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História Sweet Revenge - Steps to revenge


Escrita por: focusnavy

Notas do Autor


Olá olá!
Boa leitura
Nome do Cap : passos para a vingança

Capítulo 35 - Steps to revenge


Hilary Blake p.o.v


Um mês depois


- Aqui está - a acompanhante de vôo serviu à mim e Reymond alguns sanduíches e suco.

- Obrigada - agradeci de maneira seca, fitando a janela, mais especificamente, meu reflexo nela.


Eu não sou nem de longe a mesma pessoa, não só pelo meu cabelo estar curto e meu corpo cheio de cicatrizes, não só por eu ter que ficar com uma cadeira de rodas para lá e para cá porque fiz uma cirurgia no joelho e no fêmur - que quebrou quando eu caí da tubulação-.


É como se eu tivesse mudado totalmente, eu só consigo pensar em vingança, estou mais sedenta por isso do que estava antes.


A única pessoa que eu devo explicações é para o Chaz, estamos mal resolvidos. Eu o ouvi ele pedir para mim ouví-lo há um mês atrás quando eu ainda estava desacordada, mas não, eu não cedi sua vontade. Chaz pode não entender, mas o que Justin fez comigo vai muito além da falta de humanidade, e eu vou retribuir da mesma forma - ou até pior -. O que me preocupa é que Chaz diga que eu estou viva, para  vingar eu preciso que Justin acredite na minha morte… se bem que se ele souber que eu estou viva ele também vai enlouquecer.


Isso vai muito além de ele ter matado meu pai, está mais pessoal do que nunca.


Eu já estou conseguindo andar com muletas, operaram meu fêmur logo quando eu cheguei no hospital, então ele está praticamente novo, eu só sinto muitas dores, mas Reymond prometeu me ajudar com isso.


Acontece que, com a minha mudança radical eu preciso voltar a treinar. E é por isso que eu estou indo pra Milão.


As meninas estão me enchendo, porra, elas estão falando pra mim voltar atrás e esclarecer as coisas com Justin, até parece que não me conhecem. Apesar de me contrariarem quase o tempo todo elas estão me ajudando com a vingança. Já estou com meu exército formado.


Homens de Londres, Milão, Los Angeles e de parte da Província Canadense estão sendo treinados diariamente por Otávio e um dos meus novos seguranças, eu estou montando o maior ataque de todos os tempos.


Vai ser épico, isso merece até um livro dos Recordes na máfia.


Já consegui infiltrados no Governo, estou preparando tudo.


Pelo meu pai e por mim, Justin Bieber está fodido.


- Vamos esperar você conseguir andar sem as muletas e daremos início ao treinamento - fitei meu reflexo por mais um tempo, insatisfeita com a situação do meu cabelo e olhei para Reymond.

- Eu não quero um treinamento, Rey - fiz uma pausa - eu quero que você me transforme no pior pesadelo do Bieber.



(...)


Eu simplesmente odeio ser empurrada nessa cadeira de rodas, ainda mais quando se trata da Lana correndo comigo até dentro da casa, me fazendo revirar os olhos, enquanto minha mãe ri alto com Amber.


- Se você me derrubar eu te mato - murmuro e ela continua correndo como uma criança pela casa, me levando até meu quarto.

- Graças a Deus que essa casa é ampla, sem escadas - entramos e eu suspiro, vendo ela se sentar - o que quer fazer? - Lana parece animada.

- Me ajude a caminhar - digo firmemente, me levantando e ela corre pra me segurar - Eu não estou caindo aos pedaços, Lana, só segura a minha mão - estico a mão e ela segura meio preocupada, suspiro e tomo postura, conseguindo dar alguns passos, mas logo eu me sento cansada, suspirando pesadamente.

- Preciso que ligue pro médico pra ele tirar esse pino de mim - digo e ela me olha reticente - depois ligue pro Otávio, quero ver como estão as coisas em LA.

- Você não acha melhor esperar um pouco e…

- Justin não esperou pra mandarem me estuprar - corto suas palavras - Eu vou me vingar, e olha só, essa semana já é natal, época perfeita, ele vai ouvir tiros ao invés de Jingles.

- Hilary, espera esse ano passar, pelo amor de Deus, você está ficando paranóica!

- Allana, não me fez perder a porra da paciência logo agora!

- VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE ACONTECEU COM VOCÊ HÁ TRÊS MESES?! - Ela caminha de um lado para o outro - SOSSEGA! PORRA!

- Sossegar?! Eu preciso encontrar todos os filhos da puta que me fizeram ir ao inferno! Eu não vou sossegar! Não vou, eu posso até esperar essa semana passar, mas até o fim do mês que vem Justin vai estar morto, ele e todos os que me fizeram mal! Com ou sem a porra da sua ajuda eu vou fazer minha vingança ser tão horrível quanto o que ele fez comigo, e desta vez eu não vou me deixar levar por pensar na família, nem mesmo nos irmãos dele - travo a mandíbula - quem entrar na minha frente vai morrer.

- Hilary, eu preciso que você me escute, preciso que você ouça o Chaz eu…

- Saí daqui, Lana, e se não estiver satisfeita com essa nova fase, nada te empate de sair da equipe.


Ela bufa alto e sai do quarto, batendo a porta.


Vingar não será fácil, ainda mais agora que eu estou em fase de recuperação, mas eu gosto de coisas difíceis.


James e sua trupe de bastardos, Justin e todo resto, quando eu tiver exterminado todos eu acho Blanco e mato ele também.


Uma guerra está por vir e muito sangue será derramado.



Dias depois


Justin Bieber p.o.v



- Justin! Justin! Oi! - Ouço Ouço voz da Jazmyn e sorrio, saindo do escritório, vendo minha mãe e os pequenos na sala.

- Oi, Jazzy - abraço as crianças - E aí, homem aranha?

- Oi, Justin! - Jaxon sorri largo - eu estou animado! Hoje é natal e eu trouxe um presente pra você que eu mesmo fiz - Jax esconde a folha atrás do corpo, sorrindo sapeca.

- Eu também, fiz, irmãozão - Jazmyn revira a bolsa da minha mãe e me entrega um papel dobrado.

- Jazzy, não quer esperar até a hora dos presentes? - minha irmã olha pra minha mãe e nega

- Ah não, eu estou ansiosa!

- Tudo bem, princesa - sorrio fraco e abro o desenho, surpreso.

- Essa sou eu - ela coloca o dedo em cima de uma bonequinha - esse é o Jax, a Pattie, o Ryan, a bolinha é o tio Chaz, esse é o tio Ryan e o Christian, adivinha quem é essa! É a mais bonita, foi a que eu mais caprichei, deixei bem do seu lado.

- É a Hill? - murmuro e ela assente feliz.

- E à propósito, filho, a Hilary vai vir passar o natal com a gente? Faz um tempão que eu não vejo ela.

- É, eu estou com saudades da minha namorada -  diz Jaxon, que senta no sofá.

- Ela… - olho para as crianças e pra minha mãe, eu nunca os envolvo nos assuntos da máfia, é algo meu e é algo que eu nunca quero dar a eles - ela teve que viajar.

- Sério? - Jazzy faz bico - que pena… eu queria tanto ver a tia, ela é tão legal e sabe fazer coisas tão legais.

- Sim, ela é muito especial - forço um sorriso - e então, quem quer almoçar? - tento mudar de assunto, porém Jazzy me olha.

- Você pode ligar pra ela? Eu quero falar com ela, Justin.


Foda, Jazzy.


- A Hill trocou o celular, não tenho o número novo - ela parece triste e segue pra cozinha, mordo meu lábio inferior e o Ryan entra correndo em casa, meio em pânico.

- Cara, me ajuda! - ele corre pro escritório e eu vou atrás, preocupado, Chaz e Christian entram logo atrás, fechando a porta.


Espero Butler falar e ele continua pálido, olhando em volta, parecendo buscar fôlego.


- O que foi?! É sobre o Blanco? Ele apareceu?! - pergunto e os meninos ficam nos olhando, esperando que ele fale.


Desde que eu comecei a ir atrás do Blanco, eu não tive sinal, nenhum ataque nem nada. Está tudo pacato, não duvido que o Blanco queria atacar agora no Natal ou no ano novo, minha casa enche com a minha família.


- Desembucha, Ryan! - digo nervoso.

- Cara… eu me encontrei com a  Lana - ele faz uma pausa, fechando os olhos - a gente se resolveu em algumas partes, encontrei com ela há um ou dois meses, depois ela sumiu, nos falamos só por telefone.

- Ela disse algo relacionado à morte da Hilary ou… - Chris começa a falar e Ryan corta suas palavras.

- Ela tá grávida - me assusto, ficando boquiaberta - é, a gente transou e… merda, Justin, eu não sei se fico feliz ou triste, na verdade eu estou os dois.

- Porra, você está de brincadeira?! - Charles ri alto.

- Não, Chaz… eu… - Ryan faz uma pausa e aperta o cabelo - eu vou ser pai.



Hilary Blake p.o.v



Meu natal foi o mais apagado de todos, na verdade, eu nunca comemoro o Natal. Eu gostava de fazer isso com meu pai, era totalmente diferente. Não que Lana, Amber e minha mãe não sejam boa companhia, mas é difícil, principalmente quando todo mundo está me olhando com pena.


Faz uma semana que o ano novo passou, eu já comecei a treinar. Logo no segundo dia do ano eu tirei os pinos e os pontos, estou impaciente.


- Você continua com medo - Reymond senta na minha frente e eu fito a parede do escritório - não é todo homem que vai abusar de você, precisamos trabalhar nisso.

- Não encosta em mim - bato minha mão na sua por reflexo quando ele vai tocar meu cabelo.

- Viu? Precisamos fazer você perder o medo, quando chegar a hora de vingar e alguém vir te atacar, você não pode reagir assim, com pânico.


Ele tem razão, mas é algo que eu não posso controlar.


- O que sugere? - pergunto.

- Distração - ele responde - primeiro temos que fazer esses traumas se tornarem algo bom, superação.

- Então… - fico pensativa.

- Consegue ficar em pé? - Reymond pergunta e eu assinto - quero que você vá até a janela e grite bem alto, grite o que você quiser.

- Reymond, eu não tenho tempo pra besteiras.

- Não é besteira, você vai se sentir melhor, vá até lá e grite - suspiro e me levanto - quero que você pegue todo seu medo, seu trauma, sua tristeza, transforme em força, transforme tudo isso em força!

- Pode sair pra eu conseguir me concentrar? - pergunto e ele assente, saindo do escritório. Me levanto com um pouco de dor e paro na janela, apoiando a mão na madeira da mesma, para me equilibrar.


Aos pouquinhos meus olhos se encheram de lágrimas, deixei escapar cada uma delas e fechei os olhos.


“- Merda, Hilary! Eu tenho ciúmes de você! Ciúmes! Eu não suporto te ver com outro, não suporto te imaginar com outro, você não entende?!”


“- Eu não consigo mais chegar à esse ponto! Não consigo chegar à ponto de te socar como eu fiz antes!”


“-  Eu gosto de você, caralho! E isso é uma tortura, uma tortura por eu saber que você não se permite sentir, não se permite a nada!”


“- Eu estou falando sério Hilary, quer namorar comigo?”


As lembranças simplesmente me atormentam, é como se todos os bons momentos rodassem na minha cabeça, me fazendo querer desistir, esquecer, sumir.

Mas eu não posso, simplesmente não posso esquecer o que ele fez comigo, não é tão simples, não é normal perdoar algo tão insano.

Tudo o que aconteceu comigo merece ser cobrado.


Respiro fundo e aperto a mão na janela, gritando o mais alto que posso, alguns seguranças saíram do estabelecimento pra ver o que está acontecendo e eu continuo a gritar, sem conseguir parar.


Eu ouço James e tudo o que ele me disse, ouço Justin me xingando, sinto os socos no estômago, sinto tudo e tento transformar em força, em superação.


Ainda soltando a voz, comecei a sentir o corpo mais leve, suavizei a minha expressão e fitei a entrada da casa, em seguida, encostei a cabeça na parede.


Está na hora de sair da teoria e agir.



(...)


- Coloca toda sua força nesse punho! - Rey passa por mim e eu soco o saco de pancadas mais forte, estalando o pescoço - Vamos, Hilary, você vai estourar isso, quero que você rasgue esse saco, quero que você destrua isso assim como quer fazer com quem te fez mal, se lembre do seu pai, se lembre da vingança!


Apertei meu punho e retirei a luva de box, minha mão já está roxa, mas eu não paro, não vou parar enquanto não estourar o objeto na minha frente.


- Isso! Respira fundo por três segundos e chuta com a perna boa! - assinto, respirando fundo e ergo minha perna, acertando fortemente o saco de pancadas - visualize sua presa, se concentra, está quase estourando!


Dou mais um chute e derrubo o saco no chão, olhando em volta, vendo Amber e Lana me chamarem.


Pego a garrafa com suplemento e bebo junto com um remédio para dar energia e outro para tirar dor, indo até elas.


- E então? - pergunto.

- Precisamos conversar - Lana murmura e eu assinto, saindo do quintal logo atrás das meninas, que entram na sala.

- Somers?! - cruzo o cenho ao ver Charles na minha sala, em pé - o que faz aqui?

- Precisamos conversar - Chaz diz ríspido.

- Isso já me falaram, anda, diga-me o que veio fazer em Milão, não tenho tempo.

- Hilary, você precisa desistir dessa vingança - Amber murmura e eu olho para ela, incrédula - você precisa.

- Não, eu não preciso!

- Eu estou grávida, Hill - Lana para na minha frente e eu fico sem palavras, olhando pra sua barriga. Bem que eu notei ela estar mais gordinha esses dias.

- Está grávida do Chaz? - aponto pro mesmo, que nega imediatamente - não sabe quem é o pai?

- Ryan é o pai - ela responde e eu dou uma risada, cruzando os braços.

- Esteve com ele?

- Sim, quando você ainda estava no hospital de Los Angeles, a gente transou - ela responde com cautela e eu nego com a cabeça.

- E Ryan contou pro Bieber que eu estou viva? - a encaro.

- Não, Ryan não sabe de você, muito menos Justin - A morena continua a falar - mas sua vingança estúpida envolve todos, exceto o Chaz, e eu não vou permitir que você mate o pai do meu filho.

- Não quero nada com Ryan, eu disse que quem entrasse no meu caminho ia morrer, mantenha ele fora e ele será poupado - dou de ombros.

- Hilary, o Justin é meu amigo, você acha que se ele for ameaçado ou algo assim eu não vou fazer nada?! Eu não vou deixar você assassinar meu melhor amigo!

- Seu MELHOR AMIGO - pronuncio as palavras com raiva - Seu amigo mandou que me estuprasse, seu amigo matou o meu pai!

- Justin não fez tudo isso! Blanco fez! - Chaz eleva a voz - Blanco deu um jeito de passar essa ordem! E sabe o que é pior, você mora no mesmo…

- EU NÃO VOU DESISTIR DE VINGAR! - encaro seus olhos e tiro a minha regata, ficando com o sutiã - OLHA PRO MEU CORPO - mostro os hematomas, - OLHA PARA MIM! VEJA O ESTADO EM QUE EU ESTOU! A MINHA VINGANÇA VAI SER A CONSEQUÊNCIA DO QUE SEU AMIGO ME CAUSOU! EU NÃO VOU MATAR O RYAN, ALLANA - olho para a mesma, que continua séria - E NÃO VOU TOCAR EM VOCÊ, SOMERS, EU QUERO O CHRISTIAN, O BIEBER, JAMES E O RESTO DAQUELES MALDITOS!

- Você não está pensando! Se você for matar Justin vamos defendê-lo! - Charles vem até mim - acorda! Tem coisas acontecendo ao seu redor, o cara que você amou está entrando em depressão, Justin não é mais o mesmo! Ryan vai ter um filho, você não precisa disso, não precisa!!

- Eu vou fazer isso! - cuspo as palavras - Lana, você está suspensa da missão, não quero que aconteça nada com você e com o bebê - aponto pra mesma, que não diz nada - Amber, ou você está comigo ou está fora, aqui não tem mais meio termo - faço uma pausa - Somers, volta pra LA e tira seu amigo da depressão, avisa que em menos de um mês eu estou de volta. Deixa o Christian bem atendo.

- Justin sabe sobre o Christian, sabe que ele era infiltrado. Christian deixou uma carta contando e sumiu.


Huh, então o Bieber está desfalcado? Já começamos com um ponto para mim.


- Alguma pista de onde o Beadles esteja? - pergunto, escondendo um sorriso diabólico e coloco a camiseta.

- Acho que no Kansas, não sei, talvez esteja em Dublin… sim, ele com certeza está em Dublin -  Charles faz uma pausa - por que?

- Nada - suspiro e Lana vai para o quarto, logo minha mãe aparece e se senta com um copo de suco na mão, ela está bem mais saudável - pode ir embora, Somers, não tem o que fazer aqui.


Ele mantém o olhar em mim e eu o acompanho até a saída, percebo que por vezes ele tenta falar algo mas para antes e dizer.


- O que foi? - pergunto e ele abre a porta do carro.

- Não confie no Reymond - Charles murmura e eu cruzo o cenho, porém assinto - pense, por favor.

- Já disse o que eu quero - cruzo os braços e ele me abraça com força, não retribuo e ele encosta a testa na minha

- Pensa bem…

- Chega, Chaz - o empurro, porém suas mãos me seguram pela cintura - ei! - me assusto quando ele se aproxima, grudando os lábios nos meus, puxando um beijo tranquilo.


Eu não esperava por isso, mas não é nada mal.


- Por mim… - abro os olhos depois de um tempo -  não faça - ele pede.

- Por mim eu farei, desculpa - silabo e ele sela meus lábios, entrando no carro.

- Vou falar pro Bieber sobre você - girou a chave na ignição.


Escondi um sorriso, ah, Justin, ele vai surtar.


Assim que eu perdi o carro da vista, eu chamei o Otávio.


- Rastreie o número de Christian Beadles - ordeno - e prepare uma viagem pra Irlanda, mais especificamente, para Dublin.



(...)


Na semana seguinte


Justin Bieber p.o.v



Olho no espelho fixamente e suspiro, resolvendo fazer a barba pelo menos uma vez na vida. Passo o creme de barbear e ajeito a toalha na cintura, começando a tirar.


Tem sido dias difíceis, eu ainda não consigo processar o que houve na semana passada. Eu não acredito que um dos meus melhores amigos me traiu daquela forma.

Não, não entra na minha cabeça.


Faço a barba e tiro o creme do rosto com uma toalha descartável, jogando no lixo. Em seguida, me sento na cama e releio a carta.


“Eu não sou seu amigo, não sou quem pareço ser. Amigos não fazem o que eu fiz, espero que me perdoe pelo o que vou confessar.

Desde o dia em que fomos até o jantar do Bruce, até que a Hilary ficou presa no elevador eu encontrei com Blanco e ele me propôs ser mais do que eu sou com muito mais dinheiro se eu trabalhasse pra ele, à partir disso eu descobri que a Hilary era uma Blake. Eu sempre soube os dias dos ataques, sempre soube que a Hilary nunca teve envolvimento com o sequestro da Jazzy e tampouco com o que houve com a sua mãe, mas eu a culpei porque quero poder tanto quanto Blanco quer, eu quero ser maior que você e eu vou ser, 

Christian."


Filho da puta ganancioso.


Foda.


É foda processar tudo isso, agora tudo faz mais  sentido… A Hilary me falando para abrir os olhos, o inimigo estava o tempo todo na minha casa, fingindo me ajudar. Christian sabia de tudo, mas inventou coisas à mais, me induziu a fazer mal pra quem realmente se importou comigo. De verdade, eu não sei nem se posso confiar no Ryan ou no Chaz. Principalmente no Somers, que ultimamente tem estado estranho, sem contar os sumiços.


Não posso perder o resto da minha equipe, não agora, sabe-se lá qual vai ser o próximo passo do Reymond, e pra ajudar, eu não estou achando nada sobre ele.


Visitei a casa em que a Hill morava algumas vezes, achei apenas um testamento, nada mais. Nada citava que a herança do Marvin ficaria com o Blanco, isso está a cada vez mais complicado de se entender. Eu precisava do Christian  mais que tudo agora, precisava de saber usar o monte de equipamentos, não que eu não saiba, mas o que eu sei fazer é pouco.


- Senhor Bieber? - Amélia abre a porta minimamente, ficando totalmente corada ao me ver só de toalha, se virando imediatamente, dou risada e me visto rapidamente.

- Pode falar - saio do quarto.

- Tem visita - ela sorri e eu assinto, descendo rapidamente, me surpreendendo ao ver a amiga da Hilary, a Lana com o Ryan todo besta, babando na barriga dela,  todo mongolóide.


Estou feliz por ele, depois de um tempo ele se acostumou com a idéia, agora Ryan chega a dar bobeira falando que vai ser um menino e tudo mais. Chega a ser engraçado.


- Oi, Justin - Lana diz e eu a cumprimento - tudo bem?

- Tudo - respondo e me sento, pegando o pacote de salgadinhos da mão do Chaz, que bufa e puxa de volta, cruzo o cenho ao ver todos ali meio tensos, então eu me sento melhor.

- Pode começar a falar - vejo eles se entreolharem, parando o olhar em mim - vocês estão me preocupando.

- A Hilary - Lana suspira e morde os lábios, olhando pro namorado - a Hilary tá viva.


Molho meus lábios múltiplas vezes, sem acreditar, esperando ela prosseguir.


- Ela… ela tá viva, a morte foi uma simulação - Lana continua a falar e eu continuo estático.

- Como? Como ela… como? - repito várias vezes.

- Justin, quando nós fomos resgatá-la, parte do plano foi forjar a morte, não tinha meios de tirá-la de lá, sua ordem foi a de que se ela saísse, seria morta, pois bem, assim fizemos.

- Mas Lana, como ela saiu sem que eu soubesse?! - questiono, intrigado, sentindo meu coração totalmente descontrolado, fazendo com que eu ofegue e caia sentado no sofá.

- Tubulação… - ela suspira pesado - o plano era ela sair com Reymond da tubulação, mas limparam na hora, ela se intoxicou e depois caiu da plataforma…

- Reymond?! - pergunto imediatamente, e ela para de falar - O Reymond não quer ajudar ele é…

- O Blanco, eu soube disso hoje, estou tão inconformada quanto vocês - ela suspira e Ryan à abraça - o problema é que a Hilary saiu de um coma há quase três  meses - arregalo os olhos, negando com a cabeça.

- Lana, como ela está?! - certo, eu estou feliz, totalmente feliz. Eu preciso vê-la!

- Pior do que nunca - Chaz murmura - Dude, desculpe te esconder isso, mas eu sempre soube que ela esteve viva, desde quando ela entrou em coma e eu não falei por proteção, cara, ela sofreu muito e bom… eu estava com raiva de você.


Travei meu punho e fechei meus olhos sem acreditar.


- Você me deixou naquele estado e sabia?! - pergunto incrédulo - sabia que ela estava em coma e que estava viva precisando de mim!

- A Hilary quer te matar, Justin - a garota do Butler me olha séria - ela acha que você mandou James fazer o que fez, sendo que as ordens foram dadas pelo Beadles, ela te odeia mais do que antes. Ryan me contou que você já sabe de tudo, ela me afastou da equipe por um tempo por causa da gestação, ela vai vingar, está montando um exército e não tem como impedí-la!

- Preciso vê-la, onde ela está?! - exalto a voz, andando de um lado para o outro.

- Em Milão, mas você não pode ir, eu falo sério, você sabe da proporção do poder de dos Blakes, Hilary é maior e mais poderosa, eu preciso que você pense em algo para impedí-la.

- Isso é sério, Reymond vai deixá-la paranoica! - Charles se pronuncia.

- Ela já está ficando, eu não…

- AH MEU DEUS! - ouço um grito nos fundos da casa e saio correndo junto com o pessoal, indo para o jardim - SENHOR BIEBER!

- Amélia?! - grito, ainda correndo e paro quando vejo o corpo estirado no chão.

- Merda… - ouço Ryan murmurar.

- Eu vim tirar o lixo e… e encontrei isso! - a empregada coloca a mão no rosto e eu ainda fico em estado de choque.


É impossível que tantas coisas aconteçam, é impossível! Eu mal processei a idéia de ela estar viva e… agora isso.


- Não adianta checar  o pulso, está morto - Charles murmura pra Lana, a mesma que está tão chocada quanto eu.

- Eu disse… - Allana murmura e eu analiso a figura na minha frente.


Christian Beadles nu, sem os genitais, os mesmos que estão costurados com nylon na boca. Os dois joelhos estão com ganchos grudados e as pernas com queimaduras de segundo grau, pelo corpo eu posso notar hematomas profundos, sem contar que está vazando algo da boca e do nariz.


Ela não faria isso… não, isso é insano!


- Vira o corpo - murmuro para Ryan, que segue minha linha de pensamento e faz o que eu mandei.

- Porra! - fito as costas com espanto, ao ver uma série de cortes nas costas até a lombar, formando “Blake” com uma letra enorme, quando meu olhar atinge suas partes baixas eu arregalo os olhos, Lana saí com o namorado vomitando pelo chão todo e Chaz para ao meu lado, fitando o cadáver.


O ânus dele está totalmente machucado, nota-se algum pedaço de metal e cortes profundos, ele está literalmente aberto, o sangue seco está fedendo e cheio de mosquitos.


Christian Beadles foi estuprado.


- Precisamos pará-la, Justin - Charles me olha, trêmulo - ou o próximo será você. 




Notas Finais


Gostaram? Comentem!
Gente tá complicado escrever, tá muuuuito trabalhoso , então talvez eu demore um pouco.
Eu tô com muita dó do Justin, de verdade.
E essa morte do Chris? Ficou à altura do que ele merecia?
A Hilary tá loucona, não vou negar... ADORO.
bjs meus chuchus ♡♡


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