História T3ddy - Quando é para acontecer - Um idiota que eu amo

Eu não me aguento, não consigo ficar longe dele. A gente briga, discutimos, mas ficar longe dele é como um castigo para mim. Eu me sinto sem chão, sem rumo quando estou longe dele.

Me levantei e, mesmo contra minha vontade, eu me troquei e desci para o carro. Minha cabeça me dizia para não ir atrás dele, mas desde quando eu obedeço minha cabeça? Enquanto ela fala calma e tranquilamente, meu coração grita feito um louco desesperado e eu sempre vou atrás dele e nunca me arrependi disso. 

Já eram 2h30 da manhã quando cheguei na casa de Lucas. O porteiro abriu o portão para mim já me conhecendo. 

_boa noite. - Eu disse me aproximando da portaria e o porteiro assentiu sorridente. _o Lucas está aí? 

_ele chegou agora a pouco, dona Gabriela. - Ele chegou agora a pouco? Onde ele estava? 

_obrigada. - Eu assenti e fui em direção ao elevador. Eu devia desculpas a ele também, não tinha o direito de pedir para ele facilitar as coisas para mim, ele foi um idiota, mas entendo que tudo está sendo muito difícil para ele e, como ele disse, muito mais do que para mim. Ele vai ser pai e isso não é fácil e não estou ajudando pedindo para que as coisas sejam fáceis para mim. 

A porta de Lucas estava aberta. Fiquei com receio de entrar, mas respirei fundo e entrei com o celular na mão pronta para ligar para a polícia caso algo tivesse acontecido, mas me deparei com algo que não precisava de polícia. Do quarto de Lucas estava saindo uma morena bem alta, os olhos claros, cabelo longo bem escuro, salto bem alto, vestido bem curto e justo no corpo. Ela me olhou um pouco assustada, nem sabia com que cara eu estava olhando para ela. 

Respirei fundo segurando o choro. 

_você deve ser a Gabriela. - Ela disse e eu a olhei assustada. Eu nunca tinha visto aquela garota na vida. _relaxa, ele não te trairia nem se quisesse. - Ela riu e eu permaneci séria olhando-a. _ele foi para um bar hoje e bebeu até cansar, eu dei mole, não me julgue, ele é lindo. - Não contive uma careta. _mas do momento em que me aproximei até agora tudo o que ele fez foi falar de você, do quanto te amava, do medo de te perder e do quão idiota ele tinha sido com você. Eu insisti em vir aqui, mas até bêbado ele é o cara mais apaixonado que alguém pode conhecer, então não fica brava, ele não fez nada além de beber e se declarar por você para quem passava por ele. - Ela disse e passou por mim, fechou a porta e saiu. Eu respirei fundo, não sabia o que fazer. Entrei no quarto e Lucas estava deitado na cama, ou melhor, jogado ali com a mesma roupa que tinha saído da minha casa. Me aproximei e ele pareceu acordar. 

_amor, você voltou. - Ele disse. Lucas estava completamente bêbado. 

_voltei amor, eu estou aqui. - Me aproximei e o abracei. 

_fica comigo, amor. Não me deixa não, eu sou um idiota, mas eu te amo. - A dificuldade dele de falar até me fez rir. Ele com certeza era um idiota, mas um idiota que eu amava.

_eu estou aqui, amor. Vamos tomar banho. - Eu disse me levantando. Tive muita dificuldade para dar banho em Lucas, lhe dei remédio para dor de cabeça que eu sabia que ele teria e o deitei só de cueca. Eu estava completamente molhada e cansada, mas tinha valido a pena por vê-lo ali,  dormindo tranquilamente. 

Eu sabia que essa gravidez não seria fácil, mas estava disposta a tudo por que o amava, eu o amo demais e qualquer dificuldade é pequena se tiver ele comigo.