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História Sweet Dreams // Imagine Namjoon - Capítulo Único


Escrita por: DoctorCase

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Sweet Dreams // Imagine Namjoon - Capítulo Único

 

 

 

Em todos os meus poucos encontros, nunca me encontrei tão ansiosa e aflita por não saber o que fazer. Eu poderia dispensa-lo sem pensar duas vezes. 

Mas, eu queria saber o que ia sair daquele "encontro". Queria pensar que aquilo não era especificamente um encontro "amoroso", só de pensar eu ficava mais nervosa. Então, coloquei na minha cabeça que era um encontro de amigos.

Tranquei a lanchonete, onde eu trabalhava e verifiquei as horas no meu relógio de pulso. Eram seis e quinze. Faltavam duas horas e quinze minutos até... Bom, aquilo. 

Dirigindo a caminhonete até em casa, desci correndo para entrar em casa e subi, sem ao menos saber se Kyungsoo tinha chegado do trabalho. 

Tomei uma ducha rápida. Queria pensar que iria encontrar um amigo de longa data ou, que o pedido fosse apenas um trote e quando Namjoon chegasse, ele e Kyungsoo tomariam algumas bebidas e ele ia embora.  

Mas, eu não estava calma. 

Por algum maldito motivo não estava. 

Tentava escolher o que vestir fazia meia hora e nem sabia o que iria fazer com meu cabelo. Olhei para os sapatos e cocei os cabelos úmidos. Eu não tinha a mínima ideia do que vestir... 

Batidas leves fizeram-me desviar o olhar para minha porta. O que Kyungsoo queria? 

-S/N. Nam está aqui e disse que espera por você. 

Arregalei os olhos e pulei em direção ao closet, pegando os primeiros sapatos que vi, em seguida, vesti um vestido azul marinho sem decote, colado no corpo. Passei rimel e um batom vermelho , penteei o cabelo, ajeitei da melhor forma que pude e respirei fundo, antes de sair do quarto e descer, as pressas. 

 

Meu irmão me esperava na porta de entrada, com as costas encostadas na madeira, impedindo-me de sair. Lá vem bronca! 

-S/N -disse, ao me ver descendo o último degrau. - Aonde pensa que vai? 

-Kyungsoo.- tentei ser mais dura possível. Não queria brigar com ele e... Desistir de ir aquele maldito encontro. - Eu vou sair. 

-Sim, eu sei. Namjoon me disse que iriam dar um passeio. - ele se aproximou, analisando minha feição e pousando as mãos em meus ombros. - Eu não quero que saia com ele, S/N. Ele é meu melhor amigo mas, acho que ele não é o cara para você.

-O que quer dizer? 

-Ele é um daqueles que saem com você por sair. Entendeu, o que quero dizer? 

-Ainda não. 

Ele suspirou, um pouco indignado com a minha inocência. 

-Ele vai sair com você e te descartar. E não quero ver minha irmazinha chorando por causa de homem. Você já tem vinte e cinco anos e pode muito bem cuidar da sua vida, mas sou seu irmão mais velho e quero te proteger... 

-E Então, o que vai fazer? Me impedir de sair? 

-Se possível. 

Cerrei os olhos, movimentando os ombros para me desvencilhiar das mãos dele. Ele só podia estar brincando. Eu não disse nada e apenas sai, batendo a porta com rudeza e pisando fundo. Como ele mesmo disse: "Já tenho vinte e cinco anos e posso muito bem cuidar da minha vida."

 

Mesmo passando das oito horas, as cores alaranjadas coloriram o céu, anunciando o finalmente, o fim do dia. 

Desci os três degraus e paralisei no lugar, quando vi, à alguns passos de mim, Kim Namjoon encostado em um conversível. Trajado de couro dos pés à cabeça, óculos escuros e botinas pretas. Ele veio em minha direção, no mesmo segundo que nossos olhares se cruzaram. Engoli a seco, alisando as mãos no tecido do vestido. Aquilo tinha sido uma má ideia. 

Ele abriu um sorriso enquanto se aproximava e tentei ser a mais simpática e confiante possível andando em sua direção. 

O salto pareceu dobrar e cai de lado, antes mesmo de perceber que Namjoon impedia minha queda. Ele me estabilizou e sorriu de lado. Quase engasguei por estar tão perto dele e dei um passo para trás. 

-Eu sou tão bonito assim? - zombou, referindo-se a minha queda. 

-Desculpe, não devia ter pegado esse salto. 

Até pensei em entrar em casa e trocar, mas quando vi a expressão de Kyungsoo em minha mente eu avancei, esperando que Nam me convidasse para entrar naquele carro.

 

Nunca fui fã de conversíveis ou outros tipos de carros, mas, aquele, especificamente, era reluzente, chamativo... A escolha perfeita para um homem que gostasse de velocidade e não se incomodasse em atrair atenção.

 

Ele se aproximou do veículo, abrindo a porta do passageiro para que eu entrasse. Coloquei o cinto e me ajeitei, para tentar parecer minimamente confortável dentro de um carro daqueles, dando uma olhada no interior imaculado do automóvel. O aroma adocicado de frutas vermelhas pairava pelo carro e quando ele entrou, balançando a estabilidade, e a minha, percebi o quanto grande era.

Ele ligou o motor, que rugiu em potência. Antes de acelerar, ele me encarou, pareceu analisar mais uma vez as minhas vestes e como se saborasse uma piada mental, sorriu mostrando os dentes e balançou a cabeça.

Estava tão ruim assim?

Virei o rosto, tentando não encarà-lo. A fragrância, quase imperceptível, dentro daquele carro estava me deixando zonza. Não era para menos, eu me sentia coagida dentro daquele carro minúsculo, à centímetros de Namjoon. Ele parecia tão ameaçador que talvez soubesse o porque de sentir meu coração palpitar tão rápido como estava naquele instante. Talvez fosse de medo. Não poderia me culpa por isso.

Minha janela foi abaixada. Antes de entrar na estrada, o GTO roncou quando ele engatou a primeira e nós atravessamos um pequeno trecho de estrada entre a minha casa e o sinal da rota 44. Ele olhou para ambos os lados, e em seguida, acelerou para a direita, o som do motor subindo e descendo como respiração, enquanto ele ia trocando as marchas.

-É um carro espetacular. - eu disse, tentando quebrar o silêncio constante, mesmo que só o ronco baixo do motor fosse escutado.

-Eu sabia que ia gostar. - ele me deu uma olhadela. - Muito melhor do que aquela sua picape, não?

A forma como disse "picape" me fez cerrar os olhos. Quem era ele para falar do meu carro? Eu realmente não gostei do comentário, mas seria muita rudeza minha, rebate-lo e pedir para sair do carro. Não queria ir à pé até a minha casa de salto.

-Está com frio?

-Ah, não. - olhei para minhas mãos, afundadas em meu colo tão profundamente que meus ombros estavam curvados para frente. O que explicava porque ele achava que eu estava com frio. Tentei relaxar. Respirar fundo. - Estou bem.

Olhei para o para-brisa. A linha amarela dupla no centro da estrada brilhava por causa dos faróis. E o bosque chegava até as margens do asfalto. Na escuridão, a ilusão de túnel era hipnótica, fazendo parecer que a rota 44 não tinha fim.

Engoli a seco. Aquele carro era rápido.. De repente, como se ele lesse a minha mente em alerta, senti seu penetrante olhar a me fitar. Então, ele trocou a marcha, com um sorriso débil no rosto, aquele maldito sorriso, que poderia me arrancar suspiros, ao invés disso, me fazia querer soltar fumaça pelos ouvidos.

O motor rugiu como um ser vivo, imitando um leão dentro do capô e o carro vibrou, enquanto as árvores saiam de foco transformando-se em borrões negros. Íamos cada vez mais rápido, mas Namjoon conservou o controle absoluto nas curvas fechadas, serpenteando pela estrada.

Quando ele começou a aumentar a velocidade, eu o olhei alarmada. Ele estava tranquilo, segurando a cabeça com a mão que estava apoiada na porta, parecia realmente entendiado. Então, inclinou-se para frente e ligou o som. Sweet Dreams inundou o interior num volume de estourar os tímpanos. Pisou forte no acelerador e o carro explodiu levando-nos a grande velocidade pela estrada vazia e interminável.

O vento despenteou-me os cabelos e congelou minhas bochechas, os ombros esfriaram e tive que engolir em seco, para não agarrar-me ao cinto de segurança.

O carro quase fazia zigue-zague ao fazer à curva, deixando-me ainda mais zonza. Não podia deixar de perceber que minha pressão estava abaixando naquela viagem louca. Olhei para o lado, observando o enorme homem próximo à mim, com uma das mãos segurando o volante e a outra pendendo a cabeça, despreocupado.

O que diabo ele estava pensando em fazer? Nos matar? Além da janela, tudo começou a ficar ainda mais borrado, como se a minha visão não fizesse esforço para se focar em nada. E eu não tive mais vontade de olhar mais nada. Na verdade, queria colocar a minha cabeça entre os joelhos e vomitar.

 

Aquilo tinha sido uma má ideia.

 

Meu estômago cheio de água rodava em círculos. Minha respiração estava entrecortada, porque todo o vento gelado que entrava aos 140 km/h na minha janela não era o suficiente. Tentei respirar pela boca, não dando a mínima para o que Namjoon pensasse de mim. Olhei para ele que continuava a olhar para a estrada e gritei para que parasse aquele carro naquele instante. Segundos depois, a velocidade foi totalmente reduzida e cambaleei para fora, quase caindo de cara no chão e então, soltei todo líquido que estava guardado dentro de mim.

 

Não ouvi a porta do motorista batendo, mas sim, uma grande mão envolvendo minha nuca e me dando conforto enquanto acabava, desajeitavelmente, de vomitar no meio fio.

 

Curvei - me ainda mais, tentando retomar a respiração.

 

Expira. Respira.

Solta o ar. Puxa o ar.

Expira. Respira.

 

Dei alguns passos de lado, sentando-me no chão.

 

-Sinto muito. - ele se ajoelhou. - Você está bem?

Assenti, ainda que não fosse verdade. Sentia-me desajeitada e ridícula sentada daquele jeito.

-Tem certeza de que está bem?

-Sim. - ignorando a mão que ele me oferecia, levantei e espamei os fios de grama verde grudados no corpo, com o pingo que restava da minha dignidade.

-Vou te levar pra casa, S/N. Vamos.

Respirei fundo, sabendo que tinha estragado tudo. Namjoon me seguiu até o carro com a mão no meu quadril, guiando-me.

Estava sentindo-me cansada e fraca demais para apresentar qualquer resistência. Além disso, estava envergonhada demais para contradize-lo. Realmente, lá no fundo, mesmo tudo aquilo tendo acontecido, eu ainda queria que jantassemos. Nem que fosse para eu olhá-lo comer.

Namjoon abriu a porta do passageiro e me ajudou a entrar. Quando ele se acomodou no assento do motorista, o encarei firme e foi aí que percebi, que tinha tirado os óculos.

Os olhos castanhos estavam ternos e sensatos. Eu tive medo do que aquele olhar significava. E um pingo da vergonha que me esquentava por dentro me fez desviar.

Ele acelerou, mas dessa vez, moderou nas curvas e foi à 50 km/h, olhando-me de vez em quando.

Não podia disfarçar o meu desconforto e o meu embaraço ali, foi maior do que qualquer outro em toda a minha vida.

 

Enquanto eu tentava reprimir minha vergonha e a fadiga, fechei os olhos por um momento e no outro, paramos o carro. Agradeci a Deus por ter chegado em casa e estava pedindo para não esbarrar em Kyungsoo no meio do caminho. Despertando, sonolenta e cabisbaixa, olhei para o lado no mesmo instante quando Namjoon saiu do carro, contornando o capô e abrindo a porta do passageiro. Seu cabelo estava penteado para trás, caindo na nuvem em mecha grossas e negras. Parecia um sonho, sexy, forte, misterioso e brutal. Mas a expressão em seu rosto não tinha nada de fantasia: olhos apertados, lábios e mandíbulas cerrados.

Mesmo assim, sua expressão se aliviou em direção a mim.

 

Observei sua mão estendida, uma oferta branda e a aceitei, colocando a minha mão sobre a dele. Ele me puxou para fora e avaliei o terreno com os olhos cuidadosos. Aquela não era a minha casa.

 

-Namjoon? - a minha voz saiu falha, talvez pela falta de conversação ao longo da viagem. - Aonde estamos?

-Na minha casa.

Encontrei seus olhos escuros.

-Você está falando sério? - estava envergonhada. Meu rosto esquentou. Eu tinha estragado tudo.

Ele ergueu a mão como se fosse tocar-me, mas hesitou.

-Estávamos perto. Pensei que ia passar mal outra vez. - ele parecia inseguro e eu não acreditei em vê-lo daquele jeito - você pode tomar um banho, se quiser. - ele enfiou as mãos nos bolsos da calça e desviou os olhos, silencioso, imóvel.

Já que havia estragado a noite, sentia-me na obrigação de deixar o humor dele mais agradável. Ele parecia mais sombrio do que antes. E aquilo estava me dando arrepios.

-Eu agradeceria. - tentei ser mais gentil possível, calculando que ele parecia ser um cara legal demais para ser rude.

Ele se afastou, olhando fixamente o chão, dentes cerrados. Algo estava errado. Dei um passo à frente, fazendo menção de aproximar-me.

-Namjoon? O que houve?

Ele suspirou.

-A culpa foi minha. Estava um tanto alheio está noite. Para ser franco, só quis sair com você para que me animasse. Mas parece que estraguei tudo.

Eu estraguei tudo.

-A culpa não foi sua.

-É muita gentileza sua.

Kim Namjoon avançou, sem dar a mínima de me convidar para ir junto, mas eu entendi que era para segui-lo, meio receosa por entrar em lugares desconhecidos.

 

O terreno era amplamente e visivelmente largo. Parecia inacabavel e sombrio à noite. Apenas uma leve e suave luz nos iluminava enquanto íamos adiante. Os grilos cantavam ao fundo e tentava alcançar Namjoon, que caminhava calmamente rápido. Os passos dele eram largos demais.

 

A grande chácara apareceu à frente. Um retrato de uma casa de campo do interior.

 

Subimos os degraus de madeira e a luz se acendeu automaticamente, iluminando a porta de madeira rústica à frente, com dois metros e meio de altura de puro carvalho. As pilastras se erguiam em quatro sentinelas de apoio.

 

Lá dentro, com as luzes já acesas, tudo era feito de madeira rústica, como se ele tivesse comprado toda a casa daquela maneira. Era ampla e extremamente bela, confortável aos meus olhos sonolentos e bastante luxuoso, percebendo os detalhes em ouro em alguns lugares da casa.

 

Namjoon tirou o casaco, pendurando-o num cabide ao lado. Os sapatos tiveram o mesmo tratamento, deixando-os alinhados abaixo. Eu tive que fazer o mesmo, alinhando meus saltos agulha ao lado dos dele.

 

Ele analisou a cena e sorriu, subitamente, como se não esperasse ver aquilo. Porventura, também levantei as curvas da boca, imitando seu sorriso.

 

Namjoon deu um passo à frente, ainda com as curvaturas dando um novo ar para seu rosto duro. Seu humor estava melhorando. E o meu também. Ele ofereceu-me a mão, um convite para que eu o acompanhasse na exploração de sua casa. Sentindo o contato da palma áspera na minha, fechei as pálpebras.

 

Deus, adorava o cheiro dele. Tão limpo e cheiroso, com aquele leve toque amadeirado misturado à loção pós-barba. Com aquele toque, tão quente e descontraído, delicado e muito menos, sem segundas intenções. Eu iria à qualquer lugar com ele.

 

Em poucos passos, percebi um extenso corredor cheio de quartos. Namjoon entrou no primeiro e me puxou para dentro, com nossas mãos entrelaçadas.

 

O quarto dele era arejado por uma enorme janela que ia do teto até o chão. E não consegui enxergar a noite lá fora, de tão escura e assustadora. Dali, o canto melódico dos grilos poderia ser ouvido melhor, como se eles estivessem em algum lugar do quarto, espreitando-nos. Tudo era feito de madeira rústica, como todo o interior da casa. Um toca discos, ao lado de uma escrivaninha que tinha papéis alinhados em uma pilha e uma cama enorme, que sinceramente poderiam dormir mais de três pessoas. Era uma decoração neutra e clássica, os tons de roupa de cama combinavam com o tom pastel do quarto, a cabeceira com o tapete indiano e as almofadas, com os detalhes em ouro da porta do closet.

 

 Tudo em sua perfeita ordem.

 

Namjoon me ofereceu uma toalha para que pudesse ir ao banheiro e tomar um banho. Eu entrei, acanhada por entrar num lugar desconhecido e a minha mente gritava em xingamentos aleatórios. Não deveria ter acontecido comigo. Porque eu? Porque hoje? Porque com ele?

 

Não consegui pensar na possibilidade de ser culpa dele. A minha cabeça não conseguia tolerar o fato que Kim Namjoon fizeste de propósito para que eu passasse mal e automaticamente virmos para cá, com outras intenções. Ele parecia um cara sensato e maduro, nunca imaginaria isso dele.

 

Em todos os aspectos, eu tentava achar algo que fiz de errado durante a viagem. O erro que custou a minha noite. Mas no fundo, a minha agonia era: "Porque está tão preocupada?"

 

Após um banho rápido, me enxuguei e avaliei o vestido, para verificar se estava apto de usá-lo outra vez. Precisava ir pra casa.

 

Na barra estava suja, como os meus sapatos, que havia deixado na entrada. Inúteis. Respirei fundo encaminhando-me em direção ao espelho. Além da minha palidez rotineira, não conseguia acreditar que até o meu cabelo estava bagunçado e embaraçado. Arrumei-o com os dedos o melhor que pude e notei um roupão detrás de mim, pendurado em um cabide perto da porta.

 

Serviria.

 

Eu lavaria a barra do meu vestido e deixaria secar em algum lugar.

 

Minutos depois, destranquei a porta do banheiro. Com um leve frio instalando-se na minha barriga.

 

Namjoon entrou segundos depois. Ele havia trocado de roupa. Talvez eu o tivesse sujado. Abaixei a cabeça incapaz de encarar seus olhos. Eu era uma idiota. Eu parecia uma idiota.

 

-Eu peguei o seu roupão emprestado. Espero que não o incomode.

 

Ele continuava parado na porta e não conseguia entender o porquê, muito menos levantar a cabeça e estudar sua expressão. O que estava acontecendo comigo? Parecia que tinha voltado aos tempos de adolescência.

 

-Não tem problema.

-Sim, tem. A culpa é minha. - tentei justificar, porém, o som de seus passos se aproximando me fizeram congelar.

-Essas coisas acontecem. - ele parou na minha frente. Encarei seus pés. - E eu que deveria pedir desculpas.

 

Segurou a ponta do meu queixo, levantando - me e forçando a encará-lo.

 

-Eu sinto muito, S/N. - ele repetiu, deixando a mão cair de lado e me encarou. Seus olhos cintilaram por um momento e, como se percebesse a minha feição pasma, sorriu divertido e incrédulo. - Você me surpreende a cada minuto. Nunca pensei que fosse tão divertida.

Eu, divertida?

-Eu? Divertida? - fiz a mesma pergunta à ele, que estampava um sorriso no rosto, as ruginhas do lado das bochechas me deram boas vindas e senti a necessidade de sorrir também.

-Sim, você. - deu um passo a frente, diminuindo drasticamente a distância. Seu tórax quase colou em meu rosto e minhas mãos pareciam ter vida própria. Como se percebesse o agito e a tremedeira, encostou os seus dedos na ponta dos meus. Um toque doce e quente, que me fez desejar não tremer tanto assim.

 

Olhei para cima, vislumbrando a vista, como se fosse de outro ângulo, muito mais perto e de uma perspectiva completamente diferente.

 

-Eu fiz uma coisa para você.

 

Ele fez uma coisa pra mim?

 

Ele recuou, saindo do quarto logo em seguida. Segui-o, fechando o roupão mais um pouco. Notando mais uma vez, o Hall de entrada, a sala, sala de jantar e finalmente, a cozinha. Em estilo americana, com móveis amadeirados e eletrodomésticos modernos.

 

Porém, para minha surpresa, havia alguém na cozinha. Sentado à beira do balcão, bebericando em um copo redondo e deduzi que o líquido fosse whisky. Ele tinha costas largas, mas, não quanto as de Namjoon. Brincos nas orelhas e os dedos balançavam o copo, em círculos. O cabelo era preto, mas as raízes mal pintadas indicavam que eram castanhas escuras. Parecia estar vestindo, uma camisa de flanela negra.

 

Namjoon parou em súbito na porta, postando-se a minha frente, bloqueando a visão do outro. Deduzi que fosse um intruso e que não era bem vindo, porém, quando o homem virou-se, apoiando a mão com o copo na coxa, seu olhar era amistoso, ou talvez bêbado.

 

-Da onde você saiu?

-Oi papai.

Papai?

-Jimin saia do meu balcão.

Em uma fresta entre a porta e o corpo de Namjoon, vi quando ele tentou olhar por cima do ombro dele, sem sucesso.

-O que me esconde?

-Nada. Agora, dê meia volta e conheça mais uma vez a saída.

- Por que está tão acanhado? O que eu fiz? - o homem sorriu largo, como se adivinhasse o que Namjoon escondia em suas costas. - É um presente?

-Não.

Namjoon já estava perdendo a paciência com o amigo e agitou-se, quando Jimin pulou do balcão, não para sair como foi pedido mas, para verificar o que escondia.

 

Quando os olhos azuis fitaram-me, Jimin abriu um grande sorriso, não para mim, mas para ele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-Eu não acredito.



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