Hoje eu sou apenas o fragmento da pessoa que já fui um dia
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Estou cansado, meus olhos pesam, os remédios finalmente fizeram efeito. Deito-me na cama e apago.
Ouço-o perguntar algo, respondo como se já soubesse a resposta.
-Certo, jovem mestre-
-não me chame assim!- um tom um pouco rude em minha voz.
Não sou eu quem falo, mas a voz é minha, agonio em uma tentativa frustrada de abrir os olhos.
-Acorde-
Acordo assustado, mas aliviado de ter sido apenas um sonho. Olho para a cabeceira de minha cama e noto a carta, pego-a e olho para o relógio, são 02:30 agora.
-Eu não faria isso se fosse você- diz ela rindo.
-…- ignoro-a tentando me convencer de que ela não está ali.
Ela se arrasta no chão indo em direção a mim.
-Você não é real!- repito várias vezes em voz baixa para que ela desapareça.
-Eu ? Sou tão real quanto ele- Diz ela, agora tão perto que posso sentir sua respiração fria como de um cadáver.
-Ele?- pergunto tentando tentando ignorar seu cheiro de podre, talvez pelas roupas sujas e rasgadas, ou pelos machucados. Ela sussurra algo baixo o suficiente para que eu não ouça, só consigo ouvir ela dizer 'Archie'
-Archie?- ela desaparece na escuridão do quarto novamente.
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