História Sweet Doom (J-Hope e Jimin - BTS) - Garoto abusado

 A fila para comprar os ingressos quase não existia de tão pequena. Compramos a pipoca e os refrigerantes e fomos para a sala, onde nos sentamos na última fileira, nas cadeiras mais distantes da tela. As nossas poltronas eram lado a lado, o que facilitava suas tentativas de aproximação. Assim que o filme começou, fiquei tão entretida com ele que não percebi quando sua mão pousou em minha coxa, fazendo-me estremecer.

Tentei pegar sua mão e tirá-la dali, mas ele a agarrou, entrelaçando seus dedos aos meus.

 Droga, e agora? Como faço pra me soltar dele?

Mas por algum milagre, ele soltou minha mão e por um instante pensei que ele teve bom senso e por isso me soltou. Mas logo senti sua mão novamente na minha coxa, dessa vez, por baixo do vestido. Seus dedos caminharam lentamente por minha pele, cada mísero toque me arrepiava. Quando sua mão pousou sobre meu íntimo, mesmo tocando a calcinha, eu senti como se estivesse nua. Meu corpo todo recebeu um choque e eu não sabia o que fazer.

Olhei-o envergonhada e percebi que seus olhos estavam vermelhos, nossa senhora das garotas indefesas, me ajuda aqui. Sua expressão era tão deliciosamente perversa, que eu não sabia se tinha medo ou ficava excitada.

_ J-Jimin, v-você está ultrapassando os limites. - Falei em um tom mais baixo possível.

_ E você não está gostando? - Ele arqueou uma sobrancelha, logo em seguida lambendo seus lábios carnudos.

Aquilo parecia uma tortura. A expressão dele me trazia pensamentos impuros à mente, eu não conseguia parar de olhar para os seus lábios rosados e pensar no gosto que eles teriam, devia ser saboroso e doce como caramelo. Seus dedos foram ainda mais ousados e adentraram na calcinha. Mordi o lábio e fechei os olhos, tentando acalmar minha respiração. Aquilo estava fugindo do controle, e estranhamente, algo dentro de mim queimava, ardia em um desejo obscuro. Por que estou me sentindo tão quente por dentro? Sinto que vou derreter.

Eu realmente estava começando a suar, a sensação de queimação se tornava cada vez mais real. Seus dedos foram se aprofundando, caminhando lentamente dentro de mim. Nessa hora eu agradeci à Deus pela sala estar quase vazia e não ter ninguém além de nós na última fileira. Seria constrangedor se alguém visse isso, quer dizer, ainda mais constrangedor do que já está sendo.

_ Jimin, alguém pode ver isso. É melhor você parar. - Reuni todas as minhas forças para dizer isso.

_ Tudo bem.

Ele tirou seus dedos de mim e voltou sua atenção para a tela, voltando a prestar atenção no filme. Agimos normalmente durante o restante do filme, sem nem olharmos um para o outro. Quando o filme acabou e nós saímos da sala, apenas trocamos olhares meio sem jeito e só voltamos a nos falar quando pegamos o elevador.

_ Desculpe por aquilo, eu perdi meu controle. - Ele disse.

Seu olhar estava concentrado no meu rosto, por isso logo desviei o olhar. Eu ainda estava muito envergonhada para conseguir encará-lo.

_ Tá. - Respondi com o tom de voz quase inaudível de tão baixo.

Ele se aproximou, e eu não tive pra onde fugir, já estava encostada na parede. Nossos corpos ficaram à poucos centímetros de distância e aquilo bastou para o meu rosto corar de vergonha. Ele colocou sua mão sobre meu queixo e delicadamente virou meu rosto em sua direção, fazendo-me olhar pra ele. Ficamos frente a frente, nos encarando. O espaço entre nós foi preenchido por calor e por um clima de tensão misturado à desejo. Seus olhos castanhos ganharam um brilho avermelhado, que mergulhava em paixão e gentileza.

_ Você não me pareceu convincente. Me perdoa?

Suspirei, estava sendo difícil ficar tão próxima dele. Ele tinha um olhar apaixonado, uma voz doce e um jeito provocante. Eu não queria ceder, mas também estava sendo bem complicado resistir.

_ Eu o perdoo. - Disse com dificuldade, eu estava quase sem ar.

Ele se aproximou ainda mais, deixando nossos rostos bem perto. Senti meu coração bater dez vezes mais rápido que o normal e a sensação de queimação voltou com força total. Internamente, eu estava pegando fogo. Suas mãos envolveram minha cintura, apertando-a. Senti seus lábios se aproximando, imaginei como eles deveriam ser suaves e macios ao toque, seu gosto devia ser ótimo. Seu calor já me preenchia, nossos lábios roçaram um no outro, se tocando brevemente. Meu corpo à essa altura já ardia em desejo por ele, aquilo estava me enlouquecendo.

Antes que pudéssemos finalmente nos beijar, a porta do elevador se abriu e tivemos que nos afastar. As pessoas que ali entraram ficaram olhando pra nós como se tivéssemos feito algo errado e eu tentei evitar o olhar delas.

Saímos do elevador assim que ele parou no andar térreo, onde se tinha acesso à garagem. Esperando por nós, estava um táxi que nos levou de volta para a faculdade. Durante todo o trajeto eu e ele não conversamos.

Ao sair do carro, inevitavelmente tivemos que nos falar.

_ Como vamos entrar? - Perguntei.

_ Do mesmo jeito que saímos.

E novamente me apoiei em seus ombros e ele segurou minhas pernas. Dessa vez não gritei quando ele subiu a parede e caiu em pé do outro lado do muro.

Me soltei dele e começamos a caminhar pelo bosque. Já era meio-dia e provavelmente teríamos que nos explicar para nossos amigos, mas essa parecia ser a menor das nossas preocupações. Eu havia matado aula e provavelmente minha omma ficaria sabendo disso, ela ia ficar muito brava. Já poderia esperar por uma ligação nada amigável dela.

Acho que minha cara não ficou muito boa ao pensar nisso, porque Jimin parou de andar e me olhou preocupado.

_ Está tudo bem? - Ele perguntou.

_ Tá, é que minha Omma não vai ficar muito feliz quando souber que eu matei aula.

_ Ah, não se preocupe com isso. Diga que dormiu demais porque na noite passada ficou até tarde fazendo um trabalho importante, ou algo assim. Ela não precisa saber que você estava fora da faculdade, afinal, ela nem vai saber. Não passamos pelas catracas da entrada, então ela não tem como saber que você saiu. - Ele deu um sorriso de canto.

_ Uau, eu não havia pensado nisso.

_ E nem precisava. Eu disse que a protegeria, esqueceu? Isso inclui te livrar das broncas de sua omma.

Eu não consegui evitar um sorriso.

_ Ah Jimin, você é o meu herói.

_ Eu sei. Eu devia até ganhar algo em troca como agradecimento.

_ Algo como o quê?

Ele abriu um sorriso um pouco malicioso.

_ Um beijo. - Disse, por fim.

Não sei porquê fiquei surpresa, eu já devia esperar por aquilo. Voltei a caminhar, tomando a dianteira e de certa forma fugindo dele.

_ Ei, você vai me dar um beijo ou não? - Ele perguntou, vindo atrás de mim.

_ Você anda muito abusado Park Jimin, acho que já tirou proveito de minha pessoa hoje o suficiente.

Senti meu pulso ser agarrado e ele me segurou pela cintura, me virando. Dei de cara com ele.

_ E por acaso você não gostou, Harada Giovana?

Seus olhos fitaram os meus e por um instante foi difícil respirar com toda aquela aproximação.

_ Além de abusado, você também é convencido? - Rebati.

_ Você não me respondeu. Gostou ou não?

_ Você também não me respondeu.

_ Eu perguntei primeiro, você que tem que me responder.

Bufei.

_ Me recuso a responder esse tipo de pergunta.

_ Então eu vou ter que lhe arrancar a resposta.

Após dizer isso, ele me encurralou em uma árvore e segurou meus dois pulsos, colocando-os sobre o alto da minha cabeça. Tudo foi tão rápido, que eu só percebi o que estava acontecendo quando senti sua língua em meu pescoço, após lamber aquele pedaço de pele, chupou-a e a mordeu de leve. Minhas pernas ficaram bambas e eu não posso negar que gostei daquela sensação. Ele continuou a beijar meu pescoço, deixando mordidas que deixariam marcas.

À essa altura, meus olhos já estavam cedendo e fechando, eu mordia o lábio inferior com força tentando não deixar nenhum gemido escapar.

_ J-Jimin... P-Para. - Minha voz saiu fraca.

Ele me olhou e vi suas íris avermelhadas, sua cara era tão perversamente linda que eu queria poder ficar admirando.

_ Você já respondeu minha pergunta apenas tentando não gemer, Harada.

Senti minhas bochechas corarem de vergonha. Ele me soltou e voltamos a caminhar pelo bosque, e dessa vez eu fiquei atrás dele, completamente constrangida.

Chegamos ao refeitório juntos e quando nos sentamos na mesa, a Byeon saeng olhou pra mim e para o Jimin e de repente abriu um sorriso pervertido.

_ Unnie, o que aconteceu com o seu pescoço? - Ela perguntou.

_ Hum... Eu coçei ele.

_ Tem certeza? Parece que alguém... - Byeon deu um tapa no braço de Hope, impedindo-o de terminar a frase. - Aish, precisava me bater?

_ Precisava. - Ela respondeu.

_ O Jimin não sabe pegar leve. - Suga disparou quase rindo, olhando para o amigo.

_ Não fala assim, a Harada pode ficar constrangida. - Jin disse a ele.

_ E ela já não ficou com você falando assim?

_ Gente, cadê o bom senso? Coitada da garota. - Namjoon disse.

_ Jiminnie não sabe brincar e a culpa ainda é nossa? - Tae estava sorrindo pela primeira vez desde que recebeu a ameaça dos Lee.

_ Tae! - Jin o repreendeu.

_ Pelo menos os dois se divertiram, ao contrário de mim que tive que aguentar uma aula chata. - Lisa disse e Rosé pareceu concordar com ela.

_ Pois, é.

Até Jungkook parecia estar se divertindo com aquela situação. Mesmo que aquilo só estivesse acontecendo às minhas custas, eu fiquei feliz por vê-los menos preocupados.

_ Agora dá pra pararem de constranger a Harada? - Jimin pediu.

_ Mas é claro. - Hope disse com um sorriso que dizia " Mas é claro que não".

Coitada de mim, vou ser muito zuada ainda.

[POV'S GIO OFF]

(...)