História Sweetest Goodbye - • Capítulo Único •

   “Nunca mais! É uma promessa.” As palavras invadiam a mente de certo loiro, que remoía, pela quarta vez aquele término abrupto. Lembrou-se das palavras usadas para tentar convencê-lo a ficar, embora soubesse o quão cabeça dura o outro podia ser.

  “Nunca pensei que você seria o primeiro à partir pra tão longe. Nunca pensei em te deixar pra traz…” as palavras morreram ao ar, como se o loiro não tivesse forças o suficiente para continuar. Era visível a tímida lágrima que se formava naquele límpido céu disfarçado de olhar. E mesmo assim, ouviu o que mais temia naquele momento, “Adeus”. Definitivamente, o adeus mais doce que ouviu na vida.

  Agora, o moreno de orbes castanhas estava tão longe. Tão longe dele… deles. Quantas vezes aquilo não aconteceu? Quantas vezes não disseram seus 'adeus’ e voltaram?  Mas, nunca antes ele havia partido… para tão longe.

  Os pensamentos à mil, reduzindo apenas quando o barulho lhe chamou a atenção.

  — Ele volta. — a voz suave lhe preenchia, não apenas os ouvidos, mas, boa parte de seu coração magoado.

  Ele queria acreditar naquelas palavras, como ele queria. Queria ter tido tempo de dizer tantas coisas também. Talvez, tivesse que torcer e esperar pela volta de Tony, para que pudesse dizer tudo o que desejava.

  Ou, pudesse dizer agora, e torcer para que as palavras surtissem o efeito desejado.

  “Você nunca estará sozinho, e quando retornar… deixarei bem claro os meus sentimentos por você. Deixarei bem claro, como me sinto…”

  O ritmado barulho de bipes, atiçou a curiosidade do loiro, fazendo-o girar no próprio eixo. Encontrando a poucos metros, o dono dos castanhos mais brilhantes que teve o prazer de apreciar.

  — São palavras de grande importância. Não deveria usá-las… da boca pra fora. — haviam passado duas semanas, mas, para Steve… mais pareceram anos.

  — Nada que eu disse, foi da boca pra fora. Nem uma palavra sequer.

  As primeiras gotículas que rompiam a densa nuvem cinzenta, coincidiam com as batidas erráticas dos corações dos presentes naquela enorme sala, com enormes janelas. A proximidade veio por parte de ambos. Os pés seguiam comandos que nenhum dos dois saberiam de onde vieram. Apenas deixaram-se levar pelo calor do momento.

  O beijo, originado de um desejo, de uma saudade… o toque - nada suave - das línguas que travavam batalha por domínio. As mãos, que sabiam bem o caminho que traçavam… afinal, aquela não era a primeira vez que o Capitão América e o Homem de Ferro se deixavam levar pelos desejos mais primordiais dos seres humanos. Também não era a primeira vez que um moreno de olhos azuis enlaçava ambos num abraço.

  — E fariam isso sem mim? — a voz, tão doce quanto o rosto. Tony compreendeu - um pouco tarde - que aquele homem, jamais faria mal à alguém, quando ciente de suas ações. Bucky Barnes, em nada se parecia com o 'soldado invernal’.

  — Uma hora, teríamos que ir para a cama. E você já estaria lá. — tipicamente, respondendo à altura. Afinal, Tony Stark tinha que manter certas características de seu ser.

  O beijo, era quase caótico. Quando três bocas buscam contato, fica difícil definir o ganhador. As mãos, chocavam-se inúmeras vezes, os corpos pareciam poucos, devido à necessidade que sentiam… em novamente, tornar-sem um. Quando seis pares de mãos se encontravam, esse era o desfecho mais provável.

  Os passos, errôneos, os abajures, móveis, quadros… qualquer decoração que se fizesse de empecilho para o caminho desejado… rapidamente se perdia pelo chão.

 Buscavam apenas um lugar que fosse confortável o suficiente, para tornar vívida a lembrança que os três carregavam. Buscavam saciar o calor que emanava de seus corpos, sedentos pelo prazer que - tão bem - conheciam.

  Despir, era algo tão fácil, que quase perdia a graça. Cada qual disposto à livrarem-se das peças. Jogando-as à perder de vista. Afinal, naquela Torre… apenas os três residiam.

  Quando o emaranhado de corpos alcançou a cama, os três se jogaram. Bucky, beijando a nuca de Tony, inebriando-se com o perfume amadeirado do bilionário. Tony, mordiscando e chupando o lóbulo da orelha de Steve, enquanto o loiro, acariciava ambos os parceiros.

  — Disse que me mostraria como se sente… já vai começar? — Tony era instigante, em todos os momentos. E isso que uniu aqueles três homens.

  — Nós vamos. — Steve respondeu, ciente que Bucky concordaria.

  Nada ali seria novidade. Era caótico, inimaginável até. Não deveria funcionar, mas, funcionava. Um homem de outra época, absurdamente certinho. Um ex cara mal, manipulado pela Hydra e sem grandes habilidades para boa memória. E um egocêntrico bilionário. Cada um, trazendo o composto necessário para que a química desse certo. Como um experimento muito bem calculado… ou, um desastre que obteve sucesso.

  O restante das roupas, há muito jaziam no chão. Uma, curiosamente no ventilador de teto, que Bucky insistia em ter. Aquilo era uma cueca? Sim, não haviam dúvidas quanto a isso, a dúvida era… de quem?

  As carícias, os gemidos e ofegos se espalhavam aos quatro ventos. As palavras de baixo calão, e cenas obscenas, deveras.

  Os movimentos, tão sensuais, tão repletos de luxúria. Os olhos entregavam o tamanho desejo, quando dilatavam-se. A excitação era uma constante, quando se tratava dos três homens trancados naquele quarto, naquela enorme cama de casal.

  Se tinha forma melhor de sexo, Tony Stark - o obviamente mais experiente - desconhecia. Sentir-se abrigado no interior de Bucky, enquanto o seu querido Capitão o penetrava tão intensamente. Aquilo poderia ser o paraíso, mas sabia que era mais provável que fosse o inferno, devido ao imenso calor.

  Os gemidos, as mãos que marcavam cada pedacinho de pele. As mordidas que Bucky e Steve depositavam nos ombros de Tony… tudo os guiava para o estopim. Para o momento que não poderiam adiar eternamente, embora a vontade de permanecer naquele ato, fosse o maior dos desejos…

  O orgasmo, quase sincronizado… Bucky, o primeiro a se deixar levar pela sensação de formigamento em seu baixo ventre, quando as hábeis mãos de Tony lhe fazia vítima de masturbações rápidas. Steve, ao ouvir os gemidos de Bucky e Tony, entregou-se logo após, derramando-se no interior acolhedor do bilionário, fazendo assim, com que Tony finalmente atingisse seu esperado orgasmo.

  Deitados, sem condições de algo além de simplesmente respirar.

     Aquela era a atual situação deles, envolvidos num prazer tão carnal, que pouco ligavam para coisas como, moral. Não havia certo e errado. Não quando haviam se perdoado e seguido em frente. E embora muitos pensassem que não, ali havia sentimento. Havia amor, e com certeza… havia sexo.

HAPPY ENDING