História Sweet Revenge - Just be mine tonight

Point Of View Justin Bieber

“ É possível encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se lembrar de acender a luz...”

Nova York – Estados Unidos

Confesso que estava um pouco nervoso, o que não é normal, já que eu sou do tipo foda-se com as mulheres, só me preocupo em foder as vagabundas, mas com essa garota era diferente, ela mexe comigo de uma maneira inexplicável e isso provavelmente não irá terminar bem. Finalizei uns planos de roubos e de recebimentos de cargas, já que nada aqui segue sem o meu alvará final de liberação. Saí do escritório. Fui até o banheiro e dei uma última checada. Após isso peguei meu Audi r8 na garagem, acenei para um dos seguranças abrir o portão e arranquei de lá. Estava dez minutos atrasado e espero que ela ainda não esteja lá, porque aí eu serei a mocinha da história. Acelerei com o farol ainda vermelho, e dei uma freada brusca levantando fumaça e fazendo algumas pessoas me encararem assustadas. Estacionei o carro, o tranquei e sai indo para dentro do estabelecimento.

- Olá, o senhor gostaria de uma mesa? – um garçom veio até minha direção com um sorriso ridículo e enorme.  

- Não, não quero uma mesa, eu vim aqui só para ficar parado na porta e olhando para sua cara – revirei os olhos – obviamente que eu quero uma mesa, e para dois.

- De...desculpe, por favor queira me acompanhar – sorriu sem graça, ajustando a gola e saiu andando na frente e eu o segui.

- E para deixar claro, quero a melhor mesa desse lugar e o melhor atendimento também – disse sério e ele assentiu.

- Aqui está senhor, nossa melhor mesa e irei pessoalmente atendê-lo, para cumprir com todas as suas expectativas. – sorriu orgulhoso ao me mostrar uma mesa de madeira lustrada perfeitamente, com velas sobre a mesma, em sua lateral uma enorme janela de vidro com vista para a cidade e bastante reservada já que fora ela só haviam mais duas um pouco afastadas e ocupadas por dois casais cada uma. Não é o luxo no qual estou acostumado, mas transmite um ar romântico ao ambiente e aposto que Claire deve gostar dessas baboseiras.  

- Você vai me atender? E quem disse que até agora você está me dando um bom atendimento? – gargalhei alto e o cara ficou mais vermelho que seu saldo na conta do banco.

- Queira me perdoar, chamarei outro garçom para o senhor.

- Que isso cara, estou brincando – dei um leve tapa em seu ombro – você até que está dando para o gasto, agora mete o pé daqui, estou esperando uma garota, quando eu precisar de você, eu chamo.

- Sim senhor, com licença – acenou com a cabeça e saiu.

Fiquei uns trinta minutos a esperando, já estava agoniado e ficando irritado de tanto esperar, e se ela não viesse mais? E me desse um bolo, e eu aqui fazendo papel de idiota, ninguém faz Justin Bieber de idiota, quer saber vou embora. Levantei e já estava pronto para sair quando alguém cutuca meu ombro, me viro e fico estático, quase babando e literalmente.

Point Of View Claire Mitchell

- Vocês têm certeza que ele vai gostar? – me olhei pela milésima vez no espelho.

- Você está maravilhosa Claire, ele vai ficar de quatro por você – Charlotte apareceu atrás de mim e acariciou meus ombros, sorrindo.

- Lotte tem razão, está uma gata e essa noite o gatão não te escapa – Sof disse, se jogando na cama.

- É bom que as duas estejam falando a verdade e não só me bajulando porque somos amigas e depois me fazendo passar vergonha na frente dele. – disse, dando uma retocada no batom e uma última checada no visual. Até que eu não estava nada mal, para quem não tem nenhum tipo de relação sexual com um homem há um bom tempo, para falar a verdade, a vida toda. Mas isso ninguém precisa saber.

- Cala essa boca e vai logo, está mais que atrasada, ele vai pensar que deu o bolo nele – Sof disse e arremessou a chave do carro em mim.

- Caramba! Ele vai embora gente, preciso correr – lhes mandei um beijo no ar e sai apressadamente, indo até a garagem. Entrei no carro e fui para o Le’Coffe.

Ao chegar um gentil garçom me atendeu, perguntei sobre Justin, dizendo suas características para conseguir alguma informação, então ele pediu para que eu o acompanhasse e foi na frente, me levou até uma bela mesa com uma vista incrível, o clima daquele lugar era muito romântico e isso fez com que eu me sentisse bastante à vontade.  Me aproximei mais e lá estava ele, e realmente por pouco não foi embora, devido meu atraso. Minhas mãos já começaram a suar de tanto nervosismo, então cutuquei seu braço, ele se virou e me deixou deslumbrada, estava lindo demais. Eu quis pular no colo dele e lhe roubar um beijo.

- Oi Justin – sorri sem graça, pela forma que ele me olhava.

- Oi Claire, você está linda – coçou a cabeça dando um sorriso de canto, toda aquela pose de durão e todo brincalhão cheio de si, por um instante desapareceu.

- Obrigada, você também está muito bonito – sorri

- Obrigado, agora chega de frescura e vamos nos sentar logo. – puxou a cadeira e se sentou.

- Justin! – cruzei os braços, alegria de pobre dura pouco, não sou pobre, mas ditado é ditado né.

- É brincadeira gata – ele deu uma risada tão gostosa e contagiante, que não me aguentei e tive que rir também. Se levantou vindo até mim, puxou a cadeira para que eu me sentasse e depois voltou para o seu lugar.

- Que piadista você né? – debochei.

- Ainda não viu nem metade das minhas qualidades Claire – me encarou de uma maneira tão sexy, que quase tive um orgasmo ali mesmo.

- É... O que vamos pedir? – mudei de assunto, antes que caísse da cadeira de tanto que minhas pernas estavam bambas, sou incapaz de explicar as sensações que sinto quando estou perto desse garoto e com tão pouco tempo o conhecendo, isso é loucura.

- Comi um lanche enorme hoje mais cedo, não estou com muita fome, só um choppe mesmo por enquanto. E Você?

- Vou querer apenas um café – sorri

Então ele levantou o dedo, chamando o garçom, que veio até a mesa com um cardápio em mãos, anotou nosso pedido e saiu.

Point Of View Justin Bieber

Ela estava tão linda, com um vestido preto e justo, com alças finas, um caimento perfeito em seu corpo maravilhoso, com um louboutin bege e vermelho no salto, realmente um espetáculo de mulher e claro gostosa pra caralho, precisei me segurar para o amiguinho aqui em baixo não dar sinal de vida na hora errada. Não me importaria de ficar a noite inteira apenas ali parado a admirando. Confesso que fiquei completamente aliviado por ela ter ido e não me dado o cano, eu não deveria me importar, pois tenho qualquer garota que eu quiser aos meus pés, mas sim eu me importava, nem eu mesmo sabia a merda do porque ela mexia assim comigo, mas me importava.

Fiz os pedidos e percebi que ela estava bastante tímida e o silêncio pairava sobre nós.

- Me fala sobre você Claire? O que faz da vida? – perguntei, quebrando o silêncio.

- Bom... Eu não faço nada especificamente, terminei a escola há pouco tempo e ainda não decidi sobre o que fazer, que carreira seguir – respondeu, e percebi desconforto em seu olhar. – E você Justin?

- Acho muito cedo para você saber sobre a vida que levo, talvez não lhe agrade.

- Como assim? Por que não me agradaria? Você é o que, um assassino? Um traficante? Ou sei lá rouba as pessoas? – deu risada.

- Um pouco de tudo – sorri sarcástico.

- Sério? – franziu o cenho e sorriu, e confesso que estranhei sua reação, ela não reagiu como eu achei que reagiria, e nem pareceu ter levado na brincadeira, mesmo sendo verdade claro.

- E se for verdade, você teria algum problema em relação a isso? – ela me encarava de forma misteriosa, não fui capaz de decifrar. E quando abriu a boca para responder o garçom apareceu e nos interrompeu.

Ele nos serviu, acenou com a cabeça e saiu. Dei uma golada na minha cerveja e fiquei parado um tempo a observando e ela fazia o mesmo, enquanto bebericava seu café.

- Ainda não respondeu minha pergunta – abri a boca novamente.

- Preciso que você me explique melhor, aí poderei responder – me fitava cautelosamente.

- Esquece, aqui não é lugar para termos essa conversa e muito menos no primeiro encontro – eu disse mesmo a palavra “encontro”, qual é Justin que baitolagem.

- Suas palavras me deixaram ainda mais curiosa, mas tem razão, teremos muitas outras oportunidades para conversar sobre assuntos mais sérios – sorriu e não pude conter meu sorriso ao ouvir “ teremos muitas outras oportunidades”, ou seja, ela pretende sair comigo outras vezes.

- Agora me conte, você tem família? Tipo mora sozinha ou com seus pais?

- Bom, minha mãe morreu quando eu era bem pequena, e eu só tinha meu pai, mas ele também morreu há uns três anos atrás e agora sou sozinha no mundo.

- Ah me perdoe, não sabia, sinto muito por sua perda.

- Não se preocupe, estou bem, quer dizer um dia ficarei, talvez... – sorriu sem mostrar os dentes e pude ver uma pequena lágrima se formando em seus olhos. E com isso me senti um idiota por ter feito essa pergunta estupida e tê-la deixado assim.

- Sério, me perdoe mesmo, não queria te ver assim – dei uma longa golada na cerveja e abaixei a cabeça.

- Ei Justin, não se preocupe, sério! Não sou exatamente sozinha, tenho uns amigos que moram comigo e cuidam de mim, são muito especiais. E você, tem família aqui?

- Tenho, mas eles moram no Canadá, faz um bom tempo que não os vejo, mas eles são uma das coisas que eu mais amo no mundo, minha mãe e meus irmãos principalmente, não me perdoaria se algo acontecesse com eles. – disse e fiquei olhando para o nada, pensativo.

- Imagino o quanto os ame, não entendi bem porque poderia acontecer algo de ruim a eles, mas sei o quanto faria de tudo para protege-los do que lá que fosse – me enviou um sorriso confortante e colocou sua mão sobre a minha e nossos olhos se encontraram, ficamos assim por uns minutos e tive uma vontade louca de beijá-la, mas não o fiz.

- Vamos dar uma volta? – perguntei, dando o ultimo gole e deixando o copo vazio.

- Claro – ela assentiu e dei um aceno para o garçom trazer a conta, paguei e fomos para fora, estava muito frio, então dei minha jaqueta para que ela vestisse.

- Obrigada – sorriu e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, pensei que não fosse possível, mas a cada gesto ela fica mais bonita.

- Então Claire, você já namorou? –

- Já, com um garoto do meu internato, por uns dois anos, que loucura, eu era boba demais, mas gostava mesmo dele, na verdade, o amava.

- Entendi – não gostei da ideia de saber que ela já amou outro homem na vida, que não fosse eu, claro que está cedo para falarmos de amor, mas mesmo assim, queria ser o único.

- Até ele me trair com a garota mais puta do colégio e eu descobrir o quão babaca ele era – virei para o lado, tentando esconder minha risada vitoriosa ao ouvir aquilo.

- Não tem graça Justin, estou vendo você rir – merda ela viu, e isso me fez rir mais ainda, só que dessa vez gargalhando alto. – Posso saber o que tem de tão engraçado no fato de eu ter sido corna?

- Nada, só fiquei feliz em saber que agora deve odiá-lo e nunca voltariam – dei de ombros.

- Então temos alguém aqui com ciúmes? – franziu o cenho.

- Ciúmes de você? Ciúmes eu tenho dos meus carros – disse, colocando as mãos no bolso da calça.

-Ei! Está dizendo que os seus carros valem mais que eu? – deu um empurrão leve no meu braço.

- Claro que não baby – coloquei os braços em volta do seu ombro e rimos em uníssono. Virei para encarar seus olhos e ela me encarou de volta, não aguentava mais me segurar, então empurrei o corpo dela contra a parede de um prédio que tinha ali, ela deu um pequeno gemido por ter batido as costas, segurei seus cabelos com uma mão e com a outra alisava seu rosto, analisando cada mínimo detalhe daquela beleza tão exuberante e delicada. Ela me abraçou grudando mais nossos corpos, coloquei a mão esquerda sobre sua cintura nos unindo cada vez mais e nossa respiração ofegante já era perceptível e foi diminuindo conforme aproximava meu rosto do seu, até que não sobrou mais espaço algum entre nós, eu a beijei.

“Geralmente, esses momentos não duram muito; eles vão e vêm como a brisa do mar. Mas, às vezes, se prolongam para sempre. ”