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História Take Me To Church - Camren - Perfect Two


Escrita por: miinsuga_93

Notas do Autor


Não é spoiler porque vocês vão ver aqui em baixo. Bom, essa é uma das passagens de tempo significativas que eu falei anteriormente. Ainda tem mais umazinha só até o fim da fic. Basicamente, a fic é dividida em três fases.
Kissus,
-Lena

Capítulo 18 - Perfect Two


Fanfic / Fanfiction Take Me To Church - Camren - Perfect Two

P.O.V Lauren Jauregui (11 meses depois)

Tentei equilibrar todas as coisas na minha mão, as sacolas quase caindo e a bolsa quase me fazendo voltar e cair com tudo no chão após eu a enganchar na porta sem querer.

Finalmente consegui abrir a porta do apartamento e me livrei de todas aquelas malditas sacolas. Logo um pequeno serzinho veio me receber, e pulou no meu colo. Boo, como Camila insistiu em chama-lo, foi meu presente de aniversário para Camila, pois eu sei que ela se sente sozinha nesse apartamento.

Eu ainda não vim morar com ela, pois ela disse que só iremos morar juntas após o casamento. Eu planejo fazer o pedido depois da nossa formatura, que será daqui à um mês. Já tenho praticamente tudo planejado, e como sempre, Dinah e Normani são minhas cúmplices.

Ao fechar a porta escutei uma risada alta e escandalosa, alguns chamariam de hiena, bom, eu chamo de Josephine Skriver. Tive que rir junto. Podem me julgar e me acusar do que quiser, mas é impossível não comparar as duas, Camila e Jose. Camila sorri baixinho e contida, como se tivesse medo de rir alto e alguém se incomodar, embora a maioria dos hábitos dela tenham mudado nesse tempo que passamos juntas.

Jose ri alto, como se quisesse que os incomodados se incomodassem mais ainda. Camila fala poucas palavras e sempre de modo respeitoso. Josephine não consegue terminar uma frase sequer sem por um palavrão no meio.

Camila me encara sem medo, como se tivesse certeza que eu jamais poderia fazer mal à ela, e eu não posso. Jose me encara como se eu fosse uma armadilha para ursos, imprevisível e sempre bem disfarçada.

Embora as vezes eu a pegue me encarando enquanto eu converso com Josephine, Camila pareceu receber bem todas as mudanças que ocorreram na sua vida. Com isso eu quero dizer que elas ficaram mais amigas do que qualquer um esperava.

— Olha se não é o fantasminha camarada, porra Lauren, tá atrasada. — o que eu disse sobre os palavrões?

— Oi, baby boo. — Camila veio até mim e me deu um selinho, sorri para ela.

Eu acho que não posso reclamar da mudança nas roupas de Camila. Eu quero dizer, eu amava as saias, com certeza. Quem não amaria aquelas saias? Caiam tão bem nela... Mas eu também devo dizer que eu prefiro infinitamente as calças jeans, brancas.

Com certeza eu adoro as calças jeans.

— Com licença, Camren. Meu amor está ligando. — Josephine nos chamou pela junção de nossos nomes, revirei os olhos. Depois que ela inventou esse ship, ela e Dinah não param de nos chamar assim.

Dinah é outra que recebeu muito bem a nova "integrante" do grupo. Já Normani... Não é que ela não tenha gostado de Jose, ela simplesmente, não gostou muito dela. Okay. Ela não gostou nada dela. Sorri me lembrando do ataque de ciúmes dela. E quem disse que foi ciúmes por Dinah?

"Lolozinha, eu entendo que você confie nos seus sentimentos pela Camila. Eu confio também. Só não confio em você bêbada ao lado da sua ex-namoradinha de adolescência. Camila só não viu isso ainda porque ela é boazinha demais pra você." ela disse.

Esperei Camila terminar de fazer o seu sanduíche enquanto a observava. Os longos cabelos castanhos soltos e sem os laços que ela usava antigamente estavam caindo por seus ombros. A blusa que deixa sua barriga à mostra. Os olhos concentrados enquanto ela cantarola alguma música. Que Normani a ensinou, provavelmente. Observando Camila assim, distraída e minha, eu não poderia ter mais certeza da minha resposta à Normani.

"Entendo sua preocupação e eu sou muito grata por ela. Sei que é natural que você e qualquer pessoa pensem isso, mas, simplesmente não está certo. Eu amo Camila e eu pretendo me casar com ela, eu jamais a trairia com Jose e nem com ninguém. Eu estou sim feliz pela volta da Skriver, ela foi a minha melhor amiga por mais de quatro anos, é muito tempo, entende? Mas eu custei à conquistar Camila e eu jamais vou jogar isso assim, fora, do nada, por ninguém. Eu não conseguiria trair Camila se eu quisesse, e eu não quero."

Camila terminou o sanduíche e sorriu, finalmente me olhando. Ela veio até mim e passou os braços ao redor do meu pescoço, coloquei as minhas mãos em sua cintura. Camila deitou a cabeça na curvatura do meu pescoço e inspirou fundo.

— Lolo. — chamou, murmurei em resposta, pra que ela continuasse. — Dorme aqui hoje? Voltei à ter aqueles sonhos e eu não consigo dormir. — assenti.

Desde o ocorrido na igreja, Sinu declarou ódio gratuito à Camila. E isso tem acabado com ela. De uns meses pra cá ela tem tido muitos pesadelos, e não do tipo monstros ou coisa assim. Pesadelos como, a mãe dizendo que nunca vai perdoá-la, dizendo que a odeia, ou que ela é uma aberração. E o triste é que ela realmente já disse tudo isso para Camila.

Eu perguntei se ela queria fazer faculdade fora daqui, de Miami. Ela negou, disse que ficaria aqui, mesmo que tivesse que encontrar com a mãe no supermercado ou na igreja.

P.O.V Camila Cabello

Jose apareceu novamente na cozinha, sorrindo. Eu sorri para ela. No começo eu achei que não a suportaria, que ela seria um problema e que Lauren e ela poderiam ter algo. Mas ela logo me garantiu do contrário, ela disse que gostou muito de Lauren no passado, mas que isso tinha ficado para trás. Ela decidiu ficar aqui em Miami para terminar o ensino médio. Porém, ela logo trouxe a sua namorada, com quem pretende se casar após a faculdade. E eu decidi não me preocupar mais, pois é possível notar no ar a felicidade da mesma ao falar de Alina.

— Bolinho de chocolate, — eu nunca entendi o por que de ela me chamar assim. — eu tenho que ir agora, depois nós conversamos mais sobre o assunto, okay? — eu apenas assenti e ela sorriu. — Eu adoraria ficar aqui babando vocês duas e tirando as fotozinhas de Camren pra mandar pra Norminah, porém... Trolly e Alina estão me esperando pra tomar sorvete. E vocês sabem que eu não sou louca de recusar sorvete. Então... Eu tô saindo. — eu acho engraçado como Josephine não consegue parar de falar um minuto.

Ela "shippa" todos os casais do nosso grupo de amigos, sorri me lembrando de quando ela chegou com a novidade. Lauren e eu viramos Camren; Normani e Dinah, Norminah; Troy e Ally, Trolly e ela própria e Alina, Jolina.

Troy Ogletree é um bom rapaz que se mudou à pouco para a cidade, no início ele e Ally eram somente amigos, até que ambos começaram à se olhar diferente. Todas nós amamos ele. Josephine brinca que ele é aceitável, para alguém com pênis.

Em um resumo rápido das relações: Ally e Lauren ficaram bem mais próximas e agora são até amigas, Jose e eu tivemos que nos esforçar por isso. Normani e Jose não se deram bem de cara, mas agora a morena consegue "aturar" a dinamarquesa. Jose e eu ficamos bem mais amigas do que eu imaginava. Dinah e Ally se tratam como irmãs e é muito engraçado quando elas estão juntas. Normani e eu ficamos quase tão próximas quanto ela e Lauren. Estamos todos bem e todos nos dando bem, o que eu acho ótimo.

Lauren e eu estamos bem, ela sempre me respeitou e mesmo eu tendo mudado bastante eu ainda não me senti pronta para... é... ahn... você sabe. Transar com ela. Era sobre isso que Jose e eu estávamos conversando, ela estava me encorajando e dizendo que eu tinha que me libertar dessa última corrente e voar.

Ouvi a porta bater e Boo veio correndo para a cozinha, ele ficou me olhando e virando a cabecinha de um lado para o outro, com aqueles olhinhos... Revirei os olhos zangada por ser tão boba com esse cachorrinho. Terminei sorrindo ao pegar um pequeno pedaço do meu sanduíche e dar para ele.

Peguei o bendito sanduíche e coloquei em cima da mesinha da cozinha, me sentando na mesma e comendo. Lauren continuou encostada na pia enquanto mexia no celular, provavelmente falando com Dinah ou Normani, ou as duas.

Enquanto me distraia comendo e observando Lauren eu parei para pensar no quanto eu mudei. Meus amigos claramente são totalmente diferentes, até porque, tirando o pessoal da igreja, eu só tinha Ally.

Meu estilo de roupas mudou completamente e agora eu uso o que eu acho confortável, e não o que a igreja ou qualquer outra pessoa me manda usar. Eu tenho os meus vestidos e saias ainda, mas agora eu uso mais calças e shorts. Eu uso blusas e vestidos mais ousados e eu aprendi à estar okay com isso. Uma das melhores coisas que eu aprendi com Lauren durante esses 11 meses foi que roupas não definem o nosso caráter ou a nossa índole, eles podem ser parte da nossa personalidade, mas de resto, são apenas pedaços de pano.

Minha personalidade foi algo que mudou quase que completamente, até porque aquela personalidade de antigamente nunca me pertenceu. Claro que eu ainda estou em processo de mudança e adaptação, mas eu já me sinto infinitamente melhor. Tem sido interessante me descobrir ao lado de Lauren.

Ela gosta de fazer coisas diferentes para decidirmos se eu gosto ou não. Ela faz até uma lista de coisas que eu gosto. Sorri me lembrando das coisas da lista. São coisinhas pequenas, mas que Lauren gosta de saber, para podermos repetir. Bom, eu não me lembro de tudo o que ela anotou, mas lembro que algumas coisas são:

1 - Azul e laranja (mas não muito fortes).
2 - Fotos polaroid (exceto a que eu tirei em Claughton Island).
3 - Biscoitos (mas somente os que não tem recheio).
4 - Lua.
5 - Músicas indie.
6 - Tumblr.
7 - Café (mas não pela manhã).
8 - Comida engordurada (sempre com um pano por perto).
9 - Pizza.
10 - Banana.
11 - Andar de mãos dadas.
12 - Que cantem para ela dormir.
13 - Filmes dramáticos.
14 - Dançar quando ninguém está vendo.
15 - Que Jose faça trança em seu cabelo.
16 - Baladas.
17 - Viagens de carro.
18 - Filmes em espanhol (com legenda, mesmo que ela entenda).
19 - Pipoca doce.

São coisas bobas, realmente. Para qualquer um são somente um monte de baboseiras em um pedaço de papel. Mas, para Lauren e para mim, são coisas muito importantes, que nós descobrimos juntas, em momentos mais que especiais.

Eu sempre acho adorável o fato de Lauren escrever cada uma dessas coisas, quase como se tivesse medo de esquecer.

— Camz, amor. — Lauren chamou e eu levantei meu olhar para ela, percebendo que meu sanduíche já era. — Vamos sair? Caminhar, conversar. Eu não sei. Não quero ficar aqui a tarde inteira. — assenti, me levantando para ir até o meu quarto, queria colocar algo mais confortável, eu usei essa roupa para ir ao shopping com Jose.

Entrei no closet e peguei um vestido longo com uma abertura nas costas e um decote. O vestido não tinha mangas e era colorido. Lauren diz que ele é a minha cara. Fui até o banheiro e me troquei rapidamente.

Eu sempre achei esse apartamento desnecessariamente grande, mas eu não ouso reclamar. Afinal de contas, foi um presente de Lauren. Ela me bancou no começo, quando minha mãe me expulsou de casa, e eu sempre achei isso errado, mas ela me pediu para não me preocupar com isso e eu simplesmente aceitei. Não podia reclamar por ela estar me ajudando.

E depois de uns dois meses a mãe dela me ofereceu uma entrevista de emprego, disse que não tinha nada a ver com o meu relacionamento com Lauren, e que iria me avaliar como se não me conhecesse. Por isso eu fui, ela me deu algumas dicas de coisas que eu precisaria mudar, mas disse que se eu quisesse, o emprego era meu. E eu aceitei.

Hoje eu trabalho em uma das lojas da sra. Jauregui. Ela disse que a minha calma e meu jeito de resolver conflitos seria muito útil naquela loja, já que as peças são exclusivas e algumas clientes queriam modelitos que já haviam sido vendidos.

Eu nunca tive grandes problemas na loja, mas uma vez uma senhora quase me bateu porque uma vendedora cometeu um erro e vendeu uma peça que ela havia reservado. Clara teve que intervir naquele dia.

Meu relacionamento com a família de Lauren também me surpreendeu. No começo eu ficava bastante receosa e pensava muito mal deles, admito. Mas depois? Eu não podia reclamar de nada, Clara me acolheu como uma filha e até me deu colo quando eu precisei chorar a falta de minha mãe. E quando Lauren e eu nos desentendemos (isso ocorreu somente três vezes), é Michael quem nos aconselha e nos faz pensar bem.

Chris e Taylor me aceitaram de cara. Segundo eles, Lauren ficou mil vezes mais fácil de conviver depois que me conheceu. Taylor disse que ela parou de pegar no pé dela e de se achar dona da mais nova.

Quando saí do quarto, já arrumada, Lauren me esperava na sala. Hoje o cabelo de Lauren estava preso em um rabo de cavalo. Não tinha maquiagem alguma em seu rosto, somente um batom nude. Está vestindo uma camiseta de banda e um short curto preto. Um casaquinho de couro, sem mangas. Seguro a mão dela, entrelaçando os nossos dedos.

— Lauren, o que você acha de a gente levar o Boo? Faz tempo que eu não o levo para passear. — perguntei e ela encarou o cachorrinho, revirando os olhos e colocando o óculos escuro que ela trouxe.

— Tudo bem, leva o pulguento. — ela falou e foi a minha vez de revirar os olhos.

— Não fala assim! — exclamei. — Nós duas sabemos que você gosta dele. — ela não conseguiu segurar o risinho, me confirmando que sim, ela gosta da minha bolinha. 

Me abaixei para que ele viesse até mim. Logo ele e suas patinhas vieram correndo na minha direção, mas ele se desequilibrou e bateu na minhas pernas. Lauren começou a gargalhar, enquanto eu estava preocupada que ele tivesse se machucado.

— Tá tão gordo que nem consegue mais correr sem rolar. — me esforcei para não rir do comentário de Lauren.

Peguei o cachorro no colo e fui atrás da coleira dele e de uma sacola plástica caso ele fizesse sujeira em algum lugar. Encontrei as duas e dei para Lauren que bufou, dando a língua para Boo, que achou que fosse uma brincadeira e começou a latir. Peguei também o meu celular, carteira e chaves e coloquei dentro da bolsa.

Saí e tranquei o apartamento. Fiquei ao lado de Lauren, que chamou o elevador e segurei novamente a mão dela.

* * *

Eu estava rindo com a mão sobre a minha barriga. A cena estava hilária. Lauren correndo atrás de Boo pelo gramado do parque em que nós resolvemos caminhar. Lauren estava correndo atrás dele há uns dez minutos sem parar. O cachorrinho estava dando uma canseira daquelas nela.

Quando eu fiquei com dó dela eu me abaixei e chamei o cachorrinho que veio correndo até mim e sentou na minha frente, virando a cabecinha com a língua para fora. Fofo. Atrás vinha Lauren, pronta para matá-lo.

— Quer dizer que é fácil assim, e você me deixou correndo feito doida atrás dele? — ela estava irritada, e eu não consegui segurar o riso. — Eu detesto esse saco de pulgas. — falou emburrada. — Detesto você também, Cabello. — sorri e andei até ela para lhe beijar, ela sorriu um pouco e eu segurei a mão dela, voltamos à andar.

O parque é enorme e todo gramado, ótimo para correr ou passear com o cachorro. Eu estava distraída olhando ao redor, as árvores e as flores que tinham ao redor do parque todo. Lauren me olhou e sorriu, sorri de volta. Mas então eu ouvi aquela voz e meu corpo todo paralisou e meu sangue gelou. Faziam meses que eu não a via.

— Kaki. — um sorriso enorme cresceu em meu rosto, mesmo sabendo que ela provavelmente estava com a minha mãe.


Notas Finais


Oii meus preciosos, eu tô tão animada pra Weightless, dois dias... Quem aí vai ler?? Bom, eu não sei se eu já avisei aqui, mas vou avisar, vai ser 1 capítulo de Weightless por semana (provavelmente domingo) até que TMTC termine.
Esse capítulo já estava bem escritinho e guardadinho por isso decidi postá-lo pois não sei se ainda apareço aqui até domingo.
Ps.: Amo vocês, se precisarem, gritem que eu vou voando igual a supergirl.
Kissus,
-Lena


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