Capítulo Extra
Jerza
Pov: Jellal
Sempre gostei bastante daquela história de cupido. Quero dizer, não é genial a idéia de que um ser divino possa unir as pessoas? Passei os vinte e quatro anos da minha vida acreditando que a pessoa certa chegaria de repente, nós conversaríamos cinco minutos e o conceito de alma gêmea se encaixaria naquele momento e logo logo perceberíamos que estávamos louco de amor.
Puuuf. Eu não poderia estar mais errado. Primeiramente porque eu achava que minha alma gêmea seria uma garota normal e que fosse certinha, totalmente o contrario de minha atual esposa que de normal não tinha nada. E certinha? Só se for em outra vida. Nós nos conhecemos na mesa de bar. Um desses pubs esquecidos pelo mundo, aquele que é tão normal que um dia você passa em frente e resolve entrar porque todos os outros estavam lotados e que, no fim, gera umas boas risadas e ouso dizer que até faz alguns amigos. Já eu, encontrei o amor da minha vida.
Quando a notei, bebendo sozinha, com aqueles cabelos ruivos dançando por entre o decote do vestido eu pensei “Eu quero essa mulher”. Eu poderia ter esperado que viesse falar comigo, poderia ter pensado que o cupido estava esperando para dar a flechada e então a conversa de cinco minutos, mas quer saber? Esqueçam essa história de cupido. Se eu não tivesse ido até ela aquele dia provavelmente teríamos apenas uma relação de chefe e secretária.
– Jellal? – Chamou sorrindo.
Ergui a cabeça para encará-la.
– Oi amor.
– Estou te chamando há um tempinho.
– Estava pensando em como nos conhecemos. – Admiti saindo da mesa para ir ao sofá sentar-me ao seu lado.
– Você é fofo.
– Porque me chamou? – Quis saber.
Erza olhou para a barriga e colocou minha mão em cima de um local especifico. Senti uma pontada, a encarei surpreso.
– Está chutando. – Sorriu ainda mais, com lágrimas nos olhos.
– Ai meu Deus. Está chutando! – Gritei animado. – Erza, nosso bebê está chutando.
Ela gargalhou com meu entusiasmo.
– Vamos ligar pra Lucy. – Disse.
– Pra que Jellal? Isso é normal sabia? – Ela gargalhou ainda mais.
Quando ela me disse já havia clicado no nome e estava chamando. Coloquei no viva voz.
– O que foi? Erza está bem? – Perguntou desesperada.
– Achei que nós dizíamos alô. – Comentei.
– Estou ótima Lu. Relaxa.
Lucy deixou que um suspiro escapasse.
– Falta apenas uma semana Jellal, não me mate assim.
– Quem disse que ela não pode nascer hoje?
– Eu disse.
– Escuta. Eileen está chutando.
– Então vocês escolheram o nome? Que fofo.
– Eu gosto de Eileen. – Disse Erza.
– Então ela está chutando?
– E Jellal ta apavorado.
– Não estou apavorado. – Franzi o cenho. – Só curioso.
– Ouviu isso Lucy? – Debochou a ruiva.
– Ele está apavorado. – A loira deu uma pausa brusca, rindo. – Natsu, por favor.
– O que foi? – Perguntei.
– Nada.
Ao fundo, ouvimos a voz de Natsu que dizia “fala logo Lucy, de que adianta esconder?”
– Esconder o que? – Erza deu um pulo, arrancando o celular da minha mão. – Acho que é melhor me contar agora Lucy Dragneel.
– É Nashi! Nós fomos ao hospital amanhã e vai ser uma menina! Erza eu estou grávida de uma menina.
– Não pode ser. Isso é ótimo. – Ela disse rindo.
– Parabéns Lucy. – Digo.
– Amor? – Minha esposa chamou.
Percebi seu tom de voz manhoso.
– O que você quer dessa vez?
– Bolo. Morango. – Fez beicinho.
– To na padaria aqui perto da sua casa, posso levar se quiser. – Lucy disse nos assustando.
– Pode ser. – Deu de ombros.
Esperemos cerca de vinte minutos até que a campainha tocou. Dei um beijo na testa de minha esposa e saltei do sofá, espreguiçando antes de caminhar até a porta. Lucy estava parada, com as mãos abaixo da barriga e Natsu segurava duas caixas de bolo.
Ouvimos um grito vindo de Erza. Olhei para trás no impulso a tempo de ver o liquido escorrendo pelas pernas da ruiva que nos encarou apavorada.
– Ai meu Deus! A bolsa estourou!
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