História Sweet Revenge - Givin' up

Hilary Blake p.o.v

As palavras saíram da minha boca com muita facilidade, nem eu estou acreditando que eu disse isso! Depois dessa confissão eu simplesmente fiquei paradinha, sem nem sequer respirar, com os olhos fechados.

Isso estava entalado na minha garganta a tarde toda, e depois do que ele disse eu fiquei confusa.

Como eu vou vingar assim?

- Você o que? - ele parece entorpecido, perdido.

- Você me ouviu - digo secando os olhos pela quinquagésima vez e ele avança contra mim, me assustando ao me beijar - Justin - o empurro e ele segura meu queixo descendo beijos pelo meu pescoço - Justin! - repreendo e ele me pega no colo indo comigo até a cama, me deitando com todo cuidado do mundo.

Tudo isso é uma confusão, é errado… ele assassinou meu pai! Eu juro que não é drama da minha parte, eu tenho o direito de estar confusa, eu só…

- Eu vou te deixar à mercê, neném - Justin sussurra no meu ouvido - eu vou te dar tudo o que eu quero… - eu realmente não estou entendendo nada do que ele está falando - sabe o que eu quero? - questiona e eu nego olhando para os seus lábios - eu quero ver você suada fazendo amor comigo.

Porra.

Fazendo amor?

Que?

- Justin… - ele volta a me beijar mal deixando eu terminar a frase, causando um conflito nos meus sentimentos - Justin… vamos com calma.

- Eu vou, bebê, eu vou… - ele morde meus lábios sugando-os lentamente.

- Jus… - mal termino de falar e ele me corta :

- Você é linda, você me faz ficar louco só de me olhar, garota eu não sei o que está acontecendo dentro de  mim… - suas mãos erguem meu moletom retirando, me deixando sem graça por estar com apenas com a blusa de frio, sem sutiã nem nada - eu gosto muito desses seios - ele morde os lábios parecendo querer manter um diálogo, passando a língua lentamente pelo esquerdo e massageando o direito.

Eu queria ter forças pra pará-lo, mas é algo impossível, senti-lo aqui agora, está sendo um dos melhores momentos que já tivemos.

- Caralho, Hilary - ele ri malicioso descendo beijos pela minha barriga, distribuindo beijos por cima do meu short, fazendo com que eu fique ansiosa e consequentemente molhada, muito. - olha esse corpo, nenê, olha isso - suas mãos passam pelo meu corpo me apertando fraco, sempre mantendo o contato visual, parece que nenhum de nós queremos quebrar esse elo momentâneo - você sente o que eu estou sentindo? - pergunta subindo os beijos até meus lábios me fazendo sentir seu pênis duro na minha coxa - sente, nenê? Você me quer como eu te quero? - Justin inicia um beijo quente e calmo, fazendo nossas línguas se encaixarem perfeitamente, me deixando como ele queria, à mercê.

- Eu te quero - respondo vendo ele sorrir um pouquinho durante o beijo.

É um errado tão certo, é uma dor tão gostosa… não era pra ser assim, entretanto fazê-lo parar está fora de cogitação, ele roubou meu auto controle, minha sanidade…  minha pouca sanidade.

Seus dedos ágeis rasgam a minha calcinha em um movimento rápido, me fazendo ofegar. Logo a ponta do seu indicador trata de tocar meu ponto de prazer, pressionando fracamente em movimentos circulares, fazendo meu corpo esquentar mais e mais.

- Você gosta? - ele pergunta beijando a minha barriga toda, subindo para a minha boca, com os dedos tomando mais velocidade - Diz que gosta quando eu faço assim… - ele aperta me fazendo gemer em aprovação - Diz, nenê… diz…

- Eu gosto, Justin - digo gemendo e ele cola nossos lábios me penetrando com dois dedos.

- Você está tão molhada - seus dentes mordiscam a pele do meu pescoço - tão pronta pra me ter. - ele me senta na cama com cuidado por causa da perna e abre um pouco, tendo a visão da minha pulsação descontrolada. Vejo seus lábios se curvarem em um sorriso safado e ele se inclina começando a beijar a minha coxa que não está machucada, no caso, a direita. - Quero ouvir você, tá? - apenas assinto e sinto a sua língua quente arrastar pela minha vagina toda, me lambuzando com sua saliva - gostosa do caralho.

- Bieber… - arqueiro as costas e ele continua a passar a língua por ali, começando a chupar com um pouco de força, minha primeira reação é apertar seu cabelo rebolando contra sua boca - Porra, porra… - xingo apertando meu seio esquerdo com a mão livre.

- Me deixa te fazer gozar bem gostoso no meu pau? Eu quero essa bucetinha apertada em mim, deixa?

- Deixo - murmuro e ele abaixa a calça junto com a cueca, pegando uma camisinha na gaveta, assim que ele coloca o preservativo, me puxa para baixo devagar, deitando em mim sem por peso.

Sinto apenas a glande passar pelo meu clitóris e minha entrada.

- Você quer? - ele provoca mais uma vez e quando eu abro a boca pra responder, ele me penetra devagar. Meu corpo praticamente perde o controle de tudo, é como se eu não conseguisse pensar em meio ao prazer e somente minhas cordas vocais podem expressar o que eu sinto através dos gemidos.

Sua mão esquerda massageia meu clitóris enquanto seu pênis entra e sai no mesmo ritmo lento e sua mão direita aperta meus mamilos, deixando-os prontos para sua língua esperta.

- Gostosa - ele diz mordendo meus lábios, passando a língua por eles antes de me beijar sem pudor, apertando minha bunda com força, me levando à quebrar o beijo com suspiros e alguns gritos baixos - porra - ele retira o pênis batendo a cabecinha na minha entrada muitas vezes, esfregando meu ponto de prazer.

- Justin… - digo manhosa querendo mais e ele ri pra mim.

- Você quer meu pau aí? Quer me sentir? Então pede… pede pra mim te foder bem gostoso, pede pra mim.

- Por favor? - peço e ele entra mais uma vez, um pouco mais rápido, fazendo minha intimidade agradecer e pulsar ainda mais - eu vou gozar…

Ele sorri ainda mais mordendo os lábios em seguida, indo muito mais rápido, fazendo meu corpo ferver e eu chegar até o orgasmo, prendendo seu pênis em mim ao me contrair.

- Caralho… - ele murmura engrossando em mim e chega ao ápice em um gemido alto e rouco, deitando em mim, me puxando para um beijo frenético.

Solto alguns suspiros olhando para seus fios, mexendo ali, sentindo meu corpo todo mole.

- Dorme aqui?

- Eu não sei, Justin, só…

- Dorme vai? - ele morde minha boca cheirando meu pescoço.

- Justin nós… não temos nada - digo por fim e ele me olha meio tenso. - vamos devagar com isso.

- Eu entendo - ele sai de dentro de mim se deitando cansado ao meu lado - eu entendo bem, nenê… mas… vamos fazer um acordo, eu não fico com ninguém nem você, nós ficamos juntos e dormimos juntos, sem pressa em nada, só deixa acontecer.

- Me parece bom. - digo e ele sela meus lábios - me parece muito bom - o encaro sentindo sua mão se posicionar na minha bunda -  Por que gosta de mim?

- Ahm… - ele parece pensar um pouco - você me atrai muito de certa forma… não só por ser gostosa, mas sei lá, ver você séria quando se dedica à algo como se dedicou com a Jazzy, seu jeito confiante, a maneira que você me enfrenta sem temer à nada… isso fez eu ficar pensativo em relação à você.

Nossa… eu nem sei o que pensar.

- Bacana - digo e ele ri - que foi?

- Eu praticamente me exponho e você diz “ bacana”?

- Queria que eu chorasse de emoção? - pergunto e ele revira os olhos me beijando.

- Por que você gosta de mim? - questiona e eu travo coçando a cabeça.

- Não sou boa com palavras, então vai ficar na dúvida. - digo seca e ele assente jogando a camisinha numa sacola de papel que tem no chão.

- Obrigado por ir atrás da minha mãe - agradece e eu assinto - eu não sei como você consegue fazer umas coisas assim.

- Uma coisa que eu aprendi quando prestei pro exército - ou quando meu pai me ensinou - é que ninguém merece sofrer injustamente. Ninguém.

- Era militar e agora é uma criminosa por estar nessa comigo, não entendo.

Vamos lá, mentir e mentir…

- Eu sempre gostei de rachas e coisas assim, te conheci em um, vim em uma festa aqui e descobri que tem um doido me querendo pra algo…

- Certo - ele diz e eu suspiro aliviada - cheiro de sexo me incomoda, mais esse cheiro está bom, que perfume você usa? - ele questiona e eu dou risada.

- Eu sei lá, algum importado. - me deito melhor na cama sentindo sua mão subir pela minha barriga - essa mão…

- É louca pelo teu corpo - ele aperta meus seios beijando cada um, em seguida meus lábios - tenha uma boa noite, Hilary. - ele diz e eu digo o mesmo em um sussurro, caindo no sono em seguida.

(...)

Dia seguinte

Justin Bieber p.o.v

- Já estão prontos? - pergunto descendo as escadas vendo Chris arrumado, Chaz arrumado e quase dormindo assim como Butler - Ótimo - ironizo arrumando minha jeans escura no corpo e a camisa social, vendo as horas no meu Rolex.- temos tempo pra um café, Dylan disse que estaria no bar às sete e meia.

Eles resmungam e eu olho para cima deixando um sorriso escapar, ao lembrar do corpo da ruiva na minha cama, dormindo feito um anjo, só dormindo mesmo.

- Bom dia, senhor - Amélia passa por ali e eu a abraço.

- Bom dia - digo e ela sorri.

- Está feliz? - pergunta e eu assinto.

- Estou bem - vou até a cozinha vendo os garotos rirem, me sento meio distante da conversa lembrando de ontem, eu não vou deixar transparecer que nós estamos nos gostando, mas não dá pra evitar meu pensamento nela.

- Drew? - Chaz me chama e eu olho para ele - está ouvindo?

- Não - digo balançando a cabeça - estou com sono.

- Eu estava falando da garota que eu peguei ontem, os peitos delas eram enormes e… - paro de ouvir tudo lembrando do sexo de ontem, aquele corpo perfeito, os seios, com toda certeza, aqueles peitos são o que me atrai fisicamente nela - JUSTIN!

- CARALHO, SOMERS! - Digo assustado o encarando - que foi, merda?!

- Você não me ouviu! - ele bebe o suco e eu dou risada.

- Eu sei que você transou, que você fez um meia nove, superman, mamãe papai… - vou falando as posições e escuto uma risada, Jazzy.

- Água de salsicha era seu apelido? - Jazzy entra na cozinha de mãos dadas com Hilary e eu olho para ela dando uma piscadela, vendo ela retribuir colocando uma mecha do cabelo vermelho atrás da orelha.

- Era sim, tinha tomate também…- A ruiva diz e Jazzy quase cai de rir - Ah… tinha também geléia pintada, mas esse não tinha graça - ela se senta ao meu lado e eu puxo seu queixo dando um beijo no canto dos seus lábios, ouvindo a risada dos meninos, mais tarde eu terei que aguentar perguntas das moças.

- Bom dia - digo e ela ri de lado.

- Bom dia.

- Oi irmãozão - Jazzy sorri pra mim e eu mando um beijo pra ela. - Oi tio Ryan, oi tio Chaz e oi Christian. - ela diz o último nome com desgosto, Jazzy não gosta do Chris por ele nunca querer brincar com ela, ele é na dele, mas tem um amor do caralho por ela e por Jaxon também.

- Oi pirralha - Beadles diz e Hilary ri.

- Não gosta dele? - a ruiva pergunta para a minha irmã e Jazzy faz sinal negativo com as mãos - É das minhas, gatinha.

- Ele é feio e ranzinza - Jazzy diz “baixo”.

- Ele é feio, ranzinza e burro - Hilary diz rindo e eu reviro os olhos vendo Christian mostrar o dedo do meio.

- Que feio, sua mãe não te deu educação? - Jazmyn pergunta indignada fazendo todos rirem.

- E você, tem educação? - Beadles responde.

- Tenho, mais eu só uso com quem merece - a pequena olha para Hilary e elas dão risada.

- Tá ensinando minha irmã a dar patadas? - pergunto e ela assente.

- Relaxa, Bizzle, só com quem merece - ela diz e eu sorrio por ela ter me chamado de Bizzle perto de todos - e então, onde vocês vão todos elegantes logo cedo?...Quer dizer todos elegantes e o Beadles.

- Em uma reunião com Dylan Miller, um dos caras do governo - digo e ela assente olhando para as unhas - algum problema nisso?

- Não - sorri de lado bebericando um pouco do suco e eu vejo Jazzy apoiar a cabeça em seu ombro.

As duas se dão muito bem, e é algo muito bom ver que elas se gostam.

- Já deu a hora - Beadles anuncia e nós paramos de comer nos levantando, os garotos saem na frente e eu dou um beijo na Jazzy, vendo Hilary se levantar e pra minha surpresa, me dar um abraço.

- Boa sorte - ela murmura e eu selo seus lábios por alguns segundos, iniciando um beijo mais profundo.

- Namoradinhos, eles são namoradinhos - ouço Jazmyn cantarolar e separo nossos lábios olhando pra ela - A Hill namora o Justin - continua a cantarolar.

- Não namoramos, Jazzy - digo rindo e Hilary concorda - somos amigos.

- Então quando eu crescer eu vou ter amigos também - ela diz e eu nego na hora.

- Nem pensar, só depois dos trinta.

- Que exagero - Hilary dá risada e eu fico realmente sério - Relaxa, ela nem entende.

- Entendo sim, Jaxon viu você tirando a roupa dela outro dia no seu quarto, pela fechadura - dito isso, Hilary engasga e eu arregalo os olhos.

- Jazzy… - Hilary começa a explicar e eu dou outro beijo nela, saindo dali pra não me atrasar.

- Ele mama em você igual bebê, tia? Jaxon disse que…

- Jaxon viu errado! - Ouço todo o apavoramento da ruiva na sala saindo de lá com os garotos. Nem precisa destacar que eles estavam me olhando estranho e com uns sorrisos de deboche.

- Vamos logo, seus caralhos - digo pegando a chave do meu Ford GT40, saindo dali.

(...)

Chegamos no bar mais sofisticado da cidade em menos de quarenta minutos, Dylan soube escolher o lugar para me chantagear. É sempre assim, chantagens e ameaças, depois que eu assino o cheque da porcentagem que o Governo exige, ele me trata como melhor amigo do mundo todo.

Filho da puta? É pouco pra ele. Dylan deve ter uns trinta e dois anos, ele tenta me deixar intimidado por ser mais velho, só que no mundo em que eu vivo, até homens de sessenta anos me chamam de Senhor.

- Ora, ora, ora se não é o Justin Bieber, segundo maior Magnata dos Estados  Unidos! - Dylan se levanta esticando a mão em minha direção e eu cruzo os braços de maneira ríspida - Sem cumprimentar? Quanta rebeldia! - ele diz fingindo espanto e faz sinal pra eu sentar, posso ver dezenas de homens da parte dele, e ele pode ver centenas da minha parte, e se ele estivesse com centenas eu estaria com milhares. É o meu território, é o meu império. Eu estou sempre acima, por mais que eu saiba que tem alguém ainda mais poderoso que eu, eu sou considerado um mestre do tráfico.

- Diz logo as suas baboseiras e as porras todas, me dê o cheque e suma. - falo e ele ri.

- Pela primeira vez, garotinho, eu não vim pedir seu dinheiro - ele estala os dedos chamando o garçom - Dois copos da Whisky mais antiga que tiver com gelo - ele faz os pedidos e os garotos continuam à minha volta.

- O que quer? - pergunto e ele sorri ainda mais.

- Hilary Levy, quase dezenove anos, ex militar, órfã… alvo de Blanco por alguma ligação familiar com Kate Aymee Levy…

- Você quer ela? - sinto minha veia do pescoço engrossar e o garçom serve as bebidas.

- Eu quero e Blanco quer, mais você só pode escolher um de nós dois, se eu tiver ela eu descubro o que Blanco quer, pra mim é fácil, vamos… deixe-me falar com a sua amada, nova namorada, não?

- Você não pense nem em tocar nela, me ouviu?! - levanto ele pela gola da sua polo preta e ele ri.

- Obrigado por me ajudar a concluir que ela é importante pra você, era isso que eu queria, ver se ela significa algo e pelo jeito sim, pelo jeito você gosta da ruiva… mas quem não gosta? Aqueles seios devem ser bons de apertar - ele zomba e eu acerto um soco no seu rosto - isso mostra como você gosta dela, ela é sua fraqueza agora, além da família tem a namorada?

- CALA A BOCA! - Vocerifico o soltando sua camisa - Você não ouse tocar em ninguém próximo à mim, senão eu faço questão de ir atrás da sua filha e mandar estuprar ela!

- Isso eu já faço - ele ri e eu o encaro incrédulo acertando outro soco, vendo armas apontadas pra mim e para os garotos - vamos falar sério agora, além de eu querer comer a sua nova namorada eu quero que você me de seu império, podemos negociar…

- NUNCA! - Digo alto batendo na mesa e ele ri batendo palmas 

- Me acompanhem - ele se levanta e nós continuamos ali - Me acompanhem! Não quero bagunçar aqui, já estão todos olhando…

Nos levantamos e eu olho para os garotos indo lá fora, numa parte afastada do estacionamento.  Dylan abre o porta malas de uma Range Rover e em seguida uma caixa térmica.

- Somers, sempre um pegador em ação - ele dá o adjetivo abrindo a caixa e eu não sei se continuo estático ou se vomito. Olho para Chaz e ele parece não acreditar, sua mão vai até a boca em pânico.

- Ontem você esteve com a loira gostosa não é? - Miller faz uma pergunta retórica - aqui está a cabeça… - ele coloca luvas e levanta as partes do corpo da loira - Ellen era o nome dela não é? Linda Ellen… - ele pega um pedaço onde está somente da região lombar até a virilha, virando a vagina da morta em nossa direção, da pra ver que tem pedaços de metais dentro, sangue misturado com sêmen, está muito aberto, como se tivesse entrado algum pontalete ou até um fórceps - Eu não ia mandar esquartejar sem antes deixar eles aproveitarem…

- FILHO DA PUTA! - Chaz avança contra ele e nós o seguramos, já que aqui tem muitos seguranças também - você estuprou ela? Você é louco?

- Eu só quero mais poder, quero derrubar Blanco, então vai ser assim, a ruiva ou o muito mais do seu império, quero boates…  plantações - ele diz tudo me olhando - só cinco por cento dos lucros não me satisfaz mais…então eu te dou um mês e meio para pensar, enquanto isso eu penso na minha nova vítima - Dylan olha para Ryan - Allana Cassie Robbie, ou Lana - ele ri - levou ela pra um bom motel ontem Butler, ficou quase três horas no estabelecimento, levou ela em uma praça e depois deixou em casa… - Ele estala a língua no céu da boca - Tem a ruiva… a loira que não deixa ninguém se aproximar e a morena…com belos seios, coxas e… - Ryan o empurra com força acertando um soco no olho do desgraçado, os seguranças vem pra cima e nós começamos a reagir, consigo socar dois deles, meus aliados já estão aqui ajudando, mas nós sabemos que agora estamos em desvantagem, não por causa da briga física, mais sim pelo o que Dylan quer.

- Chega! - Miller grita e a confusão vai parando aos poucos - já disse o que eu queria, ou pensa por esse tempo em me dar o parte do Império local ou eu pego a sua ruiva e dou pra Blanco fazer seja lá o que for com ela! - Ele chama os seguranças e eu fico estático olhando para os garotos, Charles parece estar em outro mundo, não que ele fosse apaixonado por ela, mas eu entendo que ele ficou chocado.

É foda.

Vejo Dylan sair dali com os seguranças atrás entrando numa limusine, o carro com o corpo esquartejado é levado por um segurança, suspiro cansado olhando pra cima pensando no que fazer.

Eu não vou entregar a meu Império, muito menos a minha garota.

- Vai pensando em como fazer a Hilary cair nas mãos dele - Beadles diz e eu cruzo o cenho - Já estávamos usando ela pra chegar até Blanco, entrega logo ela pro Dylan, ele dá a ruiva pro Blanco e acabou a história. Depois nós damos um jeito de encontrar Blanco através de Dylan.

- Tá louco?! - Pergunto o encarando - Quem garante que ele não é aliado do Blanco? Quem garante que ele vai só entregar a Hill pro Blanco sem fazer nada com ela?!

- E você se preocupa por que? Não era você que estava usando ela como chave mestra? - Debocha e eu me seguro pra não socá-lo.

- O cara estupra a própria filha, ele enfiou um pontalete na vagina da garota que o Somers pegou, imagina o que ele vai fazer com a ruiva?! Estuprar e depois entregar pro Blanco, você acredita nisso mesmo? - Questiono vendo Ryan e Chaz apenas intercalarem o olhar em mim e Beadles - Dylan Miller pode ser grande, mais não à ponto de desafiar Blanco, eu estava subestimado o filho da puta e ele sequestrou a minha irmã, Dylan está envolvido com Blanco, esse papo de querer meu Império é só um teste pra ver se eu prefiro a máfia ou a ruiva, então, Christian, você coloca a porra do rabo entre as pernas e não esquece que aqui eu sou seu chefe. - Me viro indo até o outro lado do estacionamento  ( que é mais movimentado ) entrando no meu carro, vendo todos fazendo a mesma coisa.

Eu preciso de pensar em algo para deter Dylan.

(...)

- Me chamou? - Hilary abre a porta do escritório e eu assinto fazendo sinal para ela se sentar no meu colo, em seguida pego um baseado colocando nos lábios - É difícil eu ver você se drogar…  então me fala qual é o problema, foi tudo bem lá? Você tá machucado? - me analisa enquanto se senta, deixando a muleta encostada na mesa - o que foi?

- Calma - dou risada do seu desespero e apago o baseado, soltando a fumaça para o outro lado - não aconteceu o esperado, então Dylan Otário Pau no cu Miller - digo e ela ri - disse que quer parte do meu Império ou você.

- Eu? - ela cruza o cenho e eu assinto.

- Tudo o que ele me falou de querer parte do meu poder ou você pra derrubar Blanco é mentira, com toda certeza ele está do lado de Blanco, então nós temos que fazer algo pra derrubar Miller e desfalcar Blanco parcialmente.

- Seria… - ela parece pensar e sorri em seguida - você finge me entregar e nós o matamos?

- Eu amo a sua linha de raciocínio - assinto - eu chamo ele pra uma reunião no Devil e levo você, peço pra você pegar uma bebida e você coloca veneno…

- É um bom plano - apoia a cabeça no meu pescoço passando o nariz ali, me fazendo rir - cócegas?

- Um pouco - digo e ela faz mais uma vez, subindo a mão na minha cintura, me fazendo rir mais.

- Para com isso - seguro suas mãos para trás selando seus lábios.

Hilary sorri e me puxa para um beijo mais longo. Solto suas mãos aos poucos apertando sua cintura e ela ri de lado, mordendo meus lábios.

- Não faz assim, gostosa, senão eu vou ser obrigado a te foder mais uma vez - sento ela na mesa.

- Como se transar comigo fosse uma obrigação - ela diz e eu volto a beijá-la retirando sua camiseta e seu sutiã. Começo a massagear seus seios ouvindo a porta se abrir com os meninos entrando.

- Caralho! - Charles começa a rir e Ryan também, Christian revira os olhos saindo dali e eu abraço Hilary que está quase roxa de vergonha tapando seus seios.

- Mas que safados da porra - Ryan gargalha.

- Saiam daqui seus pau no cu - digo e eles começam a sair, fechando a porta. - Nenê? - ergo seu rosto vendo ela com os olhos fechados - fica tranquila - entrego a roupa pra ela e ela veste - eu tinha esquecido que convoquei uma reunião pra falar dessa idéia que me ocorreu.

- Tá - ela assente e eu mordo seus lábios - eu vou ir em casa, as meninas querem ficar comigo um pouco, estou com saudades delas.

- Aquele idoso está lá? - pergunto sério e ela gargalha - estou falando sério.

- Gerald? Meu amigo? - se faz de boba - Está eu acho…

- Então você não vai pra lá. - digo simples e ela ri cínica.

- Eu vou, você não manda em mim - sai da mesa pegando a muleta - nós temos um acordo, eu não vou quebrar.

- Tudo bem - digo incomodado ainda - eu posso te levar se quiser…

- Não precisa, Amber está chegando já - ela prende o cabelo e eu vejo às marcas da noite passada no seu pescoço, pelo menos Gerald vai se tocar ao ver.

- Vem cá - puxo ela pela cintura começando a beijar seu pescoço passando as mãos por baixo da sua roupa - depois que você chegar nós vamos terminar - beijo seu ombro virando seu rosto, beijando sua boca delicadamente - vai lá, nenê.

- Até mais, Bizzle - Hilary abre a porta e os garotos se desequilibram por estarem apoiados ouvindo a conversa - Bando de encosto - ela xinga e eu dou risada ao ver os meninos entrarem.

- E então, qual é o plano? - Chris pergunta e eu faço sinal para eles sentarem.

Hilary Blake p.o.v

Entro em casa suspirando vendo Reymond de braços cruzados no meio da sala, com Lana sentada no sofá meio chateada.

- Desistiu de vingar?! - Reymond pergunta ríspido e eu bufo me sentando, vim pra casa não só para ficar com as meninas, mais pra saber o que Reymond queria comigo, Ambbie disse que  ele tava louco atrás de mim - Hilary, o tempo está passando e nada! Você está na casa dele, pode simplesmente matá-lo quando quiser!

- A família dele está lá, acha que é fácil assassinar o cara com duas crianças na casa?!

- Você está desistindo por causa de dois pirralhos de merda?! - Ele grita e eu dou um tapa estalado no seu rosto furiosa.

- Eu não dou desumana, Reymond! - Berro e ele avança contra mim, parando quando Otávio se posiciona ao meu lado - São duas crianças que não tem nada a ver com a rixa, a mãe dele está lá!

- É, vocês estão bem amiguinhas, está até salvando ela!

- Claro, você acha que eu vou deixar gente inocente se machucar por causa da merda da máfia?! Gente que não tem ligação com a porra de vingança nenhuma, eu vou vingar sim, vou vingar do Justin, não da família!

- Você tem que atacar de todos os lados, sempre! Já que está com a perna machucada, me deixa fazer esse serviço, eu mato ele sei lá…

- Pra que todo esse desespero? - questiono indignada - eu esperei dois anos pra encontrar ele, por que não esperar mais uns meses até a família ir embora?!

- Hilary, ele já achou registros seus! Você sabe bem que ele tem registros!

- Eu apaguei tudo do computador, até ele juntar aquilo vai mais dois meses! Se acalma caralho! Já estamos quase no meio do ano, até o final eu mato ele e pronto!

- Não é questão de tempo, ele vai descobrir, nós temos que matar todos naquela casa!

- Não temos! Tem gente inocente, você tá se ouvindo? Cadê o cara moralista?

- Eu quero o melhor pra você, o seu pai me…

- O MEU PAI NÃO É VOCÊ! - Grito fazendo todos olharem pra mim com espanto - MEU PAI NUNCA DISSE QUE EU PRECISAVA VINGAR! NUNCA!

- E você vai deixar o assassino ileso, ele tirou a vida do seu pai de uma maneira terrível, não vai aguentar matá-lo por que? Está apaixonada por ele? Gosta dele? … ele te usa pra chegar até Blanco! Ele não liga pra você, JUSTIN TEM QUE MORRER!

- EU SEI, PORRA! MAIS PARE DE FALAR QUE MEU PAI ME COLOCOU EM SUAS MÃOS PARA CUIDAR DE MIM! VOCÊ NÃO MANDA EM NADA, VOCÊ NÃO VAI TOCAR  NEM NA FAMÍLIA DELE, MUITO MENOS NELE! - Digo ofegante - Com o assassino do meu pai, eu me resolvo - dou fim ao assunto vendo Reymond sair dali puto, empurrando os seguranças.

- Podemos conversar? - Lana questiona prendendo o choro e eu estranho mas assinto, indo até o escritório com ela, vendo Amber subir as escadas me olhando preocupada.

Me sento levando a mão na cabeça massageando ali.

- Pode falar - digo e ela toma postura.

- Eu tenho saído com Ryan… - ela murmura.

- Eu sei… - cruzo o cenho - mas qual o problema nisso?

- Você quer vingança! Esse é o problema - ela começa a chorar - antes mesmo de você me apresentar o Ryan quando se machucou, eu e eles estávamos trocando SMS, eu pensei que você ia desistir de se vingar do Bieber por estar se apaixonando por ele…

- E o que tem? Você pode sair com o Ryan.

- Eu gosto dele - ela dispara as palavras e eu fico surpresa- eu gosto muito dele, Hill - suspira fraco - Ryan me dá atenção, me trata bem, conversa comigo e me ouve, eu até falei meu nome certo pra ele e contei sobre o que meu padrasto fazia comigo - diz triste - se você se vingar do Justin, Ryan vai saber que eu também sou mentirosa e não vai mais olhar na minha cara, por isso que no hospital eu pedi pra você falar logo a verdade para o Justin, porque assim é melhor de eu falar com Ryan e… Hilary eu e ele estamos saindo há quase duas semanas e ele se tornou muito importante pra mim, se Justin morrer, Ryan morre por ser o subchefe… eu não quero isso, por favor, deixa essa vingança pra lá, você também sente algo pelo Bieber, você não quer mais isso, eu também não quero… Butler disse que eu sou especial pra ele, eu sei que é verdade, eu sei que duas semanas é pouco para sentir algo por alguém… mas eu estou gostando dele e quero levar isso à diante, pensa bem em tudo, eu imploro...

- Lana, Justin matou meu pai - digo molhando os lábios.

- E seu pai matou Jeremy, você quer passar isso à diante? Quer ver seus filhos crescendo com sede de vingança? Um dia você pode morrer por mãos de um inimigo e ter uma criança, vai querer que ela viva pra vingar? Isso não tá certo, não precisa ser assim… pensa por favor! Pensa em mim e que finalmente eu achei um cara legal e pensa em você e no sorriso que estava no canto dos seus lábios quando você entrou aqui antes de falar com o Rey, não precisamos disso, não precisamos de viver pra vingar… chega. Você está apaixonada, tenta contar pro Bieber logo sobre você,  fica com ele como você quer aí no fundo do seu coração…você sabe que o sentimento é forte.

- Eu vou pensar - digo e ela agradece me abraçando forte e eu me levanto retribuindo - relaxe. - digo e ela sai dali me deixando pensativa.

Eu não posso fazer isso com a Lana, não posso nem sonhar em tirar Ryan dela, eu nunca vi ela tão preocupada com alguém, nunca.

Ouço meu celular tocar vendo o nome dele destacado na tela.

- Alô? - atendo tentando normalizar a voz.

- Que voz de choro é essa, nenê? - Justin pergunta e eu sorrio de lado olhando para a foto do meu pai comigo no colo, em cima da mesa.

- Não é nada - molho os lábios - o que foi? Aconteceu algo?

- Os garotos concordaram com o plano, Miller não vai sequer tocar em você, eu nunca deixaria ele te fazer mal… então quando você se recuperar, antes de ir para Vegas nós vamos dar um jeito no Dylan.

- Certo.

- Eu vou comprar algo para as crianças comerem, você quer que eu passe aí? - Ele questiona e eu deixo uma lagrima cair, secando rapidamente.

- Eu… eu combinei com as meninas de passar a noite aqui - me apoio na parede.

- Ah… certo, não vou reclamar - ele ri - então… amanhã nós nos vemos?

- Nos vemos sim - confirmo apertando o celular nas mãos.

- Certo, boa noite então…

- Boa noite, Bizzle - brinco ouvindo ele rir.

- Dorme bem, nenê. - Desligo a chamada me sentando derrotada na poltrona.

Eu não posso continuar com isso, eu vou machucar Lana, vou me machucar e… Justin… eu não consigo.

- Eu juro que tentei, pai - pego a foto passando o dedo delicadamente pela imagem - Seria mais fácil fazer isso sem saber quem realmente ele é, seria melhor ter acabado com tudo no começo e não deixar me envolver tanto… me perdoa se eu não estou seguindo a sua vontade, me perdoa por eu ter me apaixonado por quem não devia - me deixo desabar soluçando - é tão difícil equilibrar as coisas, pai, você não sabe como eu estou me sentindo perdida, a minha única certeza é que eu não consigo mais odiar ele, eu não consigo odiar o Justin! - vejo Lana entrar com lágrimas nos olhos apertando a minha mão, me ajudando a levantar, dando um abraço carinhoso e hospedeiro.  - eu gosto dele demais Lana… eu não vou mais vingar. - Digo e ela me aperta ainda mais - Eu desisto.