História Swimming In Disappointments (Em pausa) - Changes

Minha visão já estava embaçada, por conta do choro, sim, não consigo parar de lembrar aquela cena agoniante, Steve na cama com Tifanny.

Mas, por um momento, parece o mundo parou, eu fiquei pensando antes de cometer essa barbaridade, por que eu me mataria, sendo que eu posso matar o Steve? A culpa não é minha se os caras que eu me relaciono me traem, realmente não posso me culpar, a culpa é deles! E todos vão me pagar, por todas as lágrimas que eu derramei, vou mudar completamente, não mereço morrer enquanto ele está com outra, ele que deve morrer.

Ouvi uns gritos vindo do andar de cima, algo do tipo ''Espere Emma, foi um mal entendido'' e alguns sussurros da sala, como ''Que loucura essa menina vai fazer?'', ''Só quer atenção'', ''Ela deve estar zoando com a nossa cara'', ''Ela vai se matar aqui? Sério?'' Entre outros... 

Fui empurrada contra a parede pelo Brendon - O certinho - e a faca voou para o chão. 

Recebi todos os olhares daquelas pessoas, principalmente aquele maluco em que esbarrei, ele é estranho.

- O que você pensa que está fazendo Noose? - Eu quero matar Brendon, não gosto desse sobrenome, me lembra minha mãe.

- O que acha? Estava querendo me matar, mas você atrapalhou - O empurrei e peguei a faca - Mas não se preocupe amor, quem eu quero matar está lá em cima. - Dei um sorriso, digamos que assustador, e subi com o ódio me dominando. Ah, é hoje  que eu viro uma nova pessoa.

Um braço surgiu no meio do meu caminho, me parando.

-Você tem certeza que quer fazer isso princesa? - Aquela voz, sim, era aquele doido.

-Para de bancar o otário - O empurrei novamente - Ou eu te mato também! - Apontei a faca para o olho dele, mas ele nem se importou, apenas chegou mais perto e sussurrou no meu ouvido.

-Se você me conhecesse, você não ousaria em fazer isso. -Disse pegando em meu braço.Ta, fiquei com um pouco de medo, mas comecei a subir rapidamente, enquanto as pessoas estavam assustadas, se afastando de mim. Ótimo, vou ser conhecida como a maluca.

Apontei a faca pra todo mundo que estava no meu caminho, só queria matar ele ali mesmo, sem se importar com a polícia - Sim, chamaram a polícia - e abri a porta daquele quarto bruscamente, vendo aquele tal da Tifanny arrumando os cabelos, enquanto o finado - cujo Steve - estava prestes a abrir a porta, mas eu fui mais rápida. Não pensei duas vezes, e dei uma facada em seu ombro esquerdo, não o mataria, ainda.

Eu tirava e colocava a faca em seu corpo, enquanto ele caia, ainda não atingi o coração, mas tem algo melhor de esfaquear. Estava sorrindo e chorando ao mesmo tempo, enquanto aquela vaca, que estava em cima dele a uns minutos atrás, estava gritando socorro, só não mato ela porque não tenho tempo, e se a polícia vier? Foda-se.

Mirei no ''amiguinho'' do Steve, dei um beijo em cima da calça, e sorri, mas infelizmente recebi um murro na cara, passei a mão - suja de sangue mesmo - sobre meu olho, droga, vai ficar roxo, foda-se. Desmanchei o sorriso e enfiei aquela faca maravilhosa sobre seu pênis.

- Ah, eu te amava tanto, porque você fez isso comigo? - Dizia chorando - PORQUE? - Coloquei a mão sobre a faca, a afundando mais - PORQUE? VOCÊ SABE O QUE EU PASSEI! - Tirei a faca e comecei a chorar, estava triste, mas eu quero que ele morra. 
Joguei meu corpo em cima dele, com a faca quase cortando o seu pescoço, mas ele era forte, mesmo com o ombro fodido. Droga.

Ele começou a tentar pegar a faca da minha mão, mas do nada veio gritos falando que a polícia estava a três quadras daqui, foi ai que eu me desesperei, não poderia ser presa, não agora!

-Merda! - Gritei e fiquei pensando o que fazer, o que eu faço? Mato ele agora e fujo, vai que eu tenha sorte né.

Ele, pensando que eu ia fugir, me soltou, mas estava enganado, passei a faca em seu pescoço, e no mesmo momento aquele sangue espirrava em meu rosto, nunca tive nojo disso, mas eu já estava bem nojenta.

Vários gritos histéricos dentro daquele quarto, enquanto eu não me movia, eu simplesmente não conseguia, só estava observando o que eu fiz... Eu adorei o que eu fiz.

- Vamos sair daqui - Brendon foi pegando meu braço e me arrastando fora daquele quarto - Cadê a chave do seu carro? - Se virou pra mim.

-Eu... Eu não sei - disse calma, não estava preocupada, NOSSA,  A POLICIA!

Me soltei dos braços de Brendon, coitado, ele estava coberto de sangue. Puxei sua mão e comecei a procurar a chave do meu carro, merda, não encontrei.

Sai daquela casa correndo, mas eu não corria muito rápido, então Brendon me pegou no colo e me levou num beco, que dava para uma avenida, onde nós iriamos?

- Onde estamos indo? - Perguntei.

-Não sei, mas se alguém nos ver, você fala que se machucou e nos estamos indo pro hospital - Até que não é má ideia.

- É muito sangue, mas foda-se, ninguém precisa saber de detalhes. 

De repente um carro com um farol alto parou em nossa frente, droga, a polícia.

Desceu um cara, mas não dava pra ver quem era, meu Deus, vamos ser presos, e Brendon não tem culpa.

-Me prenda! - Gritei - Ele não culpa de nada!

Ouvi risos de Brendon e o suposto policial, que merda está acontecendo?

- Por que esta rindo, Brendon? 

-Não é a polícia sua maluca, é o meu amigo, Bieber, já te falei dele. - Disse com a maior naturalidade.

- Mas precisamos ir, não tem tempo de parar pra conversar. - Disse um pouco emburrada.

- Dá pra vocês entrarem no carro logo? Ou eu não ajudo ninguém! - Falou aquele cara, o tal do Bieber, eu conhecia aquela voz... Será que é aquele maluco da escada?

Brendon me colocou no chão, e pegou em minha mão, me levando até aquele carro desconhecido, não tenho jeito mesmo.

Entrei no banco de trás, sozinha, enquanto aquele ''Bieber'' entrou no banco do motorista, dando ré e fugindo daquele beco.

-Ah, você é o maluco que eu empurrei duas vezes né? - Comecei a rir - Foi mal, muito obrigada.

-Não estou fazendo isso por você. - Disse o tal do Bieber. Grosso.

Levantei os braços em rendimento, e olhei pela janela, vendo aquela cidade passando rapidamente, me dando tontura. Decidi deitar e cochilar um pouco. Vai saber onde eu estou indo.

Algumas horas depois.

- Acorda dondoca! Chegamos - Disse Brendon, me balançando carinhosamente, amo ele.

- Acorda projeto de puta, tenho tempo não! - Reconheci aquela voz, Bieber. 

- Olha a boca seu otário, você nem me conhece - Disse me levantando e o encarando.

-Você que não me conhece, quer que eu te entregue para a polícia? - Disse tentando colocar medo em mim, babaca. - Ou melhor, arrancar cada parte do seu corpo, principalmente seus olhos, e colocar num pote em conserva? - Aquilo me intrigou, ele não teria coragem... Ou teria?

Resolvi ficar quieta, realmente não o conheço.

Levantei do carro e sai do mesmo, tentando reconhecer o lugar em que eu estava, tentativa falha, não reconheci.

- Onde estamos? - Cheguei perto de Brendon e sussurrei para só ele ouvir.

-Estamos na minha casa - Disse o tal do Bieber, ele me escutou.

Dei de ombros e sai andando de mãos dadas com Brendon, estava totalmente confusa, e só conheço ele.

-Vem cá - Bieber chamou minha atenção - O que deu na sua cabeça matar alguém naquela festa? E o que vocês são? - Apontou para Brendon, e depois pra mim.

-Bom, eu matei aquele cara por motivos pessoais, o qual não te interessa - ele travou o maxilar, caminhando até mim. Me deu um pouco de medo, mas ele não fez nada, apenas ficou me encarando. - e no-nós somos praticamente irmãos. - Gaguejei. Merda.

- Irmãos se comem? Impressionante - Deu um sorriso sarcástico e se afastando. Nunca o vi sorrindo. Bem atraente.

Merda, o que eu estou pensando?

-Nunca ''comi'' ela -Brendon se pronunciou, fazendo aspas com os dedos - Agora eu preciso de um banho - Soltou minha mão e passou a mesma na camisa - e você também Noose - Apontou pra mim.

Revirei os olhos. Noose não.

Eles foram andando e eu apenas fui seguindo, já que eu era a única desconhecida dali. Passei naquele portão enorme, e caraca, esse Bieber é rico?

Olhei admirada pra aquela casa, mansão na verdade, se ela é assim por fora, imagine por dentro.

- Não baba não amore - Bieber colocou a mão no meu queixo e o levantou, eu nem estava boquiaberta.

Ele mandou um armário abrir a porta, que rapidamente o obedeceu. Armário sim, o cara era imenso.
Entramos naquela enorme casa, e eu, como antes, fiquei admirada com aquela sala, que era toda branca, com alguns detalhes de nude e marrom claro, estava com um ar de chique. Gostei.

-Olha Brendon - Chamou a atenção dele - Você já veio aqui, e já sabe em qual quarto vocês irão ficar - Olhou pra mim - Então não me perturbem. 

-Muito obrigada, você esta sendo muito educado - Disse irônica

Bieber mostrou os dois dedos do meio para mim e depois apertou seu membro em cima da calça e em seguida subiu as escadas. Bem otário mesmo.

- Então... - Me virei para Brendon - Pode me levar lá pro quarto? - Pedi manhosa e me jogando em seu colo - Matar uma pessoa cansa sabia.

-Folgada pra caralho você né? Vai sozinha. 

Nossa Brendon, feriu meus sentimentos.

Mostrei o dedo pra ele e fui o seguindo até o quarto, só preciso de um banho.

Realmente a casa de Bieber é enorme, e maravilhosamente maravilhosa.

E aquele quarto de hospedes? Maravilhoso! E o banheiro ? Me encantei.

Fui tirando a roupa, sem enrolações, nem me importei com Brendon, ele já me viu semi-nua mesmo, to nem ai.

Entrei naquele box, e tomei meu banho, tirando aquele cheiro de sangue.

Fiquei pensando, por que esse Bieber me ajudaria? ''Não estou fazendo isso por você''. É, não tinha o porque dele me ajudar.

Brendon já me disse dele mas, não me recordava direito.

Sai e fui até o closet, e só tinha roupas do Bieber, legal em.
Peguei uma camiseta e uma cueca, coloquei enquanto Brendon estava tomando banho.
Quando ele saiu, eu ja estava na cama, e depois de uns minutos ele deitou do meu lado e me abraçou. - Já dormimos juntos varias vezes, não tem problema -.

Fiquei pensando...E agora? Estou sendo procurada pela polícia, por que matei um cara que me traiu.

A minha vingança mal começou, vou atrás de todos que me fizeram sofrer. Chega de viver no mar, nadando em decepções.