História Sweet Revenge - Lost

Hilary Blake p.o.v

- Hill? - ouvi a voz rouca do meu namorado e me virei na cama, com uma dor de cabeça do cão.

Tentei me sentar mas meu corpo recebeu um baque de cansaço - Hilary? - a voz de Justin ficou mais próxima, me fazendo abrir os olhos e fechar ao mesmo tempo, pois os mesmos estão queimando igual brasa.

Forcei a mente pra lembrar de algo, certo, parei na parte do sexo selvagem no banheiro, depois disso nada vem na minha cabeça.

- Horas? - murmuro e faço careta ao sentir meu hálito.

- O que? - ele pergunta, passando a mão no meu cabelo, percebo que elas estão tremendo.

- Que horas são?

- Ah… são - ele faz uma pausa e eu abro os olhos, vendo ele olhar no Rolex - Duas e cinquenta.

- Nossa - me sento, sentindo um volume de roupas muito grande sobre o meu corpo - eu preciso de um banho, urgente.

Justin concorda inquieto, estranho ele esfregar as mãos várias vezes e bater o pé no chão freneticamente, olho em volta vendo umas camisinhas fechadas.

- A gente transou? - me refiro a bagunça, fechando os olhos.

- Não lembro, me lembro só da boate - assinto e me levanto, só então percebo algo errado.

- Que merda de vestido é esse? - cruzo o cenho, parando na frente do espelho.

- Era isso que eu queria falar, bom… - Justin pega na minha mão e me senta na cama, ajoelhando na minha frente, atordoado.

- Você está me desesperando! - digo confusa e exaltada, sem desgrudar os olhos da minha vestimenta.

- Estamos casados - curto e claro.

Cruzo o cenho e aperto os olhos, começando a rir.

- Você tá bêbado ainda? - continuo a gargalhar, vendo ele passar a mão várias vezes nas têmporas, nervoso - Justin?

- Olha seu anelar - ele murmura e eu paro de rir na hora, vendo uma aliança grossa ali, me assustando - eu não sei como aconteceu mas…

- NÓS NÃO ESTAMOS CASADOS! - Nego na hora, me levantando - Justin! É só uma aliança, a gente deve ter comprado em algum lugar, Las Vegas tem dessas!

- Olha - ele me entrega um papel, leio rapidamente, vendo que se trata de uma certidão de casamento, com data, hora ( três e quarenta da manhã), vejo um que assinei com meu nome verdadeiro e meu coração quase sai da boca, amasso o papel depois de rasgar, andando de um lado para o outro.

- É impossível! - aperto meu couro cabeludo.

Não foi um casamento qualquer, foi assinado em certidão! Ou seja, não foi falso! Não dá pra deixar isso em Vegas, meu Deus!

E se ele leu e descobriu tudo!?

Minha assinatura ali, certo que não dá pra entender por ser cheia de rabiscos mas… na hora dos votos eu…

- Hill, calma, você está tremendo! - ele aperta minha mão - calma, calma.

- CALMA?! NÓS NOS CASAMOS!

- Não é o fim do mundo, porra!! - Suas mãos me apertam, e ele me olha nos olhos - não chora, não tem motivo, nós já namoramos, não precisa ficar assim, depois damos um jeito.

- É impossível… - sussurro e ele me mostra uma foto, coloco a mão no rosto, soluçando - isso não pode estar acontecendo.

- Eu entendo, Hilary - Justin murmura - eu estou desesperado, isso é sério, é um matrimônio, mas agora tenta tomar banho e… refletir, tenta lembrar.

Assinto e levanto correndo para o banheiro, vejo que meu namorado/marido iria entrar e bato a porta, trancando-a.

- Merda - me apoio na pia e ergo o olhar - o que você fez? - olho para o meu reflexo, quase caindo de tanto tremer - que ninguém tenha ouvido meu nome verdadeiro - digo olhando  para cima e começo a tirar o monte de tecido do corpo, quando vou passar o vestido pelos ombros para tirar, meus seios queimam e eu grito de dor, retiro o vestido rapidamente e olho para os meus mamilos, vendo um par de piercings enfeitando ali, com um pouco de sangue e com algumas linhas do vestido.

- Puta que me pariu - passo a mão ali e me viro de costas, vendo uma tatuagem de rena - graças a Deus - com o nome de Justin bem grande.

Suspiro e escovo  os dentes diversas vezes,  entro na banheira me afundando ali, tentando organizar meus pensamentos, lembrando de algumas coisas.

“ - Você quer casar comigo? - Justin se encontrava ajoelhado na minha frente, já na calçada da boate, meu coração estava disparado.

- Quero, eu te amo, eu te amo, eu te amo mais do que tudo - falei me ajoelhando, quase caindo no chão, ele me abraçou.

- Eu te amo - disse de volta - eu te amo, Hilary”

- Caralho - silabo, sentindo o mesmo aperto no coração de antes, sentindo mais lágrimas virem - ele disse que ama - eu vi sinceridade em suas palavras, e isso cortou meu coração, ele ama uma mentira, e eu… merda, eu o amo.

(...)

- Por favor, para - Justin aperta meu rosto.

- Eu não consigo - é uma droga se sentir assim, tão frágil, tão insegura, com medo, desespero, dor.

- Hill, o que passou, passou, a gente se divorcia.

Nego com a cabeça, me ajeitando na cama.

- O piercing ainda tá machucando? - Meu marido passa a mão  por cima do meu mamilo e eu nego - Hill, você está me desesperando.

- Eu… eu não posso estar casada - retiro a aliança jogando longe e ele suspira pesadamente - não podemos a estar assim!

- Se ainda fosse com um estranho eu até te entenderia! - Justin perde a paciência, saindo da cama - Eu sou seu namorado, não sei porque esse desespero! Porra! A gente da um jeito, o que da a entender é que você está casada com um monstro, como se fosse a pior coisa da sua vida! Eu fiquei desesperado, mas eu estou tranqüilo por ser com você! Por ser com a mulher que eu estou disposto a passar boa parte dessa vida! Mas que merda! Eu sou o que pra você?!

- Eu… eu não consigo acreditar que nós dois estamos casados, isso não poderia ter acontecido!

- QUER SABER? - Ele vai até a porta - VAI PRO INFERNO! EU SOU SEU NAMORADO, VOCÊ ESTÁ FALANDO COMO SE EU FOSSE O PIOR SER HUMANO QUE VOCÊ JÁ CONHECEU! PORRA. - Em segundos ele saiu do quarto puto, bateu a porta e o barulho dos seus pés foi estrondoso enquanto ele passava pelo corredor da suíte, seguindo para fora da cobertura.

Me arrastei da cama atrás de algum remédio pra tirar a minha enxaqueca, procurei meu celular e falei com Amber, ela ficou incrédula, e não me deu esperanças de um divórcio rápido, isso requer um procedimento imenso.

Chorei mais ainda.

Vesti um shorts jeans e uma regata, um par de chinelos e sai da cobertura, Justin está puto comigo, eu nao tiro sua razão, de maneira alguma.

Entro no refeitório ouvindo algumas risadas, vendo Lana de longe no colo do namorado, rindo alto com Somers, Justin, por sua vez, está jogado na cadeira, vendo algo no cardápio, estranho a ausência do Beadles e continuo a caminhar.

- Oi, Hill - Lana sorri pra mim, parecendo notar minha tensão e eu sorrio fraco.

- Parabéns pelo casamento, ruiva - Chaz ri em deboche e eu fecho a cara, pegando um cardápio.

- Imagino como foi a noite de núpcias desses dois - Ryan enfia algo na boca e Justin sequer me olha, suspiro e pego outro cardápio, indo me sentar em outra mesa.

- Não vai ficar aqui? - minha amiga estranha e eu nego.

- Acontece que eu sou um monstro, Lana - Justin me olha, mastigando um pedaço de pão.

Reviro os olhos e minha amiga se levanta, indo comigo até uma mesa longe da dos garotos.

- O que eu vou fazer? - pergunto baixo, sentindo o olhar de Justin sobre mim e Lana se coloca em minha frente.

- Você vai se acalmar, ir tomar café conosco, abraçar o seu namorado, e quando você estiver preparada… - seu polegar seca uma lágrima minha - você vai contar.

- E se eu nunca estiver preparada?! Já era pra eu ter contado há séculos e eu não sei como ficar preparada!

- Você vai saber - seu par de olhos castanhos fita os meus com carinho e ela me abraça, me levanto e vou até a mesa, me sentando ao lado de Justin.

Ele afastou o corpo do meu, olhei pra minha amiga e ela fez um sinal com as pontas dos dedos, indicando a mão do meu namorado.

Segurei sua mão, ele me olhou sério, apertei sua mão ainda mais e sorri fraco, Lana puxou Ryan e Chaz para outra mesa, quando Justin foi se levantar para sair eu o puxei.

- Não me importo de estar casada com você - murmuro virando seu rosto para mim, olhando nos seus olhos - Desculpa, eu fiquei nervosa - o abraço e nos primeiros segundos, não fui correspondida - vamos dar um jeito, não precisa ser agora.

- Vamos sim - Seus lábios ligeiros se curvaram e ele sorriu, me puxando para um beijo gostoso.

Deixei nossas línguas brincarem, o abracei, ele circundou minha cintura com os braços fortes, ficamos assim por um minuto.

- A gente podia aproveitar o casamento e ir pra uma Lua de mel - Justin diz baixo no meu ouvido e eu concordo na hora - que tal um almoço atrasado?  - ele olha no relógio já que são três e meia - ou um jantar? - continua a sussurrar - Depois nós podemos caminhar pela Royal Street e fazer um sexo gostoso pela cobertura toda - dou risada, concordando, prendendo o choro - e então eu chupo esses piercings e faço você ter uma noite maravilhosa, de manhã nós vamos para Los Angeles e você passa um tempo em casa, já que a busca por Blanco tem sido falha.

- Acho que você tem boas idéias - sorrio fraco e ele sela meus lábios uma última vez.

- Vamos fazer uma reunião  e depois, seremos um do outro, o resto do dia.

- Tudo bem.

Sim, amor, vamos dar um jeito. Vamos fazer o que você quiser.

Vai ficar tudo bem.

Repeti essas palavras na minha mente, tentando acreditar nelas.

(...)

- Fomos presas e ele sumiu - Lana murmura e os quatro homens cruzam os braços ao mesmo tempo.

- O que dá a entender era que Blanco me queria presa pra atiçar - digo, mas eu sei que esse não é o verdadeiro motivo.

- Ele não nos traria à Vegas pra atiçar, Hilary - Christian me olha enquanto profere tais palavras - Você tem razão, Chris - Justin suspira - não foi só pra atiçar, foi para algo maior… mas quando você saiu da prisão ele sumiu, talvez o grande plano dele tenha dado errado… com Amanda morta, Troy e Gerald desaparecidos, ele se desfalcou muito.

Abraço meu namorado pela cintura e ele passa a mão pelo meu ombro, nos sentamos no enorme sofá da cobertura e Christian fica um pouco no computador.

- Até agora, Blanco não saiu de Vegas - Beadles fita todos nós, parecendo pensativo - ele deve estar aqui pra fazer algo.

- Ele não pode fazer nada sozinho - digo - ele não pode porque ele não tem apoio de ninguém.

- E porque, segundo as regras do governo, um majoritário não pode matar um gângster - Justin se pronuncia.

- E então? - Ryan pergunta - o que faremos?

- Vamos pra LA amanhã cedo - Meu namorado diz por fim e se levanta - vamos ver no que dá.

- Vai dar merda - A voz de Charles se faz presente e eu concordo mentalmente.

- Estão liberados - Justin diz e todo mundo se levanta, acompanho Lana até a porta e ela me puxa de canto.

- O que foi? -  olho em volta, vendo Justin distraído com Ryan.

- Christian mentiu - ela murmura - Amber me mandou mensagem, Blanco fez Check-in em Los Angeles, ele saiu de Vegas há quase doze horas.

Olho para o corredor e encosto no batente da porta, fechando os olhos com força.

- Acha o mesmo que eu? - Lana morde os lábios nervosa e eu suspiro, concordando.

- Christian Beadles trabalha pro Blanco - concluo, levando a mão na cabeça.

(...)

Justin Bieber p.o.v

- Aquele é mais bonito - a ruiva ao meu lado gira na calçada feito criança, olhando para os cassinos enquanto toma uma cerveja, me fazendo rir meio bobo.

- Eu acho o outro melhor - aponto o dedo - sofisticado, luxuoso…

- Mulher pelada na entrada - ela ironiza e eu dou risada.

- Eu quero você pelada pra mim, não elas - abraço seu corpo e bebo minha cerveja - gostou do nosso jantar?

- Gostei, foi ótimo - percebo seu sorriso - apesar de você ter jogado escargot em mim, só porque eu tenho nojo.

- Eu não gosto muito, mas sua cara foi a melhor - dou risada e ela ri, tirando os saltos - será que você pode ser uma mocinha por uma noite?

- Não - ela diz seca e eu reviro os olhos - não gosto de salto alto.

Selo os lábios dela diversas vezes.

- Você é linda, porra - aperto seu rosto - eu estou muito gay.

- Está - ela ri - nem parece a mesma pessoa.

O amor tem dessas.

- É - tento cortar o assunto e ela percebe, ficando desconfortável - quer um gole? - ofereço a cerveja e ela nega, sinalizando que ainda tem.

- Me diz… - Hilary brinca com o líquido dentro da garrafa, olhando para a espuma pelo pequeno buraco.

- O que?

- Você se lembra de algo depois da boate, ou de algo depois do banheiro?

Me lembro de estar falando que te amo, merda.

- Nada… - minto - e você? - pergunto, esperançoso.

- Nada também - ela suspira e nós continuamos a caminhar, desta vez, num silêncio horrível e aparentemente inquebrável.

Andamos até o nosso hotel, parei numa barraca que ela ficou olhando, mas minha Hilary é durona demais para pedir algo tão clichê para o namorado, ah… essa mulher só aparenta ser uma pedra.

Ela estava olhando flores de longe, até que um casal chegou e o rapaz deu uma rosa branca para a moça que o acompanhava. Hilary sorriu fraquinho, mas eu percebi que ela gostou do que viu. Fui até a barraca, comprei um buquê de margaridas rosa claro, era o último. Quando eu entreguei à ela, eu não recebi um obrigado.

O sorriso da ruiva me deixou atordoado, ela sorriu de orelha à orelha, a mão dela até gelou quando ela segurou o buquê, eu simplesmente desmontei e nós fomos para o elevador, chegamos à cobertura, confesso que cansados demais para transar, então nós fomos dormir, já que pela manhã o jatinho estaria à nossa espera.

Depois de um banho e alguns beijos nós dormimos agarrados.

Eu lembro do que falei assim que ela chegou no terceiro estágio do sono.

- Eu não me arrependo de ter casado com você - murmurei.

(...)

- COMO NÃO ACHARAM ELE?! - Dou um soco na mesa e aperto meu cabelo com toda força do mundo, andando de um lado para o outro no meu escritório - já em casa -.

Eu passei o dia todo desde que cheguei de Vegas procurando Blanco, o filho da puta fez check-in em Los Angeles hoje cedo, eu não entendo como Beadles não descobriu isso antes.

- Não, ele está recebendo ajuda da Blake para se esconder, é um Majoritário e uma Magnata, não é a coisa mais fácil do mundo! - Christian diz nervoso, ligando o computador pela milésima vez.

- Cadê a Hill? Talvez ela possa ajudar - Somers pergunta e eu me sento, pegando um baseado.

- Ela foi pra casa, essa confusão é demais pra ela, mesmo ela estando envolvida por ser irmã da sucessora, não quero sobrecarregá-la - Digo e percebo o olhar de Beadles em mim, atentamente.

- Como é o sobrenome da Hilary? - Christian pergunta.

- Levy Bethlem, por que? - cruzo o cenho.

- Nada - ele volta a teclar e eu dou de ombros, mordendo meu lábio inferior.

- Não quero que vocês saiam daqui até encontrar aquele filho da puta - digo claro.

Ficamos por horas ali, recebi telefonemas de alguns infiltrados que eu tenho na polícia e nenhum deles viram ou ouviram falar de Blanco, nós praticamente reviramos todos os Check-ins e Check-outs de LA e região, a única coisa que achamos foi a passagem da Blake por Chicago - o que é bem longe daqui -, junto com inúmeros homens.

A minha ficha caiu na hora, eu tenho um capital fortalecido em Chicago.

- Ryan, Chaz! - Chamo os dois e eles me olham rapidamente - preparem um vôo em quarenta minutos para Chicago.

- Chicago?! - Ambos dizem num uníssono.

- Sim, a Blake fez check-in há duas horas no aeroporto de lá, junto com duas mulheres e sete homens - me levanto e pego o celular, ligando para a minha namorada.

Liguei cinco vezes e nada, decidi esperar e logo uma mensagem chegou no meu IPhone, desbloqueei o ecrã e suspirei pesadamente.

“ Oi, aconteceu um imprevisto, estou em Boston, a mãe da Amber passou muito mal e ela está arrasada, provavelmente eu volto amanhã pela tarde, desculpa não ter avisado, mas foi urgente.”

Molhei os lábios meio encabulado, mas resolvi não me preocupar com isso, tenho coisas maiores agora, eu a entendo, talvez assim seja até melhor, pelo menos a Hill sai um pouco dessa confusão.

- O vôo já está sendo preparado, tem a localização certa? - Ryan pergunta para Christian, que assente.

- A Blake está num hotel de luxo, parece que Blanco vai chegar depois, já tenho tudo em mãos.

- Vamos - digo saindo dali - vamos arrumar algumas peças de roupas.

Hilary Blake p.o.v

Assim que paguei a estadia com antecipação, eu e as meninas subimos para a suíte, não desgrudei o olhar do celular, já que troquei algumas mensagens com Justin.

Mentindo e mentindo.

Quando sai do elevador, eu tive uma surpresa… é, Hilary, pelo menos algo você já encontrou.

- Senhorita Blake? - Jordan se assusta e eu jogo minha mala no chão, sacando a arma imediatamente  - O que faz em Chicago?!

Se lembram do Elgort? Jordan é como ele, governante corrupto. 

- O que você faz aqui com Blanco e onde ele está?! - ameaço com a arma, o enquadrando no corredor do hotel - onde ele está?!

- Como nos encontrou?! - ele pergunta aflito e Lana acerta um soco no seu estômago, deixo com que Otávio segure ele com força e golpeio seu estômago mais vezes.

- Você esquece que eu sou poderosa e que meus aliados descobrem todos os passos de quem quer me ver na merda! - dou risada - bloqueiem as câmeras e o elevador, fechem a saída de emergência, vamos brincar um pouco, Jordan!

- Hilary, Blanco não está nesse hotel, ele está em algum banco, deve ter ido sacar algum dinheiro.

- Ele foi pegar…- fico pensativa -  na verdade, foi tentar roubar o Bieber, eu sei, porque acha que eu vim? - sorrio diabólica socando o rosto do loiro mais vezes - você me conhece, Jordan, me conhece muito bem e sabe que comprou a morte ao se aliar com Blanco, agora me diga… qual é o primeiro nome dele?

- Isso nem eu sei… mas eu sei de alguém que está à cima dele - afrouxo minha mão no seu pescoço e cruzo o cenho - e sabe… você deveria sair daqui agora… parece que em breve, Blanco chega com nosso patrão.

- Quem é o seu patrão?! - grito - Otávio, rasga o peito dele - abro os botões da camisa de Jordan e meu segurança retira um canivete da cintura, passando pelo peitoral dele lentamente.

Juro que minhas mãos até tremem de nervoso.

Alguém acima de Blanco! Isso é totalmente insano!

- Fala, filho da puta! - Amber segura uma arma de choque de curta duração, pressionando no peito do desgraçado e ele grita, pego o canivete e enfio na palma da sua mão, apertando o objeto cortante atravessado sua  mão sobre a parede - fala!

- Você sabe que se hospedou num lugar lotado de caras loucos pela sua cabeça massacrada no chão - ele murmura dolorosamente - eu sei sobre seu casamento… eles estão bem enfurecidos com isso.

- CALA A PORRA DA BOCA E DIZ!! - Aperto a ali e rasgo os dedos, batendo contra a quina que divide duas suítes, fazendo seu sangue espirrar por todos os lados - ONDE BLANCO ESTÁ?!

- Não se preocupe com Blanco - deixo ele cair no chão, vendo dois dos seus dedos ficarem presos na lâmina e ele se contorce no chão, chuto sua cintura e pego minha arma, dando várias coronhadas - você não tem que se preocupar com Gerald…  Troy, muito menos com Blanco -  Chuto mais seu estômago - você…você está tão fodida - ele ri - tão fodida que eu vou aplaudir do purgatório quando você for descoberta…

- Do que você está falando? - me ajoelho e abro a maletinha que ele carregava quando cheguei, achando agulhas com algumas substâncias tóxicas.

- Em quem ia usar isso?! - pergunto e ele não responde, aplico o líquido em sua veia da mão, observando o líquido branco entrar - em?

- Você acabou de cometer um erro… - ouço seu celular apitar e pego do chão, enquanto ele se contorce ali.

“ Aplique três dessas nele ou coloque em alguma bebida, Blanco não vai Resistir.

                            - JB”

- Justin Bieber?! - questiono espantada e olho em volta, vendo que Lana e Amber sumiram, Otávio está caído no chão… - Quem fez isso?! - pergunto olhando para Jordan, vendo que ele não passa de um cadáver - Justin Bieber? - olho para a mensagem mais uma vez e sinto alguém me puxar do chão, me viro rapidamente, sendo socada no rosto - você?!

- Não é Justin Bieber, amor - Beadles aperta meu cabelo e eu tento o golpear - É Jeremy Bieber, Senhorita Blake.

Jemery Bieber? Por que Jeremy mataria Blanco e…

Porra… Jeremy está morto!

Em segundos o andar foi dominado por homens de preto, e eu… eu apaguei.

(...)

- Acorda… - alguém murmura no pé do meu ouvido e eu abro meus olhos com dificuldade, vendo que estou numa cama fofa e macia - ei, Hill, não me assusta assim nunca mais - Percebo ser Justin e me sento imediatamente, tentando sair da cama - Hilary, calma, O Chris te achou aqui ontem, jogada no corredor, o que houve?

O Chris? Meu Deus, ele… ele me atacou e…

- Quero sair daqui - tento levantar da cama e Justin me segura.

- Calma, me diz, o que fazia em Chicago? Como você vem pra cá buscar respostas sem mim? Não precisava mentir, eu descobri que a sucessora veio pra cá e vim, como você descobriu?

- Eu estou confusa, preciso ficar sozinha - digo baixo e olho em volta, vendo minha mala ali, junto com a dele.

- Eu tenho que sair, Christian vai ficar aqui pra passar o mapa para nós e…

- Certo, vá… e as meninas?

- Suas amigas? - ele pergunta - Você veio sozinha, Hill, Christian viu você sendo atacada sozinha, Ryan falou com a namorada, ela é Amber estão em LA, sequer saíram de lá, estão bem, agora descanse.

Assinto e recebo um beijo rápido nos lábios, assim que Justin sai eu pego o telefone dali e ligo em casa.

- Hilary, meu Deus! - Lana diz ao ouvir minha voz - Hilary, sai daí, o Christian, ele nos mandou pra cá, até mesmo o Otávio , ele sabe de tudo, fez eu e Amber embarcamos pra cá, Hilary…

- Lana - percebo que ela está chorando e vejo Christian aparecer no quarto, meu coração aperta ao ver que ele está armado, quando Justin disse que ele ficaria aqui eu nem me dei conta… - Lana, você e a Amber, estão fora da equipe - sinto lágrimas caírem.

Esse é o fim, está tudo desmoronando.

- O que?! Tá louca?! - ela chora mais - é uma por todas e todas por uma, Amber está dando um jeito.

- Eu amo vocês, porra! Amo! - fecho os olhos e Beadles se senta na cama, passando o cano da arma nas minhas pernas - amo vocês mais que tudo, saiu do controle, acabou tudo, nós não somos mais uma equipe, certo?

- Hill, não faz isso! Tenta conversar com o Justin, tenta.

- Eu amo vocês, se cuidem - murmuro e desligo - QUE MERDA É ESSA?! - grito.

- Eu nunca acreditei em você… nunca - Christian sorri de lado - você quase matou meu amigo várias vezes e… é uma mentirosa do caralho.

- Eu posso explicar… eu… - cruzo o cenho - Você falou do Jeremy!?

- O assunto aqui não é ele, gata, é o seguinte, de qualquer forma você  vai morrer … então me diz, quer que eu conte para Justin e mostre todos os registros e provas que você é a sucessora ou você conta?

- Me dê um tempo! - murmuro com raiva e ele passa a mão no meu rosto devagar - como Jeremy está vivo?

- Quem deve explicações aqui é você… então, amor, vamos fazer o seguinte… te dou vinte e quatro horas para contar, é o tempo antes de eu colocar tudo o que quero em ação. Sabe… preciso de você morta para algumas coisas…

- Vinte e quatro horas?! - tento processar tudo, sentindo minha cabeça latejar.

- Sim, ai você conta, Justin te mata e ficamos felizes… ou eu mesmo conto.

- Eu vou contar - digo com a voz trêmula - vou contar.

- Já era hora, agora pensa…faz sentindo eu sempre ter te odiado, não ter interferido no casamento, eu mesmo fotografei vocês no altar.

- Você é um filho da puta - cuspo as palavras e tento me levantar, sendo impedida por uma dor enorme no corpo - o que você fez comigo?

- Para garantir que você não fuja, apliquei uma anestesia na sua coluna, uma não… várias doses, assim, você não tem como dar uma de esperta.

- Você vai ir pro inferno - murmuro e ele nega, rindo.

- Não antes de pegar seu império, baby… - sua voz ecoa com outra risada, me causando calafrios - se você tentar algo, sabe a sua mamãe? Kate… ela morre, olha só - ele me mostra a tela do celular, com um vídeo da Kate cultivando flores na casa de Milão - eu posso acabar com ela em um estalar de dedos.

Eu nunca pensei que ouvir uma ameaça à uma mãe que eu nunca tive me doeria tanto.

- Não vou fazer nada - Seco os olhos - vou contar.

- E morrer! - ele finge contar uma piada e se levanta, indo até o batente da porta - vinte e quatro horas.

Assinto e espero ele sair, caindo no choro.

- Me perdoa por isso… - murmuro e pego meu celular, olhando para a porta, vendo que Christian não está mais ali.

“Otávio, dê um jeito de me tirar daqui amanhã pela manhã, agende uma viagem para a Suécia, preciso sair daqui, tire as meninas do país, envie Kate para outra cidade, faça tudo com cautela.”

Enviei e apaguei rapidamente.

Jeremy Bieber entre nós, Justin caçando alguém que divide a cama com ele, Christian me chantageando, inimigos surgindo de todos os lados.

Eu estou perdida.

Eu sei que não vou contar, vou ser covarde, vou sumir.