1. Spirit Fanfics >
  2. Sweet Revenge >
  3. I Can't believe!

História Sweet Revenge - I Can't believe!


Escrita por: focusnavy

Notas do Autor


Hey! Atrasei um pouco, mais tentei. Perdoem os erros desde já, não revisei pq tô com sono, boa leitura.

Capítulo 11 - I Can't believe!


Hilary Blake p.o.v

Eu estava fitando ele dormindo, o corpo cheio de tatuagens, os músculos não tão volumosos, o cabelo dourado, a boca, a pele. Sua respiração calma, e aquilo, bom me fez sentar no chão do quarto e colocar a cabeça entre o joelho, abraçando as minhas pernas.

Eu tenho que evitar esses momentos com ele, esses malditos momentos que eu me esqueço da verdadeira razão por eu estar aqui. Ele não pode me acolher daquela maneira, eu não posso beija-lo e abraça-lo quando algo de ruim acontece.

É a morte dele que me interessa.

Eu estou tentando colocar na cabeça que meus planos são os mais cruéis, são os meus objetivos, a sua ruína é meu objetivo.

- Tá tudo bem?! - Dou um pulo de susto e olho pra cama vendo ele me olhar com certa preocupação - Por que está aí no chão frio?

- Ainda estou com falta de ar - minto e ela faz sinal pra eu deitar na cama - Eu vou pra casa - Sorrio fraco.

- Vai pra casa às duas da manhã?

- Saudades da minha cama linda - Sorrio forçado e ele ri.

- Pra que uma cama linda quando se tem um homem lindo e gostoso numa cama cheia de espaço?

- Que homem? - Digo - o loirinho?! - implico e ele bufa.

- Qual é, Hilary, eu sou mais gostoso! - Se gaba e eu reviro os olhos.

- Metido - murmuro e ele ri - Humildade é o que te falta.

- Falar a verdade não é ser desumilde - sorri e eu desvio o olhar.

- Eu tenho mesmo que ir. - Digo e ele assente derrotado.

- Amanhã, depois do almoço temos uma reunião e depois vamos para o galpão, onde Bruce está.

- Galpão? - Pergunto interessada, é bom saber dos esconderijos de Justin.

- De tortura, se não aguenta ver sangue, muito sangue, nem tente entrar lá.

Eu já estou mais do que acostumada com isso.

- Se eu não aguentar eu saio - Digo e pego meu vestido, retirando sua camiseta - Obrigada! - agradeço e jogo a camiseta nele. - Você sabe onde está minha arma? - pergunto desesperada.

- Está na sala, em cima da mesa de centro, Charles pegou.

Assinto e ele se levanta me acompanhando até a sala. Pego a arma e suspiro aliviada indo para a saída entrando no meu carro.

- Não está esquecendo de nada - pergunta, eu sei o que ele quer.

- Acho que não - digo.

- Quero um beijo da minha amiga colorida - diz sarcástico.

- Eu… vamos dar um tempo nisso de amizade colorida - Fecho os olhos suspirando.

“Mate-o Hilary, foque na vingança, lembre do seu pai.”

- Por que? - diz visivelmente confuso.

- Porque eu prefiro o loirinho - Explico e saio dali.

[...]

- Então Bruce Stanford está no galpão do Justin? - Lana pergunta depois de eu ter explicado tudo correndo, assim que cheguei fiz questão de arrasta-las pro escritório, tudo relacionado à Bruce e à Blanco causou um nó na minha mente.

- Ele está lá com um cara, pau mandado de Blanco - suspiro enquanto Amber faz os curativos no meu rosto, onde Stanford socou.

- E o que te intriga? - Ambbie questiona.

- Blanco me sequestrou aquele dia sabendo bem que eu ia conseguir me virar - faço uma pausa - ele apenas me sequestrou e nem se quer mandou que me torturassem, aquilo foi como um aviso.

- Aviso? - As duas perguntam.

- Ele matou uns quatro seguranças de Justin, ameaçou a mãe,  explodiu a boate, contratou Bruce para mata-lo! - cruzo o cenho - ele está agindo com Justin, e se comigo ele ainda não fez nada prejudicial, é porquê eu sou um caso mais delicado, Blanco está fazendo algo grande contra mim.

- Tem noção do que seria? - Amber termina e se apoia na mesa.

- Não tenho idéia - mordo o lábio inferior - e não tenho nada sob controle, nada.

- Continua amiguinha do Bieber - Lana diz - ai você transa, ajuda a pegar o Blanco e depois você mata.

- Amber, quero um certificado falso da marinha e da aeronáutica, quero que nele você coloque que eu fiquei somente alguns meses servindo o exército americano - abro o notebook - quero que você entre no sistema da Casa Branca e acesse os dispositivos de segurança do país, coloque o meu nome nos novatos da Marinha Estadunidense, falsifique tudo; Meu histórico escolar, certidão de nascimento, tudo. Troy e Christian estão de marcação comigo, e eu preciso de ter tudo nos eixos para enganá-los - relaxo na cadeira - Eu pensei muito, garotas, não posso vacilar, Justin está caindo na minha, preciso que continue assim.

- Consigo falsificar em três dias - Amber afirma e eu sorrio fraco assentindo.

- Lana, hoje é o carregamento - digo - quero que monte uma estratégia invejável, sete seguranças para pegar as drogas do Bieber, se disfarce, eu vou estar com ele na hora esperando a carga, seja rápida e faça o que se tem que fazer, se não conseguir roubar a carga, exploda - ordeno e ela afirma.

- Vai ser o segundo caminhão que vai explodir com cargas, ele não vai desconfiar? - Pergunta e eu fico sem saber o que falar - Posso ficar no local escondida e atirar nos pneus, o caminhão vai passar pela ponte, se eu fizer  perder o controle e ele cai no rio. Adeus carga do Bieber - diz e eu aplaudo.

- Arrasou! - Amber boceja - podemos ir?

- Vão - dou risada - boa madrugada.

- Até mais, ruiva - Se despedem e eu me inclino pegando o testamento do meu pai, ao lado tem uma foto nossa grampeada.

Esse sorriso do coroa mais maravilhoso do universo simplesmente me fez sorrir e lembrar de todas as vezes que ele me protegia, das vezes que eu reclamava por andar cheia de seguranças, de quando ele me ensinou a dirigir, tudo veio na minha mente.

Será que ele está orgulhoso de mim? Será que ele vê o quanto eu estou lutando pra conseguir vingar sua morte?

- Eu te amo, pai - digo sentindo meus olhos queimarem - eu prometo que eu vou acabar com ele - acabo soluçando - ele não podia ter tirado você de mim, não podia.

Meus pensamentos ficaram dispersos o dia todo, resolvemos sair pra almoçar em um restaurante tailandês muito ruim, depois, Lana, quis ir em uma loja pra comprar uma bota nova e levou sete sapatos, eu reclamei, reclamei e reclamei, e juro que eu preferia ter ficado reclamando ao saber que tinha que estar na casa do otário em vinte minutos, antes de ir pra lá - já que eu sabia que iria ficar o dia todo atarefada com a minha “equipe” -. Entramos em casa e eu vejo Reymond na sala andando de um lado para o outro.

- O que faz aqui?! - pergunto.

- Eu queria pedir desculpas, Hill - Ele suspira - só queria te ajudar e… tentar fazer com que você se sinta bem e te dar conselhos como seu pai fazia. - O encaro - não é a mesma coisa mais é algo.

- Eu sei que você se preocupa, só… fica na tua. - digo rude, ele ousou em erguer a mão pra mim, ninguém faz isso, e se faz, eu faço pior.

- Você é como uma filha pra mim - ele diz e eu começo a subir as escadas pra me arrumar, ainda tenho um carregamento para elaborar, o mesmo que minha equipe vai colocar uns pauzinhos para dar errado.

Olho no relógio vendo que já são três da tarde, provavelmente estou atrasada, e o Senhor Chatice odeia atrasos. Me deito na cama e suspiro pesadamente, vejo os lençóis  e me lembro da nossa tarde.

Foi uma tarde muito quente, e por mais que eu odeie admitir, ele é muito bom. Justin sabe como usar as mãos, a boca, o corpo. Ele sabe pegar, sabe levar uma mulher à loucura somente com o olhar, o jeito que ele molha os lábios faz qualquer uma gozar, as tatuagens, tudo, exatamente tudo é convidativo ao sexo.

Ele é a perdição, e eu sinto que quero me perder, é como se nesse momento eu estivesse sentindo seu cheiro impregnado no meu lençol, isso me trás as sensações que ele provocou.

Eu tenho que me cuidar em relação à isso, é uma escolha errada querer transar com meu pior inimigo, mais ao mesmo tempo parece tão certa, é tão… confuso.

Justin muda de uma hora pra outra, quando chegamos do jantar desastroso, ele parecia ser  precavido, cuidadoso, carinhoso… mais depois eu sei que ele vai mudar.

Aquele papo de ele se importar comigo, foi só enganação!

Resolvo levantar e ir até a reunião, ele deve estar irado com o eu atraso.

Suspiro entrando na garagem e vejo o lugar do meu impala vazio, o concerto vai demorar um pouco, juro que quando eu achar Blanco, eu vou estourar os miolos dele.

Entro na Range Rover e saio dali checando se a arma está no porta-luvas.

O caminho foi curto, assim que cruzo os portões estaciono rapidamente e entro vendo Amélia limpando o chão, onde parecia ter algum tipo de bebida.

- Boa tarde, Amélia! - digo.

- Olá, Senhorita, Justin está no escritório te aguardando. - diz e eu assino passando por ela, Amélia é a mais suportável aqui.

- Ryan, os seguranças vão em uma van e… - Christian para de falar quando eu entro.

- Atrasada! - Justin diz com uma cara nada boa, deu para entender que ele está num péssimo humor.

- Continuem a falar - pego o celular  tendo uma idéia.

- Não vai entender com o celular nas mãos, ainda mais que é a sua primeira vez roubando drogas - Justin diz e eu me seguro para não rir.

- Tudo bem - tendo parecer aflita - diga - esfrego as mãos umas nas outras ainda com o celular desbloqueado em mãos.

- Como eu estava dizendo - Beadles me encara - os seguranças irão em imã van - aperto o áudio do celular mandando uma mensagem de voz para Lana - Serão dez homens, trinta e sete quilos de Cocaína e sete quilos de ecstasy - isso é muita coisa! - Justin, você vai estar na rotatória da pista, entre a Saint Davis Street e a Highway Avenue -  Ele mostra em um mapa e eu continuo a gravar - Ryan e Chaz vão ficar há duzentos metros de distância, perto da descida do lago.

- Posso fazer uma pergunta? - digo.

- Já fez, agora cale a boca - Justin diz rude e eu reviro os olhos.

- Se eu fizer algo errado, a culpa não vai ser minha.

- Fala, ruivinha - Ryan diz e eu suspiro, ele é um babaca - fala pro papai aqui o que foi?

- Certo, papai - dou risada - se a carga é pro Bieber, por que vão ficar assim? - pergunto - sabe, nessas posições de ataque, segurança e etc…

- Porque Blanco pode aparecer - Justin diz sem olhar pra mim - Ou qualquer outro que saiba do carregamento - dá de ombros - dessa forma que estamos planejando, ninguém consegue roubar, estaremos preparados para qualquer coisa!

Isso fez eu me arrepiar e engolir em seco.

Lana e Amber! Puta  merda,  fodeu!

- Outra pergunta? - Beadles indaga.

- Não - digo seca mexendo no celular.

“ escute o áudio e mude os planos! Cuidado!”- envio para Lana que logo vê, bloqueio e presto a atenção nas palavras de Justin.

- Quando chegarmos, eu vou falar com o motorista e pagar, os homens vão transferir a droga para as duas vans e nós vamos acompanhar o procedimento. - Assinto prestando bem a atenção - Charles, você vai ficar vigiando pra ver a tem polícia, apesar de ser bem difícil na fronteira em que iremos receber o carregamento, quero todos bem armados, Blanco está à solta! - Ele diz e nós assentimos - Vamos treinar - ele diz - não é algo grande, porém se trata de Blanco, estão, é bom treinar.

- Tem um medo fodido dele, huh? - provoco saindo dali atrás de Ryan.

- Antes eu o temer do que a minha família - Ele passa reto e eu continuo a andar - Pode ter certeza, comigo ele pode fazer tudo, Hilary, mais a partir do momento que ele envolveu minha mãe, ele comprou a morte - Diz e eu engulo em seco - Guarde seus deboches pra você, eu tenho uma família pra defender, ao contrário de você, que é sozinha.

Isso fez meu chão sumir, eu não tinha ao menos pai, e de quem era a culpa?!

- Eu não sou sozinha! - Digo e ele ri.

- Você é sozinha de espírito, de caráter, de tudo - diz e eu sinto meu coração apertar sentindo vontade de gritar, no fundo eu sei que estou sozinha, e quem eu tinha, se foi. - Por isso zomba, não é tua família que tá em risco.

Certo, as lágrimas já estavam ardendo meus olhos, eu o encarei com tanto ódio, que eu juro ter revelado todos os segredos de mim através dele.

Justin me olhou, parecia arrependido, mas logo tomou postura e saiu dali, trotando pela casa.

Respiro algumas vezes abaixando a cabeça e pego fôlego, onde eu fui me meter?!

- Ele tá estressado, Hilary - Ryan se aproxima de mim e eu o encaro com frieza - Hoje seguiram a Jazzy quando Pattie à levou na casa de uma amiga- ele diz e eu arregalo os olhos - Pattie ligou e… Justin está mal.

Isso explica em parte, mas custava ele ser menos grosso? Custava ele não jogar na minha cara que eu sou sozinha e vou morrer sozinha?

- Isso não é problema meu. - E realmente, não é.- vamos logo - digo e bufo saindo desse inferno.

- Eu sei que se importa, Hilary - Ryan diz antes de entrar em seu Bugatti - Eu sei que ele se importa também.

Entrei no carro e deixei que eles fossem na frente, para que eu gravasse o lugar e usasse isso ao meu favor.

Com a mão no volante eu elevei o olhar para o retrovisor vendo meus olhos com lágrimas, deixei com que elas caíssem.

Eu estou com tanta raiva, que a dor por dentro está se tornando física.

“  Guarde seus deboches pra você, eu tenho uma família pra defender, ao contrário de você, que é sozinha “

Sua voz rouca invadiu minha cabeça fazendo-a latejar, eu queria gritar e atirar nele até ele morrer, queria ver ele pedindo piedade de joelhos.

Mais eu não posso, não agora!

Primeiro eu tenho que descobrir mais sobre Blanco, Justin é minha fonte no momento.

Dirijo por mais alguns minutos e nós entramos em um túnel, saindo em uma garagem enorme, os garotos estacionam e eu analiso o local.

Um verdadeiro campo de treinamento.

Desço do carro e cruzo os braços vendo eles abrirem os cadeados e Justin coloca o dedo numa plataforma, fazendo a porta destrancar.

Ryan me olha e sorri, ignoro e eles entram, ficando somente eu e Justin na entrada.

Nos encaramos e ele dá espaço pra eu passar, entro no local vendo um espaço cheio de computadores e armamentos nas paredes, isso deve ter mínimo uns quinhentos metros, só nessa sala, e parece ter muitas.

- Aqui é onde o Christian trabalha - Ryan diz e eu continuo olhando o local, sem mostrar muita admiração.

- Pra sala de treinamento - Justin diz e eu apenas o sigo para uma das saídas entrando num campo gramado com paredes especiais para entrada e saída de som. - Pegue a Calibre 12, é melhor pra você que é nova nisso - Ele diz e eu pego vendo vários bonecos encapados na nossa frente - Bom, você sabe atirar, não sabe?

Para não dar na cara que eu sei muitas coisas sobre tudo isso, eu nego.

- Só sei com a minha arma, as outras eu não tenho prática.

- Você saiu comigo aquele dia pra ir encontrar com Blanco com uma AK-47. - Ele diz e eu dou de ombros.

- Eu tava com raiva - explico e ele se aproximar me fazendo recuar um pouco.

- Estica mais os braços, mantenha firmeza e… - Fixo o olhar no boneco sem ouvir uma palavra, sentindo Flashes na mente.

Flashback on

- É sério pai! - Olhei para a arma em cima da minha escrivaninha - Eu não sei nem pegar nisso - dei risada.

- Você sabe que eu não aprovo nem um pouco ter que te dar isso - ele disse - Mais é necessário, Hill - Se aproximou - Sabe que arma é essa?

- É a sua favorita, pai - falei sorrindo - Desert Eagle, como esquecer?

- Agora é sua - ele falou sorrindo mostrando os dentes alinhados - Espero que cuide da minha bebê - me abraçou.

- Vou ter muito cuidado, eu nem sei usar. - Sorri sem graça.

- Bom, ruiva -  Ele cruzou os braços me fazendo rir, eu amava aquele senso de humor - Vou te ensinar a atirar.

- Igual me ensinou a dirigir?

- Tipo isso - Caminhamos para fora do meu quarto descendo até a sala em que ele costumava treinar com os seguranças - A adolescente mais foda que eu já vi.

- E desde quando você fala palavrões, Marvin?! - fiz pose.

- Qual é, gatinha, quem nunca - Ele imitou um adolescente falando - Seu pai não é tão coroa assim.

- Eu sei, você é um gatão - Brinquei e ele me deu um fone de ouvido, nos posicionamos iniciando a simulação.

- Foca o olhar - ele disse - mira por esse pontinho vermelho aqui - Assim eu diz - Estique os braços e mantenha firmeza, na arma tem três munições, atire de uma vez até acertar o peito.

- Certo - Eu disse e comecei a atirar, o primeiro foi péssimo, o segundo também, o terceiro pegou na barriga, quando eu pensei que ele ia brigar comigo ele pegou da minha mão e carregou.

- Presta bem a atenção, filha - ele tomou distância e começou a disparar contra o boneco, três vezes, as três balas no peito, três tiros certeiros. - Quero que você aprenda, caso algum dia precise se virar - Beijou minha testa - Vai, ruiva, mais uma vez - ele disse e eu sorri.

Flashback off

“Guarde seus deboches pra você, eu tenho uma família pra defender, ao contrário de você, que é sozinha”

Aquela frase veio na minha cabeça logo após das lembranças, eu nem sabia mais o que estava fazendo, eu estava chorando… chorando diante dos garotos que estavam ali, e eu atirava com tanta raiva como se aquilo fosse preencher o lugar do meu pai ao meu lado, eu dei três tiros na cabeça e no meio do boneco havia um buraco, cada lágrima que caia eu sentia que meu ódio por Justin aumentava.

Justin Bieber p.o.v

Estava sendo interessante ensinar ela a atirar, até ela tomar o controle e parecer estar em outro mundo, em cinco minutos, Hilary começou a chorar apertando os dentes nos lábios para reprimir algo dentro de si.

- Hilary !? - Eu chamo ao ver que ela estava com as mãos vermelhas de tanto apertar a arma, ela continua a atirar e os garotos se aproximam - Hill, já chega! - puxo a arma de suas mãos e ela abaixa os braços deixando as lágrimas caírem, eu estou sem reação.

- O que foi? - Ryan pergunta e ela abaixa a cabeça encurvando o corpo soluçando alto - Você tá se sentindo mal?! - Ele segura ela e ela assente - Qual o problema? Tem algum trauma? - ele continua a perguntar e ela assente e me olha fixamente, juro que por trás desse olhar ela quis passar alguma mensagem.

Logo ela volta a chorar e eu me aproximo, na mesma hora ela recua.

- Sai - diz entre soluços, essa mulher só pode ser louca. - Sai de perto de mim… por favor - começa a caminhar para fora dali entrando na sala principal.

Vou atrás e puxo seu braço sentindo seu corpo bambear e ela cambaleia secando o rosto.

- Me solta - Ela me empurra relutante - Eu sei me virar sozinha - Soluça e eu entendo onde ela quer chegar - Eu sei me virar sozinha, afinal, não é isso que eu sou? - diz com ódio.

- Eu falei aquilo… - começo a falar e ela me interrompe.

- Eu sou sozinha de espírito, caráter, sozinha de tudo - faz uma pausa - então, me deixe sozinha - Se vira saindo dali - encontro com vocês na pista do carregamento.  

Realmente, fez eu me sentir mal, pior do que eu estava.

Jazzy e minha mãe sendo seguidas em  Stratford, e agora deu da ruiva ficar mais estranha do que já é. Hoje o dia está uma merda, está uma merda desde que ela foi embora é madrugada me deixando de pau duro. Nem um beijo a vadia me deu, ainda disse que prefere o tal loiro garçom de merda.

Eu sei que eu peguei pesado, mais ela precisava de umas verdades.

Se o que eu falei deixou ela brava, foda-se! Arrependimento é a última coisa que eu sinto.

O resto é pena.

- Ela foi embora - Ryan diz e pega a arma que ela usou.

- Hilary é traumatizada - Charles para ao meu lado e eu concordo - E esse trauma vai atrapalhar se você não a ajudar - me olha e eu sorrio repugnante.

- Ela que se foda! - Dou de ombros.

- Quem quis ela na equipe foi você, em menos de duas semanas você já acha que conhece ela o suficiente. - Christian para ao meu lado e eu desvio o olhar - Precisamos saber mais dela! Os traumas, família, tudo.

- Já sabemos que ela é da marinha e da aeronáutica - digo simples, qual é, o que uma mulher pode ter de tão importante, ela é boa pra equipe e claro, ela é a minha peça final - segundo Blanco - para saber sobre todo o império do tráfico da América do Norte.

- Você viu algum documento? Falou com algum parente próximo? - Beadles indaga e eu nego, pensando por esse lado, ele tem razão. - Descubra mais sobre ela, faça testes… sei lá, qualquer coisa - Ele bufa.

- Por que não leva ela hoje para ver Bruce e o Nicholas ? - Se refere aos caras que pegamos ontem no jantar - Bruce sabe muito e Nicholas muito mais… ele é pau mandado do Blanco. - Ryan diz e eu cortejo a idéia.

- Hoje depois do carregamento, os seguranças vão levar as drogas para o Depósito e nós vamos com Hilary até o galpão, torturamos e veremos se ela aguenta ver, se sim é porque o estômago é forte e treinou para isso no exército. - digo por fim e eles assentem.

[...]

Hilary Blake p.o.v

- Sério? - Lana diz incrédula - Olha, Justin é um cuzão! Foi ele que tirou seu pai, a única pessoa que você tinha pra chamar de família!

- Fraquejei - soluço tentando acalmar o choro, eu odeio mostrar fraqueza, mais hoje doeu muito, doeu o que ele falou, doeu as lembranças.

- Se acalma, hoje nós vamos atrapalhar o carregamento e…

- Não, Lana! - Digo firme - Aborde a missão de hoje, eles vão estar bem preparados.

- E agora? O que vamos fazer? -  Ambbie pergunta e eu sorrio de lado.

- Justin iniciou uma guerra comigo - me levanto - Prepare as máscaras do Coringa, em breve, teremos outro ataque.

Lana se levanta e assente animada, Amber sorri e as duas me abraçam.

- Você não é sozinha - ela diz - e você sabe bem disso.

Eu fiquei em silêncio absorvendo esse carinho maravilhoso e fechei os olhos.

- Nós vamos conseguir vingar, Hill, prometo - Lana diz e eu assinto ainda em silêncio.

- Vamos pegar ele e acabar com aquele desgraçado - Amber vai até a porta - Tenho máscaras para fazer.

- Tenho uma nova missão para esquematizar - Lana ri de lado e eu sorrio.

- Tenho um carregamento pra receber - Dou de ombros e elas dão risada. - Vai ser legal fingir que não sei pegar em armas direito.

- Vai ser hilário - Vejo Reymond entrar se pronunciando - Podemos conversar? - Assenti.

- Pode falar.

- Antes do seu pai ir atrás do Blanco, na missão que tirou a vida dele - Ele começa começa dizer e eu tomo postura - Ele disse que você era a garota mais sábia que ele havia visto, que apesar de ser filha de um malfeitor, você não via problemas, você achava ele o máximo. - Faz uma pausa - Eu me lembro que…que antes dele sair, ele me puxou pelo braço e disse “ A minha filha é a pessoa que eu mais amo, se eu falhar, continue a instrui-la e não deixe ela perder a essência que só ela tem, ela é sábia e ela seguirá o caminho certo”. - Quando ele terminou eu já estava com lágrimas nos olhos. Reymond me abraça e eu o abraço de volta.

- Você é como uma filha, Hilary, e se eu sou um besta às vezes é só para cumprir a promessa que eu fiz pro meu melhor amigo - Aperto forte e ele suspira.

- Eu entendo, me desculpa por ter falado aquilo pra você.

- Tá tudo bem, vamos alcançar nosso objetivo.

[...]

Estaciono o carro na pista entre umas árvores e vejo os carros dos garotos parados, aguardando o carregamento.

- Hill? -  A voz de Justin me assustou pela escuta e eu revirei os olhos - O carregamento está chegando, fique atenta  à qualquer movimentação estranha.

O mais engraçado é que quando ele me deixou lá embaixo, ele não foi um doce como está sendo agora, desde quando viemos para a pista apanhar as drogas, ele tem sido “carinhoso”.

Tudo isso porque eu sou a tal “ Chave mestra”, eu sei bem os riscos que essa palavra me traz.

Seja lá quem for R. Blanco, ele sabe muito mais da minha vida do que eu mesma.

Vejo os faróis do caminhão de longe e os meninos descem do carro ficando um do lado do outro na beira da pista, olho em volta e percebo ter uma moto estacionada há alguns metros do meu carro. Forço a visão e vejo que a pessoa se abaixa no mato. Abro a porta do carro discretamente pegando a arma e olho para os garotos, vejo os mesmos conversando com o motorista, alguém - da equipe de Justin - abre a porta traseira do caminhão e começa a descarregar, volto a olhar para o cara da moto vendo ele erguer uma arma e apontar para os garotos.

- Problemas! - Alerto na escuta e desço do carro carregando minha arma chamando a atenção do rapaz, ele mira em mim e dispara acertando no meu Porshe.

Primeiro o meu Impala, agora meu Porshe!

- Filho da puta! - Disparo a arma e ele aproveita a distância subindo na moto, e dá partida atirando no meu capô.

Se o objetivo era me tirar do sério, quem quer que seja, conseguiu!!

O mesmo cara, sai dali com a moto e quando eu penso em segui-lo, sinto as mãos de Justin na minha cintura.

- Distração - Ele diz e eu assinto sem o encarar - Estão terminando de descarregar o caminhão, precisamos ir em um dos galpões, tenho uma tortura para fazer.

Eu poderia simplesmente concordar, só que eu ainda tenho que me fazer de “ novata”.

- Tortura?! - tento parecer assustada.

- Se não quiser ir, eu entenderei.

- Tá tudo bem, eu vou - digo e ele assente olhando para a carga de drogas que estava quase vazia.

- Vamos! - ele chama e os garotos assentem entregando o dinheiro e eu começo a caminhar em direção do carro.

- Olha pra mim! - ele me puxa e eu acabo cambaleando batendo as costas em seu peito, me viro encontrando seus olhos mel e ele olha no fundo dos meus olhos. - Seja lá qual foi seu passado, traumas só vão te deixar no fundo do poço.

- Eu não tenho trauma - digo firme.

- Todos temos, e quando se sentir bem para falar comigo, eu vou ouvir - dito isso, ele selou meus lábios - Vamos.

O caminho foi longo, eu não me importei em sair acelerando, só fiquei na minha perdida nos meus pensamentos, parece que hoje é o dia do “Passado desastroso da Hilary”, deveria ser até feriado por isso.

Justin entrou em uma rua com fábricas e com a vista para o litoral, minha vida é tão corrida que eu me esqueço que moro perto da praia de LA.

Estacionamos em um salão enorme e eu desço do carro indo de encontro com Ryan, que sorri entrando no local, após Christian abrir, confesso que é até meio macabro por estar de noite, porém por dentro, é algo surpreendente, ao contrário do outro galpão, esse tem a sala cheia de correntes e mini cabines, todas enumeradas. Uma verdadeira sala de torturas, Justin realmente sabe o que faz.

- Venham - seguimos ele até uma das salas vendo um rapaz, vulgo pau mandado do Blanco, amarrado na cadeira com seguranças em volta.

- Nicholas Puth - Justin ri em desdém pegando uma metralhadora.

Sim, uma metralhadora.

- Hoje veremos o que eu faço com traidores, infiltrados e etc… - Essa fala fez meu coração gelar, afinal eu sou traidora e infiltrada. - Pode sair se quiser. - Diz para mim e eu nego. - Vamos lá - Justin carrega a arma - O QUE BLANCO QUER?! - Pergunta e Nicholas ri pateticamente. - Sorria então! - ele atira no joelho de Puth que urra de dor gritando alto, porém nao cede. - Vamos, Nick! - Justin pega um alicate na prateleira e coloca na ponta do nariz de Nicholas - Fale…

- Nao! - diz e Bieber ri apertando o alicate com tanta força que o sangue jorra em sua camiseta, Nicholas grita e começa a suar.

- Ele vai matar você - Nicholas sussurra - para alcançar o objetivo.

- QUE OBJETIVO?! - Justin soca sua cara e puxa o alicate de seu nariz arrancando um pedaço, meu estômago revira e eu fico aflita, confesso, com muito medo de morrer pelas mãos de Justin. - FALA!!!

- MARVIN STEVE BLAKE TEM UM SUCESSOR! - Foi aí que meu cu trancou - E ATRAVÉS DE VOCÊ ELE CHEGA AO SUCESSOR! - Dispara as palavras e eu sinto meu corpo bambear.

F.O.D.E.U

- Por que através de mim?! - Justin questiona.

- O sucessor está no topo, é o maior Magnata dos Estados Unidos - Ele murmura e Justin pega dois ganchos passando por dentro a sua pele, no joelho. Começo a cambalear e chacoalho a cabeça.

- Procure a história dos Blakes, e ache seu inimigo - Nicholas me olha antes de girar quando elevado ao teto pendurado pelos ganchos em sua pele, saio dali, mais antes escuto a frase que nunca deveria ser proferida por Justin :

- ACHEM O SUCESSOR DE MARVIN STEVE BLAKE.


Notas Finais


É isso, bom, comentem aí e desculpem os erros.
Tenham paciência, eu ainda estou aprendendo a fazer roubo e tortura.
Bjo bjo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...