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História Sweet Mystery - It's a honor


Escrita por: coldwatrr

Capítulo 2 - It's a honor


Justin's P.O.V

Após deixar Bianca em casa, busquei Claire no trabalho e seguimos a caminho de nossa residência. Passamos o caminho todo em silêncio, apenas ouvindo música, não levava 15 minutos do trabalho dela para o nosso apartamento. Notei que Claire estava estranha, não deu uma palavra comigo. Achei estranho, mas fiquei um pouco sossegado por saber que Claire era extremamente bipolar, conheço ela mais que ninguém, namoramos há 4 anos e já passamos por muitas brigas devido essa mudança de humor que ela tem. Mas enfim, cada qual com seus problemas. 
Chegamos em nosso apartamento e Claire foi diretamente para o quarto. Resolvi não perguntar o que estava acontecendo, pois era capaz dela gritar comigo sem deixar eu terminar a frase. Tomei um banho e logo em seguida Claire resolveu sair do quarto e tomou também, sentamos na mesa para almoçar e o clima estava péssimo, ela nem se quer olhava na minha cara. Terminei de comer e quando me levantei para ir lavar a louça, Claire me lançou uma pegunta.
— Justin? - Olhou séria.
— Pois não. 
— Quem é a aluna que você deu carona hoje? - Como diabos ela sabia disso? 
— Quem te disse isso? - Perguntei arqueando a sobrancelha, sem perder a pose de sério.
— Não me responda com perguntas. - Ela começou a alterar a voz. Claire era uma mulher maravilhosa, o que estragava era o ciúme doentio, ela já sentiu ciúmes até da minha irmã. Não tem lógica.
— Era a Bianca, Claire, filha da Senhora Parker.
— Eu não quero saber quem é a mãe de caralho nenhum. - Gritou.
— Ei, pra que isso? Eu estou conversando, não quero briga. Por favor, Claire. Ficamos noivos há uma semana mas se você continuar com esses estresses, aposto que não irá render muito. - Falei saindo da mesa e jogando as louças na pia.
— Justin, volta aqui! - Gritou vindo atrás de mim. — Então quer dizer que você quer terminar?
— Quem falou em terminar, sua louca? Eu só estou perdendo a paciência com você, tudo é uma briga, não sabe conversar como adulto. Pelo amor de Deus, assim não dá.
— O que que você queria dando carona àquela criança?
— Eu só estava sendo gentil, a mãe dela viajou à trabalho e como a casa dela fica muito longe da escola, ela pediu carona. - Expliquei. — Será que eu sempre vou ter que te dá satisfação de tudo?
— E o que ela queria pedindo carona a você? - Persistiu na discussão.
— Ela queria ir para casa. Ou você acha que ela pediu carona para ficar no calor desgraçado que tá aquele carro? - Ironizei.
— Justin, não me vem com suas ironias idiotas. Não vem.
— Claire, eu não quero nada com ela. Ela não passa de uma aluna, tá bom? Uma garota de 17 anos que não sabe nada da vida ainda. 
— Tá bom, Justin. Tá bom. Continue dando carona à essas putas que você chama de aluna.
— Continuarei mesmo. Gentileza gera gentileza, mas pelo visto você não sabe nem de longe o que é isso. - Falei e fui para a sala, liguei a TV mas só passava coisas entediantes, então resolvi preparar a aula de amanhã.
Estava preparando a aula do segundo ano e Bianca veio a minha cabeça. Aquela garota é um pedaço de mal caminho, como uma pessoa tão nova pode me deixar tão desorientado? Bianca entrou na escola em que ensino há 4 anos, mas do ano passado para cá começou a ficar um mulherão. Não falo mulherão apenas em questões fisiológicas, mas a respeito, também, de sua maturidade. Ela conversa como se fosse adulta e tem a mente totalmente aberta, o que me desperta muito interesse. 
Certo dia pedi para que ela ficasse na sala de aula, embora tivesse terminado seu artigo, queria que ela ficasse um pouco mais pois eu iria conversar com ela. Nada entre professor e aluno, mas deixei de lado, já que a supervisão da escola é super rigorosa e eu não quero faltar com ética profissional perante meus alunos. Quem sabe se em alguma carona da vida que ela me peça role algo. 
Me perdi em pensamentos e vi que não tinha preparado nada da aula de amanhã, resolvi focar no meu trabalho, amanhã teria duas aulas no segundo ano - infelizmente não no terceiro, - e preciso terminar o conteúdo todo amanhã mesmo.
Bianca's P.O.V
Acordei às 6h20 da manhã com o despertador alarmando sem parar. Levantei-me, tomei banho e fiz toda higiene matinal. Deixei uma torrada aprontando enquanto vestia o uniforme. Peguei o lanche e sai correndo e comendo ao mesmo tempo. Concordo plenamente com Carol quando ela me chama de atrasada. 
Cheguei na parada e em menos de 5 minutos o ônibus passou. Eu e os demais seguimos todo o trajeto, parei na parada próxima a escola e fui andando até lá. Chegando lá ouvi um “psiu”, olhei para o lado, era o Justin... 
— Quase perde a aula hein, senhorita Bianca? - Falou saindo do carro e travando o mesmo.
— É, acordei tarde e peguei o segundo ônibus. Você sabe como minha casa é longe.
— Sei sim. - Riu pelo nariz e seguiu me acompanhando. — Inclusive, sua mãe já chegou de viagem?
— Ah, não. Ela falou que chegaria amanhã à tarde, talvez. Talvez. - Ressaltei a última palavra.
— Então quer dizer que vou ter a honra de lhe dar uma carona hoje? 
— A honra é toda minha, professor Bieber... - Lancei um olhar e um sorriso com malícia e saí na frente. Parece que está realmente dando certo tudo que eu quero.

[...]

— Sim, Carol, ele me ofereceu carona. - Falei pela terceira vez a Caroline que ainda estava incrédula com o que eu havia dito. — E ainda falou que era honra, hein?!
— Bia, você arrasa, na moral! - Falou alto demais para quem tava em sala de aula.
— Posso saber o que as duas mocinhas estão conversando? - O tedioso professor de geografia perguntou e nós o ignoramos. — Se quiserem compartilhar com a turma fiquem a vontade. Mas se eu fosse vocês, prestaria atenção na aula que vão ganhar muito mais, caso contrario, podem sair da minha aula, melhor do que ficar atrapalhando a explicação. - Falou sarcástico e voltou a dar o conteúdo. Não tinha professor mais chato que ele. Na moral.
A aula do professor insuportável demorou um século para terminar, mas terminou. Parece que quando uma situação não nos agrada mais longa ela fica. É regra? Poxa. Logo, logo passaram as aulas de português, que eram após a de geografia e após a de português era o intervalo.
— Carol. - Falei baixo, quase em sussurro para a professora não escutar, mas a surda da Carol não ouvia. — Carol. - Falei um pouco mais alto e ela me olhou. — Olha isso. - Mostrei a mensagem que recebi de Carter, o irmão da Carol. A mensagem dizia o seguinte: 

“Vai fazer algo à noite? Se não, poderíamos fazer algo. O que acha?”

— Ele não desencana. - Ela falou no mesmo tom que eu e fez um sinal na mão como se dissesse “depois” rolando os dedos um pelo outro. Entendi o recado. Carol ama português.
Todas as aulas terminaram e desci para a saída da escola para procurar Justin, mas não o vi. Será que ele me deu um perdido? 
— Bia! - Ouvi Carol me chamar.
— Oi, meu bem. 
— Tenho um recado pra você. Acho que você vai gostar.
— Ai, Carol, não quero ficar com seu irmão não. — Falei estalando a língua no céu da boca.
— Que meu irmão o que, Bia. É sobre o Justin. 
— Ah, ele disse que me daria carona e sumiu. 
— Não, ele não sumiu. - Fiquei confusa mas continuei ouvindo. — Como eu passei no banheiro antes de ir, esbarrei com ele no meio do caminho, ele disse que hoje te esperaria no outro lado da escola, porque tem alguma pessoa aqui dizendo a noiva dele as pessoas que ele anda ou não anda. Enfim, vai lá e boa sorte. Me conta tudo mais tarde.
— Ai, muito obrigada, Carol! Conto sim, se rolar algo, né?!
Fui em direção ao outro lado da escola e ele estava com o carro estacionado, vi que destravou o automóvel quando cheguei perto e eu adentrei.
— Pensei que tinha me dado um perdido, Bieber. 
— Só se fosse uma emergência muito grave. - Me olhou de relance e ligou o carro.
— Carol me falou que tem alguém contando o que você faz na porta da escola para sua noiva. Foram dizer algo sobre a carona?
— Sim. - Respondeu seco. — Mas relaxa, já está tudo bem.
— Que bom, professor Bieber.
— Você pode me chamar de Justin só enquanto estivermos fora da sala de aula? Ficarei grato.
— Não temos essa intimidade toda, professor
— É meu nome, não precisa de intimidade para me chamar por ele. - Riu.
— Tudo bem, Justin. - Falei ressaltando o nome dele e rimos juntos.
— Você já está com 17, né? - Justin perguntou.
— Sim, por que? Sou muito nova?
— Eu tenho 29, 12 anos nem faz tanta diferença, ou faz?
— Poderia ter 40, Bieber. - Pensei alto.
— Como assim? 
— Você poderia ter 40 anos, iria continuar sendo muito bonito. Com todo respeito. - Alguém me explica de onde tirei coragem para falar isso porque eu não sei.
— Ah, você acha? Obrigada. Você também é muito bonita, muito mesmo. 
— Obrigada, Bieber. - Agradeci e ficamos em silêncio. — Pretende casar quando?
— Precisamos falar dela agora?
— Ué, ela é sua noiva e você provavelmente a ama, quando amamos alguém gostamos de falar dessa  pessoa a qualquer momento.
— A minha situação é complicado, Bia. Quando você crescer mais irá entender.
— Para de me tratar como criança, eu já sou bem grandinha e capaz de entender. 
— Para de me tratar como velho, então. - Brincou.
— Mas sem brincadeiras, Bieber, se precisar desabafar sobre, posso ouvir.
— É muita gentileza sua, Bianca.
Conversamos sobre assuntos de biologia e logo chegamos na minha casa. Percebi que ter uma conversa mais racional com o Justin e sem muita malícia é maravilhoso, ele é um homem incrível, a Claire é realmente muito sortuda.
— Obrigada pela carona, Justin. Você tem sido muito gentil. 
— Que nada, Bia. Te espero amanhã no mesmo local? 
— Seria uma honra. - Sorri para ele e recebi um sorriso de volta. — Vai fazer algo agora? 
— Além de ir para casa e ficar fazendo nada? Não.
— O que acha de entrar um pouco? - Convidei-o para entrar em minha casa, eu realmente tô ficando biruta ou algo do tipo, mas eu quero saber mais sobre a vida dele, além de outras coisas...
— Acho que a Claire não gostaria muito da demora, Bia. Podemos deixar para outro dia? 
— Ah, tudo bem, Justin. - Justin acelerou o carro, virei-me e andei em direção a porta, quando fui entrando olhei para fora e vi Justin dando ré, desceu do carro e veio até mim.
— Pensando bem, seria uma ótima ideia. - Falou ao chegar perto de mim.
O jogo está só começando...



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