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História T3ddy-Um caso entre nós - Outra?


Escrita por: CahB3

Capítulo 3 - Outra?


Fanfic / Fanfiction T3ddy-Um caso entre nós - Outra?

Eu não sei o que estava acontecendo, mas ultimamente minha vida estava um inferno, Mabel me tirando do sério, Lucas não atendendo minhas ligações, não respondendo minhas mensagens, isso estava me deixando com uma puta raiva.

— Amiga você precisa relaxar, meu Deus olha essa cara...— Karina falava.

— Se eu ao menos conseguisse, meu Deus eu sinto que eu vou pirar a qualquer momento, não tá sendo fácil, aguentar as crises de Mabel, agir normalmente com Otávio, sem falar que ultimamente ele anda com o papo de querer ter outro filho, Lucas não atende minhas ligações...— fiz uma pausa e respirei fundo—  Eu não to aguentando!

— O que a garota fez dessa vez?— me encarou.

— Ela vive me provocando como sempre, acabou aprontando na escola, Otávio me pediu pra ir na reunião já que ele estaria ocupado, eu fui, mas me arrependi, Mabel deu o maior show na frente da diretora, me chamou de vagabunda, saiu da sala correndo, fui atrás dela ela me xingou, disse que eu tinha um amante, que acabei com a família dela, disse tantas coisas eu juro que me segurei pra não agredir ela!

— Meu Deus.— Levou a mão a boca— Essa garota é o...— fez uma pausa— Por que não conversa com o Otávio?

— Mais do que já conversei? Ele tem pena dela, acha que agir com pulso firme só piorará as coisas, ele sempre diz as mesmas coisas, “Isso é novo pra ela”, “É difícil pra ela aceitar”, eu juro, juro que tento me dar bem com ela, tento me aproximar, mas a cada vez ela me trata como um monstro, me xinga, me provoca!

— Ela precisa aceitar, já se passaram dois anos!

— Eu falo isso, mas não, ele não está nem aí, eu cansei, agora ela começou a dizer que eu tenho um amante!

— Meu Deus, ela sabe do Lucas?— perguntou assustada.

— Não sei, eu não sei se ela ta jogando, não sei se sabe de alguma coisa, eu não sei de nada!

— Porque não acaba tudo com o Otávio? Sabe, você ainda gosta dele?

— Eu não sei...— levei as mãos ao rosto— Não sei o que eu sinto.

— O minha amiga...— falou estendendo as mãos e segurando as minhas—  Porque não dá um tempo de tudo? Viaja, longe de Mabel, Otávio, até mesmo de Lucas!

— A se fosse tão fácil assim!— ri.

— É, você tem dinheiro, vai pra Cancun, para Las Vegas, viaja, eu me ofereço de acompanhante.— riu— Como nos velhos tempos.

— Bem que eu queria… Mas as coisas mudaram, agora tenho responsabilidades, eu gostando ou não, ainda preciso cuidar daquela casa...— respirei fundo— cuidar de Mabel!

— Eu acho que você se apegou a essa menina, acho que gosta dela!

— Eu passo todos os dias com ela, mesmo ela gritando, me xingando, me odiando, eu ainda sinto que tenho que cuidar dela!

— Acho que seu lado materno ainda está vivo!

— Nunca morreu.— forcei um sorriso— Mesmo que meu...— respirei fundo, meus olhos se encheram de água— Mesmo que ele não tenha sobrevivido, eu sinto de alguma forma que eu fui mãe, por algumas horas, mas eu fui!

— Eu sei disso.— sorriu— Acho que Otávio está certo, vocês deveriam tentar de novo sabe, quem sabe as coisas não melhorem com um bebezinho a caminho...— sorriu.

— Não, eu não quero!— disse séria— Isso não!

— Tudo bem Carol, não está mais aqui quem falou!— sorriu, tocar nesse assunto mexia muito comigo. Olhei para o celular checando as horas.

— Eu preciso ir, tenho que pegar Mabel no colégio.—forcei um sorriso.

— Até isso?— riu.

— Da última vez que deixamos ela ir de vã ela sumiu!

— Não sei como você aguenta, se fosse eu já tinha jogado tudo pro alto e sumido no mundo!— riu.

— Eu mereço um prêmio por ser tão boa.—ri.

— Merece!— riu.

— Mas agora eu vou indo, a gente se fala.— disse me levantando, ela se levantou junto— Eu te ligo pra marcarmos alguma coisa.—sorri.

— Okay.—sorriu— Até mais.— disse me cumprimentando com dois beijos nas bochechas, fiz o mesmo.

— Até.— Acenei e sai caminhando enquanto ela ficou ali.

Aproveitei enquanto caminhava pelo estacionamento tentava ligar para Lucas, chamou, chamou, chamou, no quarto toque ele atendeu.

— Finalmente! — disse aliviada.

— Carol?— Perguntou.

— Sim, apagou meu número foi?!

— Não… É que… Tá tudo bem?— perguntou, sua voz estava estranha.

— Tá, eu que te pergunto se está tudo bem, não me atende mais, não responde minhas mensagens!

— Ah, é que eu ando meio ocupado, não to tendo tempo pra nada...mas então, porque me ligou?— Ele estava estranho.

— Eu queria te ver...— disse manhosa, e por alguns segundos se fez silêncio.

— Eu… Agora não posso eu tenho uma reunião…

— Não agora, talvez hoje a noite…

— Eu tenho um evento, e amanhã viajo pro Rio…

— Ta fugindo de mim?— Perguntei.

— Não, claro que não, eu só estou ocupado…

— Ah… Sei lá você está estranho!

— Eu?— forçou uma risada, eu percebi— Estou normal.

— Aham...— suspirei— Eu precisava tanto ver você… As coisas não estão nada bem.

— Entendo… Mas eu não posso fazer nada, se não fosse esses compromissos.— ele falava meio sem vontade.

— O que está fazendo?— perguntei curiosa.

— Estou no carro, pronto pra sair.— senti uma indireta.

— Ah então estou te atrapalhando?— perguntei meio chateada.

— Não, não é isso, é só que eu vou me atrasar, será que pode me ligar depois?

— Ah, claro, posso sim!— forcei um sorriso.

— Tudo bem, eu termino a reunião lá pelas quatro, eu espero.

— Okay.— disse apenas.

— Até mais...— fui responder, mas ele estava com tanta pressa que desligou. Ele estava estranho, muito estranho, ele não era assim, sempre que eu ligava ele me atendia animado, era carinhoso, hoje parecia não querer falar comigo.

Guardei o celular na bolsa e me dirigi até o estacionamento, peguei o carro e sai dali indo pra escola de Mabel. Ao chegar tive que esperar pelo menos um cinco minutos, fiquei observando Mabel de longe, ela parecia uma garota completamente diferente, sorria, conversava com os colegas, não parecia aquela Mabel revoltada que estava pronta pra me atacar a qualquer momento, parecia uma adolescente normal, que ria, tinha amigos. Mas tudo acabou quando o sinal tocou e ela me viu a esperando, seu sorriso desapareceu, seu rosto assumiu uma outra expressão, de raiva, ela se despediu dos amigos e emburrada veio caminhando em minha direção, não disse nada, deu a volta no carro e entrou batendo a porta, respirei fundo, abri a porta, entrei, coloquei o cinto, dei uma breve olhada pra ela que estava com a cabeça encostada na janela olhando fixamente pra frente.

— Coloca o cinto por favor?— pedi calmamente, ela respirou fundo, contra sua vontade colocou o cinto— Nós vamos almoçar na sua avó, mas se preferir podemos ir em algum restaurante...—sugeri.

— Tanto faz...— deu de ombro— Só queria saber quando você vai cozinhar em casa?!— disse num tom arrogante, respirei fundo— Ah, me esqueci que passa a manhã toda na rua jogando conversa fora com suas amiguinhas!

— Qual é a diferença?— A olhei— Você nunca come!

— Se você soubesse cozinhar pelo menos!— falou se ajeitando no banco.

— Não é isso que você pensou quando invadiu a geladeira de madrugada e comeu quase todo o bolo que eu fiz!— ri, ela revirou os olhos, não disse nada, ri. Liguei o carro e sai dali.

~~~~~

— Carol?!— Dona Olga disse ao abrir a porta— Mabel minha neta preferida...—sorriu largamente.

— Oi.— Mabel disse de cara feia.

— Oi Dona Olga...—sorri, Mabel nada disse, já foi entrando— Tpm!—ri.

— Já me acostumei.— forçou um sorriso— Entre...—deu espaço para que eu entrasse, passei por ela e a cumprimentei com dois beijos nas bochechas e um abraço— Como está querida?

— Bem, e a senhora?— disse caminhando em direção a sala, ela veio atrás.

— Estou indo...— sorriu— E Otávio, como está?

— Está bem, trabalhando muito…

— Como sempre.— riu.

— Poisé...—forçou um sorriso.

— Bom, o almoço está pronto, se quiser pode se servir…

— Não, eu já comi um lanche no shopping, trouxe Mabel pra comer, já que ela não gosta da minha comida.— ri.

— Me diz alguma coisa que ela goste?—riu.

— Eu estou aqui sabia?!— Mabel disse sentada no sofá.

— Eu sei.— Dona Olga disse rindo.

— Mabel eu agradeceria se almoçasse rápido, temos que ir em casa ainda, você tem aula de inglês! — Nem sei porque eu disse isso, ela só iria enrolar mais.

~~~~

Finalmente em casa, sinto o alívio de poder tirar os sapatos e me jogar no sofá, a casa está em total silêncio, Mabel está dormindo, me dando paz, Otávio ainda não chegou em casa, ainda tenho pelo menos uma hora antes dele chegar, posso ter um tempo só pra mim. Acabo me lembrando que deveria ligar para o Lucas. Pego o celular em cima da mesinha de centro, disco seu número, espero ansiosa para que ele atenda. No terceiro toque ele atende.

— Alô?!— uma voz feminina fala do outro lado, olho pra tela do celular checando se realmente disquei o número certo, e sim, lá está “Lucas” estampado.

— Oi, quem fala?— perguntei, a mulher riu.

— Eu que pergunto, você quem me ligou.—riu.

— Não, eu liguei para o Lucas!

— Ah claro, ele não pode atender no momento, quem fala?

— Eu precisava muito falar com ele...— Escuto uma voz do outro lado perguntando baixinho quem era, é a voz de Lucas. “Ainda não sei” escutei a mulher sussurrar. “Deixa eu ver!” escutei Lucas pedindo, a mulher deve ter negado, porque ouvir ele insistir, e em seguida risos, e ela pedindo pra parar. Ele estava fazendo cócegas nela?

— Para Lucas...— a mulher pediu rindo— Ei, ainda está ai?— perguntou por mim.

— Sim...— “Da o meu celular Camila” escutei Lucas pedir, em resposta a mulher disse não rindo. “Me da Camila” pediu rindo, e logo pude ouvir sua voz.

— Carol?— perguntou surpreso, entrei em desespero, eu não sabia o que estava acontecendo, minha cabeça martelava, não podia ser o que eu estava pensando— Carol é você?— Perguntou novamente. “Quem é Carol?” a mulher perguntou— Carol você está aí?— e por impulso, desliguei.

Não, não era o que eu estava pensando, eu só poderia estar escutando coisas, mas quem é Camila? O que ela fazia com o celular dele? Será que era por isso que ele não me atendia, não respondia minhas mensagens? Ele estava com outra?!

 



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