História Sweet Revenge - Não toque em mim

-Quarto de L-

Em suas horas livres, L gostava de ficar no quarto lendo livros para aumentar sua inteligência, não era muito ligado em diversões assim como as outras pessoas daquele lugar.

Enquanto ele lia um de seus livros, alguém bate na porta.

L levanta-se da cama e deixa seu livro na mesma, caminha até a porta e a abre.

-Uma mocinha que não se identificou mandou-lhe doces-Um rapaz de boné, cabelo preto e roupa vermelha com o logotipo de alguma empresa diz, em seguida estica as mão com uma caixa cor azul.

-Obrigado-L agradece com desconfiança e pega a caixa de doces.

-Só preciso que assine aqui-O rapaz diz dando para L uma folha e uma caneta

L pega a folha e a caneta, apoia na parede e escreve, em seguida entrega ao rapaz.

O rapaz agradece, L fecha a porta e senta-se animado em sua cama. Abre a caixa e depara-se com várias rosquinhas de vários sabores. Ele arregala os olhos e pega sua primeira rosquinha, sabor chocolate. Ele dá uma grande mordida na rosquinha, quase a comendo inteira em uma mordida só. Lambe os lábios e coloca o restante do pedaço em sua boca.

Do lado de fora do quarto, o rapaz caminha lentamente com um grande sorriso no rosto, só parando quando chegou ao quarto de Light. Entrou no quarto e fechou a porta.

-Hora de ver seu nome!-Light diz consigo mesmo. Sim, o rapaz dos doces era Light.

Light olha atentamente para a folha que L assinou, com um imenso sorriso no rosto. Seu sorriso some quando ele finalmente lê o que L escreveu: “Anônimo”.

Light fecha a cara e coça a cabeça. Bufa de raiva e rasga o papel em várias e várias partes.

Após fazer o estrago com a folha, arranca a peruca negra e tira o uniforme falso que usava. Coloca de volta sua camisa social branca e arruma sua gravata. Respira fundo e retira-se do quarto.

-Era um plano fraco, óbvio que não daria certo-Light fala consigo mesmo.

“Se ao menos aquele Shinigami inútil ajudasse em alguma coisa. Mas nem para encontrar a droga do falso Kira ele serve!”-Light pensa e em seguida bufa de raiva.

Light caminha lentamente até o quarto de L, bate três vezes na porta e após 13 segundos ela é aberta.

-O que faz aqui?-L pergunta sem expressão

-Preciso ter motivos agora para te ver?-Light pergunta franzindo a testa.

-Se você viu aquele cara dos doces e veio aqui roubar minhas rosquinhas, saiba que eu não vou dividir-L diz sério como se aquilo fosse a coisa mais séria do mundo, o que fez Light soltar uma curta risada.

-Eu nem sabia de rosquinha nenhuma-Light diz e volta a rir

-Não há rosquinhas, eu estava brincando-L diz sério novamente, fazendo Light rir ainda mais.

E quem lhe deu o presentinho?-Light pergunta e dá um sorriso malicioso, cutucando o amigo com o cotovelo.

-Eu não sei, era uma garota pelo que ele falou, mas não disse quem-L responde

-Quer dizer que você está arrasando corações aqui enquanto eu continuo solteirão?-Light diz fazendo falsa cara de bravo.

-Perdão se eu sou mais bonito que você-L diz e solta uma risada

-Ei! Isso não é verdade!-Light diz arregalando os olhos e dá um soco um pouco forte no braço de L.

-Isso dói-L diz esfregando seu braço

-Me desculpe. Você é realmente bem fraquinho-Light diz e em seguida dá uma risada. Coloca suas mãos no braço do rapaz no local em que ele o havia socado.

-Você deveria ser mais delicado-L diz recuando ao Light tocá-lo.

-O que foi?-Light pergunta franzindo a testa

-Está doendo, não quero que me toque-L diz dando um pequeno passo para trás.

-Desculpe, eu realmente dei um soco um pouco forte. Deixe-me ver se o machucou-Light diz aproximando-se de L. Light pega em seu braço e lentamente vai levantando a manga de seu casaco.

-Eu disse para não me tocar!-L grita e empurra Light, fechando logo em seguida a porta. Ele encosta-se na porta enquanto Light gritava seu nome e socava a porta várias e várias e tentava abri-la. Depois de alguns segundos assim, Light desiste e sai andando normalmente.

-Eu pedi para não me tocar-L diz encostado na porta enquanto ia escorregando e alcançando o chão.

“Por favor, apenas vá embora
O que quer de mim? Por que está pegando em minha mão?”-Don’t Touch Me (Ailee)

Enquanto Light caminhava normalmente para fora do corredor de dormitórios, ele pensava consigo mesmo:

“Nunca o vi gritar assim. Na verdade, nunca o vi gritar. Também nunca vi alguém assustar-se e recuar desse jeito por causa de um toque. Esse cara é louco, precisa urgentemente de ir para um sanatório”.

Light balança a cabeça como se despertasse de seus pensamentos e caminha para o refeitório, em busca de algo para beber.

Ele caminha para uma máquina de suco e insere uma moeda, saindo logo em seguida uma lata de suco de uva.

-Meu preferido-Light fala consigo mesmo e abre a lata, em seguida toma um gole.

-Near e Misa-

-Você vai ficar bem?-Near pergunta soltando a mão da garota.

-Na verdade já estou, foi só um susto-Misa diz abrindo um sorriso

Eles ficam em silêncio por alguns segundos, até que Misa o quebrasse:

-Aconteceu alguma coisa?-Misa pergunta desmanchando o sorriso em seu rosto.

-Não. Por que a pergunta?-Near pergunta franzindo a testa

-Você não parece bem para mim-Misa responde

-E como você tem tanta certeza?-Near pergunta sem fazer expressão.

-Intuição feminina-Misa responde e sorri para Near.

Os dois ficam novamente em silêncio, sendo quebrado por uma enfermeira que entrou no quarto.

-O horário de visita chegou ao fim, Misa precisa descansar. Ela terá alta em breve-A enfermeira diz olhando para Near.

Near assente com a cabeça e retira-se do quarto, deixando Misa sozinha com a enfermeira que cuidaria dela agora.

-Foi só um susto, ela não vai morrer-Near fala consigo mesmo e volta a caminhar pelos corredores, dessa vez sem prestar atenção nos médicos, famílias e pacientes, pois não queria que suas memórias daquele dia voltassem. Ele não parou de caminhar até que encontrasse finalmente uma porta aberta com uma placa escrito “Saída”.

-Noite, Boarding School Keon-

Os alunos estavam no refeitório jantando, mas Light estava em seu quarto e L no dele.

Deitado em sua cama, Light começa a pensar em voz alta:

-Por que eu sinto que há algo de errado com ele? Não que eu me importasse, mas não sou também um monstro...

Light pensa em voz alta e fica em silêncio por alguns segundos, depois retorna:

-Tanto faz, ele é só um inimigo que será eliminado em breve, não é como se todo fingimento de que eu gosto dele fosse fazer algum efeito real sobre mim.

Mais alguns segundos de silêncio...

-Ele é um cara legal, mas me atrapalha... Não é como se eu fosse o deixar viver só por ser um cara legal... Cansei, estou com fome!

Light levanta-se da cama e retira-se do quarto.

No meio do caminho pelos corredores, Light lembra-se de L, e imagina que ele não tenha saído para comer. Na verdade, raramente ele o via comer comida de verdade, todas as vezes que Light vira L comer, era alguma espécie de doce.

Light fica parado no corredor por alguns segundos, decidindo se chamaria L ou não.

-Acho que com aquela ceninha que ele fez, talvez não queira sair. Eu não deveria me preocupar com isso... Além de já ser um adulto e saber cuidar de si mesmo, é meu inimigo. Então se ele morrer de fome ou diabete, um problema a menos para mim-Light pensa em voz alta e volta a caminhar.

-L-

Ainda sentado no chão, encostado na porta, L pensa em voz alta:

-Por que fingir que se preocupa? Eu sei que ele não é mau, só precisa trabalhar um pouco mais seu lado bom. Mas não quero que toque em mim, não quero que descubra minhas dores. Eu só... Não quero ser tocado outra vez.

“Seu rosto assombra todos os meus sonhos que já foram agradáveis
Sua voz expulsou toda a sanidade em mim”-My Immortal (Evanescence)