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História Take Me Away - The Liar - Faded


Escrita por: ValentinaBloom

Capítulo 4 - Faded


Fanfic / Fanfiction Take Me Away - The Liar - Faded

Was it all in my fantasy?
Where are you now?
Were you only imaginary?
Where are you now?


Durante todo o caminho, mantenho meus olhos fechados e a cabeça encostada na janela, sem conseguir ficar acordada. A bebida acabou comigo. Lá vou eu fazer uma daquelas promessas quebráveis: não vou mais beber.


E de uma certa forma, algo me incomoda. Não sei o que é, mas posso sentir o olhar carinhoso de Scott sobre mim uma hora ou outra... É estranho me sentir observada o tempo todo, porém por ele eu adoraria ser observada o resto da minha vida.


— Kate...? - ele me chama cauteloso e eu me mexo no assento, abrindo os olhos devagar.


—  Oi! - dou um salto.


— É aqui? - diz apontando para a mansão.


— É. É aqui. Nem sei como agradecer, Scott. Muito obrigada. - falo fofa soltando-me do cinto e abro a porta, mas ele me puxa delicadamente pela mão.


— Tem certeza que está bem?


— Tenho. - sorrio e aperto sua mão passando segurança.


— Vou... - diz pegando um bloquinho no porta-luvas e anota um numero de telefone - te dar meu celular. Liga se precisar de alguma coisa.


Pego o papel de sua mão e o dobro em três, guardando no bolso.


— Tudo bem. Eu prometo que vou ligar. - ele sorri de lado e sela minha testa. Saio do carro e vou me afastando do carro dele contra a minha vontade.


— Durma bem e vê se não se mete em encrenca viu? - ele vira a chave na ignição dando a partida e logo, logo estava desaparecendo no horizonte em meio ao sol nascente.


Entro rápido, despercebida. A casa está dormindo e sou a única acordada. Chego em meu quarto que estava arrumado e já me jogo na cama, pegando em instantes no mais profundo sono.


                   *               *               *


— Mãe? É você? - ando mais apressada indo a seu encontro e ela sorri. Que saudade daquele sorriso.


— Kate! - ela abre os braços para mim, mas antes que eu possa abraçá-la, se transforma em névoa que se esvai pelo campo.


Fico desesperada, gritando por ela e corro em meio ao vasto canteiro de rosas violetas, sem me importar com os espinhos que entravam em minha pele e rasgavam o tecido fino do meu vestido. O campo é grande e à medida que eu corro, a luz fica mais forte quase ofuscando os meus olhos. Firmo a visão e vejo uma sinhueta vindo em minha direção no final dele. Quem poderá ser?


— Kate! - a pessoa entende seus braços para mim e eu me retraio em ir. - Sou eu, Scott. - ela diz com seu tom calmo que me reconforta.


Sorrio e o abraço forte. Ele me pega pelos cabelos e me lança em um precipício que surgiu aos seus pés.


Estou caindo...
                           Caindo...     
                                           Caindo...


Uma queda sem fim. Pensei estar no País da Maravilhas, mas não há nenhum coelho atrasado ou um Chapeleiro Maluco com a sua mesa do chá. Continuo caindo... E rezo para que o chão chegue logo.


Bum! Caio com um barulho bem alto, capaz de ser escutado até dos confins mais distantes da Terra. Exploro aquela pequena sala e uma voz não tão conhecida me chama.


— Kate! - me viro para o dono dela e o olho incrédula.


Justin Bolton? O jogador de futebol? Por que o Justin? Justo o Justin?


Nunca desejei que meu despertador tocasse tanto.


Meus pés não obedecem às minhas ordens e vão até ele. Malditos pés!


— O que faz aqui? O sonho é meu. Dá licença? - falo ríspida.


Ele sorri largo analisando meus trejeitos nada educados.


— Sh... - coloca o indicador em meus lábios, silenciando-me. - Eu estou aqui e não vou deixar nada acontecer com você, minha princesa.


Não reconheço aquele Justin e nem a mim por deixá-lo fazer aquilo. Drogas pesadas... Mas espera aí! Isso é um sonho, certo?


Ele se aproxima, segura em meu rosto e toca os seus lábios nos meus. Instantaneamente me sinto segura e ao mesmo tempo arrebatada com o seu olhar sobre mim. Um olhar indecifrável.


— Cuidado em quem você confia... Nem tudo é o que parece ser. - ele sorri e dá início a um beijo necessitado e envolvente....


                  *               *               *


Trim.... Trimm.... Trimm.


Não! Não! Por que você tocou agora? Pego o despertador e o jogo na parede para silenciá-lo.


Levanto da cama e vou tomar um banho gelado. Coloco meu uniforme de líder de torcida e minha mochila sobre o ombro. Me olho no espelho. O reflexo não é tão bonito quanto era antes, por que há crateras debaixo dos meus olhos. Dou um jeito com maquiagem e arrumo meus cabelos.


O único motivo de estar indo para a escola é o Bolton. Por que ele teria que aparecer em meu sonho?


Acredito que em nossos sonhos há mensagens, ensinamentos e avisos do seu próprio subconsciente sobre algo que está presente em sua vida. Nem sempre é possível decifrá-los, pois em cada detalhe, há uma incerteza.


Desço e passo pela cozinha, pego uma maçã para o café da manhã enquanto Maredith me encara tomando o seu capuccino. 


— Onde vai? Tem uma reunião marcada para hoje. - ela diz.


— Robert que tem uma reunião marcada para hoje, eu tenho que ir para a escola. - sorrio sínica e saio dali entrando em um dos carros que haviam na garagem.


Em poucos minutos estou na escola. É impressionante como em sete meses as coisas estão mudadas. Para mim é tudo novo, olho ao redor me sentindo um pouco desconfortável sem saber para onde ir e procurando incessantemente pelo homem que invadiu sem permissão o meu sonho. É irônico. As pessoas sempre procuram pela pessoa que apareceu em seus sonhos como se ela fosse sua alma gêmea. Errado. Sonhos não elucidam o seu destino, porque por meio das suas próprias ações seu destino é traçado.


— Katherine! - Hope pula em mim e eu a seguro, quase deixando minha mochila cair. - Que saudades!


Hope é a minha melhor amiga, apesar de ser mais rodada que roda de caminhoneiro, é um exemplo de amiga, é compreensiva, se importa comigo e até mesmo leva lanchinho para mim na aula de matemática entediante do Tio Joseph. Uma dica para quem quiser me conquistar: traga comida e que saiba cozinhar.


— Eu também senti saudades. Como conseguiu sobreviver sem mim? - rio andando pelo corredor movimentado.


— Na verdade... Eu arrumei uns esquemas. Tenho um crush novo. Ele é novato! Muito lindo! Me ajuda com ele? - ela junta suas mãos me olhando em suplica e reviro os olhos.


— Se ele é novato, temos que enturmá-lo primeiro e se ele for nerd, pode dispensar. Mas enfim, o que rolou no tempo em que eu estava no hospital?


— Deixa eu pensar... O menino gato entrou, tirei total na prova de biologia e Justin assumiu a Briana. Eles estão juntos agora. Até que enfim! E.... - ela dá um grito estridente com pulinhos - Fiquei com o Zack do time de futebol!!!


Rio do seu entusiasmo evidente mas logo fico séria ao absorver as notícias bombásticas. Justin e Briana. Briana e Justin. Isso é um complô. Não é possível! Acho que devo ter mais sorte na loteria do que na minha vida. Já chega. Já entendi que não sirvo para isso. Não precisa esfregar na minha cara não, Vida.


— Nossa! - bato palmas - Merece uma estrelinha pela missão cumprida. Só faltava ele do time?


— Só ele. - entramos na sala e como sempre, me sento ao fundo e Hope senta ao meu lado.


Tiro meus materiais da mochila e os arrumo perfeitamente em minha mesa começando a copiar o trecho de Faded - Alan Walker na margem do meu caderno.


Era tudo fantasia?
Onde você está agora?
Você era apenas imaginário?
Onde você está agora?


Sou interrompida quando levanto o olhar e meus olhos acabam encontrando os de Justin, que sorri se sentando atrás de mim, fico o fitando que nem uma criança que acabou de ver pela primeira vez uma montanha-russa. Ele gostou de você ... Meu subconsciente decide dar o ar da graça, o esbofeteio e volto a escrever. 


Briana vem logo depois com uma cara nada boa batendo seus pés no chão e se sentando no outro lado da sala.


— Vamos abrir nosso livro na página 42 e ler. Quero um resumo de 25 linhas para amanhã. - a professora de português diz e eu já começo a tarefa.


— Você vai fazer isso mesmo? - Hope indaga.


— Só para passar o tempo, depois entrego para o Tobey fazer para mim. - ela sorri e estoura sua bola de chiclete.


— Vai ter ensaio hoje? - Justin me cutuca e fico estática. Olho para Hope como quem suplica para pedir ajuda.


— Vai sim. Hoje será no campo. Às duas. - sorri para ele.


— Obrigada! - digo mexendo os lábios sem sair som e ela pisca.


— Classe! - a professora chama nossa atenção. - Esse é o Scott Morgan, novo aluno nas aulas de português. Pode se sentar, querido.


Scott? Aquele Scott? O dia só piora... Será que eu fiz algo de errado? Seja o que for, me desculpa!


Ele sorri largo ao me ver e se senta na cadeira vazia, que óbvio é na minha frente. Hope me puxa pelo braço e distraída, caio junto com tudo que estava na mesa toda no chão. A sala toda olha para mim e ruborizo,  juntando os objetos do chão e tentando colocar no lugar, mas a cada vez que eu pegava, para a minha infelicidade caíam, como minha integridade desaparecendo em cada movimento.


Scott me ajuda e eu não faço nada, só olhá-lo.


— O que faz aqui? - sussurro.


— O mesmo que você. - ele sorri e se senta. Faço o mesmo.


Depois de 45 torturantes minutos, caminho depressa em direção ao estacionamento e alguém me chama.


— Kate!


Scott. Ah, não... Luto para não me virar para ele e entrar no carro.


— Você não vai matar aula... Vai? - ele pergunta especulativo.


— Cansei. Vou embora. - respondo seca para não render assunto.


— Você está bem? - diz em tom preocupado.


Não. Na verdade estupidamente atordoada com a minha vida, por que?


— Estou. Preciso ir. Tchau. - abro a porta.


Ele a fecha e me prensa contra o carro, me olhando nos olhos.


— Por que está assim?


— Assim? - ele bufa


— Agindo como se não me conhecesse.


— Eu preciso ir, Scott. Por favor. - nem tento sair, pois sei que é impossível.


— Não. Vou fazer uma coisa primeiro. - diz sério.


Sinto meu coração bater forte e acelerado pela pequena distância entre nós e o vapor quente que saía de sua boca se misturar ao meu.


— O que vai fazer? - pergunto com a voz baixa e falha.


— Isso. - diz e me beija inesperadamente.


Ele pede passagem com língua, que logo concedo sem hesitar.


Me deixo levar pelas suas carícias e acabo sucumbindo à paixão.


Inesperado não é o desconhecido, mas é o responsável por romper as incertezas que não deveriam ter tanto poder quando vagueiam em nossa mente.


Notas Finais


Mundo pequeno não? Kate... Quando as coisas vão melhorar para você?
E aí? Estão gostando? Me contem! Espero que tenham gostado desse capítulo de hoje. Kisses, Valentina Bloom. ❤

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✨ Contato Instagram - @take_me_away_fanfic


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