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História T3ddy-Cuidar de Você - Verdades


Escrita por: CahB3

Notas do Autor


Gente estão gostando? Deixem suas opiniões para que eu poça continuar.☺️😘❤️

Capítulo 10 - Verdades


Fanfic / Fanfiction T3ddy-Cuidar de Você - Verdades

— Seu pai?— Lucas perguntou surpreso, meu pai me olhava.

— Sim.— respondi com firmeza, Lucas me olhou, olhou para meu pai.

— E...Eu não sabia, eu fiquei assustado, eu cheguei aqui e te vi chorando, ele aqui, um desconhecido...— fez uma pausa e olhou pro meu pai— Quer dizer, bom eu não conheço ele...— continuou— Eu fiquei desesperado!— me olhou.

— Tudo bem...— falei— É...pai esse é o Lucas, meu namorado!— disse apresentando Lucas, meu pai o olhou— Lucas esse é Marcelo, meu pai!— Os dois se olhavam, e finalmente Lucas tomou a iniciativa, se aproximou.

— Prazer em conhecê-lo!— disse estendendo a mão, meu pai parecia que ia exitar, mas estendeu a mão cumprimentando Lucas.

— Prazer...— meu pai disse num tom grave. O silêncio tomou conta do lugar. Lucas estava confuso, pelo seu olhar eu entendia que ele estava curioso, ele sabia que meu pai havia ido embora quando eu era mais nova, eu tinha contado tudo a ele.

— Estou surpreso por ele estar aqui… Ele...— Lucas procurava as palavras certas pra usar, mas dava pra perceber que ele não estava indo muito bem.

— Eu precisava falar com a Mili... — Ele me olhou— Desculpa, Milena...— continuou— Mas acho melhor voltar outra hora…

— Seja lá o que for que tem pra me falar, não vejo nenhum problema dizer na frente de Lucas.— falei.

— É assunto de família Milena…

— Lucas é minha família, não sei se esqueceu, mas quando você e minha mãe foi embora, deixaram de ser minha família!

— E você vai me jogar isso na cara a todo momento…— disse meu pai.

— Você de certa forma merece!— falei.

— Tudo bem querida, você tem o direito de se sentir magoada.

— Todo o direito!— falei, ele forçou um sorriso.

— Mas talvez quando souber a verdade, talvez se sinta menos machucada!

— Me conte qual é essa verdade!— pedi. Ele olhou para Lucas, em seguida me olhou. Eu sabia que ele se sentia desconfortável por Lucas estava ali— Se tem ligação a mim, não vejo problema em contar na frente de Lucas!

— Isso não é só em relação a você, a outras coisas em jogo, eu não conheço esse rapaz, não posso dizer essas coisas na frente dele!— respondeu.

— Eu o conheço, confio nele!— falei.

— Milena…

— Eu posso sair se quiser...— Lucas falou me olhando.

— Você fica.— falei olhando para Lucas, em seguida olhei para meu pai.— Você pode começar a falar!— Meu pai me olhava sério, eu não conseguia decifrar seu olhar, era algo meio obscuro vamos dizer assim. Eu me sentia estranha, também pudera né, meu pai some quando eu era uma garotinha e volta anos depois dizendo que precisa me contar o motivo de ter sumido, e que é algo sério, como devo me sentir? E se ele tivesse inventando alguma coisa pra se safar? Mas qual seria o sentido disso? Ele estava se sentindo só e precisava de alguém pra preencher a solidão? Eram tantas opções, eu não conseguia pensar o porquê dele ter sumido. Foi quando ele se sentou e começou a falar.

— Primeiramente, eu nunca menti pra você quando disse que meu trabalho era salvar o mundo!— Me olhou sério, Lucas me olhou, continuei olhando para meu pai, caminhei até o sofá e me sentei de frente pra ele, Lucas me seguiu e se sentou do meu lado— Talvez eu tenha aumentando algumas coisas, como usar capa, e lutar com robôs gigantes— sorriu, e logo assumiu uma expressão séria— Eu nunca quis esconder isso de você, e muito menos da sua mãe, mas se vocês soubessem, não me entenderiam, e estariam em perigo.— Ele falava, falava eu não entendia, a curiosidade estava me matando, ele nunca chegava no ponto certo— Meu trabalho sempre exigiu sigilo, e foi graças a ele que eu conheci sua mãe, mas isso não importa agora, vamos direto ao ponto.— Finalmente! — Vocês sabem que existem tráficos por todos os lugares, a todo momento a traficantes burlando a lei, a gente sendo presa porque foram encontrado drogas sendo trazida de um país ao outro…

— Você está me dizendo que é traficante?— o encarei assustada, ele riu.

— Não, claro que não, você não entendeu.— riu— Eu trabalho na investigação, a qual procura um dos maiores traficantes do mundo.

— O que?— dessa vez foi minha vez de rir— Está me dizendo que trabalha no FBI?— ri.

— Não exatamente no FBI, mas em uma organização secreta, você pode não acreditar, até mesmo achar engraçado, mas eu tenho como provar…

— Tá, mas o que isso tem haver sobre você ter ido embora?— o encarei.

— A alguns anos atrás, ficamos sabendo que um dos traficantes, parceiro de Adam...— Quem seria Adam?—  Havia desembarcado no Brasil, e foi onde tudo começou, as investigações começaram a ficar mais afloradas, o perigo era maior, eu precisei me afastar, acabei contando tudo a sua mãe, pedi para que ela entendesse, ela achou loucura, não acreditou, achou que isso era uma desculpa minha só porque eu havia arrumado outra família, eu tentei provar, mas ela não quis me ouvir, e acabei deixando que ela acreditasse que eu realmente tinha arrumado outra família.

— O que?— perguntei surpresa— Como assim? Ela nunca me contou isso!

— Sua mãe sempre foi cabeça dura, quando contei que era investigador ela me crucificou, disse que eu era maluco, disse que se isso fosse verdade estava colocando a vida dela, e a sua em perigo, eu até entendo, ela tinha medo de perder quem ela mais amava, você!

— Acho que você está enganado.— ri— Se não se lembra, ela me abandonou!

— Aí está, como eu disse sua mãe sempre foi cabeça dura, ela nunca me ouvia, eu até tentei explicar, eu liguei, fui até ela, mas ele simplesmente me bloqueou de tudo, disse que me amava, mas não queria correr riscos, e foi então que em um dia fiquei sabendo que ela havia se casado de novo, e foi onde eu me senti acabado, o meu trabalho havia afetado tudo, eu perdi a mulher que eu amava, perdi minha filha, pra outro homem. Sua mãe proibiu que eu me aproximasse de você, disse que você não precisava de mim, que já tinha um pai, eu claro, fiquei louco, como assim você tinha outro pai? Eu era seu pai, foi quando comecei a investigar quem era esse “Paulo”— fez aspas— E eu não havia encontrado nada desse cara, era como se ele não existisse, não tinha registro, não tinha nada, eu passei dois anos tentando descobrir quem era esse cara, quando finalmente descobri, eu fiquei maluco, Paulo, na verdade não era Paulo, e sim Allan Collins, um dos parceiros de Adam, um dos maiores traficantes!— Minha cabeça martelava, eram tantas informações, eu não conseguia entender.

— Você… Você está querendo me dizer que Paulo, não é Paulo, e que ele mentiu pra minha mãe, e que seu nome é Allan sei lá do que, e que ele é um traficante?— perguntei confusa— Não, você deve estar ficando louco.— ri— Paulo não era capaz de trocar uma lâmpada, quem dirá ser traficante!— ri, isso pra mim era loucura.

— Não é loucura, essa é a verdade!

— Pra mim, é que você está inventando tudo, porque não tem coragem de assumir que quis ir embora por vontade própria, e agora que está sem ninguém voltou achando que eu sou idiota e que vou acolher você!

— Que?— Me encarou— Claro que  não Milena, pelo amor de Deus…

— Eu conhecia Paulo, ele poderia não ser a melhor pessoa do mundo, mas ele não mentiu…

— Com qual frequência ele ficava em casa?— me encarou.

— O que?— Não entendi— Ele ficava em casa todos os dias…

— Não minta Milena!— disse sério.

— Não estou mentindo...— O olhei séria.

— Vai me dizer que ele não viajava? Que passava dias longe de casa…

— Sim, mas a trabalho, ele trabalhava no porto, precisava fazer viagens!

— Exatamente, ele trabalhava no porto, lá onde as drogas eram desembarcadas!

— Não, claro que não!— falei. Eu nem sei porque esse assunto me irritava, eu nem gostava de Paulo, lembro que ele me causava calafrios, todas as vezes que se aproximava, mas eu o conhecia, quer dizer, eu pensava que o conhecia.

— Ele brigava com a sua mãe?

— O que? Não!— respondi séria.

— Milena!— Ele sabia que eu escondia algo, e lá vieram as lembranças.

                                                       ~~~~ 6 anos atrás~~~~

Tentava me concentrar enquanto fazia minha lição de casa, mamãe estava na sala, aninhando Gabriel em seus braços, que custava a dormir, eram pouco mais que sete da noite, mamãe estava angustiada, Paulo havia saído cedo e não tinha chegado até então, havíamos acabado de jantar, mamãe me pediu para que lavasse a louça e as secasse, eu disse que faria assim que terminasse a lição, ela assentiu. Lá pelas oito e meia da noite, foi a hora que acabei a lição, me levantei da cadeira, guardei meus livros na mochila, levei a mochila até o quarto, voltei para cozinha para fazer a tarefa que mamãe havia me passado, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo, peguei o detergente dentro do armário, e comecei a lavar a louça. Foi quando escutei a porta da sala ser aberta Paulo deveria ter chegado, e em seguida a porta se  fechou com brutalidade, levei um susto que derrubei o copo que segurava, o fazendo se quebrar. Fechei a torneira e assustada corri até a sala, Mamãe estava em pé ao lado do sofá, e Paulo perto da porta, ele olhava em direção a mamãe que parecia assustada.

— Meu bem, onde estava?— Mamãe perguntou com a voz preocupada.

— Não lhe interessa!— Paulo disse rude.

— Paulo, o que é isso?— Mamãe perguntou surpresa.

— Não enche!— Ele disse caminhando até o sofá e jogando o corpo sobre o móvel.

— Está com fome?— Mamãe perguntou— Eu posso esquentar o jantar se você quiser!

— Não estou com fome, e acha mesmo que vou comer comida requentada? Acha que eu me mato de trabalhar pra isso?— disse se levantando. Paulo poderia sem um grosso, alguém sem educação, mas eu nunca havia o visto falar daquele jeito com minha mãe, ele parecia ser outra pessoa.

— Meu bem...— Mamãe tentou dizer algo mas ele a parou, segurando em seu braço. Meu coração batia acelerado, a forma que ele olhava pra ela.

— Sua voz, sua voz me irrita!— Ele disse apertando o braço de mamãe, que levou a outra mão, sobre a mão dele que apertava seu braço.

— Paulo você está me machucando!— disse com medo— O que está acontecendo? Você bebeu?— Vi quando ele riu.

— Cala a boca, você não sabe de nada!— Riu a soltando com força a fazendo desequilibrar e cair.

— Mãe...— corri até ela.

— Fique longe pirralha!— Ele falou me olhando irritado, o olhei com raiva.

— Você não pode tocar na minha mãe!— o enfrentei. Eu estava com raiva, ele estava assustando minha mãe, pude ver quando as lágrimas brotaram em seus olhos.

— Quem é você pra me dizer o que eu posso ou não fazer?— riu— Não passa de uma pirralha rejeitada!— riu.

— Paulo não fale assim dela!— Minha mãe disse com a voz embargada pelo choro.

— O que?— riu— Eu só estou falando a verdade— Olhou pra minha mãe, em seguida me olhou— Ninguém aguenta você Milena, primeiro seu pai que foi embora, não vai demorar pra ser sua mãe!— riu.

— Você não sabe de nada!— O olhei com raiva, meus olhos estavam prestes a transbordar— Você não passa de um bêbado nojento!— E foi nesse instante que ele ameaçou vir pra cima de mim.

— PAULO!— Minha mãe gritou, isso o fez parar— NÃO TOQUE NELA!— a sua voz de medo havia se transformado, agora era uma pura raiva, Paulo a olhou, em seguida me olhou.

— Você ainda vai pagar por essas suas palavras sua pirralha!— Ele disse me olhando com raiva— Você vai!— Terminou de dizer e se virou, caminhando até a porta e saindo de casa. Eu nem me importei, apenas corri até minha mãe e me abaixei, ela me abraçou com força, e desabou.

— Ele não sabe o'que está dizendo minha filha, ele deve estar bêbado, não ligue pro que ele fala.— Disse me apertando em seus braços— Você não é rejeitada, eu amo você, amo muito, nunca se esqueça disso tá?!— Disse me olhando nos olhos— Nunca.— Sorriu acariciando meu rosto, em seguida beijou minha testa.

Naquela noite, Paulo não voltou pra casa, passou dois dias fora, quando voltou ele até tentou me pedir desculpas, mas eu não quis ouvir, eu tinha raiva, medo, nojo dele.

                                                       ~~~~Atualmente~~~~~

— Milena...Milena...— Lucas me chamava.

— O..o...oi?— O olhei.

— Porque está chorando?— me olhou preocupado.

— Na… não é nada!— disse enxugando as lágrimas. Olhei em direção a meu pai, o que ele havia me dito parecia ser loucura, mas não indicava que não poderia ser verdade. A gente nunca conhece as pessoas realmente, e sempre podemos nos surpreender, Paulo poderia parecer um cara “tranquilo” incapaz de fazer alguma coisa errada, mas abrindo a mente, me lembrando de como ele era grosso, de como me olhava, eu não conseguia achar motivos para não acreditar em meu pai.


 



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