História Sweet Dreams (Jimin Long Story) - Capítulo 4

-Isso não é um sonho Jimin. – Hoseok fala. – Você precisa tomar ciência disso.

-Eu não sei mais. – Faço uma pausa. – Eu não sei mais o que é real e o que imaginação. Parece que as duas coisas então sempre em choque, em conflito, ligadas.

-Segundo o que você me conta. – Hoseok diz de forma lenta. – Nos seus sonhos você está sempre fugindo dessa figura sem rosto e da sombra. Mas você sente que eles são a mesma coisa.

-Sim, ao mesmo tempo que não. – Falo franzindo as sobrancelhas. – Acho que elas têm a mesma origem, mas não o mesmo propósito, sabe?

-Você tem que parar de fugir. – Hoseok fala após refletir por uns instantes. – Você tem que encarar isso. Talvez essa seja a única maneira de você saber o motivo desses sonhos e finalmente conseguir pará-lo.

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Mais uma vez eu estava com medo, mais uma vez eu estava correndo. Eu estava em uma cidade, fugindo novamente da sombra. Achando que talvez funcionasse, me escondo em um parque, embaixo de um brinquedo. Eu sentia a escuridão cada vez mais próxima.

-Pare de fugir. - A voz de Hoseok me surpreendeu e acabei saindo do esconderijo.

Olho para os lados e a escuridão parecia finalmente ter ido embora. Mas antes que um suspiro de alivio escapasse de meus lábios, mãos gélidas envolvem minha cabeça. Me afasto assustado e vejo a figura sem rosto. Um pânico irracional surge dentro de mim. Eu queria correr, queria gritar, mas não conseguia. O homem sem rosto muda de forma, se tornando uma linda mulher loira. O pânico some, eu sentia que já a conhecia e que podia confiar nela. A mulher entende a mão e eu me aproximo. Ela sorri e coloca novamente as mãos ao redor de minha cabeça, fechando os olhos em seguida.

Talvez tenha sido telepatia, mas eu ouvi a voz daquela mulher em minha cabeça dizendo:

-Eles não querem que você descubra a verdade.

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Estava no banco do passageiro em uma van preta. Olho para o lado e vejo a loira sentada no banco do motorista.

-Eu preciso matar alguém. – Ela diz e um frio percorreu minha espinha. – Não se preocupe, é uma mulher.

Ela sorri de forma maligna e a escuridão se fez presente.

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Eu estava andando pelos corredores do Hospital. Quase não havia movimentação naquele dia.

Viro a direita no final do corredor e começo a descer umas escadas. Mas a medida que me aproximava do final ficava cada vez mais difícil de me mexer. Até que no último degrau eu já estava, praticamente engolido pelo chão, ou melhor derretido. Da minha cintura para baixo não havia mais nada.

Uma figura negra se aproxima. Olho para cima, mas era impossível ver seu rosto. Mas mesmo assim eu sabia que ela estava sorrindo ao mesmo tempo que estava furiosa.

-Admita. A culpa é sua.

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-Não quero mais. Não quero mais. Não quero mais. – Eu chorava em desespero.

-Se acalme, Jimin. – Hoseok dizia em um tom doce.

-Eu não aguento mais esses sonhos. Eu não aguento mais não saber o que é real e o que não é. Eu só quero que isso tudo pare. – O desespero tomou conta de mim.

-Sei que você é forte. – Hoseok fala. – Você vai conseguir enfrentar isso, eu acredito em você, Jimin.

-Mas... – eu já não tinha mais forças.

-Você não estará sozinho. Eu vou te ajudar a passar por tudo isso da melhor forma possível.

E naquele momento eu senti esperança. Talvez tudo acabasse bem no final.