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História Tag, You're It - Capítulo Único


Escrita por: BlueberryIce

Notas do Autor


Olha quem apareceu!! Tô vivaaaa~ Falta menos de uma semana para o enem, mas eu tô viva ainda.

Alguém aqui sabe que dia é hoje? Isso mesmo, 30 de outubro! Amanhã é halloween!!! Não podia deixar de vir aqui exaltar a melhor época do ano!! E não há melhor forma de fazer isso do que postando fanfic do otp, né?

Já tinha terminado essa história há algum tempo, até postei no wattpad, mas resolvi esperar para postar aqui no Spirit só agora no final de outubro. A fanfic não se passa exatamente no halloween, mas, como ela tem um clima meio dark, achei que podia combinar com essa data super especial.

Apesar de ter acabado de revisar a história, acho que pode haver alguns errinhos por aí, porque eles sempre dão um jeito de fugir de mim quando estou betando, por isso já vou pedindo desculpas por qualquer coisa estranha que vocês encontrarem.

Desejo a todos uma ótima leitura~

Capítulo 1 - Capítulo Único


Abaixando a sua janela de vidro fumê 

Dirigindo ao meu lado bem devagar, disse ele 

"Deixe-me levá-lo para um passeio divertido 

Eu tenho alguns doces para você" 

[Tag, You're It – Melanie Martinez] 

 

O pequeno Moon Bin perdera a conta de quantas noites ficara acordado até tarde, só esperando por aquele dia. Finalmente era 26 de janeiro, dia de seu aniversário. Cha Eunwoo, seu melhor amigo, estava lá para comemorar com ele, claro. 

O começo daquele dia, contudo, estava sendo um tanto diferente do que o garotinho, de agora 12 anos, pensou que seria. 

— Eu tô falando sério, Eunwoo! Você tem que tomar cuidado com esse cara! 

— Pela milésima vez, Bin, isso são só histórias. Não devia escutar tudo que Myungjoon diz, ele só faz isso pra te assustar. 

Myungjoon era um menino mais velho, que estudava na mesma escola que eles. Ele vivia inventando histórias e tinha uma má fama por pregar peças nas pessoas. Era a verdadeira personificação de uma raposa. Eunwoo detestava raposas, elas sempre eram as vilãs das histórias, astutas e mentirosas, tentando levar vantagem a todo instante. 

— Não, mas agora é verdade! Eu vi meu pai falando sobre ele outro dia desses! 

— Seu pai? 

Eunwoo encarou Bin com as sobrancelhas franzidas. Não levou mais que alguns segundos para que o Cha começasse a puxar o amigo pela orelha, fazendo-o contorcer a cara de dor e gritar algumas reclamações, desesperado. 

— Vou contar pra sua mãe que você anda mentindo! Acreditar no Myungjoon é uma coisa, seguir o exemplo dele é outra! 

— Eu não tô mentindo, Eunwoo... 

Ouvindo o tom lânguido do aniversariante, Eunwoo sentiu um pouco de pena e o soltou. 

— Você é muito ingênuo, Binnie. Parece uma criança. 

— Eu não sou mais criança! Eu já tenho doze anos! Jinwoo disse que eu já sou um adulto! 

O Cha apenas balançou a cabeça para os lados, discordando daquilo, achando um absurdo um garoto tão imaturo como Bin se auto intitulando adulto, ainda mais por causa do que disse outra pessoa. Jinwoo também era um menino mais velho, mesmo assim, não era por isso que Bin deveria acreditar em tudo o que ele dizia. 

Como os pais de Eunwoo trabalhavam muito e passavam o dia fora. Raros eram os dias em que ele não ficava sozinho, por isso, desde cedo, o menino teve que aprender a se virar. Como resultado, os Cha haviam criado uma criança totalmente precoce e de espírito independente, que muitas vezes acreditava ser mais esperta que os outros meninos de idade semelhante. Pela personalidade forte, Eunwoo não tinha muitos amigos. Só Bin continuava insistindo nele, sabe-se lá o porquê. 

— Eu tenho que sair, ainda não dei comida pro Formiga e não tem ninguém em casa. 

Formiga era o nome de seu gato, dado por Bin porque ele era muito pequeno, pretinho e tinha um bundão, de acordo com o que próprio falara no dia em que o Cha o ganhara. Eunwoo rira tanto naquela tarde que resolvera deixar esse nome mesmo. 

— Tudo bem... Eu tenho mesmo que ir ver o meu pai. Já ele sai, ainda vai voltar pro trabalho hoje. Ele anda muito ocupado ultimamente. 

Bin falou com orgulho. Seu pai prendia bandidos, era um herói. Quando crescesse, Bin seria igual a ele. 

Antes que Eunwoo passasse pela porta ele perguntou: 

— Você volta ainda hoje, não volta? Ainda tem muitos doces na cozinha! Minha mãe disse que deixa a gente comer alguns antes da festa! 

— Volto depois de ir ao mercado. — disse Eunwoo, sem olhar pra trás. 

Contente, Bin caminhou em direção à cozinha. Aquele era o único período do ano em que poderia ter a idade de seu amigo porque, em pouco mais de um mês, o Cha já completaria treze anos. Bin achava isso incrível. Depois de seu pai, Eunwoo era a pessoa a qual mais nutria admiração, saber que estavam no mesmo patamar de idade por um tempo era incrível. 

— Sumiu outra criança... 

O garoto caminhava em direção a cozinha quando ouviu a frase proferida por seu pai e estancou no mesmo lugar. Seus pais iriam começar a falar sobre o velho do saco outra vez! Incrível como Eunwoo saia logo nessas horas, assim não tinha como provar a ele! "Droga, Formiga!", praguejou, apoiando-se no batente da porta para ouvir a conversa, tomando cuidado para não ser visto. 

Era sempre assim, seus pais nunca lhe deixavam ouvir certas coisas, mas, sorrateiro, sempre dava um jeito de ouvi-las. Com o tempo descobrira que geralmente ela se tratavam sobre o trabalho de seu pai, eram conversas assustadoras, porém empolgantes ao mesmo tempo. Os vilões que seu pai enfrentava realmente eram muito maus. 

— Isso é terrível... — disse sua mãe, pesarosa. 

— Acharam outro corpo. Isso está virando um pesadelo. A cada uma que desaparece, surge um cadáver. 

— Onde foi o da vez? 

— Foi aqui no bairro, de novo. Perto da casa dos Cha. 

Bin imediatamente descolou os ouvidos da porta. Casa dos Cha? Os Cha eram os pais do Eunwoo. Não havia nenhuma outra família com esse sobrenome ali no bairro. O velho do saco rondava pelas redondezas. 

— Céus, como está perto... 

— Não ande mais por ai sozinha, nem deixe Bin sair, é perigoso. 

Ao longe ainda podia ouvir as vozes. 

Como não podia sair? Precisava avisar Eunwoo! 

Correu para o segundo andar, para o quarto de seu pai. A gaveta da cômoda. Abriu-a e revirou os panos. Uma pistola. Preta, bonita, pesada. Aquela era a mesma arma que seu pai usava contra os bandidos, era uma que ele havia comprado para mamãe, para protegê-los. 

Escondeu-a sob a camisa, sabia dos truques, havia aprendido com seu pai e com os seriados na televisão. Era mais que o suficiente. Tinha consciência também de que não podia sair exibindo uma arma por ai, nem para pessoas normais, muito menos para o vilão. 

Destravar o gatilho e atirar, antes que ele perceba. Essa era a regra de sobrevivência. 

O mais rápido que pôde, Bin correu. Desceu as escadas, atravessou a sala e fechou a porta, não importando-se em fazer barulho. 

— Moon Bin! 

Ainda ouviu sua mãe gritar da cozinha e correr atrás de si. No entanto, não parou. Em frente a porta, Moon Sojin olhava o filho correr para longe, aflita. Ele ia na direção da casa do melhor amigo, Cha Eunwoo. 

Furiosa, jogou o pano de prato que tinha em mãos no chão e grunhiu de raiva. Bin só lhe aprontava essas coisas! Ainda esperara seu pai sair para o trabalho para aprontar confusão! Com uma angústia incomum lhe corroendo o peito, a senhora Moon pegou o telefone digitando o número do marido. 

Estava com um mau pressentimento. 

O tempo estava estranhamente frio e nublado quando Bin chegou na casa de seu amigo, afobado, abrindo a porta e deixando-a dessa forma. Precisava encontrá-lo e dizer que o famoso velho dos rumores, aquele da lenda, que raptava criancinhas, estava por ali. 

— Eunwoo? Eunwoo, cadê você? 

— Bin? Que diabos você está fazendo aqui? — perguntou o dono da casa ao ver o amigo ali. 

— Cadê os seus pais? 

Ele sabia que os pais de Eunwoo trabalhavam o dia inteiro. O Cha logo notou que Bin parecia aflito demais e suspeitou que algo não estava certo. 

— Trabalhando, ué. O que houve, Bin? 

Os instintos do aniversariante diziam para que corressem. Mais do que com vontade de falar para o amigo o que descobrira, estava com medo. 

— Eunwoo, a gente tem que sair daqui, agora! 

Tarde demais. 

— Senhor Choi...? 

Confuso, Eunwoo viu um senhor da vizinhança surgir atrás de Bin. Era um senhor simpático que sempre dizia bom dia a ele quando ia ao mercado fazer compras. Perguntava-se o porquê de ele estar ali, dentro da sua casa. Hoje era dia de ir ao mercado. 

Era a primeira vez que não via aquele rosto sorrindo. Ele estava apenas parado ali, em frente à porta, quase como um fantasma. 

A casa era mal iluminada pelo mau tempo, o cômodo em que estavam recebia luz apenas da cozinha, onde Eunwoo tivera que acender para colocar a comida do gato. Somente ao desviar o olhar um pouco mais para baixo, Eunwoo pôde ver a faca que estava entre as mãos do homem. 

O homem deu um passo, agora era Eunwoo quem travara, inerte. Já Bin, mais uma vez, foi dominado pelos instintos, contorcendo suas feições em puro ódio. 

— Não se mexa! — gritou sacando a arma. 

Suas palavras eram firmes e exalavam bravura. Mas Bin estava com medo. Queria que o homem visse sua arma e saísse correndo, porém, não foi isso que aconteceu. Ele sorriu. Não aquele sorriso gentil tão conhecido pelos garotos, era um sorriso frio, deboche, como se matasse formigas com uma lupa. 

— O que você vai fazer com isso? 

As palavras soaram como um sopro, contudo firmes o suficiente para fazerem as pernas do pequenino Bin tremerem. 

Outro passo. 

— Eu mandei você não se mexer! — gritou com sua voz fina de criança. 

Ele não parava, o homem não sabia onde aquele menino havia conseguido uma arma, mas duvidava muito que ele soubesse como usar aquilo. A mente de Bin nublou-se. Seus dedos moveram-se sozinhos, destravaram e atiraram, em resposta à afronta. 

Dois tiros partiram da arma, sem mira, sem rumo. O homem recuou, caindo de joelhos sobre a perna esquerda, soltando resmungos de dor, deixando o facão cair no chão ao ter a mão direita e a perna direita atingidas. A arma pendeu dos dedos moles de Bin, indo de encontro ao piso. Agoniava ao encarar a mão ensanguentada do homem e a poça que se formava próxima à perna. 

Na mão havia sido de raspão, porém o tiro na perna, logo abaixo do joelho, havia sido certeiro. O homem cerrou os dentes, inclinando-se para pegar a faca. Havia ido muito longe pela sua vingança, aquela era a última criança, não deixaria um moleque intrometido atrapalhar tudo. Mataria o filho dos Cha nem que tivesse que morrer para isso. 

Assustado ao ver o homem pegando a faca, Bin deu um passo para trás, quase tropeçando nos próprios pés. Viu-o pegá-la com as duas mãos. Iria arremessar. Entretanto, ele não mirava na direção de Bin. 

Seu corpo se moveu sozinho, abraçando Eunwoo, pondo-se na sua frente. Nesse momento, os corpos se desequilibraram e foram de encontro à parede. Bin sentiu dor. O rosto ardia, como se tivessem jogado brasas em sua bochecha. 

A faca estava grudada na parede, havia cortado a bochecha do pequeno Moon, fazendo um corte profundo de onde escorria sangue, muito sangue. Bin recuou para o lado esquerdo, o lado oposto ao da faca, sentindo uma dor aguda no tornozelo ao encostá-lo no chão, caindo, levando Eunwoo consigo. 

Gritou. Não era de chorar, no entanto, a dor que sentia em seu tornozelo e a angústia hiperbólica de imaginar sua bochecha aberta naquele momento lhe fizeram esquecer sobre os princípios contra lágrimas ou a imagem de um covarde. 

Havia sido tudo tão rápido, Eunwoo não conseguira pensar, apenas travara e fora levado pela cena, como um boneco. Quando deu por si, estava no chão, sentado, com Bin chorando em seus braços, vendo o que seria seu assassino arrastar-se pelo chão, indo em direção à arma de Bin, temendo por sua vida e a de seu amigo. 

Sair dali com vida, era tudo que mais queria. 

As sirenes soaram como música para seus ouvidos. Em instantes os policiais cercaram a casa. Centímetros próximo da arma, os policiais renderam o homem. Aos gritos ele foi levado, encarando Bin. Bin o encarava, ainda com o rosto coberto de lágrimas. Eunwoo observava aquele olhar trocado. Um sorriso. Aquele mesmo sorriso. Eunwoo viu o sorriso de um fantasma surgir na face daquele homem, mas não temeu, retribuiu com um olhar contendo o mesmo ódio de Bin. Afinal, aquele homem havia perdido para os dois. 

 

 

 

Alguns anos mais tarde, quinze se você for tentar ser preciso, Eunwoo estava em sua cozinha, terminando de lavar alguns pratos, quando sentiu braços envolverem sua cintura e um beijo cálido ser depositado em seu pescoço. 

— Trabalhando tão cedo, oppa? 

Um sorriso largo se desenhou nos lábios do rapaz ao ouvir a voz suave do marido proferir aquela palavra que deveria ser usada apenas por meninas. 

— Fazer o que, né? Tenho que cuidar do meu dongsaeng, ele não vive sem mim. É uma criança ainda. 

Bin fez um bico, emburrado, odiava ser chamado de criança, Eunwoo sabia muito bem disso, por isso fez questão de selar aqueles lábios à sua frente, como um pedido de desculpas. O selar logo avançou para um beijo apaixonado. 

Separaram-se gradativamente, rindo da situação. Eunwoo deixou as louças na pia, secando as mãos em um pano de prato, virando-se para Bin, fitando suas feições bonitas. Seus dedos foram suavemente até a cicatriz que o marido tinha na bochecha esquerda. 

Aquele era o símbolo da bravura de Bin, o que mostrava que ele conseguiria proteger aqueles que amava, como seu pai. Era o símbolo de que ele amara Eunwoo desde sempre, mesmo antes de saber o que era isso, a ponto de ser capaz de sacrificar sua vida por ele. Cha Eunwoo sempre foi e ainda era seu bem mais precioso. 

Ele e Yoojung, claro, sua pequena princesinha. Ele e Eunwoo haviam adotado uma garota linda não fazia muito tempo. 

Bin se tornara um policial, tão corajoso e respeitado como seu pai, alguém do qual Eunwoo e Yoojung tinham muito orgulho. 

— Eu tenho que ir para o trabalho. 

O sorriso no rosto de Eunwoo foi sumindo aos poucos, mas logo ele assentiu. Tinha medo por Bin, mas sabia o quanto ele amava o trabalho. Precisava sorrir e apoiá-lo toda vez que o levava até a porta, mesmo que aquilo deixasse seu coração na mão. Eunwoo precisava ser forte.  

Observou a figura de seu marido caminhando até o carro. Acenou de leve, um pouco triste, sendo retribuído com o mesmo gesto e um sorriso. Sentia-se melancólico demais, nem sabia ao certo o porquê, porém forçou um sorriso para acalmar o amado. Viu Bin dar partida logo depois. 

Já ia entrar quando olhou para o outro lado da rua. Um arrepio percorreu sua espinha. Parado, ali, estava um idoso, estranho. Inerte. 

— Algum problema, senhor? 

Ele ergueu o rosto, seus olhares se encontraram por segundos. 

"Parece um fantasma", a voz infantil percorreu sua mente por milésimos de segundo. 

Em um ato impensado, Eunwoo recuou levando uma das mãos para o cós da calça. 

Contudo, ao contrário do que imaginara, o velho do outro lado da rua não fez nada de suspeito. Agiu normalmente, cumprimentou-o ameaçando retirar o boné que lhe cobria os fios brancos e saiu. 

Eunwoo apertou a arma em sua cintura vendo o homem caminhar para longe. 

Não podia ser ele, não é? Ele estava mofando no presídio àquela hora esperando para enfim a sua sentença de morte ser cumprida. 

— Bu! 

Os olhos antes quase em linhas finas, encarando a figura do outro lado, desafiador, triplicaram de tamanho, ele sobressaltou-se e prendeu a respiração no mesmo segundo. Detrás de seu corpo apareceu a pequena Yoojung, confusa. 

— Eu te assustei? — perguntou descrente. 

Três segundos bastaram para ela começar a gargalhar de forma exagerada. Nunca conseguia assustar Eunwoo, nunca vira o quão engraçado ele ficava ao levar um susto, sempre o único que fingia se assustar era o bobão do Bin, só para agradar a filha. 

Eunwoo voltou a si, respirando fundo, contando de um até dez pra não perder a paciência. Estava rodeado de moleques! Olhou para o relógio e bufou, estava tarde, ainda precisava levar Yoojung para a escola, iria se atrasar para o trabalho naquele dia. 

— Vamos logo, pequenininha. — disse bagunçando os cabelos da garota. 

Fechou a porta e ajudou Yoojung a levar a mochila até seu carro, na garagem, entrando no automóvel e dando partida, certificando-se de trancar tudo e de esperar os portões automáticos se fecharem sem mais problemas. 

— Sanha, eu vou me atrasar. 

Avisou para o amigo enquanto tentava desviar dos carros no trânsito, brincando de velozes e furiosos para chegar à tempo para que Yoojung também não se atrasasse. 

— Você vai se atrasar? — indagou o amigo, surpreso. 

Eunwoo se atrasar não era algo muito normal. 

— É, Sanha. Tenho que desligar agora, mas já, já estou ai. — avisou ao chegar no colégio de Yoojung, fazendo uma baliza perfeita. 

O pai da menina ajudou-a a descer do carro e a entregou a bolsa rosa com patinhos desenhados. Uma amiga da menina logo se aproximou deles, abraçando-a por trás. Eunwoo sentiu o coração apertar ao ver o sorriso largo no rosto da filha. Depositou um beijo carinhoso em sua testa pálida, tentando ignorar aquele sentimento ruim, aquela angústia. 

Quando ia dar meia volta para sair, contudo, avistou aquele mesmo homem outra vez, o homem estranho das madeixas grisalhas, escondidas por um boné surrado. Sua primeira reação foi puxar Yoojung pelo braço, protegendo-a com seu corpo. 

— Quem é aquele? — perguntou a ela. 

— Por que quer saber? 

— Quem é aquele, Yoojung? 

A garota fez uma expressão chorosa. Eunwoo parecia bravo. Por que ele estava bravo se ela não tinha feito nada? Ele sempre era tão carinhoso e incrível, nunca ficava irritado assim. Parecia que ele estava realmente com raiva. 

— É o novo zelador, o senhor Choi. — respondeu a amiga de Yoojung passando um dos braços pelos ombros desta. — Ele é bem legal. Me deu doces na semana passada. — disse para a amiga.  

Sem pensar duas vezes, Eunwoo levou a mão até o cós da calça, pegando a arma que carregava consigo de imediato. Assim que olhou para o local onde estava o senhor, no entanto, apontando a arma para ele, viu que ele também tinha uma arma. A arma nas mãos do velho, todavia, não estava apontada para Eunwoo, estava apontada para Yoojung. 

Dois disparos puderam ser ouvidos no colégio naquela trágica manhã. Apenas uma vítima fatal foi registrada.  


Notas Finais


Gostaria de deixar meus agradecimentos a todos que leram até aqui <3 Obrigada por terem dado uma chance à minha historinha. E não me matem, por favor!!! Sejam otimistas~ O zelador pode ter sido a pessoa que morreu! Tenham um pouco de espírito de halloween~ // Happy Halloweeeen!!!


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