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História Sweet Sadness - Memorias


Escrita por: Jinsuna

Notas do Autor


Essa é a primeira fic que estou postando e espero que gostem da história.
Até as notas finais, boa leitura

Capítulo 1 - Memorias


Fanfic / Fanfiction Sweet Sadness - Memorias

Elizabeth Whortman on.
 

Estou na porta do orfanato onde morei os últimos oito anos da minha vida. O orfanato não é lá grande coisa, mas significou muito para mim. Foi aqui que superei a perda dos meus pais e conheci Jonas, meu melhor e único amigo. Uma lágrima escorre pelo meu rosto. Essa é provavelmente a última vez que vou estar aqui, após completar meus dezoito anos ontem, hoje tenho que ir embora, mas o que mais me deixa infeliz é o fato de que as possibilidades de ver Jonas daqui por diante são escassas. Me lembro exatamente do que ele me falou quando o vi pela última vez a dois anos atrás quando foi adotado.

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- Não acredito que você foi adotado Jonas! Que incrivel!- eu sinceramente estou feliz por ele, mas ao mesmo tempo não consigo deixar de estar triste pelo fato de que ficarei sozinha. Após segurar o máximo que pude, não aguentei mais e me desfiz em lágrimas abraçada a ele - Jonas?

- Sim?

Precisava não me abalar tanto ao dizer, mas não consegui segurar os soluços e nem deixar de gaguejar enquanto fazia a pergunta que mais ecoa em minha cabeça - Jonas, eu vou te ver outra vez?

- Claro que sim Lizz! Quando chegar seu aniversário de 18 anos, já vou ter quase dezenove , eu prometo que virei te buscar, nunca mais ficará sozinha.

- Promete?

- Prometo.
       

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Bem, nunca duvidei de Jonas, mas realmente não consegui não me magoar ontem quando ele não veio. Algo deve ter acontecido, ou mesmo, ele deve ter se esquecido, se esquecido de sua promessa, do meu aniversário...E de mim.
Não o culpo, afinal, as pessoas que poderão se livrar de mim o fazem na primeira oportunidade, porque com Jonas seria diferente?
Talvez eu tenha considerado ele mais do que ele me considerou, ou até mesmo ele nunca tenha me levado a sério ou sempre esteve brincando com a minha cara, até mesmo quando me falou que não me abandonaria.

A brisa fria me atinge. O dia está virando noite e eu tenho que sair daqui. Aperto fortemente na mão a nota de cem dólares e o cartão de visita de um hotel barato que fica a uns quinze quarteirões daqui. O orfanato não tinha muito dinheiro nem para se manter, então foi tudo que puderam fazer por mim.
Logo não haverá mais a luz do sol para me aquecer e proteger, tenho que ser rápida ou serei assaltada por estar no subúrbio do Brooklyn.

######################################## 1:00 hora depois #####################################
 

Finalmente cheguei ao hotel. E após colocar o cartão com a foto a minha frente e depois olhar para o estabelecimento, constatei que a foto no cartão deve ser de uns vinte anos atrás!

Na foto, o hotel tem três andares, uma pintura vermelho vibrante, várias janelas brancas dando um ótimo contraste e a porta de entrada é uma porta dupla de madeira recém envernizada com maçanetas pintadas de dourado. Se esse lugar realmente já foi assim algum dia, esse dia foi a muito tempo, o prédio ainda tem seus três andares, mas sua pintura está desbotada e com pichações, todas as janelas estão sujas manchando o branco e algumas ainda, tem seu vidro quebrado, a porta de entrada está rachada ao meio e uma de suas maçanetas já não está mais ali.

- Esse lugar está deplorável.....- sussurro para mim mesma.
Balanço a minha cabeça tentado retirar esse pensamento da minha mente, afinal, com cem dólares eu não acharia nada melhor que isso.
Caminho lentamente ao outro lado da rua onde se encontra o hotel apertando com uma das mãos a alça da mochila que esqueci que carregava de tão leve, ao colocar a mão na maçaneta que resta na porta, sinto que a mesma está quase caindo. Me assusto brevemente ao escutar alguns estalidos e solto a porta que se abre sozinha fazendo um sino soar e um enorme baque ao se chocar contra a parede aparentemente frágil enquanto a outra parte da porta permanece intacta e imóvel.

Chega a ser assustador, como uma cena de filme de terror dos anos 90 quando apenas um ranger de porta assustava tremendamente todos aqueles que estivessem na sala de cinema, mas o que mais me incomodava no local não era a falta de pessoas ou os móveis antigos e a pouca iluminação, pode parecer estranho maso que mais me deixa assustada é que o local não tem, como o terrível cheiro de mofo ou os roedores muito menos poeira.

Pensei que o local fosse completamente abandonado! Só entrei para confirmar minhas suspeitas, e parece que eu estava errada.
Caminhei lentamente até o balcão que imaginei ser uma recepção e toquei aquele pequeno sino, ou seja lá o nome daquilo, só sabia que servia para chamar a atenção. No mesmo momento em que o toquei, soltei uma risada baixa por me imaginar em um daqueles filmes de vampiros e monstros.

- Algo engraçado senhorita? - Do nada uma voz surge logo atrás de mim, dou um pulo e me viro para a pessoa que me chama com a mão no coração demonstrando o tamanho do meu susto.

- Meu Deus! - Exclamo ao olhar para a figura baixa de uma mulher que está atrás do balcão e me olha divertida - Me desculpe.....

- Sinto muito, não queria ter te assustado - Solto o ar que nem percebi que prendia nos pulmões - Posso ajudá-la ? - A olho duvidosa.

- Claro. Gostaria de saber quanto terei que pagar por um quarto essa noite - Digo formal o suficiente para ela tirar seu sorriso debochado dos lábios.

- Se for passar só essa noite, 20 dólares.

- Vou ficar.

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Agora já estou em meu quarto, o lugar está até que arrumado, tem um guarda-roupa médio e rústico de um lado do quarto, ao seu lado uma porta que leva direto ao banheiro pequeno e encardido por seus vários anos de uso. Do outro lado do quarto tem uma penteadeira branca com um espelho e um pequeno banco, a cama fica de frente para a porta do quarto com uma janela logo acima e ao seu lado uma baixa e estreita mesinha com um abajur.

Me pergunto porquê o hotel parecia tão ruim do lado de fora. Deixo a bolsa em cima da cama, me dirijo ao banheiro e tomo um banho quente lavando meus longos cabelos castanhos. Ao sair visto um vestido azulado soltinho da cintura para baixo, me olho no espelho enquanto desembaraço meus cabelos.

Eu não sou muito alta, mas também não posso dizer que sou baixinha, tenho os cabelos até a altura do cóccix com volumosas ondas, tenho os olhos castanho e sou bem branquinha, meus lábios são consideravelmente grandes mas não exageradamente e são naturalmente rosados o que é curioso.

Após terminar meu cabelo, me jogo na cama e fico olhando para o teto. Minha vida mudou tanto em tão pouco tempo, digo, não exatamente por agora mas em relação ao que aconteceu a oito anos, não me lembro muito do dia em que o acidente aconteceu, mas me lembro de alguns detalhes.

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- Mamãe, vai demorar muito para chegar mamãe ?

- Não querida, estamos bem pertinho, já estamos chegando! - Mamãe se vira para trás arrumando meu cinto de segurança enquanto papai presta atenção na estrada, estávamos indo para casa da vovó, amanhã é natal e mal posso esperar para ver a vovó! - Elizabeth, já não falei para por o cinto de segurança assim que se sentar no carro?

- Me desculpa mamãe...
- Estamos chegando Lizzie! - Papai já deu seu alerta.

Então mamãe volta a olhar para frente, na mesma hora papai começa a fazer uma ultrapassagem, mas um caminhão aparece e não dá mais tempo de voltar.

- Papai?

- Nós te amamos Lizzie, nunca se esqueça disso.

O carro bateu. Minha cabeça foi arremessada contra o banco da frente me fazendo desmaiar com o forte impacto.
Acordo com uma enorme dor e sinto que por perto tem algo em chamas pela grande quantidade de calor. Abro os olhos e me deparo com uma mulher de vermelho cuidando dos meus machucados.

- Cadê o papai e a mamãe ?

- Eu sinto muito Elizabeth, mas eles não resistiram.

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Deixo as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Queria tanto que o Jonas estivesse aqui, ele saberia me acalmar. Entre tantos pensamentos que passam em minha cabeça alguns se destacam mais, como o que diz que devo me focar no agora.
Amanhã tenho que arrumar um trabalho e um apartamento que dê para pagar.

Em meio a esses pensamentos fecho meus olhos e deixo a escuridão me levar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, se sim, favoritem e comentem porque isso me incentiva muito a continuar.
Nos vemos nos comentarios.
Kissus
Jinsuna


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