deveríamos voltar naquela casa e acertar uns socos bem na cara dele.

Eu balancei a cabeça, enquanto ria. 

— Quer saber, eu não quero esse bebê. 

— Vai abortar?— Minha prima perguntou calma.

— Não...

— Adoção?

— É uma boa ideia... Vou pesquisar mais a respeito.

— Obviamente você pode se arrepender depois, e não poderá arrancar a criança da família...

— Não tenho condições de me bancar, Cherry, muito menos uma criança. Acho que é o melhor a fazer. Existem famílias que estão cheias de amor para dar, porém não podem ter filhos.

— Eu posso te ajudar, sabe disso.

— Eu sei, mas não quero usar seu dinheiro por conta de uma irresponsabilidade minha. De qualquer forma, não tenho certeza de nada, isso é apenas uma suposição.

Ela assentiu, respirando fundo e saindo do cômodo. 

Aproveitando que meu notebook estava por perto, alcancei-o e logo digitei no campo de busca "gravidez indesejada", um link chamou minha atenção:

Minha experiência com gravidez indesejada: Relatos de como foi entregar a criança para adoção.

Cliquei, completamente interessada. 

A mulher da história se identificava como Anne e havia engravidado aos 20 anos. Não queria o bebê de jeito nenhum e o pai da criança sumiu do mapa, sem deixar rastros, então, sem mais alternativas, ela resolveu coloca-la para adoção. Basicamente, ela procurou por algum anúncio na internet e em jornais, então achou a família, que para ela, seria perfeita. Anne acrescentou que evita chamar a criança que gerou de filho, pois desde o princípio ela sabia que ele não a pertencia, e esse foi um passo muito importante para que ela não se apegasse. 

Nos comentários também haviam relatos e mais relatos, e eu li cada um deles; Tinha as que estavam arrependidas e procuravam os filhos, também as que eram como Anne, não tiveram problemas em nenhum processo. E também tinha as que eram como eu: Grávidas e desesperadas, ponderando qualquer hipótese que não seja ser mãe.

Pelo que eu li, o processo funcionava como uma "barriga de aluguel", e que haviam centenas de casais á procura de uma mulher grávida que pudesse lhes dar o tão desejado filho. Mas após de ler tantos relatos, eu percebi que era tudo muito burocrático, e que deveria ser pensado e repensado milhares de vezes. 

Ser mãe soava tão estranho, mas não era algo que eu tinha 100% de certeza. Entregar uma criança gerada por mim para alguém completamente estranho soava ainda mais estranho do que ficar com ela, mas isso era algo que eu poderia desconstruir com tempo. 

Ainda de olho no site, percebi que todas as mães (e não-mães) tinham criado um grupo, para que se conhecessem melhor, e para tirarmos alguma dúvida. Sem pestanejar, digitei anonimamente que gostaria de participar no grupo. 

Definitivamente eu estava ansiosa e, bem no fundo, esperava que essas mulheres me ajudassem com toda essa coisa repentina. 


Notas Finais


E ai, o que acharam?
O Rend é interpretado pelo Francisco Lachowski, a Bethany pela Margot Robbie e a Blake pela Courtney Eaton.
Beijos e até o próximo!


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