Pov’s Alice.
23 de novembro de 2005.
- Alice? Você está prestando atenção no que eu acabei de lhe dizer? – Abigail tirou-me de meus pensamentos gritando, totalmente irritada. Há duas horas Abigail batera em minha porta, dizendo que gostaria de sair comigo. E bem, eu não tive escolha. Eu só conseguia pensar na foto que alguém me mandou ontem. Meu estomago embrulhava só com a imagem de minha mãe sendo torturada diariamente na minha cabeça, assim como eu era, porém muito pior. – Onde que você está com a cabeça, garota? – grunhiu Abigail. Desviei esses pensamentos por um segundo e observei o vestido que Abigail estava usando.
- O que você disse? – perguntei tirando os olhos de seu vestido de noiva e encarando-a.
- O que achou desse vestido? – perguntou olhando-se no espelho que havia na sua frente. Franzi a testa passando os olhos novamente por seu vestido.
- Ele é muito bonito, e combina com você. – disse dando de ombros. – Por que não chamou a Grace?
- Grace está muito ocupada vendo outras coisas para mim, e além disso, achei que seria legal sairmos, já que vou me casar com seu pai… – explicou ela. Revirei os olhos. Levantei da poltrona branca que estava sentada e caminhei até Abigail, que sorria olhando-se no espelho.
- Acho que você deveria chamar Grace para isso, porque ela é sua filha, e não sou uma pessoa com gostos como o seu. – disse gentilmente. Abigail sorriu falsamente virando-se para mim e inclinando-se. Estava muito próxima do meu rosto, que cheguei a sentir sua respiração. – Eu vou fumar. – murmurei.
- Não Alice, você não vai. – ela disse friamente segurando meu pulso. Me soltei rapidamente, ainda olhando em seus olhos. – Eu vou tirar esse vestido e então vamos para outra loja. – rapidamente Abigail voltou a sua expressão de sempre. Com o mesmo sorriso falso. Bufei e me sentei novamente no sofá que eu estava antes. Observei Abigail entrar em um dos provadores para tirar o seu vestido, então me perdi novamente em meus pensamentos.
De uma coisa eu estava certa: minha mãe está viva. Então o que realmente aconteceu? Essa dúvida estava martelando na minha cabeça. As coisas não se encaixavam. Tentei juntar tudo o que eu sabia, mas essa história não se encaixava de modo algum! Se ela está mesmo viva, o que aconteceu aquele dia?
- Alice, vamos logo! – Abigail apressou-me. Balancei a cabeça me livrando desses pensamentos. Levantei e segui Abigail até a porta.
- Onde vamos? – perguntei assim que entramos no carro.
- Vamos para uma confeitaria, depois eu deixo você em casa. – respondeu ela, encarando suas grandes unhas bem feitas.
Quando chegamos – o que não demorou muito. – entramos na tal confeitaria de aparência simpática e Abigail foi direto olhar alguns bolos de casamento. Já eu fui em direção á uma mesa próxima da vitrine. Fiquei observando dali o movimento das ruas de Scranton; o céu acinzentado – o que era normal. – e algumas pessoas que passavam ali na frente.
- Alice? O que faz aqui? – ouvi a voz de Grace tirar-me de meus pensamentos. Virei-me para encará-la. Ela tinha um grande sorriso formado nos lábios.
- Sua mãe me trouxe. – disse revirando os olhos de um jeito divertido, ela riu baixinho e sentou à minha frente. – E você?
- Ela pediu para mim vir aqui ver algumas coisas …
- Quando que eles vão se casar? – perguntei curiosa.
- Em janeiro, por quê? – franziu a testa.
- E podemos levar alguém? – perguntei outra vez, erguendo uma sobrancelha e sorrindo. Grace sorriu também, concordando.
- Fiquei sabendo que seu irmão ficou uma fera ao nos ver na mesma mesa hoje e ontem. – riu.
- Ah, ele sabe que eu não vou me sentar na mesma mesa que Richard e Jessica, e além disso, eu gostei.
- Isso aí! – Grace bateu palmas animadamente. – Está afim de sair hoje? – sorriu maliciosa. – Sam me convidou para sair e me disse que Cameron quer sair com você, e então eu pensei, por que não?
- Ahn, eu não sei Grace, não me parece uma boa ideia e…
- Qual é Alice, já saímos uma vez antes e nada deu errado! – protestou.
- Não é nem por isso, é que…
- JÁ SEI! – gritou interrompendo-me novamente. Abigail olhou-a, Grace deu de ombros e pediu desculpas. – É por causa do Ricky, não é? – assenti timidamente. – Ricky voltou com a Jessica por motivos desconhecidos, e então por que diabos você também não pode sair com Cameron? Você age como se isso fosse proibido. – ri. E Grace tinha razão! Se Richard já está em um outro relacionamento, então porque eu também não posso? Okay, isso soa como uma vingança, mas eu não estou ligando. E há Joshua e os meninos no meio, que ficarão bravos comigo por sair com um de seus “inimigos”…
- Ei, está aí? – Grace chamou minha atenção. Parei de encarar um ponto cego na mesa e encarei-a sorrindo.
- Que horas nós vamos? – perguntei animadamente.
- Vocês não vão sair agora. – Abigail disse. Levantei o olhar. Ela estava com dois pratos na mão; com duas pequenas fatias de bolo. Ela colocou um na minha frente e o outro na de Grace. – Provem. – disse em um tom autoritário e se retirou. Eu e Grace nos entreolhamos, então começamos a comer. Dei uma pequena garfada em meu bolo de chocolate e olhei para a vitrine, onde passava um casal que eu daria 19 anos, estavam discutindo e então, ele beijou-a. Imediatamente lembrei-me de certas coisas…
- Ah, você sabe... – ri e puxei-o para um beijo. Senti meus pés saírem do chão e o vi me pegando no colo. – Ah, não! Me solta Ricky! – pedi rindo.
- Negativo, há uma palavra mágica. – disse tentando parecer sério, mas acabamos gargalhando.
- E como seria essa palavra? – perguntei encarando-o.
- Descubra.
- Brócolis. – ele gargalhou. – O que? É bom.
- Eu sei, mas não é essa. – mordi o lábio tentando pensar em alguma coisa.
- E-eu te amo. – disse séria. Vi que ele ficou surpreso com o que eu disse. Me perguntei se havia dito alguma besteira. Ricky então me põe no chão a sua frente e me beija, como nunca me beijou antes, parecia tão…apaixonado.
- Eu também te amo, Lice. – disse sobre meus lábios, com os olhos fechados.
***
- Não fala assim comigo, Richard! – grito indo para cima dele, mas acabo recebendo um tapa em troca. Levo minha mão para o lugar atingido, que ardia. Eu não podia acreditar no que ele fez. Ele tenta aproximar-se, mas eu recuo o máximo possível. – Não chega perto de mim!
- Isso não é nada perto do que você merece, não se faça de santa, porque você não é e nunca será. – disse frio.
- Se você sabia que eu era assim, então por que pediu para ficar comigo? E aquele papo de "eu nunca amaria uma pessoa como você!"?
- Alice, está tudo bem? – ouvi Grace perguntar em um tom preocupado. Fechei os meus olhos fortemente, na intenção de não deixar as lágrimas saírem. Mas eu sabia que aquilo era muito mais forte. Larguei o garfo e levantei.
- Desculpe, falo com você mais tarde. – respondi em um murmurio. Grace ficou me observando sair da confeitaria. Comecei a caminhar rumo a minha casa, tranquilamente. “Engoli” o choro e levantei meu olhar. Eu preciso ser forte. Preciso superar isso. Não posso me deixar levar por lembranças, por mais fortes que elas sejam, é inútil chorar por isso, porque agora eu estou começando a ter certeza que não teremos mais volta. Infelizmente, porque eu ainda o amo.
- Alice! – ouvi uma voz feminina gritar. Olhei para o outro lado da rua e vi uma garota de cabelos negros e pele pálida atravessar a faixa e se aproximar. Encarei-a por alguns segundos, tentando lembrar de onde eu a conheço. – Estive te procurando. – disse sem fôlego.
- Desculpa mas, você é…? – perguntei sem jeito.
- Morgana, sou a “irmã” da Jessica. – disse revirando os olhos e fazendo aspas com os dedos. O que essa garota quer comigo?
- O que você quer comigo? – perguntei friamente dessa vez.
- Olha, sei que não gosta da Jessica, nem eu gosto… mas tem uma coisa que você precisa saber! – olhei para os lados várias vezes, tentando encontrar alguém conhecido. Aquilo só pode ser brincadeira! Até que percebi que Morgana estava séria demais. Suspirei, então comecei a andar, e ela ao meu lado.
- Diga, lhe dou dois minutos. Tenho mais o que fazer. – disse ríspida.
- Não quero lhe incomodar, e nem vai demorar…
- Seu tempo está passando. – apressei-a. Paramos em frente a uma loja de instrumentos, então percebi que o beco ao lado era o qual eu havia encontrado Joshua.
- Jessica quer vingança; ela quer acabar com você.
- De onde tirou isso? – perguntei incrédula. Eu tinha minhas suspeitas, mas estava torcendo para que fossem falsas. Mas, Morgana estava séria, não havia traço algum de humor em sua voz.
- Eu convivo com a Jessica diariamente. – respondeu revirando os olhos. – Bruce também queria minha ajuda…
- O que ele queria? – franzi o cenho.
- Queria que eu seduzisse Devin.
~~*~~
Eu estava vestindo minha calça preta de couro, coturno preto de plataforma e uma regata escrito “Forget everything. Regret nothing”, também na mesma cor. E minha jaqueta de couro não ficou para trás, já que estava frio. Não exagerei na maquiagem, apenas o necessário como sempre. Estava encarando meu reflexo no espelho por quinze minutos eu diria, não exatamente. Meus pensamentos iam e viam, junto com algumas lembranças. Fechei os meus olhos e respirei fundo. Não posso me deixar levar por isso. Não posso. Dei as costas para meu espelho. Peguei o meu celular e uma quantidade necessária de dinheiro, porque afinal, eu não faço ideia de onde a Grace irá me levar. Saí de meu quarto tentando não fazer barulho, mas o salto não ajudava nisso. A casa se mantinha em um silêncio absoluto, então quando finalmente estava no último degrau, ouvi a voz de Joshua. Levantei meu olhar para o andar de cima, e meu irmão sorria ironicamente.
- Vai à algum lugar, Lice? – era impossível não notar o sarcasmo em sua voz.
- Sim, eu vou. – respondi fazendo pouco caso. – Espero que colabore.
- Hum, não sei. – franziu a testa. – Talvez eu deva saber primeiro com quem você vai sair, não acha?
- Não é necessário, fique tranquilo. – sorri de canto e então terminei de descer as escadas. – Tenha uma boa noite, Josh.
Quando saí da casa, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Grace. Ela estava atrasada e estava muito frio. E só quinze minutos depois ela foi aparecer.
- Eu já estava congelando lá fora. – reclamei enquanto me ajeitava no banco ao seu lado. Grace revirou os olhos.
- Relaxa, eu já estou aqui. – lançou uma piscadela divertida e sorriu.
- Então… onde nós vamos? Algum bar novo?
- Não exatamente… Eu diria que é mais uma “festinha” particular. – disse um pouco nervosa fazendo aspas com os dedos. Franzi a testa encarando-a.
- Que tipo de “festinha particular”? – fiz o mesmo, desconfiada. Aquilo não estava me cheirando bem.
- Relaxa Alice! – sorriu animadamente, então virou-se para frente. – Franklin, casa dos Liddell!
- O quê?! – arregalei os olhos. Aquilo só poderia ser um tipo de piada! – Grace, você mentiu para mim!
- Mentir é uma palavra muito forte, considere isso como uma surpresinha.
- Eu não gosto que mintam para mim, Beckman! – esbravejei. – Franklin me leva de volta para casa, agora!
- Não Franklin, se você fazer o retorno você vai pra rua. – ela ameaçou o velho. Revirei os olhos. – Porra Alice, o que foi que eu te falei mais cedo? Você e Richard não tem absolutamente nada um com o outro, os dois podem sair com outras pessoas com livre e espontânea vontade. E não adianta negar, eu sei que você quer sair com o Cameron.
Eu detestava admitir isso até para mim mesma. Grace tem razão. Eu não posso fazer nada se Richard não me quer mais e muito menos aceitar o meu perdão. Tenho que me conformar que o que eu passei com ele foi apenas uma experiência. Ele foi apenas um de vários namorados que terei durante minha vida. É apenas isso que deveria ser, mas não é.
- Eu não quero demorar. – disse em um murmúrio. Grace sorriu de orelha a orelha e pediu para que Franklin acelerasse.
Estávamos na frente da porta principal da grande mansão dos Liddell. Engoli em seco no momento em que a porta se abriu e vi Cameron sorrir timidamente. Sem perceber, olhei-o dos pés à cabeça e mordi o lábio. Cameron vestia um jeans preto, justo e surrado. Sua camiseta preta e lisa estava um pouco amarrotada. Calçava um de seus típicos coturnos também na cor preta. Seu cabelo estava um pouco bagunçado, mas mesmo assim estava lindo.
- Entrem! – ele disse animadamente afastando pensamentos. Grace entrou primeiro, praticamente correndo para algum cômodo da casa. Cameron me olhou e tomou um gole da sua cerveja que tinha em mãos. – Pensei que não ia vir.
- E não ia, mas Grace insistiu. – disse entrando.
- Foi porque eu pedi. – murmurou ele, fechando a porta. – Então, quer beber alguma coisa?
- Ahn, pode ser.
- Ótimo, vem comigo. – Cameron segurou meu pulso e me guiou até um cômodo daquela enorme casa. Saímos do hall de entrada e passamos por um corredor, até chegar em uma sala que eu diria que era mais “reservada”. Lá estava Sam, Grace e uma garota da minha aula de álgebra II. Eles sorriram.
- Alice, essa é a Bianca Carter, ela é da sua…
- Aula de álgebra II, eu sei. – interrompi Grace, que sorriu de canto. Bianca me cumprimentou e sorriu amigável. Logo depois, cumprimentei Sam. Ele não parecia desconfortável com a minha presença. Mas mesmo assim, eu me não me sentia bem-vinda ali. Grace começou a conversar animadamente com Sam e Bianca, deixando eu e Cameron de lado. Ele havia me entregue uma garrafa de cerveja, mas eu sinceramente não estava nem um pouco afim de beber.
- Há algo te incomodando? – ele perguntou, analisando-me. Estava sentado à minha frente.
- Não, não. – menti.
- Então qual o problema?
Cameron ergueu sua sobrancelha. Fitei-o.
- Não há problemas. – sorri tentando convencê-lo. – Apenas não me sinto… hum, a vontade.
Ele riu.
- Você precisa esquecê-lo, Alice… ele está com a… - encarei-o. Ele engoliu em seco. Não terminou. – Desculpe, isso deve ser…
- Difícil? Não. Já estou acostumada com isso. – menti novamente. Mas Cameron ainda parecia desconfortável. Agradeci quando Grace levantou e sentou-se ao meu lado. Parecia estar se divertindo, pois só conseguia ouvir risadas do outro lado da sala
- Que clima fúnebre, credo! – ela riu. – Cam, querido, eu pensei que iria ajudá-la a esquecer o dia perturbado que teve… fracassou novamente? – ela tinha um sorriso desafiador nos lábios. Cameron cerrou os lábios e levantou em um pulo.
- Alice, quer beber algo mais forte? – perguntou ele. Grace sorriu ainda mais. Assenti. Quando ele se afastou, olhei incrédula para Grace.
- Não me olhe assim, eu estou lhe fazendo um favor de não ir para o fundo do poço. – resmungou. Revirei os olhos outra vez. Observei Cameron servir a tal bebida para mim e senti Grace sentar mais perto de mim. – Espero que aproveite essa noite, tome isso, vai te ajudar. – murmurou ela. Estendeu a mão, entregando-me um comprimido. Fitei-a. Ela deu de ombros. Eu não sabia o que aquilo era, mas tinha as minhas dúvidas. E sabia que aquilo não era certo, mas eu o fiz. Cameron se virou. Ainda hesitante, peguei o comprimido de sua mão e coloquei sobre a língua. Ele entregou-me a bebida e rapidamente engoli o tal comprimido. O líquido desceu rasgando minha garganta. Grace sorriu. Minutos depois comecei a me sentir melhor e uma onda de calor invadiu o meu corpo. Mas naquele momento eu não me importei.
Eu sabia que não estava 100% bem. A minha autoconfiança em mim mesmo havia sumido. Uma ‘tristeza’ tomava conta de mim, e aquilo não era nenhum pouco bom. Meu coração se mantinha acelerado e aquela onda forte de calor se mantinha em todo meu corpo.
Já se passava das dez da manhã e Cameron insistiu para me levar em casa, pois segundo ele eu não estava “bem o suficiente” para isso. Não protestei, pois sabia que ele tinha razão. Não havia prestado atenção como cheguei tão rápido em casa. Grace havia me convidado em algum momento para ir para a casa dela, mas eu não quis. Agora teria que entrar silenciosamente sem chamar atenção e talvez quando acordasse, pensaria em alguma desculpa para Joshua. Eu tenho certeza que ele irá me perguntar alguma coisa.
- Você consegue andar até a porta? – ouvi Cameron questionar-me. Virei a cabeça e o encarei. Minha cabeça explodia e meus olhos não queriam se manter abertos. Consegui negar. Ele respirou fundo e saiu do carro. A porta ao meu lado foi aberta e senti as mãos de Cam me pegar com cautela. Passei minhas mãos em volta do seu pescoço e me encolhi em seus braços. Quando ele parou de caminhar, percebi que estávamos em frente da porta, que foi aberta segundos depois com agressividade.
- Alice! – Joshua chamou-me. Não demonstrei emoção alguma ao vê-lo. Cameron me colocou no chão e Joshua puxou minha mão com agressividade. – O que faz com ela?
O tom de irritação de Joshua ecoou em meus ouvidos. Me soltei rapidamente e olhei para trás. Uma silhueta conhecida estava parado a alguns metros. Não demonstrou expressão alguma. Mas seus olhos demonstravam tristeza profunda. Joshua e Cameron discutiam a minha frente, mas eu não estava prestando atenção. Dei dois passos para frente, mas ele entrou em outro cômodo, evitando-me. Sentia-me culpada pelo o que fiz.
- O que você fez com ela, seu idiota? – Joshua gritou. – Por que a drogou? – meu irmão olhou para mim. – Alice, vai para o seu quarto!
Olhei para Joshua e cerrei os punhos. Não gostei nenhum pouco do seu tom. Uma terrível adrenalida me envadiu. Meu olhar faiscava raiva e antes de atingir a face de Joshua, senti alguém me segurar pela cintura e segurar meus pulsos.
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